Você está na página 1de 56

GUIA

DE SOBREVIVÊNCIA
DO(A) PROFESSOR(A) E EDUCADOR(A)
CONTRATADO(A) E DESEMPREGADO(A)

Federação Nacional dos Professores

Em luta contra a precariedade e o desemprego!


Índice
A precariedade não é uma inevitabilidade! 4

O que é este “Guia de Sobrevivência”? 5

Contratação (Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro) 10


Forma do contrato 10
Apresentação 10
Período experimental 10
Caducidade e compensação por caducidade 11
Denúncia do contrato a termo 12
Vencimentos 12
Faltas e Licenças 13
Férias 17

Concursos 19
Estrutura dos concursos 20
Notas complementares sobre os concursos 22
Professores com habilitação própria 23

Estatuto da Carreira Docente 25


Prova de ingresso 26
Período probatório 27
Avaliação do desempenho 27
Formação contínua 29

Outras áreas de trabalho docente 31
Região Autónoma da Madeira 32
Região Autónoma dos Açores 32
AEC do 1º CEB 34
Ensino Particular e Cooperativo 36
e ainda… 36

Subsídio de Desemprego: um direito conquistado pela luta 37

Movimento Sindical 41
A FENPROF e os seus Sindicatos 42
CGTP-IN 43
FCSAP (Frente Comum) 44

Endereços sindicais e outros contactos úteis 45

Ficha de sindicalização 54
GUIA
DE SOBREVIVÊNCIA
DO(A) PROFESSOR(A) E EDUCADOR(A)
CONTRATADO(A) E DESEMPREGADO(A)
A precariedade
não é uma inevitabilidade!

A
no após ano, os concursos são um ritual que do 1º escalão da carreira (167). No último ano lectivo, o
anuncia mais precariedade, uma tentativa de ME usou 15.000 docentes contratados para trabalharem
fugir à permanente ameaça do desemprego. A em lugares que correspondem a necessidades perma-
cada ano que passa, a estabilidade, a carreira nentes do sistema, lugares que deveriam ser de quadro;
e os direitos que só a vinculação garante, parecem mais usou mais 10.000 para necessidades transitórias; mais de
distantes e as formas de instabilidade refinam-se, aumen- 15.000 para as AEC, actividades que só não são curricu-
tam e agravam-se. Pela lei, os concursos para entrada lares porque, tal como estão, permitem floreados à custa
num quadro já só acontecem em cada quatro anos; a da exploração de dezenas de milhar de jovens professo-
antecipação para 2011, um compromisso que o ME teve res. Tantos milhares a contrato e, contudo, entre 2007 e
de assumir perante a FENPROF, ameaça perder-se com 2010 aposentaram-se cerca de 15.000 professores mas
as opções do governo em congelar admissões na Ad- só 396 lograram entrar em quadro … Nas escolas, nem
ministração Pública. Exigindo a concretização do com- sequer a estúpida regra dos 2 para 1 vigora!
promisso, por aqui vai uma luta de que, haja o (PEC) que A instabilidade que afecta os professores, afecta, inevita-
houver, a FENPROF não desistirá. Para ela são precisos velmente, o funcionamento das escolas e o ensino. Mal
os professores; imprescindíveis serão os contratados. pagos, colocados longe, inseguros quanto ao futuro, pa-
Este ano, os concursos para contratação e para a bolsa gando elevados custos pessoais e familiares, os docentes
de recrutamento ficam marcados pela obstinação in- contratados enfrentam uma situação difícil: quem governa
justificável do ME em manter a avaliação na graduação obriga-os a isso.
profissional, o que é um factor acrescido de tremendas A precariedade não é uma situação transitória. É resultado
desigualdade e discriminação. Os contratos, hoje, são de políticas aprofundadas por vários governos, agravado
mais precários do que nunca; o peso das apreciações nos últimos. São políticas que fomentam dependências,
subjectivas para a renovação ou a oferta de escola têm reduzem despesas com mão-de-obra (qualificada), sem
mais relevância do que nunca e até os recibos verdes olhar às consequências, desvalorizam socialmente os
ilegais, permitidos por muitos municípios na contratação profissionais, degradam a Escola Pública. Por tudo isto,
para as AEC, passaram a entrar no quotidiano dos docen- temos de estar disponíveis para as rejeitar e combater!
tes contratados… Os professores contratados têm o direito a ser professo-
O presente GUIA DE SOBREVIVÊNCIA para o/a docente res de corpo inteiro, a trabalharem com estabilidade, a
contratado/a ou desempregado/a, pretende ser um pe- usufruírem de um salário digno e igual ao do seu colega
queno manual informativo num emaranhado complexo de do quadro que tem o mesmo tempo de serviço. O gover-
situações em que são fomentadas as divisões artificiais e no nem equaciona isso, mas até têm direito a projectar a
as discriminações. Mas pretende, também, ser um apelo sua vida com perspectivas de segurança no emprego!
à intervenção, à luta!, de cada colega contratado/a ou Há uma luta, uma importantíssima luta, que é preciso
desempregado/a pelo seu direito ao futuro, futuro comum fazer em torno destas questões. Ninguém a faz e muito
com todos os/as outros/as a quem a precariedade esma- menos a ganhará sozinho! Há que conjugar esforços com
ga a vida. a FENPROF, conhecendo e dando força às suas justas
O discurso sobre a estabilidade que os governantes propostas. E, já agora, à sua enorme persistência na defe-
adoptam parece ter um significado singular... Significa, sa de uma profissão dignificada e valorizada, desde logo
por exemplo, poder ficar até quatro anos numa escola, liberta dos malefícios da precariedade.
eventualmente reconduzido/a - ou não - por critérios onde
fermenta a subjectividade, onde espreita o clientelismo… Nesta luta ninguém pode ficar de fora!
e sempre sem entrar no quadro para que não haja ingres- Cada um é parte indispensável do todo!
so na carreira.
Ficar contratado quer dizer ter (muito) menos direitos. O Secretariado Nacional
Desde logo, ganhar, na melhor das hipóteses, por um
4 índice (151) substancialmente inferior ao que devia ser o
O que é este “Guia de Sobrevivência”?

N
asce a partir de um trabalho desenvolvido por colegas contratados/as em luta para que o poder político
colegas do SPGL/FENPROF. Foi tendo actualiza- seja obrigado a discutir e a considerar as propostas justas
ções e melhorias ao longo dos últimos anos. e equilibradas que a FENPROF defende!
A FENPROF faz aqui uma actualização do texto
porque há aspectos da legislação entretanto alterados e
porque foi entendido que era preciso reforçar a apresen- A FENPROF defende:
tação das posições e propostas sindicais em relação a • A anualidade dos concursos para ingresso em quadros;
matérias de grande interesse para a vida dos/as colegas • A antecipação dos concursos para 2011, compromis-
contratados/as. É entendimento da FENPROF que o que so assumido pelo ME;
de mais importante se joga nas vidas dos/as professores/ • O carácter nacional dos concursos, com critérios que
as contratados/as está nos efeitos da sua própria disponi- defendam a clareza e a transparência na seriação dos
bilidade de intervir e lutar pelo seu próprio futuro; da força candidatos o que obriga, entre outras regras, a acabar
de que forem capazes. com a mistura entre graduação profissional e classifica-
Este GUIA não é uma fonte que substitua o obrigatório ções da avaliação do desempenho;
conhecimento directo, directamente interpretado da legis- • O princípio fundamental, mas não respeitado pelos
lação. Este GUIA não tem pretensões enciclopedistas: há sucessivos governos, de que, também nas escolas, a
áreas, pontos de vista e situações que não têm aqui o tra- necessidades permanentes têm de corresponder situa-
tamento que os implicados desejariam. Este GUIA não está ções de trabalho estáveis;
acabado: a partir do que já está para trás, passando agora • Honestidade na abertura de lugares de quadro, de
por este documento, a FENPROF continuará a rever o seu acordo com as reais necessidades das escolas e do
conteúdo, encontrando mesmo suportes que facilitem a sistema;
consulta por todos – até por quem ainda não compreendeu • Melhoria das condições de trabalho e de promoção
a(s) importância(s) de ser sindicalizado/a – e o acesso a do sucesso das aprendizagens, com reflexos naturais
informação actualizada. na abertura de lugares;
Este GUIA pretende ser um documento de apoio com in- • Criação de regras de vinculação que, de forma próxi-
formações que podem ser importantes, mas não cumprirá ma do que está regulamentado na legislação geral do
a sua função se não conseguir também ser mais um factor trabalho, estabeleçam que ao fim de três anos de servi-
de esclarecimento e de mobilização para a luta com que ço o ME assume um compromisso de estabilidade para
os/as professores/as contratados/as podem e devem inter- com o docente a quem recorreu por via da contratação;
vir para melhorar a situação em que se encontram. • Fim dos impedimentos de concurso impostos aos
Amiúde, sente-se a falta de uma consciência mais profun- professores de habilitação própria, colegas de quem
da da situação em que vivem os/as colegas contratados/as o ME continua a necessitar mas que exclui das fases
ou desempregados/as. Falta também o conhecimento das nacionais do concurso;
propostas da FENPROF e da acção que tem desenvolvido • Criação de condições para a profissionalização dos
nesta frente de trabalho e de luta contra a precariedade e o professores de habilitação própria, de acordo com os
desemprego. parâmetros para o exercício da profissão que o próprio
Não explicando tudo, nessas faltas também se explica ME define;
a ainda insuficiente disponibilidade de muitos/as para a • Alteração do modelo das AEC no 1.º CEB com a
transformação das coisas, isto é, para ir à luta por um integração de áreas no currículo e a colocação nos
futuro melhor. agrupamentos dos professores necessários para o seu
A questão que a FENPROF crê ser central na vida e no desenvolvimento;
futuro dos/as professores/as contratados/as é a precarie- • Até lá, contratação dos professores das AEC de
dade a que estão sujeitos/as. A FENPROF tem propos- acordo com as condições seguidas para a contratação
tas que defendem condições de estabilidade para os/as nas escolas.
milhares de colegas a quem ela é negada. A FENPROF tem
propostas e, sempre que as condições políticas, mesmo
que adversas, o permitem, apresenta-as ao poder políti- Vale a pena lutar por propostas como estas. Vale a pena
co. Mas isto não chega: indispensável é a pressão dos/as lutar com a FENPROF! 5
Contratação
(Lei n.º 59/2008,
de 11 de Setembro)

7
O
s últimos governos aprofun-
daram erradas opções pela
precariedade no trabalho. É
urgente combatê-las, o que
exige, incontornavelmente, a atenção
e intervenção de cada colega contrata-
do. Os números dos concursos de 2009
mostraram-no sem margem para dúvidas:
o governo procura que o trabalho nas es-
colas seja feito, cada vez mais, em regime
de contratação precário, com mão-de-obra
qualificada mas barata, sem os direitos de
quem está na carreira e com uma situação
que dá liberdade ao ME para geri-los como
se fossem simples descartáveis. É por isto
que, após a aposentação de quase 15.000
docentes, o governo criou condições para
apenas ingressarem em quadro 396 profes-
sores e educadores! 396, apenas!

O Governo afirma que só entrará


nos quadros um trabalhador por
cada dois que se aposentem.
• O recurso directo ou a contemporização
Será assim?! Repara:
com contratos de prestação de serviço, Artigo 53.º da Constituição da
vulgo “recibos verdes”; República Portuguesa
Entradas (Segurança no emprego)
Ano Aposentação • A introdução dos chamados “contratos
em quadro É garantida aos trabalhadores
individuais de trabalho”, em substituição a segurança no emprego,
2007 3.829 0 dos anteriores contratos administrativos de sendo proibidos os despe-
2008 4.976 0 provimento; dimentos sem justa causa
• O fim da contagem do tempo de serviço ou por motivos políticos ou
2009 4.248 396 ideológicos.
que mediava entre o termo de um contrato
2010* 1.106 0 a 31 de Agosto e um novo contrato cele-
Total 14.159 396 brado antes do final do 1º Período;
• A não prorrogação obrigatória dos prazos
*até Abril dos contratos que se prolongam para além
de 31 de Maio;
Nos professores, essa relação • A precipitação do termo de contratos
1 para 2 é mentira! com difíceis consequências aos níveis dos
Em 2011 haverá concurso geral. Se vencimentos, por exemplo nos mês de Ju-
fosse agora teriam de entrar nos
lho e Agosto, e da contagem de tempo de
quadros, de acordo com esta regra,
7.079 professores e só entraram 396! serviço, incluindo para acesso ao subsídio
Até final de 2010 e em 2011 muitos de desemprego;
mais se aposentarão. Vamos exigir • A dependência de horários incompletos
um concurso a sério (com vagas)! por via da crescente utilização das coloca-
ções por oferta de escola;
• A pulverização e ameaçadora opacidade
Mas, para além do recurso abusivo à de critérios de selecção de contratados com
contratação, perpetuando situações que, riscos cada vez maiores de clientelismo
mesmo à luz da legislação geral do traba- que parecem ser, também, um objectivo
lho, deviam ser convertidas em vínculos es- enunciado e perseguido por sucessivos
táveis, os governos têm também degra- governos;
dado as próprias condições contratuais • A particular exposição a prepotências e
8 a que os professores são sujeitos. Veja-se: autoritarismos agravada por factores que
decorrem do flagelo da precariedade; tratar de entidades privadas, o regime aplicado é (mes-
• A sujeição ao regime da Segurança Social mais penali- mo assim na melhor das hipóteses) o previsto na Lei n.º
zador em termos de apoio na doença. 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código de Trabalho). Trata-se
O corte de despesas promovido pelo governo, por estas do denominado “contrato de trabalho a termo resoluti-
vias, decorre das condições de vencimento e de exercí- vo” que pode ser:
cio de funções a que os professores e educadores contra- • A termo certo (está identificada uma data de termo do
tados são sujeitos. Mas há outros efeitos negativos, contrato);
também eles marcas lamentáveis destas opções políticas • Ou a termo incerto (não é possível identificar a data
pela precariedade com que é preciso romper de vez. certa do termo do contrato; dura por todo o tempo ne-
cessário à substituição do trabalhador ausente ou para
O quadro não esgota mas ilustra o que dizemos… conclusão da tarefa ou serviço que o justifica).

Professor/a do quadro Professor/a contratado/a

Estabilidade de emprego (como consagra a CRP), ainda que Incerteza permanente quanto à continuidade do exercício de
com algum grau de incerteza quanto ao local de exercício de funções docentes e quanto à localização de eventuais coloca-
funções ções

Grande dificuldade em delinear projectos de vida profissional e


Melhores condições para estabelecer projectos de vida
pessoal

Vencimentos: Vencimentos:
a) variável, consoante os anos de serviço e o respectivo posi- a) independentemente do número de anos de contrato, sempre
cionamento na carreira (entrada no índ. 167, a partir de Janeiro o mesmo vencimento (índ. 151 para licenciados profissionaliza-
de 2011; com 10 anos e na reivindicada situação de contagem dos, o que corresponde a 1373,13 Euros em horário completo)
integral de tempo de serviço, índice 205, equivalente a 1864,19 b) horários incompletos determinam reduções remuneratórias
Euros) proporcionais (ex.º: horário 11h lectivas, 2.3 CEB, apenas meta-
b) garantia de remuneração em função de horário completo de da remuneração)

Tempo de serviço contado apenas em função da duração dos


Tempo de serviço integralmente contado, de acordo com as
contratos e da dimensão dos horários (para totalizar um ano de
regras legais (cada ano lectivo é mesmo um ano de serviço!)
serviço podem ser precisos vários anos lectivos!)

Direito a redução da componente lectiva dos horários em fun- Sem direito a qualquer redução da componente lectiva dos
ção do tempo de serviço e da idade horários

Tendo em conta, entre outras razões, o carácter residual do ser-


Possibilidade de consulta dos docentes para a elaboração de viço distribuído, os contratados ficam tendencialmente sujeitos
horários e distribuição do serviço dentro da escola a horários com excesso de níveis, de turmas e heterogeneidade
de funções

Avaliação do desempenho, em ciclos bienais, com efeitos Avaliação de desempenho, feita em função da duração dos
fundamentalmente ao nível da velocidade de progressão na contratos, com influência directa na situação de emprego/de-
carreira semprego

Professores que se encontram abrangidos pelo regime da CGA Regime da Segurança Social determina o não pagamento dos
(maior parte dos que estão em quadro) podem receber na ínte- três primeiros dias de ausência e, a partir daí, um subsídio que
gra quando se ausentam por doença é apenas 65% da remuneração de referência

Os professores contratados são obrigatoriamente abrangidos


A grande maioria dos professores dos quadros estão abrangi-
pela Segurança Social; a protecção da ADSE (facultativo) obri-
dos pelo regime da ADSE
ga a um desconto suplementar de 1,5%

Hoje, a contratação de professores para o exercício de A celebração de contratos para o exercício de fun-
funções em escolas públicas é feita de acordo com a ções em escolas públicas decorre de concursos de
Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro, com excepção de colocação:
algumas situações que persistem nas AEC, em que, por se a) para todo o ano lectivo, com início a 1 de Setembro; 9
b) através de bolsa de recrutamento; na escola são diferentes, consoante a situação de
c) por oferta de escola. contratação em causa. Falamos aqui das situações de
(Os professores detentores de habilitação própria só têm contratos a termo resolutivo, resultantes dos concursos
acesso a colocações por oferta de escola, facto que é para contratação:
contestado pela FENPROF. Ver na secção CONCURSOS.) • Momento de contratação anual - aceitação e apre-
Atentemos na situação habitual de contratação para o sentação no prazo de dois dias úteis ou no primeiro
exercício de funções em escolas públicas. Para isto é dia útil de Setembro, consoante o que ocorrer primei-
preciso ter em conta especificidades que decorrem do ro;
disposto no Decreto-Lei n.º 35/2007, de 15 de Feve- • A partir da bolsa de recrutamento – aceitação e
reiro, onde se inscrevem regras para a contratação de apresentação no prazo de dois dias úteis;
professores e educadores. • Em oferta de escola – aceitação por via electrónica,
obrigatoriamente no dia útil a seguir à comunicação
da colocação; apresentação na data de início do
Forma do contrato contrato ou em que tenha sido acordado o início do
trabalho.
O contrato está sempre sujeito à forma escrita que
deve conter as assinaturas das partes (a do director A apresentação no primeiro dia em que ela é possível
e a tua!). Dela consta o prazo ou duração previsível, a tem óbvias vantagens nos planos remuneratório e de
indicação do motivo justificativo do termo estipulado e, contagem de tempo de serviço!
no caso de termo certo, desde logo, a data da respectiva
cessação.
É importante teres em tua posse uma cópia do contrato. Período experimental
Se necessário, requere-a nos serviços administrativos. (não confundir com o “período probatório” previsto no
Estatuto da Carreira Docente!)

