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Apostila - Estabilidade - Parte 1 PDF
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Forças no plano
Um caso especial ocorre quando um corpo está sujeito a duas forças, F e –F,
que têm o mesmo módulo, linhas de ação paralelas e sentidos opostos formando um
binário ou conjugado. A soma das componentes das duas forças em qualquer direção
é zero. Entretanto, a soma dos momentos das duas forças em relação a um dado
ponto não é zero. Apesar das duas forças não transladarem o corpo no qual atuam,
tendem a fazê-lo girar. A distância d mostrada na Figura 2.5 chama-se braço binário.
M = -F. b = 20. 3 ⇒ M = - 60 N m
M = F. b = 20. 0 ⇒ M = 0
Exercícios
1. Considerando positivos os momentos anti-horários, calcule os
r r r
momentos das forças paralelas F1 , F2 e F3 em relação ao ponto O.
r r r
Dados: F1 = 200 N; F2 = 250 N; F3 = 50 N.
3. Centro de Gravidade
baixo:
x .m + x .m + ... + x N .mN ∑ x .m i i
xCG = xCM = 1 1 2 2 = i =1
m1 + m2 + ... + m N N
∑m
i =1
i
∑ x .m i i
M ( 0) + m ( L / 2) m L
xcg = i =1
= =
N
M +m M +m 2
∑m
i =1
i
D m L
=
2 M +m 2
mL = D( M + m)
mL − Dm = DM
DM
m=
L−D
Estabilidade das Construções para Técnicos
1 1 1 1
K = m1v12 + m2 v22 + m3v32 + ... = ∑ mi vi2
2 2 2 2
A grande dificuldade de se trabalhar com a equação acima é que para cada
partícula temos uma velocidade diferente de forma que é mais conveniente substituir
vi=ωri uma vez que a velocidade angular de cada partícula é mesma, senão o corpo
não seria rígido. A grandeza ri representa a distância entre cada partícula e o eixo de
1 1
K =∑ mi (ω ri ) 2 = ( ∑ mi ri 2 )ω 2
2 2
Note que quanto maior o momento de inércia do corpo maior será sua energia
cinética de rotação, ou seja, maior será o trabalho realizado para desacelerar ou
acelerar esse corpo caso ele esteja em repouso. É importante notar ainda que um
corpo pode ter um número infinito de momentos de inércia já que pode existir um
número infinito de eixos de rotação. Desta forma é conveniente conhecer um teorema
chamada de Teorema dos eixos paralelos que afirma mostra uma relação entre o
momento de inércia em relação ao centro de massa Icm de um corpo de massa me o
Estabilidade das Construções para Técnicos
I p = I cm + md 2
I = ∑mri i
2
= m A rA2 + m B rB2 + mC rC2 = 0, 2.0 2 + 0, 4.0,4 2 + 0, 45 .0,5 2
I = 0,06 + 0,11
I = 0,17 Kg .m 2
Estabilidade das Construções para Técnicos
Exercícios
1. Um aluno de edificações colocando em prática seus conhecimentos sobre centro de
gravidade deseja equilibra um pedaço de madeira uniforme de massa 3,2 kg e 60 cm
de comprimento e dois objetos presos às suas extremidades sobre uma base de
apoio. O objeto da esquerda tem massa de 1,2 kg e o da outra extremidade tem
massa de 3,0 kg. A que distância da extremidade esquerda deve ser posicionado o
apoio para que o sistema fique equilibrado horizontalmente?
4. Uma barra uniforme de 1,5 m e 3 kg possui duas esferas de 0,7 kg presas às suas
extremidades. Determine o momento de inércia do sistema em relação a um eixo
que passa pelas duas esferas simultaneamente, em relação a um eixo
perpendicular que passa apenas por uma delas e em seguida por um eixo
perpendicular que passa no centro da barra.
4. Deformação estrutural
Tensão (σ )
Módulo de elasticidade ( E ) = ( Lei de Hooke);
Deformação (ε )
F ∆l l − l0
σ= ; ε= =
A l0 l0
∆l σ 1,91.108
ε= = =
l0 Υ 20.1010
ε = 9,55.10 −4
Exercícios
1. Para um determinado experimento um cabo de aço circular de 2,5 m não pode se
distender além de 0,35 cm quando sujeito a uma tensão de 430 N. Qual o menor
diâmetro do cabo para que ele atenda o experimento?Considere o módulo de
Young do aço 20 x 1010 Pa.
