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INTRODUÇÃO ANVISA
O cabelo humano é um ornamento passível de mudanças em sua forma, cor A Agência Nacional de Vigilância Sanitária permite a utilização de formol
e comprimento. Atualmente, percebe-se, no Brasil, uma preferência em em produtos de higiene pessoal e cosméticos, como conservante. A
relação aos cabelos lisos. concentração máxima permitida é de 0,1% para produtos de higiene oral e
Existem diversos procedimentos de alisamento, mecânicos ou químicos, de 0,2 % para outros produtos cosméticos e, expecionalmente, em produtos
que proporcionam a obtenção de cabelos lisos por um curto intervalo de para endurecimento das unhas, permite uma concentração de até 5%, sendo
tempo ou por um período prolongado. O alisamento mecânico envolve metais obrigatória a proteção das cutículas como cera ou óleo.
com alta temperatura que modificam as ligações de hidrogênio mais fracas, o Nas concentrações previstas na legislação, como conservante, o formol
alisamento químico utiliza agentes redutores alcalinos que quebram as pontes não causa danos à saúde. Na concentração de uso permitida em
de dissulfeto do córtex. As pontes de dissulfeto são reestruturadas com o endurecedores de unha, desde que protegidas as cutículas, o formol
auxílio de pentes que alisam mecanicamente o cabelo e consolidadas com o apresenta baixa probabilidade de causar irritação ou alergia. Qualquer
uso de agentes oxidantes. emprego fora dessas especificações pode acarretar câncer na boca, narina,
Nos últimos anos, introduziu-se nos salões de beleza brasileiros um novo pulmão, traquéia, etc.
procedimento de alisamento capilar, conhecido como escova progressiva.
Este procedimento promete um alisamento duradouro, em torno de 1 a 4 Anvisa proíbe o uso de formol em alisamentos capilares
meses, e é utilizado, em escala crescente, em diversos salões de beleza.
Existem diversos tipos de escovas progressivas, a maioria delas apresenta A utilização de formol em alisamentos capilares é proibida pela Agência
formaldeído na composição química. Nacional de Vigilância Sanitária. No entanto, muitos salões de beleza do país
utilizam ilegalmente o produto, expondo o consumidor e o profissional a
FORMALDEÍDO inúmeros riscos. Não existe nenhum produto utilizando formol como
alisante registrado na Anvisa. O risco do formol em sua aplicação indevida é
tanto maior quanto maior a concentração e a freqüência do uso, e se dá pela
O formaldeído, cuja fórmula estrutural está representada na Figura 1, é um inalação dos gases gerados com o uso de chapinhas de aquecimento e pelo
aldeído. Aldeídos são compostos químicos orgânicos que apresentam como contato com a pele. A Anvisa permite a utilização de outras substâncias
característica comum à classe a presença de um grupo carbonila ligado a um como alisantes capilares, algumas substâncias aprovadas pela legislação
hidrogênio. O formaldeído apresenta as propriedades físicas descritas na brasileira são:
Tabela 1.
* Ácido tioglicólico
* Hidróxido de sódio
* Hidróxido de lítio
* Carbonato de guanidina
* Hidróxido de cálcio
Fórmula Química Fórmula Estrutural Ponto de fusão Ponto de ebulição (°C) Solubilidade
(°C) em água
HCHO -92 -21 Muito
solúvel
Tabela 1 Características físicas do formaldeído
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informações técnicas. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/alisante_formol.htm Acesso em 20 abr. 2009
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa alerta sobre o uso de formol em alisamento capilar. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2007/210307.htm. Acesso em 20 abr. 2009
SOLOMOS G.; FRYHLE C. Química Orgânica. 7ed., v. 2 Rio de Janeiro – LTC, 474 p., 2002.