Apresentação Nos contratos a termo, o período experimental é de:


a) 30 dias, quando a duração do contrato é igual ou supe-
10 Os prazos para aceitação de colocação e apresentação rior a seis meses;
b) 15 dias, nos contratos a termo certo que ocorrido a apresentação do docente subs-
durem menos de seis meses ou dos que, tituído, com significativos prejuízos quer Minuta de
sendo de termo incerto, não se preveja que em termos remuneratórios, quer em termos requerimento para
ultrapassem aquele limite. de contagem de tempo de serviço. pagamento da
A lei descreve o período experimental como compensação por
o tempo inicial do contrato que se destina a O Decreto-Lei n.º 35/2007, de 15 de Feve- caducidade
comprovar se o trabalhador tem as compe- reiro, enquadra também alguns aspectos (a dirigir ao/à Director/a da
tências exigidas para o posto de trabalho, o importantes da contratação, neste caso re- Escola/Agrupamento):
“………………….(Nome),
que é apreciado, no caso das escolas, pelo ferente às chamadas “ofertas de escola”:
……………… (estado civil),
director. Durante este período o trabalha- • O período mínimo de duração do contra- portador(a) do Cartão de
dor pode denunciar o contrato sem aviso to é de 30 dias; Cidadão/Bilhete de Identidade
prévio, sem invocar justa causa e sem ter de • O limite máximo da duração é o termo do n.º..................., residente em
indemnizar a entidade empregadora. ano escolar; .........................................
, .............-.....................(CP-
• O contrato que se destine à substituição Localidade), tendo cessado o
temporária de outro docente vigora até ao contrato a termo resolutivo no
Caducidade 3º dia útil a contar do dia imediato ao da dia .../.../......, celebrado com
vista ao exercício de funções
e compensação apresentação do colega substituído;
• Quando a apresentação do docente docentes na escola/agrupa-
por caducidade substituído acontecer durante o período
mento de que Vª Ex.ª é actual
Director(a), vem , por este
de realização dos trabalhos de avaliação meio, requerer que lhe seja
Um contrato a termo certo caduca no ou nos 30 dias imediatamente anteriores, abonada a compensação por
termo do prazo estipulado, desde que o contrato mantém-se até à conclusão dos caducidade a que tem direito,
a entidade empregadora pública (ou o nos termos dos n.ºs 3 e 4 do
trabalhos referidos. artigo 252º e n.º 4 do artigo
trabalhador) não comunique, por escrito, 253º do Regime do Contrato
30 dias antes de o prazo expirar, a vonta- A Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro, de Trabalho em Funções
de de o renovar. É assim que estabelece prevê o pagamento de uma compensa- Públicas aprovado pela Lei n.º
a Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro. A 59/2008, de 11 de Setembro.”
ção, sempre que a entidade empregadora
comunicação de intenção de renovação é pública não faz a comunicação já referida.
um procedimento que não tem lugar nas Assim, a cessação do contrato a termo
escolas, já que as colocações, mesmo (certo ou incerto) confere-te o direito a
as que são renovação de colocação, de uma compensação pecuniária correspon-
acordo com o Decreto-Lei nº 51/2009, de dente a 3 ou a 2 dias de remuneração base
27 de Setembro, decorrem de outro tipo por cada mês de duração do contrato, con-
de procedimentos. Aquela comunicação soante esse contrato tenha durado por um
não deve ser confundida com o que podes período que, respectivamente, não exceda
ler neste último diploma legal com vista à ou seja superior a seis meses (a fracção do
renovação de colocações. mês é calculada proporcionalmente).
O direito à compensação existe também
Um contrato a termo incerto caduca nas situações em que não haja dias de
quando, prevendo-se a ocorrência do interrupção entre dois contratos sucessi-
termo incerto, a entidade empregadora pú- vos, incluindo nas situações de renova-
blica comunique ao trabalhador a cessação ção da colocação, nas quais não há uma
do mesmo, com a antecedência mínima de verdadeira renovação de contrato, antes
7 ou 30 dias, conforme o contrato tenha existindo uma renovação da colocação
durado até seis meses, ou mais de seis da qual resulta a celebração de um novo
meses (casos dos docentes). Parece claro, contrato.
pois, que um contrato a termo incerto jus- Não deixes de estar atento/a à aplica-
tificado pela necessidade de substituição ção deste direito legal. O pagamento da
de docente ausente dura até à apresenta- compensação, em princípio, é feito por
ção do mesmo ou, se ela não se verificar, iniciativa da escola. Se assim não for, é
até ao dia 31 de Agosto. Este é um aspecto necessário que faças o respectivo reque-
a que deverás estar atento/a, uma vez que rimento, o que será sempre um factor de
já houve casos em que se pretendeu fazer segurança relativamente aos teus legíti-
cessar o contrato mesmo sem que tivesse mos direitos. 11
Denúncia do contrato a termo c) ADSE: 1,5% (facultativo; acresce aos outros descon-
tos; apenas se vires vantagem em garantir apoio deste
O professor que pretenda denunciar o contrato antes subsistema).
do seu termo deve comunicá-lo por escrito à entidade As remunerações em horários incompletos são determi-
empregadora com a antecedência mínima de 30 dias, se nadas de forma proporcional. Este é mais um dos torpes
o contrato tiver duração igual ou superior a seis meses, motivos que tem levado os governos a forçar a preca-
ou de 15 dias, se for de duração inferior. O prazo de aviso riedade entre os professores e educadores: para além
prévio, no caso dos contratos a termo incerto, é estabele- de os salários dos contratados serem, de base, baixos,
cido pelo tempo de duração efectiva do contrato. a possibilidade de os governos os pagarem de forma
Quando os prazos acima referidos não forem cumpridos, incompleta torna a opção ainda mais “lucrativa”… É que
total ou parcialmente, fica o professor obrigado a pagar se estes professores estivessem integrados em quadros,
uma indemnização de valor igual à remuneração base teriam horários completos, seriam pagos como tal e até
correspondente ao período de antecedência em falta, melhorariam os vencimentos ao progredirem na carreira!
sem prejuízo da responsabilidade civil pelos danos A precariedade não é uma fatalidade… É uma opção
eventualmente causados. oportunista dos governos que tem de ser combatida,
principalmente, por quem a sofre directamente.

Vencimentos O subsídio de refeição corresponde a 4,27 Euros por dia


de trabalho, durante onze meses. Com horário incomple-
Os índices de vencimento dos docentes contratados, in- to, o subsídio de refeição é atribuído desde que trabalhes
dependentemente da forma de concurso em que obtive- pelo menos quatro horas seguidas ou que trabalhes, in-
ram colocação, são ainda os que constam da Portaria n.º dependentemente do número de horas, em dois períodos
1046/2004, de 16 de Agosto. diários.

Habilitações académicas Habilitações profissionais Índice Remuneração em 2010

Licenciado Profissionalizado 151 (a) 1.373,13 Euros

Licenciado Não profissionalizado 126 1.145,79 Euros

Não licenciado Profissionalizado 112(b) 1,018,48 Euros

Não licenciado Não profissionalizado 89 809,33 Euros

(a) No 1º ano de contrato como profissionalizado aplica-se o índice correspondente a licenciado e não profissionalizado;
(b) No 1º ano de contrato como profissionalizado aplica-se o índice correspondente a não licenciado e não profissionalizado.

As remunerações indicadas são as ainda em vigor, já que A FENPROF reivindica que os contratados, licenciados
o governo negou qualquer actualização salarial aos traba- profissionalizados, sejam remunerados pelo índice 167
lhadores da administração pública e tem vindo a ameaçar (1.518,63 Euros) que é o índice previsto para o ingresso
com a continuação do congelamento salarial, possibili- na carreira. Esta exigência, que comporta também a
dade que deve suscitar uma reacção de todos, incluindo correspondente actualização dos outros índices dos con-
dos professores contratados que estão particularmente tratados, tem chocado com a desculpa de que o ingresso
mal pagos. É necessária uma forte luta que aconselhe na carreira ainda não está a ser feito pelo 167. É verdade
o governo a não prosseguir a continuada desvaloriza- que o governo anterior, depois de dizer que ia valorizar os
ção dos salários. Este caminho é uma opção errada para vencimentos dos mais jovens, arranjou um estratagema
a economia, para o país e, como sabes, para os cidadãos para manter tudo como estava, com quem ingressava na
e suas famílias. carreira a marcar passo no 151.
Na sequência da revisão do ECD, suscitada pelo Acordo
Para calcular a remuneração líquida efectuam-se os de Janeiro, o fim deste estratagema está agendado para
seguintes descontos: Janeiro de 2011. Mais forte fica a razão da reivindicação
a) Taxa Social Única (Segurança Social): 11% da FENPROF mas, não será difícil adivinhar, vai ser pre-
b) IRS: percentagem variável, de acordo com o rendimen- ciso lutar para que o governo aceite essa exigência
to e situação familiar (há tabelas próprias para isto) mínima! E nesta luta tu também és preciso/a!
12
Faltas e licenças procedimento concursal;
Todos os novos contratados
l) As dadas por conta do período de férias
e muitos dos que já o eram
Em matéria de faltas, os professores con- (ver mais à frente); passaram a estar abrangidos
tratados devem estar atentos a vários m) As dadas pelos trabalhadores eleitos pela Segurança Social. Há
diplomas legais. Para começar, ter em para as estruturas de representação colec- diferenças, claro. Desde logo,
tiva, nos termos do artigo 293.º (refere-se à em caso de baixa médica,
conta o art.º 185º da Lei n.º 59/2008, de 11 os três primeiros dias não
de Setembro (o seu número 3 foi alterado protecção especial dos representantes dos
são remunerados e, a partir
trabalhadores); daí, o subsídio corresponde a
pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril, o que
n) As dadas por candidatos a eleições para apenas 65% do vencimento.
já foi tido em conta na caixa).
cargos públicos, durante o período legal da Quem se mantém na CGA/
respectiva campanha eleitoral; ADSE?...
Tipos de faltas (Art.º 185.º da Lei n.º • Todos os contratados que:
o) As que por lei forem como tal qualifi-
59/2008, de 11 de Setembro) a) Em, pelo menos, 31 de
cadas, designadamente as previstas nos Dezembro de 2005, tivessem
1 - As faltas podem ser justificadas ou
Decretos-Lei n.ºs 220/84, de 4 de Julho, firmado contrato com o ME;
injustificadas.
272/88, de 3 de Agosto, 282/89, de 23 de b) Mantenham ligação contí-
2 - São consideradas faltas justificadas: nua à CGA, isto é, que comece
Agosto, e 190/99, de 5 de Junho (cfr.).
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por a 1 de Setembro e termine a
3 - O disposto na alínea f) do número
altura do casamento; 31 de Agosto, volte a firmar
anterior é extensivo ao acompanhamento contrato a 1 de Setembro, a
b) As motivadas por falecimento do cônju-
de cônjuge ou equiparado, ascendentes, terminar, novamente, a 31
ge, parentes ou afins (cinco ou dois dias, de Agosto, e por aí adiante
descendentes, adoptandos, adoptados e
consoante os casos; notar que as justifica- (contrato anual).
enteados, menores ou deficientes, quando
ções só estão previstas para alguns graus Quem é inscrito na Segurança
comprovadamente o trabalhador seja a Social?
de parentesco); pessoa mais adequada para o fazer. • Todos os que:
c) As motivadas pela prestação de provas 4 - São consideradas injustificadas as a) Firmaram contratos a partir
em estabelecimento de ensino, nos ter- faltas não previstas nos n.ºs 2 e 3. de 1 de Janeiro de 2006;
mos da legislação especial; b) Aqueles que, estando na
d) As motivadas por impossibilidade de situação da alínea a) do ponto
No que diz respeito às questões da ma- anterior, não obedeçam aos
prestar trabalho devido a facto que não ternidade e paternidade, deves consultar requisitos indicados na alínea
seja imputável ao trabalhador, nomeada- a Subsecção IV (Parentalidade) do Ane- b) do mesmo ponto.
mente doença, acidente ou cumprimento xo da Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro Nota:
de obrigações legais; (artigos 33.º a 65.º) que aprovou a última Há situações de colegas
e) As motivadas pela necessidade de que, indevidamente, foram
revisão do Código de Trabalho. Esses transferidos para a Segurança
prestação de assistência inadiável e im- artigos aplicam-se aos/às professores/as Social mas que não reagiram
prescindível a membros do seu agregado contratados/as. em devido tempo. Aceites as
familiar; Para efeitos de protecção da parentali- inscrições pela Segurança
f) As motivadas pela necessidade de trata- dade, é preciso informar o empregador, Social, a CGA, mais tarde, já
mento ambulatório, realização de consul- não as aceitou de volta.
com suporte em atestado médico, das
tas médicas e exames complementares de condições de gravidez, puerperal ou de
diagnóstico que não possam efectuar-se amamentação, excepto se a situação ou
fora do período normal de trabalho e só facto relevante já forem do conhecimento
pelo tempo estritamente necessário; do director da escola/agrupamento.
g) As motivadas por isolamento profilác-
tico; O regime de protecção da parentalidade
h) As ausências não superiores a quatro consubstancia-se na atribuição de um
horas e só pelo tempo estritamente neces- conjunto de direitos que envolvem li-
sário, justificadas pelo responsável pela cenças específicas, faltas, regras sobre
educação de menor, uma vez por trimes- horários e algumas dispensas. Nomea-
tre, para deslocação à escola tendo em mos alguns deles, juntando umas curtas
vista inteirar-se da situação educativa do notas que não dispensam a consulta da lei
filho menor; e o aconselhamento no sindicato da tua
i) As dadas para doação de sangue e região:
socorrismo; 1. Licença em situação de risco clínico du-
j) As motivadas pela necessidade de rante a gravidez (no caso de não ser pos-
submissão a métodos de selecção em sível compatibilizar o exercício profissional 13
14
com as condições de saúde da grávida ou do nascituro); decorrente de especificação médica); neste âmbito há
2. Licença por interrupção da gravidez (entre 14 e 30 também direitos que têm a ver com a redução do tempo
dias); de trabalho, com o trabalho a tempo parcial, com regime
3. Licença parental inicial (120 ou 150 dias que podem de horário de trabalho flexível (não obstante as dificulda-
ser partilhados entre a mãe e o pai, podendo ainda ser des de adaptação de algumas destas matérias à realida-
acrescida de mais dias; requer informação antecipada à de do trabalho docente, é incontestável que são direitos
direcção da escola e, eventualmente, declaração sobre gerais, aplicáveis a todos os trabalhadores);
actividade profissional do cônjuge); 14. Protecção em caso de despedimento (pretende pro-
4. Licença parental exclusiva da mãe (inclui-se na teger de forma especial a trabalhadora grávida, puérpera
anterior; a mãe pode gozar até 30 dias antes do parto ou lactante).
e é obrigada a gozar seis semanas depois dele; o gozo Na maior parte das situações elencadas, não há perda
dos dias antes do parto carece de informação prévia à de qualquer direito, salvo quanto à retribuição, sendo
direcção); as ausências consideradas como prestação efectiva de
5. Licença parental inicial a gozar por um progenitor em serviço. A referência à retribuição decorre do facto do
caso de impossibilidade do outro (decorrente de incapa- respectivo encargo, naquelas situações, deixar de ser da
cidade física ou psíquica ou morte deste); escola/agrupamento onde trabalhes, não deixando, no
6. Licença parental exclusiva do pai (obrigatório gozo de entanto, de existir. Os subsídios que acompanham a
10 dias, seguidos ou interpolados, nos 30 seguintes ao protecção à parentalidade encontram-se regulamenta-
nascimento; cinco daqueles dias têm de ser consecutivos dos no Decreto-Lei n.º 91/2009, de 9 de Abril.
ao nascimento; ainda há o direito a mais 10 dias, desde
que em simultâneo com a licença parental inicial da mãe; Ainda com relação à protecção da maternidade, está em
requer aviso prévio à direcção); vigor, com aplicação devidamente adaptada às professo-
7. Licença por adopção (semelhante à licença parental ras e educadoras contratadas, o Despacho n.° 10.092/99
inicial; também está prevista dispensa para avaliação (2.ª série), de 21 de Maio, que prevê o destacamento de
para a adopção); “docentes grávidas que estejam impossibilitadas, inequi-
8. Dispensa para consulta pré-natal (pode ser exigida vocamente, de se deslocar, em qualquer meio de transpor-
prova ou declaração de que a consulta não pode ser fora te, para localidade distante da área da sua residência” (Ver
do horário de trabalho; inclui preparação para o parto; o caixa lateral na próxima página).
pai tem direito a três dispensas para acompanhamento
às consultas; considerada como prestação efectiva de O Estatuto da Carreira Docente (ECD) também contém
serviço, sem perda de qualquer direito); normas importantes sobre faltas e licenças que se apli-
9. Dispensa para amamentação ou aleitação (requer cam aos docentes contratados (a última versão consoli-
comunicação prévia; para a mãe, enquanto durar a dada do ECD encontra-se no Decreto-Lei n.º 270/2009,
amamentação, o que, após o primeiro ano de vida tem de de 30 de Setembro mas sofreu já relevantes alterações
ser comprovado pelo médico; em caso de aleitação, até através do Decreto-Lei n.º 75/2010, de 23 de Junho).
filho perfazer um ano; no caso do pai é preciso documen- Essas normas aplicam-se a todos os colegas contra-
to com decisão conjunta e prova referente à actividade tados, incluindo os que obtiveram colocação em oferta
profissional do outro progenitor); de escola.
10. Falta para assistência inadiável e imprescindível a Para começar, a explicitação de que as faltas dadas a
filho (para filho menor de 12 anos, ou filho portador de tempos são referenciadas a períodos diferentes, conso-
deficiência ou de doença crónica, 30 dias por ano ou ante o sector em que trabalhes: uma hora na educação
durante eventual hospitalização; 15 dias quando maior pré-escolar e no 1.º ciclo do ensino básico; 45 minutos
de 12 anos; são precisos comprovativos para efeitos de nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secun-
justificação de falta); dário. Desde a última revisão do ECD, na sequência do
11. Licença parental complementar para assistência a Acordo celebrado em Janeiro de 2010, a ausência a um
filho (para filhos até seis anos; licença por três meses); dos tempos de um bloco de 90 minutos voltou a ser con-
12. Licença para assistência a filho (pode aplicar-se na siderada apenas como falta a um tempo de 45 minutos.
sequência da anterior, de forma consecutiva ou interpola- A acumulação de faltas por tempos, ao longo do ano,
da, até ao limite de dois anos); converte-se em um dia de falta logo que iguale um quinto
13. Licença para assistência a filho com deficiência ou do- do número de horas semanais de serviço docente (lectivo
ença crónica (até seis meses, prorrogável até quatro anos); e não lectivo) que deva ser obrigatoriamente registado
14. Dispensa de algumas formas de organização e de no horário semanal (dá cinco tempos, no caso de um
prestação de trabalho, incluindo o trabalho no período horário completo). Ter em conta que a ausência a todo o
nocturno (no caso, será a partir das 20.00h; possibilidade serviço marcado para um dia, ainda que todo ele fosse, 15
por exemplo, só um tempo, é logo contabi- desenvolvimento profissional na docência.
lizada como um dia completo de falta. O ECD clarifica a equiparação a pres- Destacamento por
Quando a ausência é a serviço de exames tação efectiva de serviço de algumas “gravidez de risco”
ou a alguma reunião que vise a avaliação ausências: assistência a filhos menores,
• Consultar Despacho n.°
sumativa dos alunos (finais dos períodos doença, doença prolongada, prestação 10.092/99 (2.ª série), de 21
lectivos), é imediatamente considerada de provas de avaliação por trabalhador- de Maio.
falta a um dia. Nestes casos, as faltas só estudante, dispensas para formação, • Aplica-se, com as necessá-
podem ser justificadas por casamento, por greve, prestação de provas de concurso. rias adaptações, às docentes
contratadas grávidas que es-
maternidade e paternidade, por nascimen- Esta enumeração não esgota, no entanto, a tejam impossibilitadas, inequi-
to, por falecimento de familiar, por doença, listagem de ausências com essa equipara- vocamente, de se deslocar, em
por doença prolongada, por acidente em ção, tal como acima ficou visto em relação qualquer meio de transporte,
serviço, por isolamento profiláctico e para a direitos de parentalidade. para localidade distante da
área da sua residência.
cumprimento de obrigações legais. Com a discordância da FENPROF, as
• O destacamento é reque-
Tratando-se de reunião pedagógica con- dispensas de serviço docente para rido ao director regional
vocada nos termos da lei, a ausência conta actividades de formação estão hoje de Educação da área do
como falta a dois tempos (excepto, como seriamente limitadas, dificultando e, muitas estabelecimento de educação
vimos acima, se for apenas este o serviço vezes, impedindo a concretização de uma ou ensino onde a docente se
encontra colocada. Há formu-
marcado no dia da ausência). obrigação que é, simultaneamente, um lários próprios para o efeito,
Da última revisão do ECD resultou que o direito profissional. Quando a formação disponíveis, por exemplo nas
docente pode faltar por conta do período é da iniciativa de serviços do ME ou da páginas das DRE. É de toda a
de férias (art.º 102.º) um dia por mês, até escola/agrupamento, as dispensas, quando conveniência acompanhar o
formulário de relatório médico
ao limite de sete dias úteis por ano. Estas existem, são concedidas preferencialmente
circunstanciado.
faltas carecem de autorização a requerer na componente não lectiva do horário do O despacho indica que a
com a antecedência mínima de três dias, docente. A formação que for da iniciati- causa que determina o pedido
excepto se tal não for comprovadamen- va própria do docente, circunscreve-se, de destacamento é apreciada,
te possível. Nestes casos, a falta tem de praticamente, aos períodos de interrup- presencialmente, pela junta
médica da direcção regional
ser participada oralmente no próprio dia ção da actividade lectiva. As dispensas de Educação. A prática, mui-
e reduzida a escrito no dia de regresso para formação contínua são requeridas tas vezes, tem-no dispensado
do docente. Quando dadas por tempos, ao director com pelo menos cinco dias de em face do relatório médico.
aplica-se a conversão em dias já descrita antecedência e com os elementos previs- Com base no parecer fun-
damentado da junta médica,
mas, ao chegar ao computo de quatro dias, tos na Portaria n.º 345/2008, de 30 de Abril.
o director regional aprova o
passam a ser consideradas faltas a um dia Realizadas as actividades de formação há destacamento para um dos
inteiro. que entregar a declaração de presença estabelecimentos de ensino
Nas faltas que dependem de autorização (prazo de oito dias). escolhidos pela docente.
do director da escola/agrupamento, como Neste quadro, a formação contínua tem
é, em regra, o caso das faltas por conta acabado por decorrer quase sempre em
do período de férias, é necessária a prévia horário pós-laboral. Importa ter em conta
apresentação do(s) plano(s) da(s) aula(s) que a legislação prevê que, pelo menos,
a que o professor pretende faltar. A não haja compensação das horas aí gastas.
apresentação deste(s) plano(s) inviabiliza a Embora a legislação o determine, em mui-
autorização. A exigência de planos de aula tas escolas o professor tem de o requerer
inscreve-se neste âmbito e não é, como para que se cumpra.
por vezes se pretende, um requisito para a Os professores e educadores contrata-
justificação de faltas que não dependem de dos, como qualquer outro trabalhador,
autorização prévia. podem e devem participar em reuniões
A condição de trabalhador-estudante, sindicais, discutindo ali questões que
necessária, por exemplo, à justificação de assumem importância ainda mais decisi-
faltas para prestação de provas tem de ser va para quem, como eles, vive situações
comprovada junto da direcção da escola/ profissionais marcadas pela precariedade.
agrupamento. O ECD limita o reconheci- Desde que devidamente convocadas para
mento dessa condição à frequência de es- esse efeito, o que é normalmente especifi-
tabelecimento de ensino superior tendo em cado na própria convocatória, as reuniões
vista a obtenção de grau académico ou de podem decorrer durante o horário normal
16 pós-graduação e desde que se destine ao de trabalho. A lei confere aos trabalhado-
res – a ti, também - 15 horas por ano para mento do primeiro ano de serviço como
esse efeito, sendo as respectivas ausências contratado mas que se prolonguem até Os períodos de interrupção
faltas justificadas que, aliás, contam como final do ano lectivo: multiplicar o número da actividade lectiva (Natal,
tempo efectivo de serviço. inteiro que corresponda a dois dias e meio Carnaval e Páscoa) não são,
como sabes, período de
por mês completo de serviço prestado
férias. O ECD que os deter-
Reuniões Sindicais até 31 de Agosto pelo coeficiente 0,833, mina esclarece que nestas
As reuniões sindicais são uma dimensão arredondando o produto para a unidade interrupções a distribuição
imediatamente superior. Para este efeito, do serviço docente para
muito importante da actividade desenvolvi-
considera-se como mês completo de servi- cumprimento das necessárias
da pelos sindicatos da FENPROF. Indepen- tarefas de natureza pedagó-
dentemente de serem dirigidas a todos os ço o período de duração superior a 15 dias. gica ou organizacional, desig-
docentes da tua escola/agrupamento ou, 2. Nas outras situações: 2 dias por cada nadamente as de avaliação e
como já tem sucedido, especificamente mês de trabalho, sendo 25 dias o limite le- planeamento, consta de um
gal, em caso de contrato para o ano inteiro. plano elaborado pelo órgão
dirigidas aos colegas contratados, as reu- de direcção executiva do qual
niões sindicais são espaços privilegiados A determinação do número de dias de
deve ser dado prévio conhe-
para: férias tem em conta os dias efectivos de cimento aos docentes. Deve
• Obter informações, incluindo as que no trabalho, independentemente de se tratar ser aqui tido em conta que
âmbito político-sindical enquadram a tua de horário completo ou incompleto. os períodos de interrupção
da actividade lectiva podem
própria situação profissional; ainda ser utilizados pelos
• Apresentar e, se o entenderes, discutir Quando o termo do contrato o permite, o docentes para a frequência
os problemas que sentes, nomeadamen- docente contratado faz a marcação do de acções de formação e para
te dando a conhecer aos outros colegas seu período de férias, juntamente com a componente não lectiva de
os outros professores, em regra até 15 de trabalho individual.
a situação dos professores contratados e
dando a conhecer à organização sindical Abril. A marcação é feita por acordo entre
o teu pensamento e expectativas relativa- o docente e a direcção da escola; caso não
mente àqueles problemas, assim como a exista esse acordo, marcará a direcção,
tua disponibilidade para intervir, o que estando prevista na lei a audição de estru-
será sempre determinante para aspirar à turas sindicais.
melhoria da situação dos colegas contra- O ECD lembra que durante o gozo do
tados; período de férias o pessoal docente não
• Criar elos de força e de solidariedade deve ser convocado para a realização de
que estimulem dinâmicas de luta e de parti- quaisquer tarefas. De acordo com a Lei n.º
cipação, a partir das quais se torna possível 59/2008, de 11 de Setembro, exigências
pressionar o poder político para atender imperiosas podem, no entanto, justificar o
aos problemas que, afinal, são comuns adiamento ou interrupção de férias mas,
a muitos professores; dinâmicas para o nestes casos, para além dos pagamentos
forçar a ouvir as propostas que a FENPROF suplementares que a situação exige, o
apresenta e para o obrigar à negociação de trabalhador tem direito a ser indemnizado
soluções. por prejuízos que comprovadamente haja
Está atento/a à marcação de reuniões sofrido.
sindicais pelo sindicato da FENPROF da
tua região. Encontra com outros cole- (Sobre o valor do subsídio de férias, con-
gas contratados a melhor altura para sulta a secção VENCIMENTOS.)
a realização de uma reunião sindical e
propõe-na através do delegado sindical
ou directamente para o sindicato!

