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Estruturação Formal
O primeiro movimento, Malkuth, foi organizado em três seções: A, compassos 1-
29; B, comp. 30-39 e C, comp.40-48. Nas seções A e C, o clarinete ocupa uma posição
piano e violoncelo.
Imaginário IX, composto pelo autor em 1999. A seção A de Malkuth foi composta como
uma reconstrução concisa das três primeiras seções do último movimento do concerto.
1-4.
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Fig.6.2a: Primeira página de Cárcere do Imaginário IX, comp. 1-3
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Fig.6.2b: Abertura de Malkuth, comp.1-4
sobreposição de três linhas rítmicas com figuras assimétricas e com acentos não
seção B. Para compor as partes do piano e do violoncelo, foram definidos dois conjuntos
de alturas, figura 6.4. O segundo nível consiste em notas longas (dó e si) na parte do
clarinete e do violino.
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Fig.6.3: Linhas rítmicas formadas por figuras assimétricas e com acentos não coincidentes
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seção C, comp. 40-41; e o segundo trecho, no piano, no compasso 43-44. A figura 6.6a
foi realizada uma expansão da parte do clarinete com uma seqüência de arpejos,
acompanhado por acordes de caráter percussivo executados pelo piano e pelas cordas.
Essa seqüência de arpejos possui uma função transitória entre o primeiro trecho utilizado
no clarinete e o segundo excerto executado pelo piano, figura 6.6b. A peça foi finalizada
com gesto pontual composto por um acorde de caráter percussivo executado pelo
clarinete, piano e cordas. O acorde é executado duas vezes em uma seqüência de fusas,
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Fig.6.6b: Segundo excerto executado pelo piano
Estruturação Formal
Yesod consiste em três seções, A, B e C. A primeira seção, compassos 1-25, foi
segunda seção, comp. 27-55, o piano realiza um contraponto a duas vozes com o baixo
escrito como um moto perpétuo, baseado no walking bass dos contrabaixistas de jazz. A
voz aguda consiste em uma melodia com ritmos sincopados, dobrada pelo clarinete. As
cordas têm intervenções pontuais e não há uso de percussão. A última seção, comp. 56-
para cada seção (A e B). Para a seção A, foram gerados doze conjuntos de alturas
baseado no modelo utilizado por Iannis Xenakis, na obra Achorripsis. A figura 6.7 mostra
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durações. A parte do piano foi sobreposta ao padrão rítmico repetido em forma de
ostinato pela percussão. O padrão rítmico construído por um ciclo de onze semicolcheias,
em que os acentos foram organizados pela seqüência numérico 2,1,2,2,2,2, foi baseado no
modelo dos ritmos circulares africanos (ver ANKU, 2000), figura 6.8. As cordas e o
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Fig.6.8: Padrão rítmico utilizado como ostinato na seção A
geração randômica de notas; os outros onze conjuntos foram gerados pelo processo de
seção foi iniciada pela parte do piano. A melodia do clarinete foi composta como uma
redução da voz superior do piano, com a função de ressaltar algumas notas ou desenhos
melódicos. A seção C foi composta como uma pequena cadenza para percussão, tendo
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6.3.3 – Hod (Glória)
Estruturação Formal
O terceiro movimento, Hod, para clarinete e piano, foi organizado em quatro
seções: A [1-13], B [13-18], C [19-26] e A’ [27-32]. A textura da peça foi definida como
na seção C, piano-solo.
mostrado na figura 6.10. Essa peça foi composta de modo bastante intutivo, sem o auxílio
duas frases melódicas, executadas pelo clarinete na seção A. Essas frases serviram de
matriz para a composição das demais. A seção B, clarinete-solo, foi composta como uma
uma síntese entre os elementos das outras frases da peça. Sendo ritmicamente relacionada
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com a primeira frase, apresenta também variações de registro, fazendo uso de um grupo
maior de intervalos.
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5,4,5,2,3,2,3,5,2,3,5. Para o preenchimento dos compassos, foram estabelecidos grupos
figura 6.12 apresenta a seqüência rítmica resultante, que serviu de estrutura para a
foi expandida pelo acréscimo de dois compassos de três por oito, comp.8-9 na metade da
tendo sido concebido dessa forma para contrastar com o lirismo do movimento anterior,
Hod .
Fig.6.12: Seqüência rítmica resultante do preenchimento dos compassos pela seqüência de impulsos
5,4,3,2,3,1,3,5,1,3,3
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6.3.5 – Tiphereth (Beleza)
Estruturação Formal
O movimento Tiphereth consiste em três seções denominadas A, B e C. A seção
ostinato do piano, reforçado pelas cordas, o clarinete cita a melodia inicial do último
movimento, trazendo características expressivas próprias, bem como dos dois outros
movimentos. A seção A inicia com uma sonoridade construída pelo uso de diferentes
trêmolo com a ponta do arco próximo à ponte, e o clarinete, com o ataque ordinário,
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realiza um movimento de aceleração e desaceleração (figura 6.14). O resultado é uma
textura rica em harmônicos agudos, com uma expressão delicada e distante. Essa textura
(figura 6.15). Após a interrupção a textura inicial é retomada, acrescida agora das notas ré
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Fig.6.15:Acordes retirados de Malkuth
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Fig.6.16:Interferência de acordes no compasso 12
partir do compasso 24, com a entrada das cordas com a nota si, o ostinato do piano passa
a ser uma seqüência de notas por grau conjunto (figura 6.18). Sobre este novo ostinato o
clarinete executa a melodia inicial de Kether, transposta e com o ritmo aumentado (figura
6.19a-b). A seção final é uma transição entre os dois últimos conjuntos de notas do
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sintética, a transição entre o gestual violento e pontual, característico de Malkuth, para a
estabilidade de Kether.
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Fig.6.19a: Melodia original realizada pelo clarinete e violoncelo em Kether
criar um discurso musical contínuo. Não havendo subdivisões em seções, nem indicações
individualmente. O Espaço Composicional foi definido por uma frase melódica derivada
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Fig.6.20: Espaço Composicional de Geburah, melodia derivada de Hod
denominado TransObj-1, desenvolvido pelo autor. Esse algoritmo realiza uma série de
organização rítmica:
escolha do tipo de transformação e dos valores de cada parâmetro é feita pelo compositor.
Partindo de uma melodia como matriz, da escolha dos tipos de transformações e dos
valores definidos para cada parâmetro, o algoritmo organiza uma nova seqüência
selecionados vinte e três para a versão final da peça. Para a ordenação temporal dos
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fragmentos, foram feitos pequenos ajustes para tornar a transição de um fragmento para
outro o mais imperceptível possível, criando, assim, um discurso musical fluente com
caráter de improvisação.
Fig.6.21: Fragmento melódico número cinco, derivado utilizando diferentes índices de transposição e
permutação de impulsos
de gestos com curta duração, tensos e violentos. Para isso, Chesed foi organizada
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Fig.6.22: Espaço Composicional de Chesed
finalização dessa etapa, os contornos melódicos foram definidos fazendo uso dos
conjuntos de notas do espaço composicional. A criação das figuras rítmicas, bem como
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