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CENTRO DE TECNOLOGIA
Consiste em determinar os valores de Y para diferentes
DPTO. DE ENGENHARIA QUÍMICA
valores de X. Adotando pequenos intervalos entre os valores
GRAD. EM ENGENHARIA QUÍMICA
de X, reduzem-se os erros. É um método exaustivo de
procura, de simples implementação, mas que demanda uma
ANÁLISE NUMÉRICA EM ENGENHARIA QUÍMICA grande quantidade de cálculos (gasto computacional).
Para o nosso problema, a título de ilustração, apresentamos
TRABALHO 03 abaixo duas soluções para o problema, com diferentes níveis
RAIZES DE EQUAÇÕES de erros.
• Na Figura 01 são apresentados os valores dos
VITOR MOREIRA DA ROCHA PONTE pares (x,y), no intervalo -5≤X≤5 com X variando de
1,0 (∆X = 1 ). Neste caso o erro máximo absoluto
esperado é de: 0,5 (±0,5). Ao total foram
necessários 11 cálculos.
• Na Figura 02 são apresentados os valores dos
OBJETIVO: pares (x,y), no intervalo -5≤X≤5 com X variando de
0,1 (∆X = 0,1 ). Neste caso o erro máximo absoluto
O presente trabalho tem por objetivos: esperado é de: 0,05 (±0,05). Ao total foram
• Trabalhar conceitos básicos de métodos necessários 101 cálculos.
numéricos, em especial, os procedimentos Para erros máximos absolutos menores há a necessidade de
interativos. reduzirmos ∆X, implicando numa quantidade maior de
• Apresentar e aplicar metodologias de cálculo cálculos.
numérico para a determinação de raízes de
equações.
dX= 1
As técnicas de cálculo de raízes que serão apresentadas ao
longo desta aula são: X Y 35
-5 10 30
1. Método Exaustivo
-4 3
2. Bissecção 25
-3 -2
3. Newton 20
-2 -5
4. Secante. Y 15
-1 -6 10
Para a determinação de raízes de polinômios, apesar de 0 -5 5
aplicável às metodologias objeto desta aula, trabalharemos 1 -2 0
no nosso próximo encontro metodologia específica de 2 3 -5 -5 0 5
resolução (zero de polinômios). 3 10
-10
4 19 X
5 30
INTRODUÇÃO:
X1 = -3,5 (compreendido entre -3 e -4)
Em regra, pode-se pensar que existem diferentes formas de X2 = -3,5 (compreendido entre -3 e -4)
se obter a solução de um determinado problema. Cada Figura 01 – Solução pelo método exaustivo para ∆ = .
forma, ou seja, cada método de solução, apresenta vantagens Erro. Abs. ±0,5
e desvantagens, cabendo ao profissional de engenharia
escolher o método mais adequado em função do:
dX= 0,1
• Tipo de problema
• Precisão requerida X Y 35
• Tempo disponível -5 10 30
• Habilidade dos profissionais -4,9 9,21
25
-4,8 8,44
20
Os quatro métodos abordados nesta aula são aplicáveis a -4,7 7,69
15
qualquer função, desde que contínua no intervalo em -4,6 6,96
Y
10
análise. -4,5 6,25
5
-4,4 5,56
0
-4,3 4,89 -5 -5 0 5
DESENVOLVIMENTO: -4,2 4,24
-10
-4,1 3,61 X
Ao longo deste estudo trabalharemos com a equação: -4 3
Y = X + 2X − 5, -3,9 2,41
-3,8 1,84 X1 = -3,45 (compreendido entre -3,4 e -3,5)
As raízes que solucionam este problema, ou seja, retornam -3,7 1,29 X2 = -3,5 (compreendido entre -3 e -4)
Y=0, são: X = 1,44948974 e X = −3,44948974. Estas
raízes foram obtinas analiticamente. Figura 02 – Solução pelo método exaustivo para
∆ = , . Erro. Abs. ±0,05
Método da Bissecção: 3
valores
X
-1 0 2 4 6 8 10
• Adotam-se inicialmente dois valores de X de forma Y
-2
que os Y calculados sejam um positivo e o segundo Absoluto
Negativo. Nesta situação há a certeza da existência -3
de no mínimo uma raiz localizada entre os Xs) -4
• Calcula-se o valor de X médio e o valor de seu Y. -5
• Substituem-se os valores recém calculados (X, Y) Número de Interações
no par de valores originais que possui Y de mesmo
sinal, mantendo assim pares de valores com Y de Figura 03 – representação gráfica dos resultados das
sinais diferentes. interações para X1
• Repete-se os passo acima até que se obtenha o
nível de precisão desejada.
7
Na Tabela 01 e na Figura 03 são apresentados os 6
resultados do método da Bissecção para a determinação de 5
X1. Adotou-se os valores iniciais de X como sendo: 0 e -5. 4
valores
3 X
Na Tabela 02 e na Figura 04 são apresentados os
2 Y
resultados do método da Bissecção para a determinação de
1 Absoluto
X2. Adotou-se os valores iniciais de X como sendo: 0 e 5.
