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TIPICIDADE

1 Conceito de tipo - bem jurídico


2 Tipo de injusto de ação dolosa - objetivo e subjetivo
Excepcionalidade do delito culposo (art. 18, paragrafo único, CP).
3 tipos de injusto culposo.
Elementos da culpa (art. 18, II, CP).
Espécies de culpa.

Estruturas a favor da contenção do poder do Estado. Também para relegitimar


direito penal.
Conceito de tipo ≠ tipicidade.
Tipo penal: Consiste na descrição da conduta contrária à proibição ou ao
mandamento, a que se refere a cominação penal. O tipo é a descrição
abstrata de um fato real que a lei proíbe. Modelo, imagem ou esquema
conceitual da ação ou omissão vedada. Conjunto de caracteres que diz
que estou tratando de determinado crime. Caracteres com uma
descrição, com elementos acerca de aspectos objetivos e subjetivos do
crime, para proteção de bens jurídicos. Estrutura através da qual se
realiza a analise do crime. Identificar qual é o bem jurídico tutelado pela
norma. Melhor esclarecimento acerca da conduta. é o conteúdo daquele
crime. ex.: art. 312; 155 (por onde se encontra, por sua estrutura,
designação do numero do artigo etc. não é só qual é o crime mas
também situa no CP). Estrutura posta em um artigo de lei. Compreende
todos os elementos ou circunstâncias que fundamentam o injusto penal
específico de uma figura delitiva.
Falsos bens jurídicos e lei de drogas - descrição de condutas que
defendem algo.
Art. 327 - estagiário é funcionário publico.
Sujeito ativo: quem pratica o crime.
Sujeito passivo: quem pode ser vitima do tipo penal. A estrutura do tipo ja
da um indicativo disso.
Tipicidade: descrição do delito. ex.: Art. 121. Descrição diz respeito a
essas situações do tipo e tem uma descrição. Tipicidade é a subsunção
ou adequação do fato ao modelo previsto no tipo legal. É um predicado,
atributo da ação, que a considera típica. É a base do injusto penal.
Resultado de uma concreção da norma mediante a lei penal. Atribui a um
injusto o caráter específico de injusto penal. Delimita-se o âmbito do
jurídico-penalmente relevante (punível).
Assumir o risco: elemento normativo. Criado artificialmente.
Ação: comissão: dolosa e culposa.
Omissão: omissivo (deixar de fazer). Dolosa e culposa. Tenho condições
de prestar socorro e não o faço.

Tipo de injusto de ação dolosa


Excepcionalidade do delito culposo - em regra, só há condutas dolosas.
Se houver necessidade e o legislador descrever a conduta culposa, ok.
Mas se não tiver uma descrição clara, não ha possibilidade de se
configurar. Deve estar expressamente descrita. O delito deve admitir
expressamente essa modalidade subjetiva. Art. 18, parágrafo único -
deve estar expresso. Não pode ter presunção.

Objetivo: elementos do próprio tipo, na descrição do crime. Conjunto dos


caracteres objetivos ou materiais do tipo legal de delito. Composto de um
núcleo (ação ou omissão) e de elementos secundários (sujeitos, objeto,
bem jurídico, nexo causal). Realidade externa, exteriorização da vontade.
Subjetivo: elementos acerca da vontade da pessoa. Conjunto dos
caracteres subjetivos do tipo legal de delito. Anímicos. Compreende
determinadas representações anímicas, psicológicas ou psíquicas do
sujeito ativo presentes no momento em que realiza a conduta típica.
Circunstancias que pertencem ao campo psíquico-espiritual. Descrição
conceitual dos elementos psíquicos do autor.
O injusto não pode ser concebido de modo puramente objetivo, mas
encontra-se constituído também por determinados elementos subjetivo-
anímicos.
Dolo: vontade de querer e fazer. O dolo compõe o tipo subjetivo. É a
consciência e vontade de realização dos elementos objetivos do tipo de
injusto doloso. Dolo, como resolução delitiva, é saber e querer a
realização do tipo objetivo de um delito. Age dolosamente o agente que
conhece e quer a realização dos elementos da situação tática ou
objetiva. Art. 18. Compreende o dolo os elementos cognitivo ou
intelectual (consciência atual da realização dos elementos objetivos do
tipo, conhecimento da ação típica) e volitivo (intencional, vontade de
realização dos elementos objetivos do tipo). Dolo exige conhecimento e
vontade.
Tipo de injusto doloso a partir de um prisma subjetivo.
Dolo direto: significa a intenção inequívoca de querer e fazer a conduta.
art. 18, primeira parte.
Dolo indireto / eventual: deveres de cuidado que eu deveria observar que
fazem com que assuma o risco de praticar aquela conduta. Art. 18,
segunda parte. Assumir o risco de produzir determinado resultado. ex.:
ciclistas massa critica. ex.: pessoa toma uma taça de vinho, pega um
carro, atropela e mata alguém pode ser, energeticamente, mas se
encaixa em uma categoria intermediaria.
Injusto penal: tipico e antijuridico, mas não culpável. Não pode ter
elemento de vontade. O tipo doloso abrange so o injusto penal. O injusto
penal se refere aos dois primeiros elementos do conceito analítico de
crime, ou seja, a tipicidade e a ilicitude. Não se falara em ação culposa
ou dolosa quando nos referimos ao ultimo elemento do conceito
analítico: a culpabilidade. Isto por que a imputabilidade penal, que é um
dos elementos da culpabilidade, pode ser incompatível com o elemento
da vontade.

