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CESED – CENTRO DE ENSINO SUPERIOR E DESENVOLVIMENTO

FACISA – FACULDE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


CURSO DE BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

JULLYANNA DE MACEDO LYRA

HABITAÇÃO EM CONTEINER PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE


CAMPINA GRANDE – PB

CAMPINA GRANDE
2017
JULLYANNA DE MACEDO LYRA

HABITAÇÃO EM CONTEINER PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE


CAMPINA GRANDE – PB

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como pré-requisito para
a obtenção do título de bacharel em
Arquitetura e Urbanismo pela
Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas.
Área de concentração: Projeto
Arquitetônico.
Orientador: Prof. da Facisa Eric
Roberto. Ms.

Campina Grande – PB
2017
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1. INTRODUÇÃO

Com o surgimento das primeiras universidades na Europa no século XIII e a


chegada de estudantes de diferentes locais, nasce a necessidade das casas
comunitárias para estudantes (ESTANQUES, 2005).
Segundo Sousa (2005 apud LE GOFF, 1989), a necessidade dos estudantes
de permanecer próximo ao local da universidade, impulsionou o surgimento de
moradias coletivas, que ao longo do tempo foram adquirindo o estatuto de
instituições e tiveram reconhecimento social na vida dos jovens universitários.
No Brasil, as primeiras residências estudantis surgiram entes 1850 e 1860, na
cidade de Ouro Preto – MG, em decorrência da necessidade de alunos e
professores que vinham do interior de Minas Gerais, interessados em cursar ou
ensinar na Escola de Minas de Ouro Preto, o que incentivou a criação destas
moradias (COSTA; OLIVEIRA, 2012).
A incessante busca por um bom lugar no mercado de trabalho passa por uma
boa formação acadêmica do indivíduo. A criação e implantação de programas como:
Sistema de Seleção Unificado – SISU; Programa Universidade para Todos –
PROUNI e o Fundo de Financiamento Estudantil – FIES, facilitaram o ingresso no
ensino superior e aumentou a demanda pelas Instituições de Ensino Superior em
todo Brasil (UNE, 2013).
Esse tipo de habitação é destinado para estudantes que migram de sua
cidade, estado e até país de origem com a finalidade de cursar o nível superior,
sendo assim, construções desse gênero têm forte influência na vida dos
acadêmicos, pois seu uso não se limita apenas a moradia, e a partir dela é possível
estimular o convívio social com pessoas de diferentes origens e cultura, agregando
valor à carreira profissional.
As residências universitárias são imóveis alugados ou construídos para uso
exclusivo dos seus alunos, o que difere essas residências de uma república ou de
uma casa de estudantes é o gerenciamento do imóvel e seus custos.
De acordo com União Nacional do Estudantes – UNE (2014), grande parte
das residências estudantis do Brasil tem problemas com infraestrutura, porém, como
são gratuitas, a procura pelos estudantes é grande e o número de vagas insuficiente
para suprir à demanda.
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A cidade de Campina Grande é considerada um polo universitário que atrai


cada vez mais estudantes de todo país para estudarem em suas
universidades/faculdades sendo crescente o número de pessoas de todas as
classes sociais que passam a morar em Campina Grande com intuito de cursar o
nível superior, porém, se deparam com dificuldades para achar um local com boas
condições habitacionais e estudantis, com preços acessíveis e próximo ao campus
da universidade.
Segundo a Secretaria de Casas de Estudantes – SENCE (2012) - a cidade de
Campina Grande não conta com habitação adequada temporária para esses
estudantes, possui apenas casas estudantis onde o número de vagas oferecidas é
inferior a demanda, sendo assim, tem-se a necessidade da construção de
habitações de qualidade e com boa infraestrutura e com vagas suficientes para
abrigar os estudantes que estão a procura de moradia para se fixarem na cidade
durante o tempo de graduação, mas que nem sempre tem condições de arcar com
as despesas elevadas.
Muitos dos alunos que se deslocam para Campina Grande pretendem se fixar
pela cidade, porém, por vezes encontram dificuldades em manter seu padrão
econômico, pois não conseguem achar moradia de qualidade que supra suas
necessidades temporariamente com preço justo e que tenha boa localização.
Por isso a necessidade de habitações que abriguem temporariamente esses
estudantes, desse modo, a partir da implantação dessas habitações, estes
problemas seriam minimizados e a cidade de Campina Grande, que se caracteriza
como polo universitário, teria mais esse diferencial, visto que não se encontra esse
tipo de construção na cidade.
Pensando em uma maneira prática, rápida e ao mesmo tempo ecológica para
a implantação do projeto, foi escolhido contêiner para ser utilizado como método
construtivo. É crescente a utilização de contêineres que perderam a sua real função
no uso da construção civil, estamos vivendo em um mundo onde a busca por novas
tecnologias, aliadas a sustentabilidade, versatilidade, diversidade e economia é cada
vez mais solicitada. Dessa forma, esse trabalho tem como finalidade a construção
de habitações para universitários, que atenda as necessidades dos usuários,
utilizando o contêiner como técnica construtiva. Em alguns países da Europa, o
contêiner já possui grande destaque na construção de empreendimentos. No Brasil,
apesar de ainda ser uma vertente muito nova na construção civil, existem alguns
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profissionais no mercado que se preocupam com a sustentabilidade e são


qualificados para esse tipo de construção.