Férias
Há duas situações diferentes para a de-
terminação do período de férias a que o
docente contratado tem direito:
1. Em contratos anteriores ao completa-
17
Concursos

19
Estrutura dos Concursos

Professor profissionalizado e aprovado


na prova de ingresso ou dela dispensado
(ver caixa)

Concorre ao:

Concurso de Ingresso
nos QA/QENA1 CONCURSO EXTERNO Até 100 códigos de QA/QENA1;
Até 50 códigos de Concelho;
Até à totalidade dos códigos de Zona Pedagógica
Manifestando

Preferências

OBTÉM COLOCAÇÃO EM QA/QENA1 NÃO OBTÉM COLOCAÇÃO

Declara Pode concorrer a

2
Aceitação
DCE Pode concorrer a
(no prazo de 8 dias úteis)

Se obtiver CONTRATAÇÃO
Celebra Contrato
Colocação por Tempo Indeterminado
Pode ainda concorrer a

Declara

Aceitação Apresentação
(no prazo de 2 dias úteis) (no 1º dia útil de Setembro) CONTRATAÇÃO
DE ESCOLA

Colocação vigora até ao ano de


abertura de novo concurso externo/
interno, desde que se mantenha a
situação que motivou o pedido de DCE

A prévia aprovação na designada prova de avaliação de competências e conhecimentos (vulgo “prova de ingresso”) constitui mais um requisito
que é necessário preencher para se poder ser candidato às fases nacionais dos concursos de professores, requisito com que a FENPROF continua
em total desacordo. Em resultado do Acordo de Princípios assinado a 8 de Janeiro de 2010 entre a FENPROF (e outras organizações sindicais de
docentes) e o ME, encontram-se, desde já, dispensados da realização desta prova todos os docentes que tenham obtido, até 24 de Junho de 2010,
no âmbito da sua avaliação do desempenho, uma menção qualitativa não inferior a Bom ou equivalente, incluindo os professores das Regiões
Autónomas, do Ensino Português no Estrangeiro e do Ensino Particular e Cooperativo. Em todo o caso, este requisito só poderá ser exigido após a
realização da primeira prova, o que ainda não sucedeu. A FENPROF opõe-se, igualmente, ao afastamento das fases nacionais dos concursos dos
professores titulares de habilitação própria (defendendo a aprovação de um mecanismo de profissionalização para estes professores) e daqueles
que se encontram em ano de conclusão da sua profissionalização (finalistas).

1 - QA/QENA = Quadro de Agrupamento/ Quadro de Escola Não Agrupada


20 2 - DCE = Destacamento por Condições Específicas
CONTRATAÇÃO
Nos 5 primeiros dias úteis que se
seguem à data de publicitação das listas
Candidato manifesta definitivas de colocação do concurso
externo, quando a ele houver lugar

Limitadas ao máximo de Preferências

Indicando, para cada uma delas

1
• 100 códigos de A/ENA ; Dimensão do horário a que se candidata, podendo ser: Duração previsível do contrato
• 50 códigos de Concelho; • Completo; a que se candidata, podendo ser:
• Todos os códigos de Zona Pedagógica • Ter entre 18 e 21 horas; • Contrato com termo a 31de Agosto;
• Ter entre 12 e 17 horas; • Contrato com termo a 31 de Agosto
• Ter entre 8 e 11 horas. ou temporário.

Final de Agosto
MOMENTO DE COLOCAÇÃO ANUAL

Obtém colocação Não obtém colocação


Procedimentos de colocação
Procede à Integra a
de Setembro a 31 de Dezembro

Aceitação e Apresentação BOLSA DE RECRUTAMENTO


(no prazo de 2 dias úteis ou primeiro para efeitos de contratação
dia útil de Setembro, consoante o que
acontecer primeiro)

Celebra
Obtém colocação Não obtém colocação

Contrato de trabalho Procede à


a termo resolutivo Volta à

Aceitação e Apresentação
(no prazo de 2 dias úteis)
Pelo período pedido pela Pode concorrer a
escola (anual ou temporário)
Celebra
Pelo período de 1 ano,
renovável até ao limite de 4
anos ou com limite no ano
em que ocorra novo concurso Contrato de trabalho
externo a termo resolutivo

Se for de duração Se for de duração Pode concorrer a


temporária e terminar temporária e terminar CONTRATAÇÃO
antes de 31 de Dezembro após de 31 de Dezembro DE ESCOLA

