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3ª EDIÇÃO
Realização Colaboração
Aylton Benício Lima – DESA/UFMG - Projeto VALRCC
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de (UFBA, UFC, UFMG, UFT, Unisinos; apoio FINEP)
Minas Gerais – Sinduscon-MG Camila do Couto Seixas – Centro Mineiro de Referência
em Resíduos (CMRR)
Rua Marília de Dirceu, 226 – 3º e 4º andares Denise Felício Silva – DESA/UFMG
Lourdes – CEP: 30170-090 Deivison Cavalcante Pedroza – Grupo Verde Ghaia
Belo Horizonte-MG Fabiana Brant – Grupo Verde Ghaia
Telefone: (31) 3253-2666 Fernando Fogli – FOKRO Ambiental e Engenharia
Fax: (31) 3253-2667 Filipe Gusmão – Grupo Verde Ghaia
E-mail: sinduscon@sinduscon-mg.org.br Guilherme da Mata Zanforlin – GMA/FIEMG
www.sinduscon-mg.org.br Juliana Santos - EPO Engenharia Planejamento e Obras
Karla Santos Araújo – Sinduscon-MG
Coordenação Raphael Tobias de Vasconcelos Barros – DESA/UFMG
Vice-presidente da Área de Materiais, - Projeto VALRCC (UFBA, UFC, UFMG, UFT, Unisinos;
Tecnologia e Meio Ambiente apoio FINEP)
Geraldo Jardim Linhares Júnior Sandra Machado Fiuza – Departamento de Programas
Especiais – SLU/PBH
Diretor da Área de Meio Ambiente Taís Ude de Sousa – Grupo Verde Ghaia
Eduardo Henrique Moreira
Assessora de Comunicação
Diretor da Área de Materiais e Tecnologia Jorn. Néllie Vaz Branco – RJ 15654 JP
Cantídio Alvim Drumond
Projeto gráfico
Elaboração Avi Design Comunicação e Marketing
Assessoria Técnica
Comissão de Meio Ambiente Fotos de capa
FOKRO Ambiental e Engenharia
Consultor técnico Pedro Antônio Oliveira (SLU)
Roberto Matozinhos Rômulo Portela (MRV)
S616
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais.
Alternativas para a destinação de resíduos da construção civil. 3. ed. Belo Horizonte:
Sinduscon-MG, 2014.
116 p. il.
CDU:628.544: 624
CARTA DO PRESIDENTE................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 11
2 APRESENTAÇÃO........................................................................................................... 14
3 OBJETIVO...................................................................................................................... 15
5 DEMOLIÇÃO SELETIVA................................................................................................. 23
7 GESTÃO DE RESÍDUOS................................................................................................ 28
7.1 Produção Mais Limpa................................................................................................ 28
7.2 Reutilização e reciclagem dos resíduos................................................................... 29
7.2.1 Segregação de resíduos da construção civil (RCC)............................................... 29
7.2.2 Tratamento de resíduos sólidos da construção civil............................................. 29
7.3 Classificação dos resíduos........................................................................................ 32
7.3.1 RESÍDUOS CLASSE A............................................................................................. 32
A - Produtos de cerâmica vermelha e produtos à base de cimento Portland ������������� 33
I. Características............................................................................................................. 33
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 33
III. Reutilização e reciclagem dos RCC.......................................................................... 34
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 34
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 34
VI. Destinação.................................................................................................................. 35
VII. Produtos da reciclagem............................................................................................ 36
7.3.2 RESÍDUOS CLASSE B............................................................................................. 37
A – GESSO........................................................................................................................ 37
I. Características............................................................................................................. 37
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 38
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 40
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 40
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 40
VI. Destinação.................................................................................................................. 41
B – Madeira................................................................................................................... 42
I. Características............................................................................................................. 42
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 42
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 43
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 43
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 44
VI. Destinação.................................................................................................................. 44
C - Metais....................................................................................................................... 46
I. Características............................................................................................................. 46
II. Segregação/Coleta seletiva......................................................................................... 46
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 47
IV. Acondicionamento/Armazenamento......................................................................... 47
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 47
VI. Destinação.................................................................................................................. 48
D - Papelão e sacarias.............................................................................................. 42
I. Características............................................................................................................. 42
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 50
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 50
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 50
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 50
VI. Destinação.................................................................................................................. 51
E - Plástico................................................................................................................... 54
I. Características............................................................................................................. 54
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 55
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 55
IV. Acondicionamento/Armazenamento......................................................................... 55