0
-1 0 2 4 6 8 10
Negativo Positivo Médio Erro
i (cont.) -2
X Y X Y X Y Absoluto Relativo
Número de Interações
1 0 -5 -5 10 -2,5 -3,75 2,5 100%
2 -2,5 -3,75 -5 10 -3,75 1,5625 1,25 33%
3 -2,5 -3,75 -3,75 1,5625 -3,125 -1,4844 0,625 20% Figura 04 – representação gráfica dos resultados das
4 -3,125 -1,4844 -3,75 1,5625 -3,4375 -0,0586 0,3125 9% interações para X2
5 -3,4375 -0,0586 -3,75 1,5625 -3,5938 0,7275 0,15625 4%
6 -3,4375 -0,0586 -3,5938 0,7275 -3,5156 0,3284 0,078125 2%
7 -3,4375 -0,0586 -3,5156 0,3284 -3,4766 0,1334 0,039063 1%
8 -3,4375 -0,0586 -3,4766 0,1334 -3,457 0,037 0,019531 1%
9 -3,4375 -0,0586 -3,457 0,037 -3,4473 -0,0109 0,009766 0%
10 -3,4473 -0,0109 -3,457 0,037 -3,4521 0,013 0,004883 0%
Método de Newton:
Tabela 01 – Solução pelo método da bissecção para X1
O método de Newton é um método bastante rápido (pouco
Negativo Positivo Médio Erro gasto computacional), mas que exige o conhecimento prévio
i (cont.)
X Y X Y X Y Absoluto Relativo da derivada da função em estudo. O procedimento de cálculo
1 0 -5 5 30 2,5 6,25 2,5 100% é descrito a seguir:
2 0 -5 2,5 6,25 1,25 -0,9375 1,25 100%
3 1,25 -0,9375 2,5 6,25 1,875 2,2656 0,625 33% • Adota-se inicialmente um valor de X e calcula-se o
4 1,25 -0,9375 1,875 2,2656 1,5625 0,5664 0,3125 20% valor do seu Y assim como da derivada em X (Y’)
5 1,25 -0,9375 1,5625 0,5664 1,4063 -0,21 0,15625 11% ∆
• Como Y = = = , tem-se que: x = x −
6 1,4063 -0,21 1,5625 0,5664 1,4844 0,1721 0,078125 5% ∆
7 1,4063 -0,21 1,4844 0,1721 1,4453 -0,0204 0,039063 3% • Após calculado o novo valor de X, determina-se
8 1,4453 -0,0204 1,4844 0,1721 1,4648 0,0755 0,019531 1% novamente o valor da derivada e aplica-se o passo
9 1,4453 -0,0204 1,4648 0,0755 1,4551 0,0274 0,009766 1% anterior até que o se obtenha a precisão desejada.
10 1,4453 -0,0204 1,4551 0,0274 1,4502 0,0035 0,004883 0%
Tabela 02 – Solução pelo método da bissecção para X2 Na Tabela 03 e na Figura 05 são apresentados os
resultados do método de Newton considerando como ponto
de partida o ponto X=-5 (Y=10) de forma a possibilitar a
determinação da raiz X1.
12 dx= 0,01
10
8 Valores2 Erro
i (cont.) Y(x+dx) Y'
6 X Y Absoluto Relativo
1 -5 10 9,9201 -7,99
valores
4 X
2 -3,74844 1,553898 1,499029 -5,48687 1,251564 33%
2 Y
3 -3,46523 0,077372 0,028167 -4,92047 0,283203 8%
0 Absoluto 4 -3,44951 9E-05 -0,0488 -4,88902 0,015725 0%
-2 0 2 4 6 8 10
5 -3,44949 -1,8E-07 -0,04889 -4,88898 1,84E-05 0%
-4 6 -3,44949 3,76E-10 -0,04889 -4,88898 3,76E-08 0%
-6 Tabela 05 – Solução pelo método da Secante para X1
Número de Interações
4 X método.
2 Y
* = +,-./0 + 123 ./0,
0 Absoluto
-2 0 2 4 6 8 10 X variando entre 0 (zero) e 8 (oito) radianos
-4
Obs: Há um raiz no intervalo de 0 a 4 e uma
segunda raiz no intervalo de 4 a 8 radianos.
-6
Número de Interações
Figura 07 – representação gráfica dos resultados das Não esqueça que o trabalho deverá seguir o modelo de
interações para X1 trabalho adotado na nossa disciplina, devendo conter: i)
Objetivo; ii) Introdução; iii) Desenvolvimento; e iv)
35 Conclusão
30
25
valores
20
X REFERENCIAS:
15
Y
10 Matos, Anibal Castilho Coimbra. “Apontamentos de Análise
Absoluto
5 Numérica”. Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto. 2005.
0
0 2 4 6 8 10 Lobão, Diomar Cesar. “Introdução aos Métodos Numéricos”.
Número de Interações Universidade Federal Fluminense.
Araújo, Adérito Luis Martins. “Análise Numérica –
Figura 08 – representação gráfica dos resultados das Engenharia Mecânica e de Materiais” FCTUS, 2002.
interações para X2
CONCLUSÃO:
Após a presente aula fica claro que existem diferentes
métodos para se determinar as raízes de uma equação, cada
um destes métodos com vantagens e desvantagens. Cabe ao
profissional de engenharia determinar qual o método é mais
adequado para a solução de cada problema.