1 - A/ENA = Agrupamento/ Escola Não Agrupada 21


Notas complementares Renovação da colocação em contrato:
É precedida de apresentação a concurso de contrata-
sobre os concursos ção nacional e depende da conjugação dos seguintes
requisitos:
Limite máximo de candidaturas ao concurso nacional: • Inexistência de professor do quadro sem componente
dois grupos de recrutamento para que tenhas habilitação lectiva que tenha manifestado preferência por ser coloca-
profissional. do nessa escola/agrupamento;
• Estar colocado (desde final de Agosto) em resultado de
Ordenação dos candidatos no concurso nacional por contratação nacional e existir garantia de manutenção de
prioridades e, dentro destas, por ordem decrescente de horário completo para o ano lectivo seguinte; no con-
graduação. curso de 2010, foi possível a renovação das colocações
em regime de contratação, efectuadas em 2009/2010,
Prioridades: em horário anual, completo ou completado, até 31 de
1ª: docentes com tempo de serviço prestado em estabe- Dezembro de 2009;
lecimento público de educação ou ensino num dos dois • Ter obtido uma classificação não inferior a Bom na ava-
anos lectivos anteriores ao da realização do concurso liação do desempenho realizada no ano em que se realiza
(basta em um dos anos); os estabelecimentos públicos o concurso;
incluem, para além das escolas e JI da rede do Ministério • Concordância expressa da escola e do candidato relati-
da Educação, também as escolas profissionais públi- vamente à renovação do contrato.
cas, os estabelecimentos de ensino superior público,
as escolas e instituições de ensino dependentes ou sob A FENPROF discorda deste modelo de renovação de
tutela de outros ministérios, desde que com paralelis- colocação, sobretudo porque a maioria das renovações
mo pedagógico e os estabelecimentos e instituições de que dele têm resultado correspondem ao preenchimento
ensino português no estrangeiro, incluindo-se ainda o de necessidades permanentes das escolas, pelo que
exercício de funções docentes como agentes de coope- deveriam dar lugar à entrada em quadro e não à renova-
ração portuguesa; ção da colocação em regime de contrato anual.
2ª: restantes docentes. Aceitando-se a possibilidade de existirem horários
de colocação plurianuais em contrato, para satisfa-
Graduação: zer necessidades das escolas não permanentes mas
Assente na classificação profissional, à qual se adiciona superiores a um ano, em todo o caso, esses horários e o
o correspondente a 0,5 ou 1 valores por cada 365 dias número de anos de colocação deverão ser previamente
de serviço docente prestado, respectivamente, antes conhecidos e colocados a concurso, para que todos os
ou após a aquisição de habilitação profissional, até 31 interessados a eles possam candidatar-se, eliminando-
de Agosto do ano escolar precedente ao da abertura do se, por essa via, os critérios de ordem subjectiva do
concurso. Nos termos da lei, a graduação pode ainda ser mecanismo de renovação das colocações hoje em
bonificada em resultado da obtenção de Muito bom ou vigor, como sejam os que decorrem da “concordância
Excelente no último processo de avaliação que tenha tido expressa” da escola.
lugar antes da realização do concurso.
Recurso:
Como é sobejamente conhecido, a FENPROF discorda Todas as colocações resultantes das diversas fases do
da consideração dos resultados da avaliação nos concurso nacional podem ser alvo de recurso hierárquico,
concursos, acima de tudo porque, independentemente a apresentar em formulário electrónico da DGRHE, no
do maior empenho que tenham revelado no exercício prazo dos 5 dias úteis seguintes ao da publicitação ou
das suas funções, muitos professores são afastados da comunicação das mesmas.
obtenção das menções qualitativas das quais depende a
bonificação da graduação nos concursos, por motivos (e Bolsa de Recrutamento:
existem muitos) alheios à sua vontade, não estando, por Caso não obtenhas colocação, no final de Agosto, na
isso, garantida a igualdade de tratamento entre candi- contratação nacional anual, integras a chamada bolsa de
datos. recrutamento para efeitos de contratação, a qual segue os
Assim sendo, a FENPROF não desistirá da luta pela seguintes procedimentos de colocação:
erradicação desta injustiça do modelo de concursos, 1. Escola com um determinado horário por preencher acede
cabendo a todos os professores apoiar este esforço, à aplicação informática da DGRHE e introduz as especifica-
envolvendo-se nas iniciativas que tiverem lugar por este ções que o caracterizam (grupo de recrutamento a que per-
22 objectivo. tence, número de horas e período previsível de contratação);
2. A aplicação informática selecciona o candidato melhor dias imediatamente anteriores, o contrato mantém-se em
ordenado da bolsa de recrutamento que tenha manifesta- vigor até à conclusão desses trabalhos;
do preferência pela escola/agrupamento e pelas especi- • A contratação de escola é a única modalidade de con-
ficações do horário em causa, partindo do pressuposto tratação disponível para as designadas “Escolas Prioritá-
de que todas as preferências indicadas pelo candidato se rias”, integradas nos Territórios Educativos de Interven-
encontram na mesma prioridade; ção Prioritária;
3. O candidato escolhido é alertado da colocação via • A contratação de escola é o único regime de recru-
e-mail e no verbete de concurso, sendo automaticamente tamento a que podes candidatar-te com habilitação
retirado da bolsa de recrutamento; própria.
4. Se o contrato a celebrar for temporário e terminar an-
tes de 31 de Dezembro, o docente, se assim o requerer, Para o preenchimento das necessidades das escolas
regressa à bolsa de recrutamento para efeito de nova que surjam ao longo do ano lectivo, em oposição aos
contratação (estes procedimentos de colocação termi- mecanismos pouco transparentes, arbitrários e, até,
nam a 31 de Dezembro); discricionários de colocação resultantes da bolsa de
5. As colocações efectuadas a partir da bolsa de recruta- recrutamento e da contratação de escola, a FENPROF
mento não obrigam à publicação de listas! defende o processo das colocações cíclicas, por
ordem de graduação, dos candidatos não colocados
Contratação de escola: no concurso nacional de contratação.
• Todas as necessidades das escolas que surjam após
o dia 31 de Dezembro, bem como aquelas que sur- Completamento de horário em regime de contrato:
jam antes dessa data e que não possam ser satisfeitas Desde há uns anos que o ME – irracionalmente, acres-
através dos procedimentos de colocação da bolsa de cente-se – vem impondo o princípio da excepcionalidade
recrutamento, são preenchidas através da contratação de ao aditamento de horas a contratos inicialmente celebra-
escola, regulada pelo Decreto-lei n.º 35/2007, de 15 de dos para o cumprimento de horários incompletos.
Fevereiro; Contudo, de acordo com o Despacho Interno n.º 2/
• Trata-se de um mecanismo de recrutamento de profes- SEE/2008, há situações em que, existindo horas dispo-
sores em que as escolas/agrupamentos podem fixar os níveis na escola/agrupamento onde, eventualmente, te
seus próprios critérios de admissão, ordenação e selec- encontres contratado com horário incompleto, poderão
ção de candidatos; as mesmas ser-te atribuídas, bastando para isso que o
• As ofertas públicas de trabalho são divulgadas, através respectivo director assim o autorize. É o caso das horas
da Internet, pelo director da escola/agrupamento, bem que já se encontrem constituídas e atribuídas, como
como na página electrónica da DGRHE e das direcções sejam as que são libertadas, entre outros, por motivos de
regionais de Educação; dispensa para amamentação, aposentação ou doença.
• Para te candidatares, acedes à aplicação electrónica Só no caso das horas remanescentes não se encontrarem
disponível no site da DGRHE introduzindo o teu número já constituídas e distribuídas (por exemplo, resultarem da
de candidato e respectiva palavra-chave; aprovação de mais uma turma, curso ou desdobramento
• Findo o prazo de inscrição, a escola/agrupamento pro- de turma...) é que a sua atribuição a docente contratado
cede ao apuramento e selecção do(s) candidato(s); com horário incompleto, que em todo caso continua a ser
• Poderás reclamar da selecção do candidato através possível, fica dependente de autorização do/a director/a
da aplicação informática de denúncia disponível no site regional de Educação respectivo/a.
da DGRHE, havendo ainda a possibilidade de interpores
acção de contencioso jurídico, podendo aqui contar com
o apoio do teu sindicato da FENPROF;
Professores com habilitação
• O período mínimo de duração do contrato de trabalho própria
é de 30 dias e o máximo até ao termo do ano escolar (31
de Agosto); A injustificável exclusão dos professores de habilitação
• Destinando-se a substituição temporária de docente própria das fases nacionais dos concursos começou a
titular da vaga/horário, o contrato de trabalho a termo in- ser desenhada já no governo Guterres/PS, com Júlio Pe-
certo só cessa antes de 31 de Agosto nos casos em que drosa como ministro da Educação. Com a discordância
ocorra o regresso desse titular; nestas circunstâncias, o da FENPROF, passou a estar apontada em decreto-lei do
contrato vigora até ao 3º dia útil a contar da data de apre- governo Barroso/PSD-CDS, assinado por David Justino
sentação do titular da vaga/horário, com uma excepção: enquanto ministro da Educação. Nas alterações às regras
no caso desse titular se apresentar durante o período de dos concursos impostas no regresso do PS ao governo,
realização dos trabalhos de avaliação ou durante os 30 com Sócrates e Lurdes Rodrigues, foi decisão dos go- 23
vernantes, sem ter em conta as fortes razões de discor- sa pela pressão dos professores, em particular dos
dância da FENPROF, manter e, finalmente, concretizar colegas de habilitação própria. Sem esta pressão, o ME
o artificial afastamento dos professores de habilitação considerar-se-á servido com a situação que criou.
própria das fases nacionais do concurso.
Fruto deste injustificável impedimento, os colegas de ha- Entre as soluções para a profissionalização tem estado
bilitação própria vêem-se limitados às ofertas de escolas em foco a realização de cursos extraordinários de
para poderem ser contratados. profissionalização pela Universidade Aberta (UA). A
FENPROF, com uma destacada intervenção do SPGL,
O ME continua a recorrer a docentes detentores de garantiu já, em várias alturas, mecanismos de acesso à
habilitação própria. Precisa deles! Há áreas de lecciona- profissionalização que abrangeram milhares de colegas.
ção que nem sequer funcionariam sem o trabalho destes Recentemente, e apesar de uma angustiante letargia do
professores. Há quem acumule anos e anos de trabalho ME, foi por ele celebrado um protocolo com a UA que
para o ME porque o ME precisa desses docentes. reconhece e valida a profissionalização a ser concretizada
A FENPROF discordou, desde início, da abstrusa im- entre Setembro 2010 e o final do ano lectivo a professo-
posição de impedimentos ao concurso e exige que os res contratados com habilitação própria e o mínimo de
professores de habilitação própria possam voltar a 5 anos de serviço em 31 de Agosto de 2010 (6 anos de
concorrer nas fases nacionais de concurso. Esta é a serviço até 31 de Agosto de 2011).
posição da FENPROF. É precisa a intervenção, em par-
ticular, dos colegas de habilitação própria para obrigar A FENPROF congratula-se com a possibilidade de cerca
o governo a tê-la em conta, corrigindo a asneira que de um milhar de colegas poderem ser abrangidos por
começou a germinar há vários governos atrás. A luta, se este último curso de profissionalização pela UA, mas,
para isso contribuíres, obrigará a corrigir o erro. ao mesmo tempo, lamenta a situação de muitos outros
com menos de 5 anos de serviço, para quem a perspec-
O governo anterior apresentou a habilitação profissio- tiva de profissionalização não está aberta. A FENPROF
nal, como condição exclusiva para o desempenho da e os seus sindicatos continuarão a agir no sentido de
actividade docente, e o fim da habilitação própria, entre apoiar a sua luta pelo direito à profissionalização,
o anterior leque de possibilidades de habilitação para a à estabilidade e ao acesso à carreira docente. Esta
docência, como uma medida que responderia à exigên- acção, para ser eficaz, não pode dispensar a atenção e
cia de um corpo docente de qualidade, em rota com o intervenção dos colegas em causa.
desafio da qualificação dos portugueses. A propaganda
foi essa mas há problemas que, desde então, se tornam
mais graves pela ausência de uma solução global.
Desde logo, aguarda-se ainda a legislação própria que
regularia a habilitação profissional para a docência nos
domínios não abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 43/2007,
de 22 de Fevereiro. Para além disto, o ME, não obstante
a tonitruante retórica, continua a precisar de recorrer a
muitos detentores de habilitação própria… Pois então
que acerte as medidas com o discurso: cuide do acesso
desses professores à profissionalização, definida por
ele próprio como parâmetro indispensável para a do-
cência, e garanta-lhes condições para a sua realização.

A FENPROF, considerando que a profissionalização é


condição importante para a docência, assinala que há
muitos professores de habilitação própria que continu-
am a ser indispensáveis ao funcionamento das escolas.
A FENPROF exige que o ME acautele formas de pro-
fissionalização dos docentes a que recorre, incluindo
o ajustamento de condições para a sua concretização.
Mas a FENPROF não tem dúvidas: obrigar o ME a pas-
sar do registo da propaganda sobre a qualificação do
corpo docente para o da sua concretização, incluindo o
24 respeito por todos os docentes a quem recorre, pas-
Estatuto
da Carreira
Docente

25
Estatuto da Carreira Docente e nela progredires. Mas não é só isto que está aqui em
causa. O ECD aplica-se aos docentes contratados em
(Consultar a Republicação do Estatuto da Carreira dos matérias que vão desde a definição de direitos e deveres
Educadores de Infância e dos Professores dos Ensi- e conteúdo funcional até aspectos gerais de horários de
trabalho, faltas e licenças ou da avaliação do desem-
nos Básico e Secundário feita com o Decreto-Lei n.º
penho. O ECD é, portanto, um documento que deves
270/2009, de 30 de Setembro, cruzando a sua leitura com
procurar conhecer com algum detalhe.
as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 75/2010,
de 23 de Junho)
Referimos aqui algumas das matérias do âmbito do ECD
que, não tendo sido abordadas noutras secções, exigem
Como já percebeste noutras secções deste GUIA, o
a tua particular atenção.
Estatuto da Carreira Docente (ECD) tem implicações
imediatas sobre os colegas contratados e as condi-
ções em que eles exercem funções; não é um documento Prova de Ingresso
com importância exclusiva para quem já ingressou na
carreira e pertence a um quadro. Claro que quanto melhor A “prova de ingresso” (ainda) é apresentada no ECD
for a carreira desenhada no ECD, melhores serão também como “prova de avaliação de conhecimentos e com-
26 as condições de que usufruirás quando nela entrares petências”, exigida, genericamente, aos candidatos à
admissão a concursos de selecção e mentar para a luta esses colegas e alerta para a ne-
recrutamento de pessoal docente. cessidade de que tal não se repita, com os mesmos ou
Desde o momento em que o anterior outros protagonistas, em relação a outros objectivos de
governo, na proposta de revisão do luta.
ECD que, aliás, manteve praticamente Mal irá quem ficar à espera de ganhos colaterais de
inalterada até à publicação do decreto- lutas feitas por outros. Nas lutas também se aprende e
lei, apresentou a ideia desta “prova de também se amadurece!
ingresso”, a FENPROF contesta-a.
A FENPROF tornou-a, aliás, num dos
grandes motivos de contestação ao
Período Probatório
ECD do ME. Não há justificações sérias O ECD destina o “período probatório” (diferente do
para um dispositivo deste tipo. A própria período experimental dos contratos a termo resolutivo)
evolução das especificações da “prova à alegada verificação da capacidade de adequação do
de ingresso” ao longo de sucessivas docente ao perfil de desempenho profissional exigível,
revisões do ECD confirmam a leviandade colocando, desta forma, mais uma exigência, a somar a
da invenção. No entanto, a progressi- outras, para o ingresso na carreira. Na redacção actual, o
va superficialização de um mecanismo período probatório deveria corresponder ao primeiro ano
inicialmente descrito com farroncas de escolar no exercício de funções docentes, podendo
grande rigor, não altera a posição de ser realizado antes do ingresso na carreira, desde que o
FENPROF e o sentido da sua luta, neste docente o requeira, e desde que, cumulativamente, tenha
particular: a “prova de ingresso” deve sido colocado antes do início e para todo o ano lectivo,
ser revogada. com um horário de, pelo menos, vinte horas.
Sendo essa a posição da FENPROF, não A forma pesada e confusa como está definido o período
pode, no entanto, desvalorizar-se o facto probatório ajudará, porventura, a explicar o facto de,
de a inicial submissão generalizada à regra geral, tanto quanto sabemos, não estar sequer a
“prova de ingresso” ter vindo a ser ate- ser concretizado, pelo menos de acordo com as exten-
nuada pelo alargamento do universo dos sas exigências com que o ME insiste em descrevê-lo. A
colegas dela dispensados. Não é este o avaliação do desempenho no ano do período probatório
objectivo final da FENPROF, mas tam- obedece a exigências próprias. Deves manter-te atento/a
bém não é sério desvalorizar a importân- a esta disposição do ECD.
cia, por exemplo, da dispensa da prova
a milhares de contratados, conseguida A FENPROF discorda da concepção deste período pro-
na última revisão do ECD, na sequência batório, projectado quase como se fosse a realização de
do Acordo de Janeiro. um novo estágio. De forma diferente, o que a FENPROF
Sobre esta questão, em particular sobre defende é a existência de um período de indução em
as actuais condições de dispensa da que os jovens professores sejam acompanhados por
“prova de ingresso”, consulta a informação disponível professores com maior experiência nos primeiros anos
no esquema sobre a estrutura dos concursos, na secção de trabalho na escola. Trata-se, na nossa proposta, de
anterior a esta. um mecanismo que visa a inserção e o acompanha-
mento e não, novamente, a selecção.
A FENPROF continua a pugnar pela revogação desta
injustificável “prova de ingresso”. Enquanto tal não for
conseguido, são já de registar os avanços em relação à Avaliação do Desempenho
concepção inicial da prova, muito em especial o aumen-
to do número dos que dela são dispensados. O modelo de avaliação do desempenho que está em
Mas porque há sempre oportunidades de aprender e vigor merece vivas críticas da FENPROF. É preci-
reflectir, aqui fica mais uma nota em torno deste eixo so mudá-lo. É precisa uma avaliação que contribua,
da luta contra o ECD imposto pelo governo anterior. Os efectivamente, para a melhoria do desempenho de cada
ganhos relativos à prova acabam por ser, em grande docente, dos grupos em que ele desenvolve a activi-
medida, ganhos colaterais da enorme luta dos professo- dade e para a melhoria de cada escola, face aos seus
res contra o ECD e não, como seria melhor que tivesse problemas e potencialidades. É preciso um modelo que
acontecido, o resultado directo da reacção dos colegas não complique a vida das escolas e dos professores. O
directamente ameaçados pela “prova de ingresso”. actual não serve; tem de ser mudado com o contributo
A FENPROF regista a dificuldade que sentiu em movi- decisivo dos professores. 27
Apesar de ser um mau modelo de ava- documentos considerados relevantes.
liação tens de conhecer razoavelmente 5. É garantido ao docente o conhecimen- A FENPROF discorda irreme-
diavelmente da existência
as suas regras: porque as classificações to de todos os elementos que compõem de quotas na atribuição de
que dele resultam têm impactos impor- o procedimento de avaliação, bem como menções. Bem ao contrário
tantes na tua vida profissional; porque o direito de reclamação e recurso. É da propaganda dos governos
vai continuar a ser, entre outras coisas, importante que tenhas consciência segura que as criaram e aplicaram,
as quotas são, entre outras
um indisfarçável foco de dificuldades e destas garantias.
coisas, uma grosseira
conflitos dentro das escolas; porque, para 6. A avaliação do desempenho compete a negação do reconhecimen-
forçarmos a sua correcção, é necessária um júri de avaliação (não confundir com a to do mérito dos desempe-
uma intervenção consciente e qualificada comissão de coordenação da avaliação do nhos. Assim sucede sempre
dos professores. desempenho). Aquele colectivo procede à que um docente, apesar da sua
avaliação de desempenho de
atribuição fundamentada da classificação acordo com as regras em vigor,
O Decreto Regulamentar n.º 2/2010, de final, sob proposta do relator. É ele, ainda, apontar uma determinada
23 de Junho, estabelece as regras para que aprecia e decide sobre eventuais menção, acaba por ver-se dela
a avaliação do desempenho do pessoal reclamações. excluído por via das quotas.
É um motivo a somar a muitos
docente, pelo menos até ao final do ano 7. Desse júri faz parte um elemento deno-
outros para que todos os
lectivo 2010/2011. A FENPROF espera que minado “relator”. Compete-lhe o “acom- professores prossigam
até lá se criem condições para construir um panhamento do processo de desenvolvi- a luta contra o modelo e
modelo melhor. A avaliação dos docen- mento profissional do avaliado, com quem concepção de avaliação do
tes em regime de contrato também se deve manter uma interacção estreita”: desempenho em vigor.
encontra ali regulamentada. presta-lhe apoio, procede à eventual
Não dispensando uma consulta atenta observação de aulas, aprecia o relatório
do diploma e/ou o recurso ao serviço de de auto-avaliação, assegura a entrevista
atendimento do teu sindicato, aqui ficam individual quando requerida, apresenta ao
12 destaques sobre esta matéria. júri uma ficha de avaliação global, incluindo
1. A apresentação de uma proposta de proposta de classificação final.
objectivos individuais passou a ter um 8. A entrevista individual serve para apre-
carácter assumidamente facultativo. ciação conjunta (avaliado e relator) dos ele-
2. A observação de aulas também é facul- mentos do processo de avaliação. Impor-
tativa. Os interessados têm de a requerer. tante: há cinco dias para a requerer, após
Trata-se de uma condição necessária para a comunicação escrita que o relator tem
a obtenção das menções qualitativas de de fazer das suas propostas de pontuação
Muito bom e Excelente sendo que, como é dos diversos domínios e de classificação
óbvio, estas menções dependem de muitos final. Sem este requerimento ou sem com-
outros factores, incluindo o contestado parência do avaliado na entrevista requeri-
regime de quotas. da, considera-se que há aceitação tácita
3. Os instrumentos de registo das da proposta de classificação. As ques-
informações consideradas relevantes são tões suscitadas na entrevista pelo avaliado
aprovados pelo conselho pedagógico de devem ser, mais tarde, ponderadas pelo júri
cada escola/agrupamento, tendo em conta de avaliação quando for atribuir a menção
padrões e orientações nacionais. e classificação finais.
4. Proceder à respectiva auto-avaliação 9. A atribuição das menções de Bom,
é um dever do avaliado! Concretiza-se Muito bom e Excelente está dependente do
através da elaboração de um relatório, de cumprimento de percentagens mínimas
acordo com regras e padrões definidos de serviço lectivo distribuído. No entanto,
por despacho mas, desde logo, abordando para este cômputo contam quer permutas
aspectos como: autodiagnóstico inicial, que tenha sido possível realizar, quer qual-
descrição da actividade profissional, con- quer tipo de ausência que a lei equipare à
tributo para prossecução dos objectivos e prestação de serviço docente efectivo.
metas da escola, análise pessoal e balanço 10. Os docentes contratados são avalia-
sobre as actividades lectivas e não lectivas, dos no final do período de vigência do
formação eventualmente realizada e iden- contrato, obrigatoriamente quando tenham
tificação de necessidades neste âmbito. feito, pelo menos, seis meses consecutivos
28 O relatório deve ser acompanhado dos na mesma escola/agrupamento. Nos casos
de duração inferior do contrato, independentemente da Por tudo isto, é avisada a atenção sobre o dever de
sua modalidade, têm de o requerer para serem ava- participação em acções de formação, nomeadamente
liados; e devem fazê-lo, tendo em consideração, por pela eventual inscrição em acções disponibilizadas pelos
exemplo, a necessidade de ter tempo de serviço avaliado centros de formação mas também, como é evidente,
com Bom! pela atenção a uma sempre possível convocatória com
11. Para os docentes contratados, os procedimentos de carácter obrigatório para a sua frequência (por decisão da
auto-avaliação e de avaliação são promovidos cinco dias escola/agrupamento ou do próprio ME).
antes do termo do contrato. Relembramos que a legislação remete as dispensas para
12. A calendarização geral do procedimento de avalia- formação para a componente não lectiva dos horários e
ção é fixada em cada escola/agrupamento. que, sendo assim, na maior parte das situações conhe-
cidas a sua frequência acarreta sobrecarga do horário
Formação Contínua semanal. É a legislação, também, que estabelece que
o tempo gasto na frequência de acções de carácter
A realização de formação contínua é um dever profissio- obrigatório deve ser compensado ao nível da compo-
nal inscrito no ECD, abrangendo também os docentes nente não lectiva de estabelecimento do horário de
contratados. Nada há que dispense os docentes con- trabalho. É uma regra formulada com clareza (cfr. anexo
tratados deste dever. Mas o ECD reconhece-a também do Despacho n.º 11120-B/2010). Lamentavelmente, em
como um direito (“direito à formação e à informação para algumas escolas/agrupamentos só é cumprida a requeri-
o exercício da função educativa”). mento do professor.
Tratando-se de um dever, uma obrigação imposta pela
entidade empregadora, a frequência de acções de forma-
ção com carácter obrigatório não pode estar sujeita a
pagamento pelos professores: não podem ser, em caso
algum, obrigados a pagar do seu bolso para cumprir o
dever profissional que lhes é imposto. É a entidade em-
pregadora que deve proporcionar a formação; não são os
docentes que têm de pagar para a ela acederem.
O dever geral de participação em acções de formação
deveria já ter sido regulamentado de forma a adaptar-
se às especificidades das situações laborais vividas
pelos contratados. Tal ainda não aconteceu mas cremos
que isto não constitui, só por si, justificação para a não
frequência de acções de formação.
Uma medida preventiva de eventuais dissabores será a
tua inscrição em acções de formação, em particular,
em centros de formação da tua área de trabalho e/ou
do teu distrito. Mais evidente se torna o sentido desta
cautela no caso de contratos anuais. Na selecção dos
formandos para as acções, tem sido frequente os cole-
gas contratados ficarem de fora. Esta situação também
decorre da escassez de oferta de formação financiada,
responsabilidade do ME que a exige como um dever
profissional mas que não a proporciona de acordo com
essa exigência. A demonstração do carácter involuntá-
rio da não realização de formação contínua pode evitar
sobressaltos, por exemplo, em sede de avaliação de
desempenho.
Na verdade, a avaliação do desempenho engloba a
formação numa das suas dimensões, a do desen-
volvimento e formação profissional ao longo da vida.
O relatório de auto-avaliação aborda necessariamente
a “formação realizada e seus benefícios para a prática
lectiva e não lectiva do docente”.
29
Outras
áreas
de trabalho
docente