2. Uma corda de Nylon usada em escaladas tem o módulo de Young de 6,8 x 108 Pa.
Um escalador de 75 kg que fique pendurado em uma corda de 50 m e de diâmetro
igual a 70 mm provocará uma dilatação de quantos centímetros?
3. Dois objetos de massas mA = 8 kg e mB = 12 kg são presos no teto de uma casa. O
objeto A é preso por um cabo de aço de 0,6 m de comprimento fixo no teto. O
objeto B por sua vez é preso ao objeto A por um cabo semelhante que prende o
objeto A ao teto. Considere que o cabo possui seção reta de 3 mm e que o o
módulo de Young do aço 20 x 1010 Pa. Determine a deformação e o alongamento
do cabo.
4. Determine a tensão de cisalhamento resultante quando uma força de módulo 5.104
N é aplicada, paralelamente a um dos quatro lados de uma placa quadrada de
cobre. Considere o lado da placa de 12 cm, a espessura igual a 0,6 cm e o módulo
de Cisalhamento do cobre 4,4 x 1010 Pa. Em seguida determine qual foi o
deslocamento x.
Estabilidade das Construções para Técnicos
5. Equilíbrio
Onde: ΣFz = Rz = 0;
Exemplo 2: Verificar se as forças que atuam na ponta da lança, figura abaixo, estão
em equilíbrio.
ΣFx = R x = 0;
ΣFFy x= R y = 0;
ΣFx = 0;
3
ΣFx = 850 ⋅ − 625 ⋅ sen30º −1727 ⋅ sen 45º +1036,2 = 0
5
ΣFx = 510 − 312,5 − 1221,2 + 1023,7 = 0
ΣFx = 0 em equilíbrio em X;
ΣFy = 0;
4
ΣFy = −850 ⋅ − 625 ⋅ cos 30º +1727 ⋅ cos 45º = 0
5
ΣFy = −680 − 541,2 + 1221,2 = 0
ΣFy = 0 em equilíbrio em Y;
Estabilidade das Construções para Técnicos
Exercícios
1. Em cada uma das extremidades de um fio considerado ideal, que passa por duas
pequenas polias também suposta ideal, está suspenso um corpo de massa igual a
m. Um terceiro corpo de massa m é suspenso do ponto médio M do fio e baixado
até a posição de equilíbrio. Determine, em função de l (ver figura), quanto desceu o
terceiro corpo.
4. Uma pedra de 664 N de peso encontra-se em repouso, suspensa por três cordas
leves A, B e C, como representa a figura. Calcule as intensidades das trações
nessas cordas (TA, Tb e Tc). Use: sen 30° = 0,50; cos 30° = 0,87; sen 53° = 0,80;
cos 53° = 0,60.
ΣM x = 0;
ΣM y = 0;
ΣM z = 0;
ΣFx = 0; ΣM x = 0;
ΣFy = 0; ΣM y = 0;
ΣFz = 0; ΣM z = 0;
Estabilidade das Construções para Técnicos
RA + 125 = 200 ⇒ RA = 75 N
Exercícios
5. Sobre duas estacas A e B, distantes 2,0 m uma da outra, apóia uma
viga prismática e homogênea de comprimento 6,0 m e massa 72 kg.
Um pedreiro de massa 60 kg encontra-se em repouso na posição
indicada, a 50 cm da estaca A.
Calcule a intensidade:
a) da força F
b) da força que a barra recebe do eixo.
8. Suponha que, para arrancar um mourão fincado no chão, um homem,
puxando-o diretamente com as mãos, tivesse de exercer nele uma força
de intensidade 1 800 N, no mínimo. Usando uma viga amarrada no
mourão e apoiada em uma tora, como sugere a figura, determine a
mínima intensidade da força que o homem precisa exercer na viga para
arrancar o mourão. Para simplificar, desconsidere o peso da viga e
Estabilidade das Construções para Técnicos
suponha que a força total exercida nela pelo homem esteja aplicada no
ponto médio entre suas mãos.
Cargas Externas
Uma estrutura pode estar sujeita à ação de diferentes tipos de carga, tais como
pressão do vento, reação de um pilar ou viga, as rodas de um veículo, o peso de
mercadorias, etc. Estas cargas podem ser classificadas quanto à ocorrência em
relação ao tempo e quanto às leis de distribuição.