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 55
VI. Destinação.................................................................................................................. 56
F – Vidro......................................................................................................................... 58
I. Características............................................................................................................. 58
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 58
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 58
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 58
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 58
VI. Destinação.................................................................................................................. 59
7.3.3 RESÍDUOS CLASSE C............................................................................................. 59
A - Manta asfáltica.......................................................................................................... 59
I. Características............................................................................................................. 60
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 60
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 60
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 60
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 60
VI. Destinação.................................................................................................................. 61
7.3.4 RESÍDUOS CLASSE D............................................................................................. 61
A - Amianto...................................................................................................................... 61
I. Características............................................................................................................. 61
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 62
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 62
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 62
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 62
VI. Destinação.................................................................................................................. 63
B - Produtos químicos e impermeabilizantes................................................................ 63
I. Características............................................................................................................. 63
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 63
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 64
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 64
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 64
VI. Destinação.................................................................................................................. 64
C - Tinta, vernizes, solventes, óleos e graxas................................................................ 65
I. Características............................................................................................................. 65
II. Segregação/coleta seletiva......................................................................................... 65
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos.................................................................... 66
IV. Acondicionamento/armazenamento.......................................................................... 66
V. Transporte (interno e externo à obra)......................................................................... 67
VI. Destinação.................................................................................................................. 67
ANEXOS........................................................................................................................... 78
A - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat – PBQP-H ������������ 79
B - Relação das cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis
da região metropolitana de Belo Horizonte (rmbh)................................................ 80
C - Legislação e Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ������������������ 83
D - Lei Nº 10.522, DE 24 de agosto de 2012................................................................... 87
E - Lei Nº 10.534, de 10 de setembro de 2012............................................................. 101
F - Principais considerações para o uso adequado de caçambas
em Belo Horizonte................................................................................................... 102
G - Resolução Nº 307, de 5 de julho de 2002............................................................... 108
REFERÊNCIAS............................................................................................................... 113
COLABORAÇÃO............................................................................................................. 115
palavra do
presidente
9
Sempre nos mantivemos na meta de atuar de forma prática e ostensiva, como é o
perfil de nossa diretoria, na procura de opções sustentáveis para solução de nossos
principais desafios: de integrar naturalmente ao processo construtivo a gestão de
todos os impactos e, principalmente, o impacto ambiental.
Para garantir a sustentabilidade e a saúde do planeta, a Responsabilidade Ambiental
é obrigação de todos nós: entidades do setor, empresários, trabalhadores da
indústria da construção e comunidades onde nossas obras estão inseridas.
1 Introdução
11
da Construção Civil, como forma de mitigar e tentar eliminar os possíveis impactos
ambientais decorrentes do descontrole das atividades relacionadas à geração,
transporte, disposição e destinação desses materiais. Também determina, para os
geradores de forma sintética, um conjunto de procedimentos e ações que busquem
e permitam o correto processo de gerenciamento dos resíduos gerados visando, a
não geração, a minimização, o reuso, a segregação a reciclagem o tratamento e a
disposição final ambientalmente adequada dos resíduos gerados.
A lei 12.305/10, nova política nacional de gestão e gerenciamento dos residuos
sólidos em geral bem como a dos resíduos da construção e demolição (RCC), visa
a buscar a superação da condição atual presente na grande maioria dos municípios
brasileiros, caracterizada por omissões e pela ação corretiva, adotando soluções de
caráter preventivo e criando condições para que a população e os agentes envolvidos
na cadeia produtiva possam exercer suas atividades sem produzir grandes impactos
socialmente e ambientalmente negativos.
As soluções propostas para a gestão de RCC devem, portanto, seguir diretrizes básicas:
99 Facilitar a ação correta dos agentes criando os instrumentos institucionais,
jurídicos e físicos para que possam, cada um, de acordo com suas características
e condições sociais e econômicas, exercer suas responsabilidades manejando
os resíduos que geram e lhes dando uma destinação adequada.