31
A
queles a quem este GUIA se des- ou na Direcção Regional da Administração
tina são profissionais qualificados. Educativa, Edifício Oudinot - 4° andar, Na ordenação dos candi-
Nesta qualificação investiram os Apartado 3206, 9061-901 Funchal, telefone datos à contratação nos
Açores, são considerados na
próprios, investiram as suas famí- 291 200 900, fax 291 237 591.
primeira prioridade os “docen-
lias, quantas vezes com esforço; investiu Centro de Atendimento aos Concursos: tes que tenham sido bolseiros
também, e muito, o país. • Ensino Regular 291 281 440 durante, pelo menos, um dos
Portugal e o seu sistema educativo pre- • Ensino Especial 291 705 872 anos lectivos do curso que lhes
confere habilitação profissional
cisam do trabalho qualificado dos seus
para a docência, ou tenham
professores – provavelmente, de todos -, Principal suporte legislativo: prestado, pelo menos, 3 anos
mas os governos e as maiorias partidárias • Decreto Legislativo Regional n.º de serviço docente como
que têm sido determinados pelo voto não 14/2009/M (regula o concurso para selec- docente profissionalizado no
aproveitam os valiosos recursos docentes ção e recrutamento do pessoal docente da respectivo grupo ou nível de
docência, ou tenham realizado
que estão disponíveis. A existência de educação pré-escolar, dos ensinos básico estágio profissionalizante em
profissionais docentes disponíveis para o e secundário e do pessoal docente espe- escola da rede pública da
trabalho deve ser vista como uma oportuni- cializado em educação e ensino especial RAA.”
dade para o país, mais a mais com os pro- da Região Autónoma da Madeira).
blemas estruturais que temos para resolver. • Portaria n.º 103/2008, de 6 de Agosto
Mas, afinal, tem sido uma oportunidade (define os princípios que regem a contrata-
perdida, desperdiçada por sucessivos go- ção para assegurar o exercício transitório
vernos mais preocupados em consolidar e de funções docentes na Região Autónoma
aprofundar desinvestimentos na Educação da Madeira).
do que em dirigir investimentos assumi-
dos para um futuro realmente melhor para Também poderás saber mais consultando
todos os portugueses. a página electrónica do SPM/FENPROF,
Aqueles a quem este GUIA se destina http://www.spm-ram.org/, ou através do
querem exercer a profissão para que estão serviço de atendimento do teu sindicato.
preparados e qualificados. Esta parte
do GUIA dá informações básicas para
algumas “saídas” procuradas por colegas, Região Autónoma
umas vezes em primeira opção, outras, dos Açores
mais numerosas, como alternativa à impos-
sibilidade de colocação em escolas públi- Contratação:
cas (do continente). São opções dignas e a) Por concurso externo
sérias para quem quer ser professor/a ou b) Por contratação centralizada
educador/a. Deves complementar estas c) Por contratação de escola
informações, por exemplo, recorrendo aos A 1ª fase de concurso é aberta em Janeiro
serviços de atendimento do teu sindicato. de cada ano, simultaneamente para os
concursos interno, externo e contratação.
Uma 2ª fase é aberta em Julho, exclusiva-
Região Autónoma mente para contratação. Nesta fase podem
da Madeira concorrer os docentes que não se candida-
taram em Janeiro.
Concursos para contratação 2010/2011 Os docentes que já concorreram em Janei-
(os prazos e as datas aqui indicados pode- ro apenas podem desistir da totalidade do
rão servir-te de referência): concurso ou anular preferências.
• Inscrição - 17 a 20 de Maio Os docentes que concorrem à contrata-
• Candidatura - 14 a 23 de Julho ção conjuntamente com o externo e que
• Listas Provisórias - 4 de Agosto optem por escolher no concurso externo
• Listas Definitivas de Colocação - 6 de pelo menos uma escola por três anos
Setembro têm prioridade sobre os contratados da
segunda fase.
Informações sobre concursos e contrata- Em Setembro, os docentes que não obti-
32 ções cíclicas em www.madeira-edu.pt/drae verem colocação na 1ª lista de colocações
publicitada pela DREF, integram imediatamente a Bolsa Aos docentes contratados na RAA é garantido o pa-
Centralizada para Recrutamento por Contratação. gamento, pela escola onde se encontram colocados,
do diferencial entre a comparticipação da Segurança
O recurso à contratação por escola só acontece quan- Social e o vencimento, em caso de ausência por
do se encontra esgotada a lista da Bolsa Centralizada da doença.
DREF.

Calendarização INDICATIVA do Concurso e Contratação Centralizada para Pessoal Docente,


com base no calendário da DREF para o concurso 2010/2011

Procedimentos Jan Fev Mar Jul Ago Set

1. Publicação do Aviso de Abertura 28 2 (*)

2. Apresentação de Candidaturas 29 a 11 5 a 14 (*)

3. Publicitação do Projecto de Lista Ordenada de Graduação 4

4. Audiência dos Interessados/Reclamação/Desistências 5e6

5. Apreciação das Alegações 9 a 13

6. Publicitação da Lista Ordenada de Graduação 18

7. Prazo de Recursos 19 e 20

8. Publicitação da 1ª Lista de Colocações 27

9. Prazo de Aceitação da Colocação 30 a 1

10. Prazo Limite Para Apresentação ao Serviço 2

(*) Para os docentes que não se candidataram em Janeiro/Fevereiro

Atenção aos prazos de aceitação da colocação que Avaliação dos professores contratados:
são inferiores aos do concurso do continente! • É anual e inclui, pelo menos, a observação de 2 aulas.
A aceitação da colocação deve ter lugar no prazo de No caso de se candidatarem às menções de Muito bom e
3 dias úteis, contados a partir do dia seguinte ao da Excelente, serão sujeitos à observação de 4 aulas conse-
afixação da lista de colocação ou da comunicação da cutivas com o mesmo grupo de alunos.
colocação, iniciando-se o exercício de funções, por • Realiza-se no final do período de vigência do respectivo
conveniência urgente de serviço, na data de entrada em contrato ou, quando se trate de contrato em regime de
exercício de funções substituição temporária, do último contrato celebrado
no ano escolar em causa, desde que o docente tenha
Anualmente é publicada uma Portaria a definir os grupos completado um mínimo de 120 dias de serviço docente
carenciados para os quais é permitida a candidatura de efectivo, reportando-se à actividade desenvolvida no âm-
docentes portadores de habilitação própria. bito de todos os contratos celebrados nesse ano escolar.
• Aos docentes cujos contratos perfaçam 120 dias de
Penalizações no concurso externo: serviço efectivo por ano escolar ser-lhes-ão contados es-
• Não aceitação/falta de comunicação de aceitação: ano ses períodos de tempo para efeitos de posterior progres-
escolar + 3 anos subsequentes são na carreira nos casos em que obtenham, na primeira
Penalizações no concurso para contratação: avaliação do desempenho, menção não inferior a Bom.
• Não aceitação/falta de comunicação de aceitação: ano
escolar + 2 anos subsequentes. Destaques legislativos regionais:
• Regulamento de Concurso do Pessoal Docente da
Os docentes que se encontrem em exercício de funções Educação Pré-Escolar e Ensinos Básico e Secundário -
de substituição, manterão o contrato até final do ano es- Decreto Legislativo regional nº 27/2003/A, de 9 de Junho
colar se o titular do lugar se apresentar após 31 de Maio. de 2003 33
• Estatuto da Carreira Docente - Decreto Legislativo A FENPROF discorda do modelo das AEC. Não está
Regional n.º 21/2007/A, de 30 de Agosto, alterado pelos em causa o empenho e brio profissional de milhares de
Decretos Legislativos Regionais nº4/2009/A, de 10 de colegas que, sendo professores, são recrutados como
Abril e nº11/2009/A, de 21 de Julho técnicos para estas áreas.
A FENPROF defende:
Mais informações no serviço de atendimento do teu • A integração e o desenvolvimento no currículo do 1º
sindicato ou nos sítios: CEB de áreas como a iniciação à língua estrangeira, a
• www.spra.pt (Sindicato dos Professores da Região música ou a actividade física e desportiva.
Açores/FENPROF); • A criação de equipas educativas que suportem a
• www.edu.azores.gov.pt (Secretaria Regional da Educa- abordagem curricular de tais áreas.
ção e Formação) • A colocação dos professores destas áreas nos
agrupamentos, através de concurso, tal como os res-
tantes docentes das escolas.
AEC no 1º CEB • O desenvolvimento de uma verdadeira escola a
tempo inteiro que garanta as melhores condições para
Os governos têm privilegiado (erradamente) a redução a prática lectiva e que assegure respostas sociais de
de custos pelo aumento dos níveis de precariedade no qualidade com a ocupação de tempos livres (diferente
trabalho docente e por meio de expedientes para cortar de escolarização dos tempos livres) colocada à disposi-
postos de trabalho nas escolas. Se as opções coinci- ção dos alunos e das famílias.
dissem com o discurso oficial de alegada valorização da
qualidade, de promoção do sucesso escolar, de comba- Na sequência da publicação do Decreto-Lei n.º 212/2009,
te ao abandono e de grande esforço para a qualificação de 3 de Setembro, passou a esta disponível uma aplicação
da população, milhares de outros professores e edu- informática da responsabilidade da DGRHE, também
cadores estariam já a ser solicitados para trabalhar nas acessível através dos sítios dos municípios ou dos agrupa-
escolas com o devido direito à estabilidade de emprego. mentos de escolas. Esta aplicação dá acesso ao processo
Bastava que algumas das propostas que a FENPROF de selecção para as AEC, município a município. A selecção
vem apresentando há anos, com vista à melhoria e é, normalmente, da responsabilidade dos municípios que
desenvolvimento de uma Escola Pública de Quali- ficam com a prerrogativa de definir/adequar requisitos de
dade, para que tu, com grande certeza, estivesses admissão, incluindo o perfil curricular dos candidatos, bem
numa situação profissional muito melhor do que a como critérios e procedimentos de selecção.
que te é imposta. As escolas e o país tinham a ganhar Após a selecção, a aceitação tem de ocorrer no decur-
com isto mas os governos que têm resultado do voto so dos dois dias úteis seguintes ao da comunicação
dos portugueses aprofundaram, infelizmente, outras da colocação. Há 10 dias para apresentação da docu-
opções. mentação exigida, excepto se o contratado tiver exercido
funções idênticas, recentemente, na área do município.
As chamadas actividades de enriquecimento curricular no Determina o referido decreto que os municípios ou, em
1º CEB (AEC) têm sido, nos últimos anos, ocupação para alguns casos, os próprios agrupamentos, celebram com
milhares de colegas a quem lhes é negada a possibilida- os técnicos contratos de trabalho a termo resolutivo,
de de leccionar nas escolas públicas. Apesar da forma a tempo integral ou parcial, de acordo com as normas
desqualificada como foram lançadas e organizadas, gerais já expostas noutra secção deste GUIA. O contrato
apesar da indiferença do ME pelos graves problemas visa a realização de actividades de enriquecimento cur-
laborais ali registados, apesar da contradição de fundo ricular mas pode incluir outras actividades, o que abre
entre o que deveria ser a ocupação dos tempos livres e campo a abusos que têm chegado ao conhecimento dos
um modelo errado que induz mais escola depois da es- sindicatos (embora, regra geral, não possam ser eficaz-
cola, milhares de colegas recorrem, de forma compreen- mente combatidas sem o envolvimento dos visados).
sível, às AEC para poderem manter ligação ao espaço de
trabalho escolar e acumularem algum tempo de serviço O Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de Setembro, veio dar
que melhore as perspectivas de desempenho de funções como referência aos municípios a celebração de con-
efectivamente docentes. Recorrem às AEC e empenham- tratos a termo resolutivo. Em diploma anterior, o Des-
se em fazer ali o melhor possível, não obstante o modelo pacho n.º 14.460/2008, são dadas indicações sobre o
errado e as condições de trabalho, muitas vezes com valor mínimo das remunerações: índices 126 ou 89,
grandes sacrifícios pessoais, a somar às más condições respectivamente, se a habilitação é igual à licenciatura
remuneratórias e às enormes incertezas com que são ou não; em horários incompletos deve ser calculado um
34 tratados. valor por hora lectiva proporcional aos índices aponta-
dos (a referência à hora “lectiva” deixa por n.º 14.460/2008 - estabelece as condições
pagar, em muitos casos, serviço exigido para que ocorra essa contagem: “Sem- A FENPROF defende a criação
aos contratados para além da dinamiza- pre que os profissionais a afectar a cada de equipas educativas para o
ção, em concreto, das AEC). actividade de enriquecimento curricular 1º CEB. Muitos dos colegas
que hoje são obrigados
Apesar destas indicações, como em disponham das qualificações profissio- a recorrer às AEC seriam
muitos casos os municípios entregam a nais para a docência dessa actividade, o precisos nessas equipas!
concretização das AEC a outras entidades tempo de serviço assim prestado conta A colocação deve ser feita de
ou até a empresas, continua a verificar-se para efeitos de concurso de docentes da acordo com as regras gerais
uma grande disparidade de situações con- educação pré-escolar e dos ensinos básico de concursos que a FENPROF
também defende, respeitando
tratuais. Por exemplo, ainda há colegas e secundário”. princípios de equidade, trans-
sujeitos a contrato de prestação de servi- Aquele despacho indica, também, os parência e direito à estabilidade
ços, vulgo “recibos verdes”, uma forma perfis dos professores que, regra geral, de emprego.
contratual manifestamente desadequada começam pelo nível das habilitações pro- Enquanto não estiver concre-
e ilegal para o tipo de relação laboral em fissionais ou próprias para cada área. tizada tal exigência, é urgente
causa. que o ME intervenha na selva
laboral que deixou proliferar.
A FENPROF luta pela imediata regula- Nos últimos anos, as AEC absorveram Desde logo, a FENPROF exige
rização e uniformização das situações milhares de professores, mais de 15.000 a melhoria e regularização
contratuais mas reivindica mais do que no último ano lectivo. As desigualdades de das situações contratuais,
isto: a criação de equipas multidisci- condições de trabalho, de situação con- acabando de vez com os falsos
“recibos verdes” e contratando
plinares no 1º CEB e a colocação dos tratual e remuneratória, associadas muitas
a termo resolutivo os profes-
professores necessários por concurso, vezes a tratamentos discricionários e pou- sores recrutados, de acordo
como professores dos agrupamentos. co respeitadores da dignidade profissional com os índices de vencimento
dos professores, são marcas pesadas do da contratação nas escolas
A contagem do tempo de serviço para actual modelo das AEC. públicas.
efeitos de concurso é um dos aspectos As AEC não têm de estar organizadas as-
mais sensíveis para a maioria dos pro- sim; não têm de ser o rosário de arbitrarie-
fessores que procuram as AEC. O “Re- dades e de exploração do trabalho docen-
gulamento de acesso ao financiamento” te a que o ME assiste impávido e sereno.
- última versão publicada com o Despacho É preciso intervir para forçar melhorias, 35
reforçando as propostas da FENPROF. Os mutualidades e IPSS também há um CCT.
contratados das AEC têm uma palavra Devia merecer ponderação o
a dizer na luta contra a precariedade Como em outras situações profissionais, facto de o Reino Unido, nos
talvez aqui com razões reforçadas, é últimos anos, andar à procura
e pela estabilidade de emprego a que,
de professores pelo mundo,
como os outros professores, têm direito. muito importante a tua sindicalização. desde que dominem fluente-
A FENPROF teme que a instabilidade Há (muitos) momentos em que é decisivo mente o Inglês! É que, hoje, por
que tem estado no âmago do programa ter acesso a um bom aconselhamento lá, faltam os professores, em
das AEC resulte, a curto prazo, em novo e, eventualmente, o apoio directo do resultado de erradas opções
políticas que desvalorizaram a
surto de desemprego, na sequência das sindicato, razões fortes para te tornares profissão docente e afastaram
medidas de “reorganização da rede” que, associado/a do sindicato da FENPROF na jovens em massa.
mais uma vez, o governo toma com vista à tua área… No panorama internacional há
redução de postos de trabalho. lições a que os governos por-
tugueses deviam estar atentos.
Se calares o teu descontentamento, por-
que é que o governo há-de passar fazer E ainda… Mas convence-te disto: eles
sabem destas coisas mas,
de maneira diferente?! Acredita! Se que- infelizmente, mantêm outras
res melhorar a tua situação profissio- Mais três destaques de outras tantas pos- opções e prioridades.
sibilidades que importa conheceres… Só a luta, feita também
nal vais ter mesmo que lutar por isso.
contigo, obrigará os
Junta-te à FENPROF nesta luta! governos de cá a reconsi-
Concurso para o Ensino Português no derar opções (erradas) e
Estrangeiro (EPE): prioridades (erradas)!
Ensino Particular • Consultar www.instituto-camoes.pt;
• O recrutamento para leitores ou professo-
e Cooperativo res está a cargo do Instituto Camões, I.P.;
• A contratação local é feita ao abrigo da
Neste sector incluem-se os chamados “co- Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro;
légios”, a esmagadora maioria das escolas • Os candidatos deverão possuir habili-
profissionais e também estabelecimentos tação profissional para a docência para o
de educação e ensino propriedade de IPSS, nível de ensino (quando adquirida numa
Mutualidades e Misericórdias. instituição de um país estrangeiro, deverão
Para poder ser contratado num estabele- provar estarem devidamente habilitados
cimento deste tipo é preciso apresentar dis- para a docência em Português).
ponibilidade e currículo à entidade proprietá-
ria, seja o empresário que detém o colégio, a Da FENPROF faz parte também o Sindi-
instituição responsável pelo estabelecimento cato dos Professores no Estrangeiro
ou a direcção nomeada pelo(s) proprietário(s). (SPE). Para mais informação sobre a acti-
Nos estabelecimentos que têm paralelismo vidade e preocupações principais na área
pedagógico com o Ministério da Educação do SPE/FENPROF, consulta http://www.
obedece-se a requisitos habilitacionais refe- fenprof.pt/SPE/.
renciados pelas regras do sistema público.
Como é evidente, aqui não existem outras Escolas Portuguesas de Dili, Luanda, Ma-
regras para a selecção e contratação dos cau e Moçambique:
docentes que não sejam as decididas por • A entidade que assegura o recrutamen-
quem tem este poder. to e acompanhamento é o Gabinete de
O regime de contratação aplicável é o pre- Estatística e Planeamento da Educação
visto na Lei n.º 7/2009, de 2 de Fevereiro (GEPE), organismo que faz a ligação entre
(Código de Trabalho). É importante ter em o ME e o MNE (ver www.gepe.min-edu.pt).
conta e conhecer os contratos colectivos
de trabalho (CCT) que, para além das Agente de cooperação (Lei n.º 13/2004,
normas gerais, possam estar em vigor em de 14 de Abril):
cada estabelecimento. Por exemplo, há • O Instituto Português de Apoio ao De-
um CCT que se aplica em muitos colégios senvolvimento, I.P., mantém uma bolsa de
e outros estabelecimentos particulares; candidatos para Angola, Cabo Verde, Guiné-
está em negociação um outro CCT para as Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe
36 escolas profissionais; nas misericórdias, e Timor-Leste (ver www.ipad.mne.gov.pt).
Subsídio de
desemprego:
um direito
conquistado
pela luta

