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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

PROJETO - BIOQUÍMICA ESTRUTURAL


L-CARNITINA

Ana Lucia Narcizo RA 317108034


Cinthia Kaori RA 317106336
Douglas Agiz RA 317101547
Fábio Mota RA 412104447
Michelle Lidiane RA 317103509
Tainá dos Santos RA 317107246
Thaiz Nascimento RA 317108074

Setembro,
2017
OBJETIVO

O objetivo do presente estudo é apresentar as funções bioquímicas, propriedades e


usos da L-CARNITINA.

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada através de um levantamento bibliográfico técnico/científico


com data superior ao ano de 1999, utilizando vários mecanismos de pesquisa como
o Scielo e Google Acadêmico.
Procuramos levantar as principais atribuições da L-CARNITINA e reunir o máximo de
informações possíveis através de informações obtidos com estudos científicos.

Palavras chaves: carnitina, L-carnitina, lipídeos; isômero; imunológico; glicose e


hipertrofia.

INTRODUÇÃO

A carnitina é um tipo de vitamina B, foi descoberta em 1905 por dois cientistas


russos e seu nome deriva do latim “carnis” (carne).
Sua estrutura química foi determinada em 1927 e depois de inúmeras pesquisas
chegaram à estrutura química da L-carnitina, uma amina quartenaria (ácido 3- hidroxi-
4-N-trimetilbutírico), estruturalmente similar à colina, podendo ser encontrada nas
formas L- e D-carnitina. Contudo, somente o L-isômero é biologicamente ativo (LEITE,
et.al).

Figura 1: Estrutura química da carnitina


Nos mamíferos, a L-carnitina é sintetizada em pequenas quantidades no
organismo (rins, cérebro e fígado) tendo como substratos a metionina e a lisina em
um processo dependente de vitaminas hidrossolúveis como a piridoxina (vitamina
B6), ácido ascórbico (vitamina C), e o íon ferro. Também pode ser obtida através do
consumo de determinados alimentos. A principal fonte de L-carnitina é a carne
vermelha, principalmente a carne de cordeiro. Também pode ser encontrada em
pequenas quantidades em vegetais como o cogumelo e tomate (CAMPOS, 2010).

mg/100g
Cordeiro 190
Bovino 143
Suíno 25
Aves 13
Peixe 3 a 10
Leite de Vaca 2,5
Ovos 0,8
Tabela 1: Qtd L-carnitina por 100 g
alimento de origem animal

mg/100g
Cogumelos 2,6
Nozes 0,25 - 0,6
Cenoura 0,4
Pão 0,4
Arroz 0,3
Pêssego 0,14
Tomate 0,1
Tabela 2: Qtd L-carnitina por 100 g
alimento de origem vegetal
A L-carnitina é armazenada nos músculos esqueléticos de onde age para
transformar os ácidos graxos em energia durante as atividades musculares,
transportando ácidos graxos de cadeia longa através da membrana mitocondrial
para serem oxidados. Basicamente, a L-carnitina traz para o primeiro plano a fonte
secundária de energia poupando assim as reservas musculares de glicogênio
(ANDRADE, et.al, 2006).
Tem sido avaliada principalmente como suplemento alimentar em várias
situações clínicas como diabetes mellitus, obesidade e câncer (CAMPOS, 2010).
Apresenta efeitos benéficos sobre a função cardíaca, prevenindo acúmulo de
produtos tóxicos durante episódios isquêmicos como o infarto do miocárdio,
reduzindo os prejuízos na liberação de fosfatos de alta energia através do aumento
da oxidação mitocondrial de ácidos graxos no coração, resultando na diminuição do
dano ao miocárdio (COELHO, et.al, 2005).
Age como importante fator protetor em neuropatia desenvolvida em indivíduos
diabéticos, aumentando a perfusão endoneural e estimulando a regeneração das
fibras nervosas (COELHO et. al, 2005). A L-carnitina atua também como um fator
protetor importante na neuropatia desenvolvida em indivíduos diabéticos,
aumentando a perfusão endoneural e estimulando a regeneração das fibras
nervosas (COELHO. et. al, 2005).
A L-carnitina aumenta as respostas proliferativas dos linfócitos humanos
(aumenta a quantidade desses glóbulos brancos), após estimulação mitogênica e
aumenta a quimiotaxia (estímulo químico) (COELHO, et. al., 2005).
Em tratamentos prolongados com zidovudina (AZT), evidências sugerem que
a suplementação de carnitina melhora significativamente o quadro de perda de
massa muscular (LEITE, et.al).
Apesar da ampla divulgação do uso L-carnitina no auxílio de redução de
gordura corporal, são escassos na literatura estudos que comprovem esta função
(SILVÉRIO, et. al, 2009).
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