Cargas Acidentais:
São aquelas que podem ou não ocorrer na estrutura e são provocadas por
ventos, empuxo de terra ou água, impactos laterais, frenagem ou aceleração de
veículos, sobrecargas em edifícios, peso de materiais que preencherão a estrutura no
caso de reservatórios de água e silos, efeitos de terremotos, peso de neve acumulada
(regiões frias), etc. Estas cargas são previstas pelas Normas em vigor.
Cargas concentradas:
São cargas distribuídas aplicadas a uma parcela reduzida da estrutura,
podendo-se afirmar que são áreas tão pequenas em presença da dimensão da
estrutura que podem ser consideradas pontualmente (ex.: a carga de um pilar de
transição em uma viga, a roda de um automóvel, etc.).
Cargas distribuídas:
Podem ser classificadas em uniformemente distribuídas e uniformemente
variáveis.
Uniformemente distribuídas:
São cargas constantes ao longo ou em trechos da estrutura (ex.: peso próprio,
peso de uma parede sobre uma viga, pressão do vento em uma mesma altura da
edificação, etc.).
Uniformemente variáveis:
São cargas triangulares (ex.: carga em paredes de reservatório de líquido,
carga de grãos a granel, empuxo de terra ou água, vento ao longo da altura da
edificação, etc.).
Aparelhos de Apoios
Reações de Apoio
Uma estrutura para estar em equilíbrio deve atender as equações de equilíbrio
estático vistas anteriormente, este equilíbrio e garantido pelos aparelhos de apoios da
estrutura. De maneira que as forças que equilibrarão o sistema provem dos mesmos,
ou seja, as reações de apoio. O cálculo dessas reações é entendido de maneira mais
fácil através do exemplo a seguir:
Estabilidade das Construções para Técnicos
Esquema Estrutural
1º Passo – Dar nome as apoios, isso evita confundir a posição das reações que
por ventura aparecerão.
Onde,
VA = Reação vertical do apoio A (1º gênero);
VB = Reação vertical do apoio B (2º gênero);
HB = Reação horizontal do apoio B (2º gênero);
3º Passo – Utilização da primeira equação de equilíbrio, somatório das forças na
horizontal (eixo X).
ΣFx = 0 (→ + )
2 − HB = 0
HB = 2kN ;
Desta forma, determinamos a reação horizontal no apoio B que garante que a viga
não se deslocará na horizontal.
ΣFY = 0 (↑ + )
− 4 + VA + VB = 0
VA + VB = 4kN ;
VA + VB = 4kN
3 + VB = 4
VB = 4 − 3
VB = 1kN
Esquema Estrutural
Estabilidade das Construções para Técnicos
1º Passo – Dar nome as apoios, isso evita confundir a posição das reações que
por ventura aparecerão.
Onde,
VA = Reação vertical do apoio A (1º gênero);
VB = Reação vertical do apoio B (2º gênero);
HB = Reação horizontal do apoio B (2º gênero);
ΣFx = 0 (→ + )
HB = 0
Como pode ser visto na figura, não existe solicitação no eixo X, desta forma, sem
solicitação não haverá reação do apoio do 2º gênero na direção correspondente.
Estabilidade das Construções para Técnicos
ΣFY = 0 (↑ + )
− 4 − 4 − 4 + VA + VB = 0
VA + VB = 12kN ;
VA + VB = 12kN
6 + VB = 12
VB = 12 − 6
VB = 6kN
Estabilidade das Construções para Técnicos
Esquema Estrutural
Solução:
ΣFx = 0 (→ + ) ( )
ΣFY = 0 ↑ + ΣM B = 0
− HB + 3 = 0 VA + VB = 0 VA × 6 + 4 = 0
HB = 3kN (←) 6VA = −4
Calculo de VB
4
− 0,67 + VB = 0 VA =
VB = 0,67kN (↑ )
6
VA = −0,67 kN
VA = 0,67 kN (↓ )
Estabilidade das Construções para Técnicos
Esquema Estrutural
1º Passo – Dar nome as apoios, isso evita confundir a posição das reações que
por ventura aparecerão.
Onde,
VA = Reação vertical do apoio A (1º gênero);
VB = Reação vertical do apoio B (2º gênero);
HB = Reação horizontal do apoio B (2º gênero);
ΣFx = 0 (→ + )
HB = 0
Como pode ser visto na figura, não existe solicitação no eixo X, desta frma, sem
solicitação não haverá reação do apoio do 2º gênero na direção correspondente.