37
A
atribuição das prestações de desemprego deve O direito ao subsídio de desemprego foi conquistado em
ser requerida no prazo de 90 dias consecutivos 2000. Os professores não tinham qualquer protecção
a contar da data do desemprego e ser prece- em situação de desemprego. O que permitiu alterar essa
dida de inscrição para emprego no Centro de situação foi a persistência da FENPROF na exigência
Emprego da área de residência. O pagamento só é devi- desse direito acompanhada, de forma decisiva, por uma
do a partir do dia em que os documentos entrarem na luta longa e tenaz, muitas vezes com grandes partici-
Segurança Social, pelo que convém reunir a documen- pações, dos professores e educadores, com destaque
tação e entregá-la em mão no Centro de Emprego, com a para os que tinham directamente a ver com o problema:
maior urgência, no primeiro dia útil do mês de Setembro os/as colegas então contratados/as ou desempregados/
ou, de forma geral, no primeiro dia útil após a situação de as.
desemprego. Fruto de outros factores, só nove anos depois é que
Para tal deves solicitar nos serviços administrativos da esse direito passou a abranger os muitos docentes
tua escola/agrupamento o preenchimento do Modelo contratados do Ensino Superior. Factores como o envol-
RP5044-DGRSS, (disponível em http://www.ire.gov.pt/ vimento na luta, o comportamento de algumas organiza-
proteccao_desemp/ModRP5044_DGSS.pdf). ções sindicais e, determinante, a natureza dos governos
Nota importante: a contagem de tempo de serviço para e maiorias parlamentares que têm resultado do voto dos
efeitos de subsídio de desemprego é de 30 dias por cada portugueses, ajudam a contar a história desta conquista
mês de trabalho, independentemente do número de ho- mais tardia.
ras do horário. Por isto, deves pedir uma declaração de A FENPROF não se cansa de repetir: é o envolvimento
tempo de serviço com as datas em que começaste a directo que dá força à luta e ajuda a resolver proble-
38 trabalhar e em que acabaste o contrato. mas, a transformar a realidade; foi assim naquela altu-
ra e continua a ser assim em relação aos trabalhadores são, na sua grande maioria,
graves problemas de hoje, precisamente as principais vítimas de uma crise que tem A protecção através
do subsídio social
os que tu enfrentas. outros responsáveis, mal escondidos por de desemprego tem lugar:
detrás de discursos desse tipo. Num mo- a) Nas situações em que não
Neste momento (ver Anexo do Decreto-Lei mento em que o desemprego não pára de seja atribuível subsídio de
n.º 72/2010, de 18 de Junho que repu- aumentar e em que, como se vê no caso desemprego;
blica diploma anterior com alterações), da Educação, há mesmo assim erradas b) Nas situações em que os
beneficiários tenham esgotado
para poderes ter acesso ao subsídio de medidas que o continuam a fomentar, tais os períodos de concessão do
desemprego, o prazo de garantia obriga discursos são particularmente condená- subsídio de desemprego, desde
a que tenhas trabalhado 450 dias com o veis; como são condenáveis as medidas que se encontrem preenchidos
correspondente registo de remunerações, que, neste ambiente, têm procurado os demais condicionalismos
previstos no decreto-lei ao lado
num período de 24 meses imediatamente reduzir despesas à custa de cortes nas referido.
anterior à data do desemprego. Já quanto prestações sociais, incluindo as da pro-
ao subsídio social de desemprego, o prazo tecção no desemprego.
de garantia é de 180 dias de trabalho, com
o correspondente registo de remunerações, Existe, ainda, o subsídio de desemprego
num período de 12 meses imediatamente a tempo parcial que se pode aplicar em
anterior à data do desemprego. A atribui- situações em que o beneficiário, tendo
ção deste subsídio social depende ainda condições de acesso ao subsídio de
de outras condições, nomeadamente os emprego normal, exerça alguma activi-
rendimentos mensais do agregado familiar. dade profissional por conta de outrem, a
tempo parcial, ou trabalho independente,
O período de concessão do subsídio actividades remuneradas com vencimen-
de desemprego e do subsídio social de tos inferiores ao montante do subsídio de
desemprego inicial é estabelecido, por desemprego. Importa ter em conta que o
categorias, em função da idade e do tempo período de concessão do subsídio a tempo
de serviço que acumulado. parcial é deduzido no período de conces-
O montante diário do subsídio de desem- são do subsídio de desemprego a que
prego é igual a 65% da remuneração de tenhas direito.
referência e é calculado na base de 30 dias
por mês. Contrariamente a alguns discur- O pagamento do subsídio de desemprego
sos populistas - ou de mera ignorância -, está sujeito a várias obrigações impos-
os beneficiários do subsídio de desempre- tas aos beneficiários. Aqui te deixamos
go não “recebem mais por estarem no de- alguns alertas:
semprego”… Aliás, o montante mensal tem 1. O dever de apresentação quinzenal, de
tectos máximos e não pode ser superior a forma espontânea ou mediante convocató-
75% do valor líquido da remuneração de ria, nos centros de emprego, nos serviços
referência que serviu de base de cálculo ao de segurança social da área de residência
subsídio de desemprego, nunca ultrapas- do beneficiário, em outras entidades com-
sando o valor líquido da remuneração de petentes definidas pelo Instituto do Empre-
referência que serviu de base de cálculo ao go e Formação Profissional (IEFP), ou com
subsídio de desemprego. quem o IEFP venha a celebrar protocolos
O subsídio social de desemprego é, por para este efeito. O local de apresentação é
norma, bastante mais baixo, calculado com definido pelo centro de emprego.
base no indexante dos apoios sociais e 2. A falta de comparência do beneficiário,
nunca pode ultrapassar esse montante. sempre que convocado pelos centros de
emprego, é justificada nos termos cons-
A FENPROF, assim como a CGTP-IN, tantes do regime previsto no Código do
desmentem e condenam os discursos Trabalho. A falta, quando previsível, deve
que parecem querer responsabilizar ser comunicada com a devida antecedên-
os trabalhadores vítimas de desem- cia, acompanhada da indicação do motivo
prego, incluindo aqui muitos professores justificativo e, caso a falta ocorra por moti-
e educadores, pela situação difícil que vo imprevisível, aquela comunicação deve
a economia e o país enfrentam. Estes ser efectuada logo que possível. A prova 39
do motivo justificativo das faltas deve ser e não atacam graves problemas estrutu-
apresentada no prazo máximo de cinco rais que as escolas e o país enfrentam. A FENPROF e a CGTP-IN
dias consecutivos a contar da verificação 1. A FENPROF defende: concordam com a fiscali-
dos factos que a determinaram. As faltas • A diminuição do número de alunos por zação rigorosa na atribuição
de prestações sociais mas
por motivo de doença são justificáveis no turma; discordam de algumas
prazo de cinco dias úteis a contar da data • A redução do número de níveis e de obrigações impostas aos
do seu início. turmas atribuíveis a cada docente; beneficiários, muitas vezes
3. O Decreto-Lei n.º 72/2010, de 18 de • A viabilização de condições para que as num clima de suspeição em
relação a quem perdeu o seu
Junho, no art.º 49.º do anexo, elenca os escolas possam desenvolver os seus pró- emprego. A obrigatoriedade
diferentes motivos para anulação da ins- prios projectos de combate ao insucesso cega das apresentações
crição no centro de emprego: e abandono escolares; quinzenais e, quantas vezes,
a) Recusa de emprego conveniente; • O reforço do apoio e acompanhamento a impraticabilidade da prova
b) Recusa de trabalho socialmente neces- dos alunos com necessidades educativas de procura activa de emprego
que já tem levado a situações
sário; especiais; de vexame e aproveitamento
c) Recusa de formação profissional; • A valorização dos quadros das esco- sobre os beneficiários do
d) Recusa do PPE; la, de acordo com as suas verdadeiras subsídio de desemprego são
e) Recusa de outras medidas activas de necessidades; duas dessas discordâncias. É
manifesta, ainda, a desade-
emprego em vigor, não previstas nas alíne- • O alargamento da rede pública de esta- quação de algumas dessas
as anteriores; belecimentos do pré-escolar; regras face a especificidades
f) Segundo incumprimento do dever de • A constituição de equipas educativas no da profissão docente.
procurar activamente emprego pelos seus 1º ciclo do Ensino Básico;
próprios meios e efectuar a sua demonstra- • O desenvolvimento de um plano nacio-
ção perante o centro de emprego; nal de combate ao analfabetismo;
g) Segundo incumprimento das obrigações • Apostas frontais e sérias no aumento
e acções previstas no plano pessoal de das qualificações académicas e profissio-
emprego, com excepção das situações nais da população activa.
referidas no n.º 4 do presente artigo; 2. A FENPROF, com os professores, luta
h) Falta de comparência a convocatória do contra medidas como:
centro de emprego; • O encerramento maciço de escolas;
i) Falta de comparência nas entidades • A fusão de agrupamentos e escolas
para onde foi encaminhado pelo centro de secundárias em unidades de gigantesca
emprego; dimensão que visam, principalmente, faci-
j) Segunda verificação, pelo centro de litar a redução de postos de trabalho;
emprego, do incumprimento do dever de • O aumento da idade para a aposenta-
apresentação quinzenal. ção;
Toma em conta que a reinscrição no • A sobrecarga dos horários de trabalho
centro de emprego só pode verificar-se dos docentes;
decorridos 90 dias consecutivos contados • A extinção do carácter inclusivo da
da data de uma decisão de anulação. Escola Pública;
• A entrega de respostas educativas a
O subsídio de desemprego não é uma interesses privados;
benesse. É um direito que se constitui, • A introdução de novas e mais graves
nomeadamente, a partir das contribuições formas de precariedade no trabalho.
que os trabalhadores fazem. É um direito
de cada trabalhador. A precariedade e o desemprego que te
A FENPROF lutou pelo acesso ao subsídio ameaçam não são fatalidades. São op-
de desemprego por parte dos professores ções políticas que podes e deves ajudar
e educadores, mas continua a ter como a combater e a corrigir.
necessária e prioritária a luta pelo em-
prego! Os governos que temos tido fize-
ram opções que, para além de agravarem
a precariedade no trabalho docente, pro-
movem activamente… o desemprego (o
40 contrário da responsabilidade que teriam)
Movimento
Sindical

41
A FENPROF e os seus sindicatos O pagamento de quotas, correspondendo a percen-
tagens sobre o vencimento (*), é suspenso na even-