A medicina desportiva sugere que a L-carnitina pode ser benéfica caso haja
desordens metabólicas atreladas a reduzida capacidade de exercício físico, pois sua
suplementação pode melhorar a capacidade de oxidação de ácidos graxos livres
durante a contração muscular, assim atuam como agente terapêutico no
aprimoramento da capacidade esportiva.
A L-carnitina também tem despertado a atenção de pesquisadores para as
aplicações clínicas e experimentais associadas à sua deficiência em diversos
processos patológicos devido a sua baixa toxicidade e alta tolerância pelo organismo
humano, mesmo em casos de longo período de tratamento.
Por todo quadro apresentado, concluímos que a suplementação de L-carnitina
é promissora.
BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Priscila de M.; RIBEIRO, Beatriz G., CARMO, Maria G. Papel dos lipídios
no metabolismo durante o esforço. Revista Mn metabólica, abril/junho, 2006.

CAMPOS, Rossana A. Efeitos da suplementação com L-carnitina sobre a fadiga


muscular do gastrocnêmio e a composição corporal de ratos tratados com dieta
hiperlipídica. 80 f. Tese (Mestrado em Ciências da Motricidade) – Instituto de
Biociência, Unesp, São Paulo. 2010.

CARVALHO-SILVA, L.B.; BRAGA, G.G.; LOLLO, P.C.B. Utilização de recursos


ergogênicos e suplementos alimentares por praticantes de musculação. Revista
Brasileira de Nutrição Clínica, São Paulo, v.27, n.3, p.158-63. 2012.

COELHO, Christianne F.; MOTA, João F.; BRAGANÇA, Euclésio. Aplicações clínicas
da suplementação de L-carnitina. Revista de Nutrição, Campinas, 18(5): 651-659,
set-out, 2005.

COELHO, Christianne F.; MOTA, João F.; RAVAGNANI, Fabrício C. A


suplementação de L-carnitina não promove alterações na taxa metabólica de repouso
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de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v.54, n.1, p.37-44, 2010.

LEITE, Breno F.; MONTEIRO, M.C.; RACHID, Marcia. Dieta, suplementos


nutricionais e exercícios para pacientes em uso de medicamentos anti-retrovirais –
uma visão clínica. Revista Prática Hospitalar, São Paulo.

SANTOS, Miguel A.; SANTOS, Rodrigo P. Uso de suplementos alimentares como


forma de melhorar a performance nos programas de atividade física em academias
de ginástica. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, 16(2): 174-85, julho-
dezembro, 2002.
SILVERIO, Renata; CAPERUTO, Érico C.; SEELAENDER, Marília C. L-Carnitina:
Além do Metabolismo de Lipídios. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte,
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O Milagre da Carnitina: O supernutriente que promove a energia alta, queima gordura,


promove saúde do Coração, bem-estar do cérebro, e Longevidade. Disponível em:
https://sites.google.com/site/welsonlemos/super-nutrientes/l-carnitina Acesso em 03
de setembro de 2017.

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