Tipo de injusto culposo:


Elementos da culpa - Art. 18, II, CP.
Culpa: elemento da vontade que diz respeito a negligencia, imprudência
ou imperícia. Qualquer desses elementos ja caracteriza como culposa.
Conduta imprudente: imprudência vem a ser uma atitude que revela um
agir sem cautela, sem a atenção necessária, de maneira afoita. ex.:
atropela na faixa, dirige em velocidade superior.
Negligencia: relaciona-se com a inatividade, a inércia do agente, que,
podendo agir para não causar o resultado lesivo, não o faz por preguiça,
desatenção, desleixo ou displicência. Omissão. Se omitiu ao dever que
teria. ex.: Mae que deixa veneno ao alcance de uma criança que morre.
Deixa de observar o cuidado.
Imperícia: incapacidade, falta de conhecimentos técnicos precisos para o
exercício da profissão ou arte. Pressupõe habilitação profissional previa.
ex.: medico não aplica um tratamento que era mais avançado e o medico
não pesquisa e não utiliza.

Espécies de culpa:
Inconsciente: quando o agente não prevê o resultado. ex.: sujeito dirige
em velocidade acima, atropela e mata alguém.
Consciente: o autor prevê o resultado como possível de acontecer, mas
espera sinceramente que ele não ocorra. Próxima do dolo eventual. Nas
duas ha previsibilidade acerca do resultado. No dolo eventual a pessoa
anteve que o resultado pode vir a ocorrer e é indiferente em relação a
esse resultado. Na culpa inconsciente também ha previsibilidade, mas a
pessoa confia sinceramente que não ocorrera, acredita que o resultado
não ira acontecer, não é indiferente a ele. Culpa: 302 (2 a 4); dolo - 121
(6 a 20).

TIPICIDADE
1 Conceito de tipo penal
2 noção de tipicidade
3 Relação entre tipicidade e ilicitude
4 Relembrando: dolo eventual e culpa consciente
5 Tipicidade conglobante (Zaffaroni)
6 Delito culposo e imputado objetiva
6.1 Previsibilidade objetiva
6.2 Comprovação de violação de um dever de cuidado
6.3 Relação de causalidade tipica.

Conceito de tipo penal (Nilo Batista e Zaffaroni) - é a formula legal


necessária ao poder punitivo para habilitar seu exercício formal. A
analise do tipo não se restringe à descrição mas também à pena.
Tipicidade: descrição contida no tipo. ex.: matar alguém.
Tipicidade é descrição, tipo penal é analise de varias outras coisas (BJ,
sujeito ativo e passivo, consumação) e tipicidade é so a descrição do
delito.
C=TIC
Analise em determinada direção.
As vezes a conduta é típica (descrita no tipo), mas não é ilícita, pois o
próprio ordenamento permite, afastando a antijuridicidade. ex.: legitima
defesa.
As vezes é típica e ilícita (injusto penal. So para quem é imputavel), mas
não culpável (reprovação da conduta - possibilidade de receber pena -
imputabilidade) - ex.: esquizofrenia.

Relação
Tipicidade é a descrição do tipo e a ilicitude é conduta que contraria
terminantemente o ordenamento jurídico - Luciano Santos Lopes - injusto
penal.
Categorias diferentes, estagios diferentes, so se trabalha com a
tipicidade necessariamente se trabalha com a ilicitude. Mas uma conduta
típica nem sempre é ilícita. O ordenamento jurídico autorizou. Mas toda
conduta ilícita é necessariamente típica, precisa da descrição legal.
Omissivo: ação dirigida a determinada finalidade
Omissivo: deixar de atuar.
Nas duas pode haver dolo / culpa.

Dolo eventual e culpa consciente


Dolo eventual: Art. 18, I - agente assume o risco de produzir o resultado
delituoso. Aqui ha indiferença com relação ao resultado.
Culpa consciente: prevê que o resultado pode acontecer mas confia
verdadeiramente que o resultado não ocorrera.
O problema é conseguir provar a indiferença da pessoa.

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