A
FENPROF, Federação Nacional dos Professo- tualidade de desemprego. Os colegas em situação de
res, é a maior e a mais combativa organização desemprego mantêm a condição de associados durante
sindical docente portuguesa. É composta por o prazo definido nos estatutos de cada sindicato, man-
sete sindicatos regionais, autónomos, com ór- tendo também o acesso aos serviços, apoio e informa-
gãos, direcção e actividade próprios: ção que são direitos de qualquer associado.
Sindicato dos Professores do Norte – SPN
(*) O valor despendido em quotas sindicais é posteriormente
Sindicato dos Professores da Região Centro – SPRC abatido, com bonificação, em sede de IRS. Na prática, o mon-
Sindicato dos Professores da Grande Lisboa - SPGL tante acaba por ser substancialmente inferior ao que decorre do
Sindicato dos Professores da Zona Sul – SPZS cálculo percentual que determina o valor da quota sindical
Sindicato dos Professores da Madeira – SPM
Sindicato dos Professores da Região Açores – SPRA Tu tens direito a:
Sindicato dos Professores no Estrangeiro – SPE • Carreira profissional;
A sindicalização não é feita directamente na FENPROF • Emprego estável;
mas sim nos sindicatos que a compõem e que se juntam • Salário compatível com a exigência social da profissão;
e coordenam actividade e acção no espaço da Federa- • … Poder olhar com confiança o teu futuro.
ção. Deves estar sindicalizado/a no sindicato da área A luta pelos teus direitos só tem sentido, força e possi-
geográfica em que te encontras a trabalhar. bilidade de êxito se for desenvolvida em conjunto com
outros. Só a luta colectiva ajudará a transformar as con-
A sindicalização é uma decisão cívica e política! São os dições de vida e de trabalho que te são impostas. O pro-
associados que constituem uma determinada organização testo solitário, amargurado, não faz mossa no poder!
político-sindical que os representa enquanto trabalhado- Se é verdade que quem luta nem sempre ganha, certo
res; dão vida à organização, intervindo na escolha, entre é que quem não luta perde sempre!
eles, dos dirigentes e nas discussões e acções a partir
das quais são sinalizados os problemas que afectam os Com dificuldades que têm se ser superadas, mas sem
docentes e se definem as linhas de análise e de proposta desânimos, a FENPROF mantém grande atenção e
que o sindicato apresenta e defende; cada sindicalização intervenção directas sobre as questões da preca-
traz mais força à representação dos trabalhadores, dá riedade e do desemprego. Desde logo, carreando-as
mais força à luta colectiva, torna mais visíveis as propos- como referências reivindicativas fundamentais em muitos
tas apresentadas e as reivindicações assumidas. processos e acções de luta; também mantendo e apre-
Ser associado de um dos sindicatos da FENPROF é sentando propostas de primordial interesse para quem é
também ter acesso a um conjunto vasto de serviços obrigado/a viver a precariedade e a ameaça constante do
e apoios que não são menos importantes, bem pelo desemprego.
contrário, para quem vive situações de precariedade A FENPROF tem procurado que os problemas e as
laboral. Serviços de atendimento com informações legítimas aspirações dos/as colegas contratados/as
personalizadas e rigorosas, serviços jurídicos para apoio ou desempregados/as cheguem ao conhecimento dos
aos docentes, mas também informação escrita e outra, governos e dos grupos parlamentares eleitos pelos por-
devidamente actualizada, são razões fortes para estares tugueses, bem como a outros níveis políticos e institu-
sindicalizado/a. Os sindicatos oferecem, ainda, outras cionais; que tenham expressão junto da comunicação
vantagens aos seus associados como, por exemplo, pro- social e da opinião pública; que despertem, justamente,
tocolos que permitem a aquisição de bens e serviços em a sociedade; que estejam presentes e visíveis nas acções
condições vantajosas. de luta gerais que envolvem todos os trabalhadores; que
ocupem espaço e ganhem força nas lutas dos professo-
A sindicalização implica o pagamento de quotas: cada res; que movimentem cada vez mais colegas contratados/
um, juntamente com os outros, cria condições para o as ou desempregados/as em acções específicas que dão
desenvolvimento da actividade sindical em defesa dos relevo e visibilidade aos seus problemas maiores. De me-
trabalhadores, começando pelos da sua área profissio- mória, um lembrete só com algumas destas acções, entre
nal. Os sindicatos da FENPROF funcionam e desenvol- as realizadas mais recentemente:
vem actividade, exclusivamente, com o pagamento de • Em Julho de 2007, a FENPROF promoveu a “Feira do
quotas dos seus associados. É uma das razões para Desemprego Docente”, na Praça da Figueira, em Lisboa.
a sua independência em relação ao poder político e • Em Janeiro de 2008 organizou o Fórum do Emprego
42
económico. Docente.
• Nesse mesmo ano lançou, no quadro
da luta contra o ECD do ME, a “Carta
contra a prova de avaliação de conhe-
cimentos e competências”, dirigida
à ministra da Educação e aos grupos
parlamentares, depois transformada em
petição contra a chamada “prova de
ingresso”.
• A 1 de Setembro de 2008, a FENPROF
e os seus sindicatos estavam à porta
dos centros de emprego de muitas das
capitais de distrito a denunciar o desem-
prego e a precariedade de milhares de
professores.
• Nas enormes manifestações que os
professores fizeram durante o con-
sulado de Lurdes Rodrigues/Sócrates,
a FENPROF ali afirmou a exigência de
revogação da prova de ingresso como
uma das fundamentais na luta contra o
ECD do ME. Trabalhadores, promovida pela CGTP… E se nela mais
• A 1 de Setembro de 2009, algum tempo antes das forte não foi a presença dos/as colegas contratados/as ou
eleições legislativas, foi tornada pública a “Carta Reivin- desempregados/as… é porque o número em que partici-
dicativa dos Professores Portugueses”, onde marcam param não foi maior…
presença os problemas da precariedade e do desemprego. Há distracções que levam alguns a dizer que a FENPROF
• No dia 7 de Setembro de 2009 a FENPROF promoveu não dá atenção aos problemas dos contratados/desem-
uma conferência de imprensa frente ao ME, com a pre- pregados. São distracções, por certo.
sença do seu secretário-geral, denunciando a inaceitável O que a FENPROF diz, sempre determinada a não desis-
opção do governo pelo trabalho precário, opção tornada tir, é que, demasiadas vezes, tem faltado a presença e
descarada pelos resultados do concurso de colocação. a força de muitos mais colegas nestas acções. Desta
Foram distribuídos à população dezenas de milhar de resumida lista, por exemplo, em quais estiveste a dar a
folhetos com essa denúncia em muitas cidades do país. força da tua participação?
• Já em 2010, à porta da Presidência do Conselho de Mi- A FENPROF continuará a denunciar a situação e os pro-
nistros, decorreu uma concentração contra a inclusão blemas que tu vives mas é melhor que não fiquem muitas
das classificações da avaliação do desempenho nos dúvidas: a força que é necessária para que o poder políti-
concursos, questão que, para já, atinge principalmente co ouça, discuta e negoceie soluções para os problemas
os/as colegas contratados/as. que enfrentas não se consegue sem o teu contributo e
• Em Março foi lançada, em Coimbra, a campanha na- sem a força de outros/as que tragas, contigo, à luta. Não
cional de alerta e mobilização “Contratado, o governo fantasies lutas que não comecem pela tua própria
precisa de ti!... Para trabalhares muito e para pagar disponibilidade para as fazer!
pouco!”, dando início à movimentação pela realização
de concursos em 2011 e em defesa da vinculação dos
professores contratados. CGTP-IN
• Ainda em Março, os sindicatos da FENPROF voltaram a
procurar e a organizar a participação dos professores na A FENPROF e todos os seus sindicatos participam, inte-
Manifestação do Dia da Juventude (CGTP), fundamental- gram e dão força à grande organização dos trabalhadores
mente virada para a luta contra a precariedade. em Portugal, a Confederação Geral dos Trabalhadores
• Em Abril realizou-se o 10.º Congresso Nacional dos Portugueses – Intersindical Nacional. Hoje, os profes-
Professores. Ali assumiram importância os problemas da sores e educadores, pelo seu número de sindicalizados e
precariedade e do desemprego, quer nas intervenções dos pela força da sua intervenção, têm um peso e importância
delegados, quer nos textos aprovados. É também desta muito grandes no seio desta organização e, de uma forma
dinâmica que nasce este GUIA DE SOBREVIVÊNCIA. geral, junto de todo o Movimento Sindical Unitário.
• A 29 de Maio, a FENPROF e os seus sindicatos partici-
param na grande Manifestação Nacional de Todos os A força dos professores é um contributo importante para 43
a defesa dos interesses dos trabalhadores portugueses. Estado e particularmente da Inspecção do Trabalho,
A luta dos trabalhadores portugueses é decisiva para os que não desempenham a sua missão de fazer cumprir
objectivos dos professores e educadores. as leis do trabalho. Por esta razão, os vínculos laborais
Muitos dos problemas que se colocam aos docentes precários, tidos pela lei como um regime de excepção,
estão longe de ser exclusivos destes profissionais e transformaram-se ilegalmente numa regra que atinge
de poderem ser resolvidos de forma parcelar, apenas mais de 50% dos jovens até aos 24 anos.
para eles. Um exemplo gritante disto é a má opção polí- As novas gerações, que são o futuro do nosso país, vi-
tica pela precariedade no trabalho que está no centro da vem a angústia de não saber se amanhã terão emprego,
elaboração deste GUIA DE SOBREVIVÊNCIA. A preca- alternando constantemente entre o trabalho precário e o
riedade não é uma invenção de sucessivos governos só desemprego, numa situação de permanente instabilida-
para as escolas: é uma opção política que, infelizmente, já de que não lhes permite organizar com segurança nem a
faz com que haja, em Portugal, quase um milhão e meio sua vida profissional nem a sua vida pessoal e familiar.
de trabalhadores precários. Também assim é com as más É tempo de mudar e de pôr fim à ilegalidade!
opções que continuam a levar à subida do desemprego e Assim, ao abrigo do direito de petição previsto na Lei
que se abatem, inexoravelmente, sobre os docentes. Há nº43/90, de 10 de Agosto, os abaixo-assinados solici-
momentos em que a tua luta é a luta de todos e tem de tam:
ser feita com todos! Para um posto de trabalho permanente
Como exemplo que deve merecer a tua atenção, aqui fica um vínculo de trabalho efectivo!
o registo da continuada prioridade do combate contra
a precariedade no pensamento, nas propostas e na
acção da CGTP-IN. Ainda há pouco tempo, a Central
lançou uma petição que irá obrigar à discussão destas
coisas na Assembleia da República (ver caixa). Mas FCSAP (Frente Comum)
também, ainda este ano, voltámos a participar em acções
de luta como a Manifestação do Dia da Juventude onde A Frente Comum de Sindicatos da Administração
as atenções foram para a denúncia da precariedade a Pública é o espaço de encontro de 32 organizações
que os jovens estão sujeitos. Ou participámos na enor- sindicais “para uma melhor coordenação, informação e
me Manifestação de 29 de Maio onde, entre os 350 mil actuação reivindicativas e consequente fortalecimento do
trabalhadores em luta, surgiram em destaque os graves poder negocial de todas e de cada uma das organizações
problemas da precariedade e do desemprego que tanto sindicais do sector”. Entre aquelas organizações estão
te preocupam. São iniciativas e acções em que, face aos os sindicatos de professores da FENPROF e a própria
problemas que conheces melhor que ninguém, só se FENPROF.
pode exigir uma coisa: que tenham uma forte adesão
e participação dos professores/as e educadores/as Ao longo deste GUIA falámos de questões que estão
contratados/as ou desempregados/as! claramente na mira de muitas lutas organizadas e pro-
movidas a partir da FCSAP: regras gerais de carreiras e
de contratação na administração pública; normas para a
PETIÇÃO definição de condições de trabalho, incluindo horários;
direitos e deveres de aplicação geral aos trabalhadores;
Excelentíssimo Senhor matérias salariais como, por exemplo, o combate à sua
Presidente da Assembleia a República progressiva desvalorização das remunerações; questões
Em Portugal existe uma verdadeira praga de recibos de vínculos; questões da aposentação dos mais velhos
verdes, de contratos a termo ilegais e de contratos de que tanta importância têm, no imediato, para o emprego
trabalho temporário usados de forma abusiva, em clara dos mais novos…
violação da lei. A luta de todos/as os/as que trabalham na Administra-
Há cerca de 1 milhão e 400 mil pessoas com vínculos ção Pública, incluindo quem trabalha nas escolas pú-
de trabalho precário, com salários de miséria e, na sua blicas, organiza-se a partir da FCSAP, contando depois
maioria ilegais, uma vez que a maior parte destes traba- com as dinâmicas de cada sindicato e com o envolvimen-
lhadores desempenha funções de carácter permanente e to em concreto de cada um/a. Este é mesmo, como sem-
indispensáveis nas empresas e serviços da Administra- pre, o mais decisivo entre os factores decisivos... Quando
ção Pública e, no caso dos recibos verdes, em condi- os trabalhadores, como tu, colega contratado/a, vão à
ções que indiciam a existência de verdadeiros contratos luta, a sua força é tremenda! E o poder político sabe ver
de trabalho por conta de outrem. quando tem pela frente a determinação de quem trabalha,
44
Esta situação resulta, em boa parte, da ineficácia do a começar pela tua!
Endereços
sindicais
e outros
contactos
úteis

45
40 - r/c Fax: 249 824 290
2830-336 Barreiro torresnovas@spgl.pt
Telef: 212 079 395
Fax: 212 079 368 Torres Vedras
barreiro@spgl.pt Bairro Vila Morena
Edifício Sol Jardim, Loja 3 – 2º piso
Caldas da Rainha – Lote 2
Federação Nacional Av. Engº Luís Paiva e Sousa, nº 4 B 2560-619 Torres Vedras
dos Professores - FENPROF 2500-329 Caldas da Rainha Telef: 261 311 634
Telef: 262 841 065 Fax: 261 314 906
Rua Fialho de Almeida, 3 Fax: 262 844 240 torresvedras@spgl.pt
1070-128 Lisboa caldasrainha@spgl.pt
Telef: 213 819 190 Vila Franca de Xira
Fax: 213 819 198 Parede Rua Serpa Pinto, 136 – 2º
www.fenprof.pt Trav. Rocha Martins, F - L 2600-262 Vila Franca de Xira
fenprof@fenprof.pt 2775-276 Parede Telef: 263 276 486
Telef: 214 563 158 Fax: 263 276 487
Fax: 214 563 157 vilafranca@spgl.pt
parede@uniaolisboa-cgtp.pt

Santarém
Rua Vasco da Gama,
Sindicato dos Professores 16 J - 1º Esq.
da Grande Lisboa - SPGL 2000-232 Santarém
Telef: 243 305 790 Sindicato dos Professores
Sede e Serviços Médicos Fax: 243 333 627 do Norte - SPN
Rua Fialho de Almeida, 3 santarem@spgl.pt
1070-128 Lisboa R. D. Manuel II, 51 C - 3º
Telef: 213 819 100 Setúbal (Edifício Cristal Park)
Fax: 213 819 199 Rua Dr. Alves da Fonseca, 5 - 2º 4050-345 Porto
www.spgl.pt 2900-218 Setúbal Telef: 226 070 500
spgl@spgl.pt Telef: 265 228 778 (acesso a 10 linhas de rede)
Direcção - direccao@spgl.pt Fax: 265 525 935 Fax: 226 070 595/6
setubal@spgl.pt www.spn.pt
Delegações geral@spn.pt
Sintra
Abrantes Rua Padre Manuel Nóbrega, Lote 8 – Delegações
Rua de S. Domingos, 336 Loja A, Algueirão
- Edifício S. Domingos – 3º B 2725-085 Mem Martins Amarante
2200-397 Abrantes Telef: 219 212 573 Edifício Amaranto
Telef: 241 365 170 Fax: 219 212 559 Rua Acácio Lino, Lote 50
Fax: 241 366 493 4600-053 Amarante
abrantes@spgl.pt Tomar Telef: 255 410 360/1
Rua Coronel Garcês Teixeira, 14-A Fax: 255 433 061
Almada 2300-460 Tomar amarante@spn.pt
Av. D. Nuno Álvares Pereira, Telef: 249 316 196
nº 21 – 1º Esqº Fax: 249 322 656 Braga
2800-179 Almada tomar@spgl.pt C. Comercial Stª Cruz - 6º
Telef: 212 761 813 Largo Carlos Amarante
Fax: 212 722 865 Torres Novas 4700-308 Braga
almada@spgl.pt Lg. José Lopes dos Santos Telef: 253 203 950
Edif. Santa Isabel – 2º Fax: 253 203 959
Barreiro 2350-686 Torres Novas braga@spn.pt
46 Rua Marquês de Pombal, Telef: 249 820 734
Bragança S. João da Madeira Tel:239 851 660
R. Norte, 17 - r/c Dtº R. Dr. Sá Carneiro, 108 - 1º Fax:239 851 666
Apartado 121 - sala G/H
5300-902 Bragança 3700-254 São João da Madeira Direcções Distritais
Telef: 273 322 423/273 333 346 Telef: 256 827 863/256 833 017
Fax: 273 331 194 Fax: 256 831 489 Aveiro
braganca@spn.pt sjmadeira@spn.pt R. de Angola, 42, Lj B
Urb Forca-Vouga
Chaves Santa Maria da Feira 3800-008 Aveiro
R. 1.º Dezembro - Edif. Alcaide Tel.: 234 420 775
Edifício Aníbal Xavier, r/c Rua S. Nicolau, 33 - 5º Salas AE e AD Fax: 234 424 165
5400-900 Chaves 4520-248 Santa Maria da Feira aveiro@sprc.pt
Telef: 276 332 553 Telef: 256 378 450
Fax: 276 332 720 Fax: 256 374 973 Covilhã
chaves@spn.pt feira@spn.pt R João Alves da Silva,
nº 3 - 1.º Dt.º,
Guimarães Viana do Castelo 6200-118 Covilhã
R. Conde Margaride, 529/543 R. Aveiro, 198 - Sala 209 Tel.: 275 322 387
1º - Sala 11 - Ed. Palácio Fax: 275 313 018
4810-435 Guimarães 4900-495 Viana do Castelo covilha@sprc.pt
Telef: 253 424 030 Telef: 258 801 520/1
Fax: 253 419 161 Fax: 258 801 529 Coimbra
guimaraes@spn.pt viana@spn.pt Prç da República, 28 - 1.º,
3001-552 Coimbra
Vila Nova de Famalicão
Mirandela Tel.: 239 851 660
C. C. Galiza
Avenida Varandas do Tua, Fax: 239 851 668
Rua Augusto Correia, 43 - sala 18
Lote 1 A - 1º - Lj. 1 coimbra@sprc.pt
4760-125 V. N. Famalicão
5370-212 Mirandela
Telef: 252 378 756/7
Telef: 278 262 975 Guarda
Fax: 252 378 758
Fax: 278 263 515 R Vasco da Gama, 12 - 2.º,
famalicao@spn.pt
mirandela@spn.pt 6300-772 Guarda
Vila Real Tel.: 271 213 801
Monção Lg. Pioledo - Ed. Stº António Fax: 271 094 077
Pç. da República, 39 - 1º Esqº Entrada B- Piso 4 - Salas BQ/BR guarda@sprc.pt
4950-506 Monção 5000-596 Vila Real
Telef: 251 651 532 Telef: 259 325 331 Leiria
Fax: 251 651 532 Fax: 259 326 075 R dos Mártires, 26 - r/c Drt.º,
moncao@spn.pt vilareal@spn.pt Apartado 1074,
2401-801 Leiria
Penafiel Tel.: 244 815 702
Ed. Sameiro Park, R. das Lages, Fax: 244 812 126
122 r/c leiria@sprc.pt
4560-231 Milhundos PNF
Telef: 255 213 058/255 213 059 Viseu
Fax: 255 213 057 Sindicato dos Professores Av Alberto Sampaio, 84
penafiel@spn.pt da Região Centro - SPRC Apartado 2214,
3510-027 Viseu
Póvoa de Varzim Sede Regional Tel.: 232 420 320
Praça João XXIII, 84-90 r/c Rua Lourenço Almeida Fax: 232 420 329
4490-440 Póvoa de Varzim de Azevedo, viseu@sprc.pt
Telef: 252 614 656 21, 3000-250 Coimbra
Fax: 252 618 380 http://www.sprc.pt
povoa@spn.pt e-mail:sprc@sprc.pt
47
Delegações Delegações 9054-525 Funchal
Telef: 291 206 360
Castelo Branco Beja Fax: 291 206 369
R. Pedro Fonseca, 10 - L, Rua D. Manuel I, nº 3 - 1º cfspmadeira@gmail.com
6000-257 Castelo Branco 7800-306 Beja
Tel.: 272 343 224 Telef: 284 324 947 Depart. Professores Aposentados
Fax: 272 322 077 Fax: 284 322 206 Rua Elias Garcia, Edifício Elias Garcia
castelobranco@sprc.pt spzs.beja@mail.telepac.pt I, Bloco V - 1º A
9054-525 Funchal
Figueira da Foz Portalegre Telef: 291 206 360
R. Calouste Gulbenkian, Av. General Lacerda Machado, Fax: 291 206 369
72 A - r/c Esq.º, n.º 50, 3º Drtº
3080-084 Figueira da Foz Apartado 43
Tel.: 233 425 417 7300-135 Portalegre
Fax: 233 425 417 Telef: 245 205 393
figueiradafoz@sprc.pt Fax: 245 207 351
spzs.portalegre@mail.telepac.pt
Douro Sul
Av. 5 de Outubro, 75 -1.º, Faro Sindicato dos Professores
5100-065 Lamego Rua Miguel Bombarda, Ed. Varandas da Região Açores - SPRA
Tel.: 254 613 197 de Faro, Bloco E, r/c Dtº
Fax: 254 619 560 8000-394 Faro Terceira
lamego@sprc.pt Telef: 289 823 154 Canada Nova, 21 - Santa Luzia
Fax: 289 804 710 9700-130 Angra do Heroísmo
Seia spzs.faro@gmail.com Telef: 295 215 471
Lg. Marques da Silva, Fax: 295 212 607
Edif. Camelo, Portimão - Sub-Delegação spra.terceira@mail.telepac.pt
2.º Esq. Frente Ed. Dos Sindicatos www.spra.pt
6270-490 Seia - Qtª do Bispo
Tel.: 238 315 498/238 393 184 8500-729 Portimão Faial
Fax: 238 393 185 Telef: 282 485 930 R. S. João, 38, fracção B - 1º Andar
seia@sprc.pt Fax: 282 418 205 9900-129 Horta
spzs.portimao@mail.telepac.pt Telef: 292 292 892
Centro de Formação Fax: 292 292 892
SPRC - R. Lourenço Almeida Aze- sprafaial@sapo.pt
vedo, 21 - 3000-250 Coimbra
Tel: 239 851 660 Flores/Corvo
cfsprc@sprc.pt Rua Fernando Mendonça, 2 r/c
9970-332 Santa Cruz das Flores
Sindicato dos Professores Telef. e Fax: 292 592 976
da Madeira - SPM spra-flores@sapo.pt

