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CURSO DE FARMÁCIA
Setembro,
2017
OBJETIVO
METODOLOGIA
INTRODUÇÃO
mg/100g
Cordeiro 190
Bovino 143
Suíno 25
Aves 13
Peixe 3 a 10
Leite de Vaca 2,5
Ovos 0,8
Tabela 1: Qtd L-carnitina por 100 g
alimento de origem animal
mg/100g
Cogumelos 2,6
Nozes 0,25 - 0,6
Cenoura 0,4
Pão 0,4
Arroz 0,3
Pêssego 0,14
Tomate 0,1
Tabela 2: Qtd L-carnitina por 100 g
alimento de origem vegetal
A L-carnitina é armazenada nos músculos esqueléticos de onde age para
transformar os ácidos graxos em energia durante as atividades musculares,
transportando ácidos graxos de cadeia longa através da membrana mitocondrial
para serem oxidados. Basicamente, a L-carnitina traz para o primeiro plano a fonte
secundária de energia poupando assim as reservas musculares de glicogênio
(ANDRADE, et.al, 2006).
Tem sido avaliada principalmente como suplemento alimentar em várias
situações clínicas como diabetes mellitus, obesidade e câncer (CAMPOS, 2010).
Apresenta efeitos benéficos sobre a função cardíaca, prevenindo acúmulo de
produtos tóxicos durante episódios isquêmicos como o infarto do miocárdio,
reduzindo os prejuízos na liberação de fosfatos de alta energia através do aumento
da oxidação mitocondrial de ácidos graxos no coração, resultando na diminuição do
dano ao miocárdio (COELHO, et.al, 2005).
Age como importante fator protetor em neuropatia desenvolvida em indivíduos
diabéticos, aumentando a perfusão endoneural e estimulando a regeneração das
fibras nervosas (COELHO et. al, 2005). A L-carnitina atua também como um fator
protetor importante na neuropatia desenvolvida em indivíduos diabéticos,
aumentando a perfusão endoneural e estimulando a regeneração das fibras
nervosas (COELHO. et. al, 2005).
A L-carnitina aumenta as respostas proliferativas dos linfócitos humanos
(aumenta a quantidade desses glóbulos brancos), após estimulação mitogênica e
aumenta a quimiotaxia (estímulo químico) (COELHO, et. al., 2005).
Em tratamentos prolongados com zidovudina (AZT), evidências sugerem que
a suplementação de carnitina melhora significativamente o quadro de perda de
massa muscular (LEITE, et.al).
Apesar da ampla divulgação do uso L-carnitina no auxílio de redução de
gordura corporal, são escassos na literatura estudos que comprovem esta função
(SILVÉRIO, et. al, 2009).
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
A medicina desportiva sugere que a L-carnitina pode ser benéfica caso haja
desordens metabólicas atreladas a reduzida capacidade de exercício físico, pois sua
suplementação pode melhorar a capacidade de oxidação de ácidos graxos livres
durante a contração muscular, assim atuam como agente terapêutico no
aprimoramento da capacidade esportiva.
A L-carnitina também tem despertado a atenção de pesquisadores para as
aplicações clínicas e experimentais associadas à sua deficiência em diversos
processos patológicos devido a sua baixa toxicidade e alta tolerância pelo organismo
humano, mesmo em casos de longo período de tratamento.
Por todo quadro apresentado, concluímos que a suplementação de L-carnitina
é promissora.
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Priscila de M.; RIBEIRO, Beatriz G., CARMO, Maria G. Papel dos lipídios
no metabolismo durante o esforço. Revista Mn metabólica, abril/junho, 2006.
COELHO, Christianne F.; MOTA, João F.; BRAGANÇA, Euclésio. Aplicações clínicas
da suplementação de L-carnitina. Revista de Nutrição, Campinas, 18(5): 651-659,
set-out, 2005.