1.1 OBJETIVOS

1.1.2 OBJETIVO GERAL

Propor um anteprojeto de habitação para estudantes universitários com a


reutilização de contêiner na cidade de Campina Grande – PB.

1.3.2 OBEJETIVOS ESPECÍFICOS

 Pesquisar e identificar a viabilidade da reutilização de contêiner na construção


civil;
 Identificar as necessidades e preferências dos estudantes universitários na
sua habitação temporária.
 Estudar a melhor localização para a implantação do projeto a partir de
condicionantes locais.
 Analisar as melhores técnicas, sistemas e métodos de transformação do
contêiner em habitação.
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2. METODOLOGIA

A seguir estão descritos os métodos referentes ao processo de pesquisa,


abordando considerações acerca: da delimitação do tema; da classificação da
pesquisa; da caracterização do público alvo; do tipo, fontes e formas de coleta de
dados; e, por fim, das legislações utilizadas.

2.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

É notável que a cidade de Campina Grande – PB apresenta falta de um local


adequado que abrigue estudantes universitários com baixa renda que migram e
pretendem se fixar na cidade. Pensando nisso, o projeto proposto visa à implantação
de uma residência universitária construída a partir de contêineres, respeitando todas
as exigências e normas para sua construção.

2.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa caracteriza-se quanto a sua natureza, como aplicada, já que serão


colocados em prática conhecimentos adquiridos, auxiliando nas resoluções de
problemas básicos acerca do tema proposto.
Quanto à forma de abordagem se classifica como qualitativa, visto que visa
interpretar e compreender opiniões e expectativas da população. Referente aos
processos técnicos e metodológicos é classificada como pesquisa bibliográfica feita
através de publicações de revistas, artigos, monografias, livros, sites e normas
referentes ao assunto abordado.

2.3 CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO ALVO

O projeto tem como público alvo estudantes universitários que migram para
cidade de Campina Grande – PB e procuram um local adequado para se fixarem na
cidade durante o período de estudo.

2.4 TIPO, FONTES E FORMAS DE COLETA DE DADOS

O processo de coleta de dados se deu a partir de publicações de revistas,


artigos, monografias, livros, sites, normas referentes ao assunto abordado, projetos
correlatos, levantamento de dados e entrevistas com acadêmicos migrantes.

2.5 ASPECTOS ÉTICOS


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Conforme a Resolução 510/2016 – Comitê de Ética em Pesquisa, pesquisa


de opinião pública com participantes não identificados não serão registradas nem
avaliadas pelo sistema CEP/CONEP.

2.5 LEGISLAÇÕES UTILIZADAS

A seguir estão listadas as legislações utilizadas para auxiliar no


desenvolvimento da pesquisa:

 NBR 9050/15 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e


equipamentos urbanos
 NBR 9077/01 – Saídas de emergência em edifícios
 Código de obras da cidade de Campina Grande – Lei Nº 5410/13
 Plano diretor da cidade de Campina Grande – Lei Nº 003/06
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REFERÊNCIAS

COSTA, Gerson Carlos de Oliveira; OLIVEIRA, Pedro de. Moradias Estudantis: Uma
política pública na consolidação do Direito à Cidade. 2012. Disponível em:
<http://www.lugarcomum.ufba.br/urbanismonabahia/arquivos/anais/ex3_moradias-
estudantis.pdf>. Acesso em: agosto 2017.

ESTANQUE, Elísio. As Repúblicas de Coimbra, entre o passado e o presente. 2005.


Disponível em:
<http://saladeimprensa.ces.uc.pt/index.php?col=opiniao&id=1831#.WcuzCmhSzIV>. Acesso
em: agosto 2017.

MAPA ENSINO SUPERIOR BRASIL. 2015. Disponível em:


<http://convergenciacom.net/pdf/mapa-ensino-superior-brasil-2015.pdf>. Acesso em: agosto
2017.

MILANEZE, Giovana Leticia Schindler et al. A UTILIZAÇÃO DE CONTAINERS COMO


ALTERNATIVA DE HABITAÇÃO SOCIAL NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA/SC. 2012.
Disponível em: <https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/viewFile/577/420>. Acesso
em: setembro 2017.

SALVADOR, Yuri. MORADIA ESTUDANTIL: É PRECISO AVANÇAR! 2014. Disponível em:


<http://www.une.org.br/2014/05/moradia-estudandil-e-preciso-avancar/>. Acesso em:
setembro 2017.

SECRETARIA REGIONAL DE CASAS DE ESTUDANTES NORTE - NORDESTE


(Org.). CARTA ABERTA DO SENCENNE AO FONAPRECE. 2012. Disponível em:
<http://sencebrasil.blogspot.com.br/2012/11/carta-aberta-da-sencenne-ao-fonaprace.html>.
Acesso em: agosto 2017.

SOUSA, Lívia Mesquita de. Significados e sentidos das casas estudantis: Um estudo
com jovens universitários. 2005. Disponível em:
<http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/bitstream/tede/2004/1/Livia Mesquita de Sousa.pdf>.
Acesso em: agosto 2017.
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