( )
ΣFY = 0 ↑ +
− 24 + VA + VB = 0
VA + VB = 24kN ;
Estabilidade das Construções para Técnicos
VA + VB = 24kN
12 + VB = 24
VB = 24 − 12
VB = 12kN
Estabilidade das Construções para Técnicos
Esquema Estrutural
1º Passo – Identificar o apoio quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo suas
respectivas reações. Como só temos um apoio do terceiro gênero, ou seja,
um engaste. Desta maneira, representamos suas três reações no mesmo
ponto, como abaixo:
Onde,
VA = Reação vertical do apoio A;
HA = Reação horizontal do apoio A;
MA = Reação de momento do apoio A;
ΣFx = 0 (→ + )
HA − 3 = 0
HA = 3kN
( )
ΣFY = 0 ↑ +
− 4 − 4 − 4 + VA = 0
VA = 12kN ;
Esquema Estrutural
1º Passo – Identificar o apoio quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo suas
respectivas reações. Como só temos um apoio do terceiro gênero, ou seja,
um engaste. Desta maneira, representamos suas três reações no mesmo
ponto, como abaixo:
Onde,
VA = Reação vertical do apoio A;
HA = Reação horizontal do apoio A;
MA = Reação de momento do apoio A;
ΣFx = 0 (→ + )
HA − 3 = 0
HA = 3kN
Estabilidade das Construções para Técnicos
ΣFY = 0 (↑ + )
− 12 + VA = 0
VA = 12kN ;
Esquema Estrutural
1º Passo – Identificar o apoio quanto aos seus graus de liberdade, atribuindo suas
respectivas reações. Como só temos um apoio do terceiro gênero, ou seja,
um engaste. Desta maneira, representamos suas três reações no mesmo
ponto, como abaixo:
Onde,
VA = Reação vertical do apoio A;
HA = Reação horizontal do apoio A;
MA = Reação de momento do apoio A;
ΣFx = 0 (→ + )
HA − 3 = 0
HA = 3kN
Estabilidade das Construções para Técnicos
ΣFY = 0 (↑ + )
VA = 0
Exercícios Propostos.
Calcule as reações de apoio das estruturas isostáticas abaixo.
a)
b)
c)
d)
e)
Estabilidade das Construções para Técnicos
f)
g)
h)
Esforços internos
Vimos, anteriormente, como um sistema de forças encontra seu equilíbrio, através das reações
de apoio, quando solicitado por carregamentos que as provocam. Agora vamos conhecer os
efeitos que essas cargas e reações imprimem em cada seção da estrutura solicitada. Em uma
seção qualquer, para se manter o equilíbrio, as forças atuantes no lado esquerdo devem ser
iguais às forças atuantes no lado direito, Figura XX.
Esforço Cortante (Q): é a soma vetorial das componentes sobre o plano da seção das forças
situadas de um mesmo lado da seção. Por convenção, as projeções que se orientarem no
sentido dos eixos serão positivas e nos sentidos opostos, negativas.
Estabilidade das Construções para Técnicos
Momento Fletor (M): é a soma vetorial das componentes dos momentos atuantes sobre a
seção, situados de um mesmo lado da seção em relação ao seu centro de gravidade.
Imagine-se uma estrutura qualquer com forças aplicadas; considerando que as partes
do corpo têm de estar em equilíbrio quando o corpo o está, e fazendo-se um corte imaginário
perpendicular ao eixo da viga, qualquer parte da viga poderá ser considerada como um corpo
livre. Cada um dos segmentos da viga está em equilíbrio, cujas condições exigem a existência
de um sistema de forças na seção de corte da viga. Em geral, na seção de uma viga, são
necessários uma força vertical, uma horizontal e um momento para manter a parte da viga em
equilíbrio.
A representação gráfica dos esforços internos em qualquer ponto da viga,
representados em função de uma distância x a partir de uma das extremidades da mesma, se
dá através dos chamados diagramas de estado ou diagramas de esforços internos. Por meio
desses diagramas é possível a determinação dos valores máximos absolutos do esforço
cortante, do momento fletor e do esforço normal.
Estabilidade das Construções para Técnicos
Diagrama de Esforços
Exercícios Propostos.
Fazer os diagramas das vigas do exercicio anterior