Funchal Graciosa
Rua Elias Garcia, Edifício Elias Garcia Rua Dr. Manuel Correia Lobão nº 22
Sindicato dos Professores I, Bloco V - 1º A 9880 Santa Cruz da Graciosa
da Zona Sul - SPZS 9054-525 Funchal Telef: 295 732 535
Telef: 291 206 360 Fax: 295 712 886
Sede Regional Fax: 291 206 369 spragraciosa@netc.pt
Av. Condes Vilalva, 257 spm@spm-ram.org
7000-744 Évora www.spm-ram.pt Pico
Telef: 266 758 270 Rua Dr. Manuel de Arriaga
Fax: 266 758 274 Centro de Formação: 9950-302 Madalena do Pico
spzs.evora@mail.telepac.pt Rua Elias Garcia, Edifício Elias Garcia Telef: 292 623 000
48 www.spzs.pt I, Bloco IV - 1º A Fax: 292 622 023
sprapico@sapo.pt Telef: 226 070 562/63/84 CCAP (Conselho Científico
Fax: 226 070 595 para a Avaliação de Professores)
Santa Maria Av. 5 de Outubro, 107, 8º andar
Rua J. Leandres Chaves, 12 C Centro Formação do Centro 1069-018 LISBOA
9580-533 Vila do Porto R. Lourenço Almeida de Azevedo, 21
Telef/Fax: 296 882 872 3000-250 Coimbra DGRHE (Direcção Geral dos Recur-
sprasma@iol.pt Telef.: 239 851 669 sos Humanos da Educação)
Fax: 239 851 669 Av. 24 de Julho, 142
São Jorge 1399-024 Lisboa
Av. D. António Martins Ferreira, 11/RC Centro Formação Lisboa 213 938 600 / Fax: 213 943 491
9850-022 Calheta - São Jorge e Vale do Tejo correio@dgrhe.min-edu.pt
Telef/Fax: 295 416 519 Rua Fialho de Almeida, nº 3
spra.sjorge@sapo.pt 1070-128 Lisboa GAVE (Gabinete de Avaliação Educa-
Telef: 213 819 121 cional)
S. Miguel Fax: 213 819 196 Tv. Terras de Sant’ana, 15
Av. D. João III, Bloco A, nº 10 - 3º spgliil@spgl.pt 1250-269 Lisboa
9500-310 Ponta Delgada 213 895 100 / Fax 213 895 150 e 213
Telef: 296 205 960 /8 Centro Formação do Sul 895 167
Fax 296 629 498 Rua D. Manuel I, nº 3 - 1º gav.me@mail.eunet.pt
spra.smiguel@mail.telepac.pt 7800-306 Beja
Telef: 284 320 484 CCPFC (Conselho Científico e Ped-
Fax: 284 322 206 agógico de Formação Contínua)
R. do Forno, nº 30, 1º andar -
Centro Formação dos Açores Apartado 2168
Canada Nova, 21 - Sta Luzia 4700 - 429 Braga
9700-130 Angra do Heroísmo 253 218 213 e 253 218 214
Telef: 295 215 471 Fax: 253 218 215
Sindicato dos Professores Fax: 295 212 607 ccpfc@ccpfc.uminho.pt
no Estrangeiro – SPE
CIREP (Centro de Informação
Luxemburgo: Outros contactos úteis e Relações Públicas)
OGLB-19, Rue d’Epernay Av. 5 de Outubro -107
L-19 Luxemburg SERVIÇOS CENTRAIS DO ME 1069-018 Lisboa
Telef. 0035.2.496005202 217 811 690 / Fax: 217 978 020
Gab. Ministro da Educação cirep@sg.min-edu.pt
Sede Social: Av. 5 de Outubro, 107
Rua Fialho de Almeida, 3 1069-018 Lisboa DGIDC (Dir. Geral de Inovação
1070-128 Lisboa 217 811 800 / Fax 217 811 835 e Desenvolvimento Curricular)
Telef: 213 819 190 gme@me.gov.pt Av. 24 de Julho, 140
Fax: 213 819 198 1399-025 Lisboa
fenprof@fenprof.pt Gab. Secret. Estado da Educação 213 934 500 / Fax: 213 934 695
Av. 5 de Outubro, 107 dgidc@dgidc.min-edu.pt
1069-018 Lisboa
217 811 800 / Fax 217 811 721 GEPE (Gabinete de Estatística
se.educacao@me.gov.pt e Planeamento da Educação)
Av. 24 de Julho, 134
Gab. Secret. Estado Adjunto 1399-054 Lisboa
e da Educação 213 949 200 / Fax: 213 957 610
Instituto Irene Lisboa Av. 5 de Outubro, 107 gepe@gepe.min-edu.pt
www.iil.pt 1069-018 Lisboa
217 811 800 / Fax 217 811 763 GGF (Gabinete de Gestão Financeira)
Centro Formação Norte E-Mail: E-Mail: se.adj-educacao@ Av. 24 de Julho, 134 – 3º/5º
R. D. Manuel II, 51 - C 3º Sala 3.1 me.gov.pt 1399-029 Lisboa
4050-345 Porto 213 949 200 / Fax 213 907 003 49
webmaster@ggf.min-edu.pt 1350-346 Lisboa Delegação Regional do Algarve
213 924 800 / Fax: 213 924 960 R. Dr. Cândido Guerreiro, 45 - 1º
DIRECÇÕES REGIONAIS ige@ige.min-edu.pt Edifício Nascente
DE EDUCAÇÃO Porto: R. Gil Vicente, 35 8000 - 318 FARO
4000-256 Porto Telef: 289 89 01 00
Direcção Reg. Educação do Norte 225 021 634 / Fax 225 094 261 Fax: 289 89 01
R. António Carneiro, 98 drn-ige@ige.min-edu.pt
4349-003 Porto Coimbra: Av. Bissaya Barreto, 267 OUTROS
225 191 900 / Fax 225 191 999 3020-076 Coimbra
E-Mail: dren@dren.min-edu.pt 239 488 180 / Fax 239 483 867 CNE
drc-ige@ige.min-edu.pt Rua Florbela Espanca
Direcção Reg. Educação do Centro 1700-195 Lisboa
R. Gen. Hum. Delgado, 319 RBE (Rede de Bibliotecas Escolares) 217 935 245 / Fax 217 979 093
3030-327 Coimbra 213 895 203 / Fax 213 895 272 cnedu@mail.telepac.pt
239 798 800 / Fax 239 402 977 rbe@rbe.min-edu.pt
atendimento@drec.min-edu.pt Fundação C. Gulbenkian
Instituto do Desporto Av. de Berna, 45
Direcção Reg. Educação de Lisboa Av. Infante Santo, 76 - 4º 1067-001 Lisboa
e Vale do Tejo 1399-032 Lisboa 217 823 000 / Fax 217 823 021
Pç. de Alvalade, nº 11 a 13 213 953 271 / Fax 213 979 557 info@gulbenkian.pt
1749-070 Lisboa geral@idesporto.pt
218 433 900 / Fax: 218 465 785 Assembleia da República
info.drelvt@drelvt.min-edu.pt IEPF - Instituto do Emprego Praça São Bento
e Formação Profissional, Lp. 1200-814 Lisboa
Direcção Reg. Educação do Alentejo Tel. 808 200 670 213 919 000 / Fax 213 920 856
Horta do Malhão (estrada Igrejinha) www.iefp.pt correio.geral@ar.parlamento.pt
Apartado 125
7002-505 Évora CENTROS DE EMPREGO Conselho de Ministros
266 757 900 / Fax 266 757 901 Rua Prof. Gomes Teixeira, 6 - 7º
Delegação Regional do Norte 1350-264 Lisboa
Direcção Reg. Educação do Algarve Rua Eng.º Ezequiel Campos, 488 213 927 600 / Fax 213 927 743/4
Ed. Feira Nova, 2º - EN 125 4149 - 004 PORTO
Sítio das Figuras Telef: 22 615 92 00 União das Misericórdias
8000-761 Faro Fax: 22 617 15 13 Calçada das Lages, 12 A
289 893 900 / Fax 289 893 929 1900-292 Lisboa
direccao@drealg.min-edu.pt Delegação Regional do Centro 218 110 540 / Fax 218 121 324
Av. Fernão de Magalhães, 660 geral@ump.pt
ORGANISMOS CENTRAIS 3000-174 COIMBRA
Telef: 23 986 08 00 CNIS / IPSS’s
Direcção Geral da ADSE Fax: 23 986 08 01 Rua Júlio Dinis, 931 - 3º Esquerdo
Pç. Alvalade, 18 4050-327 Porto
1748-001 Lisboa Delegação Regional de Lisboa e 226 068 614 / Fax 226 001 774
707 284 707 / Fax 210 059 990 Vale do Tejo cnisporto@mail.telepac.pt
geral@adse.pt R. das Picoas, 14
1069 - 003 LISBOA AEEP
Caixa Geral de Aposentações Telef: 21 330 74 00 Av. Defensores de Chaves, 32 - 1º
Av. 5 de Outubro, 175 Fax: 21 315 82 68 Esquerdo
1069-307 Lisboa 1000-119 Lisboa
217 807 807 (linha azul) / Fax 217 807 Delegação Regional do Alentejo 217 955 390 / 217 990 810
781 Rua do Menino Jesus, 47 - 51 Fax 217 964 075
cga@cgd.pt 7000 - 601 ÉVORA aeep@aeep.pt
Telef: 266 76 05 00
IGE (Inspecção-Geral da Educação) Fax: 266 76 05 23
50 Lisboa: Av. 24 de Julho, 136
CRSS - INSTUTO SOLIDARIEDADE CDSS Coimbra ALGARVE
E SEGURANÇA SOCIAL Telef: 239 410 700
Fax: 239 410 701 CDSS Faro
Braga: 253 613 080 / Fax 253 612 628 CDSSCoimbra@seg-social.pt Telef: 289 891 400 | Fax: 289 891 379
Bragança: 273 331 563 / Fax 273 333 326 CDSSFaro@seg-social.pt
Porto: 220 908 100 / Fax 220 908 160 CDSS Guarda
V. Castelo: 258 810 300 / Fax 258 810 302 Telef: 271 232 600 AÇORES
Vila Real: 259 308 700 / Fax 259 308 734 Fax: 271 232 635
Beja: 284 312 700 / Fax 284 322 556 CDSSGuarda@seg-social.pt Direcção Regional da Educação -
Évora: 266 760 430 / Fax 266 744 426 Terceira
Faro: 289 803 373 / Fax 289 802 138 CDSS Leiria 295 401 100 / Fax 295 401 179
Portalegre: 245 339 800 / Fax 245 330 278 Telef: 244 890 700
Lisboa: 213 102 000 / Fax 213 102 093 Fax: 244 890 701 Secretaria Regional de Educação
CDSSLeiria@seg-social.pt e Formação
CENTROS DISTRITAIS Paços da Junta Geral - Carreira dos
DE SEGURANÇA SOCIAL CDSS Viseu Cavalos
Telef: 232 439 400 9700 -167 Angra do Heroísmo
NORTE Fax: 232 422 155 Telefone: 295 401 170
CDSSViseu@seg-social.pt Fax: 205 401 179
CDSS Braga http://srec.azores.gov.pt
Telef: 253 613 080 LISBOA E VALE DO TEJO
Fax: 253 613 090 Direcção Regional da Educação
CDSSBraga@seg-social.pt CDSS Lisboa dos Açores
Telef: 218 424 200 Paços da Junta Geral - Carreira dos
CDSS Bragança Fax: 218 424 310 Cavalos
Telef: 273 302 000 CDSSLisboa@seg-social.pt 9700 -167 Angra do Heroísmo
Fax: 273 302 001 Telefone: 295 401 151 Fax: 295 401
CDSSBraganca@seg-social.pt CDSS Santarém 182
Telef: 243 330 432
CDSS Porto Fax: 243 330 493 Inspecção Regional da Educação
Telef: 220 908 100 CDSSSantarem@seg-social.pt Rua de Baixo de São Pedro, nº 46
Fax: 220 908 160 9700-025 Angra do Heroísmo
CDSSPorto@seg-social.pt CDSS Setúbal Telefone: 205 217 760 Fax: 295 217 761
Telef: 265 530 300
CDSS V. do Castelo Fax: 265 228 018 MADEIRA
Telef: 258 810 300 CDSSSetubal@seg-social.pt
Fax: 258 810 301/2 Secretaria Regional da Educação
CDSSViana-do-castelo@seg-social.pt ALENTEJO 291 202 600 / Fax 291 202 609

CDSS V. Real CDSS Évora Dir. Reg. Educação Especial


Telef: 259 308 700 Telef: 266 760 300; 266 760 334 291 705 860 / Fax 291 705 870
Fax: 259 308 733 Fax: 266 700 767
CDSSVReal@seg-social.pt CDSSEvora@seg-social.pt Dir. Reg. Administrativa Educativa
CDSS Beja 291 200 900 / Fax 291 226 860
CENTRO Telef: 284 312 700
Fax: 284 329 618 Dir. Reg. Emp. e Form. Profissional
CDSS Aveiro CDSSBeja@seg-social.pt 291 701 090
Telef: 234 401 600
CDSSAveiro@seg-social.pt CDSS Portalegre Dir. Reg. Educação
Telef: 245 339 813 291 708 420 / Fax 291 708 437
CDSS C. Branco CDSSPortalegre@seg-social.pt
Telef: 272 330 499
Fax: 272 330 494
CDSSCasteloBranco@seg-social.pt 51
Ficha
de
Sindicalização

53
ficha de sindicalização
(De acordo com os Estatutos de cada Sindicato)
Federação Nacional dos Professores

Nome

Data de nascimento B. Identidade

Emitido Arquivo

Morada

Localidade Concelho Código Postal

Tel. Telm.

E-mail

Hab. Académicas Anos de Serviço Índice Salarial

Sector de Ensino Pré-Escolar 3º CEB Particular e Cooperativo Outro. Qual

1º CEB Secundário IPSS e Misericórdias

2º CEB Ed. Especial AEC

Estabelecimento(s) onde lecciona

Distrito Concelho

A preencher pelos serviços do Sindicato

Registo de entrada nº Visto Número de Sócio

Data de entrada Destinado a:

À Direcção do Agrupamento/Escola
Número de Sócio
(a preencher pelos serviços)
declaração de desconto

Nome

Entidade que processa o vencimento

N.º de Contribuinte Distrito

Autorizo a debitar a quotização sindical de % do meu vencimento ilíquido, para o Sindicato dos Professores
, a ser pago:

Através de desconto no vencimento Outra forma de pagamento

NIB

Data de Entrada Assinatura


Ficha Técnica
Coordenação e Organização de Textos
Secretariado Nacional da FENPROF
Frente de Trabalho dos Professores Contratados e Desempregados

Projecto Gráfico
Tiago Madeira/SPRC – DIC

Fotografia
Arquivo FENPROF

Impressão
Nocamil

Edição
Federação Nacional dos Professores – FENPROF (2010)

Tiragem
16.000

Você também pode gostar