99 Disciplinar a ação dos agentes, estabelecendo regras claras e factíveis que
definam as responsabilidades e os fluxos de todos eles e dos materiais
envolvidos, elaboradas a partir de processos de discussão com os interessados
e que, considerando a diversidade de condições, garantam que os custos
decorrentes de cada elo da cadeia operativa sejam atribuídos de forma
transparente e respeitando o meio ambiente.
99 Incentivar a adoção dos novos procedimentos que tornem vantajosa a
migração para as novas formas de gestão dos resíduos sólidos e sobretudo
de destinação por parte do conjunto dos agentes do ponto de vista ambiental,
social e econômico. São objetivos concretos desses incentivos evitar a geração,
a minimização da geração de resíduos, a reutilização e a reciclagem dos
materiais.
A autoconstrução e as pequenas reformas feitas com contratação de pequenos
Edifícios novos
(construção formal)
Pequenas
reformas
21%
13
2 APRESENTAÇÃO
Ao priorizar a correta disposição final dos resíduos da construção civil (RCC), esta
cartilha tem como objetivo:
99 Sensibilizar os geradores sobre a ordem de prioridade conforme o art. 4°
da RESOLUÇÃO CONAMA Nº 307/02 (alterada pela 448/12), iniciando com
a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização,
a reciclagem, o tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos.
99 Estabelecer procedimentos internos de segregação para cada tipo de resíduo
gerado no processo de construção civil, visando à maximização de sua
reutilização a reciclagem, o tratamento e a disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos.
99 Identificar parceiros para esses processos, bem como para sua disposição
final adequada em termos ambientais e econômicos.
99 Buscar no gerenciamento de resíduos sólidos da Construção Civil a seguinte
ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento e disposição final ambientalmente adequada, em consônancia
com a política nacional de resíduos sólidos, no seu art. 9°, .
Disposição
Redução Reciclagem Final dos
Rejeitos
15
99 Estimular a criação de negócios e empresas com foco na inserção de resíduos
e seus subprodutos no processo produtivo.
99 Reduzir o volume de entulho gerado, evitando a utilização dos escassos locais
para sua disposição.
99 Beneficiar a quantidade de entulho gerado, reutilizando-o no ciclo produtivo,
diminuindo o consumo de energia e de outros insumos e de recursos naturais.
99 Garantir sua disposição em condições que atendam os preceitos ambientais.
99 Estimular a destinação social dos resíduos de construção.
17
Beneficiamento: ato de submeter um resíduo a operações e/ou processos que
tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados
como matéria-prima ou produto.
Bica corrida (reciclado): material resultante da britagem de resíduos classe A
sem separação prévia dos tipos de materiais. Em sua constituição podem-se
encontrar resíduos de concreto, cerâmica vermelha, pedra, argamassas e terra,
com granulometrias diversas. Sua principal aplicação é para confecção de base e
sub-base de vias e reaterro de valas de infraestrutura.
Bombona: recipiente com capacidade para 50 litros, com diâmetro superior
de aproximadamente 35 cm após o corte da parte superior. Deve-se exigir do
fornecedor a lavagem e a limpeza do interior das bombonas, mesmo que sejam
cortadas apenas na obra.
Contaminação: mistura de resíduos de diferentes composições, segundo
classificação constante na Resolução CONAMA Nº 307/02 e 448/12, durante os
processos de:
99 Fabricação do material que origina o resíduo.
99 Utilização do material na obra.
99 Segregação/acondicionamento/armazenamento do resíduo.
Contêiner/contenedor de resíduos: qualquer recipiente no qual os resíduos
sólidos possam ser transportados, acondicionados ou armazenados.
Coprocessamento: operação que utiliza resíduos para recuperação e/ou economia
de energia e/ou substituição de matérias-primas.
Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de resíduos
em locais apropriados, observando-se normas operacionais específicas e a
classificação dos resíduos de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público
ou privado que geram os resíduos sólidos por meio de suas atividades incluíndo
o consumo. Construção civil, segundo classificação estabelecida pela Resolução
CONAMA 307/02.
Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de
soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política,
econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável. (nova versão dada pela Resolução n° 448/12).
Gerenciamento de resíduos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente,
nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de
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• Riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma
inadequada.
99 Inflamabilidade: característica de um resíduo cuja amostra, segundo a ABNT
NBR 10007:2004, apresente qualquer uma das propriedades abaixo:
• Ser líquida e tiver ponto de fulgor inferior a 60ºC, conforme ABNT NBR
14598:2012.
• Não ser líquida e ser capaz de produzir fogo por fricção, absorção de
umidade ou por alterações químicas espontâneas, sob condições de
temperatura e pressão de 25ºC e 0,1 MPa.
• Ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio,
estimulando a combustão e aumentando a intensidade do fogo em outro
material.
• Ser um gás comprimido inflamável, conforme a legislação federal sobre
transporte de produtos perigosos (Portaria nº 204/1997 do Ministério dos
Transportes).
99 Corrosividade: característica de um resíduo cuja amostra, segundo a ABNT
NBR 10007:2004, apresente uma das propriedades abaixo:
• Ser aquosa e apresentar pH ≤ 2 ou ≥ 12,5, ou sua mistura com água, na
proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH ≤ 2 ou
≥ 12,5.
• Ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir
um líquido e corroer o aço (COPANT 1020) a uma razão maior que 6,35
mm ao ano, a uma temperatura de 55ºC, de acordo com USEPA SW 846
ou equivalente.
99 Reatividade: característica de um resíduo cuja amostra, segundo a ABNT NBR
10007:2004, apresenta uma das seguintes propriedades:
• Ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem
detonar.
• Reagir violentamente com a água.
• Formar misturas potencialmente explosivas com a água.
• Gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para
provocar danos à saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados
com água.
• Possuir em sua constituição os íons CN- ou S2- em concentrações que
ultrapassem os limites de 250 mg de HCN liberável por quilograma de
resíduo ou 500 mg de H2S liberável por quilograma de resíduo (USEPA-SW
846).
21
Reciclagem: processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido
submetido à transformação.
Redução: ato de diminuir, em volume ou peso, tanto quanto possível, a quantidade
de resíduos oriundos das atividades da construção civil.
Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades
de tratamento e recuperação por processos economicamente viáveis, não
apresentem outra possibilidade que não a disposição final adequada.
Resíduos da Construção Civil (RCC): são os provenientes de construções,
reformas, reparos e demolições de obras de construção civil e de infraestrutura,
e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos,
blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas,
madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico,
vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica e outros, comumente chamados de
entulhos de obras, caliça ou metralha.
Resíduos sólidos: materiais resultantes de processo de produção, transformação,
utilização ou consumo, oriundos de atividades humanas, de animais, ou resultantes
de fenômenos naturais, cuja destinação deverá ser sanitária e ambientalmente e
sanitariamente adequada.
Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do
mesmo.
Sacos de ráfia: recipientes de fibra vegetal ou plástico utilizados para revestir
internamente as bombonas, ficando com uma pequena aba dobrada para fora,
e assim se assegure que o material ficará dentro do saco. É recomendado o uso
de sacos de ráfia de 90 cm de altura X 60 cm de largura para a bombona de 50l.
Segregação: triagem dos RCC no local de origem ou em áreas licenciadas para
esta atividade, segundo a classificação exigida por norma regulamentadora.
Definição
23
outros. Um bom exemplo de como esse processo pode agregar valor aos resíduos é o
uso de madeira de demolição em decorações, considerado um material nobre nessa
finalidade.
O Quadro 1 apresenta um resumo das vantagens e desvantagens de se adotar o
processo de demolição seletiva em substituição à demolição comum.
Vantagens
99 Redução de gestão de materiais e resíduos.
99 Redução de disposição final de RCC/RCD.
99 Uso como marketing agregando valor ao empreendimento e imagem da
empresa.
99 Ganhos econômicos com a reutilização do material.
99 Geração de emprego e renda.
99 Preservação de recursos naturais.
99 Aumento da vida útil dos locais de destinação e disposição final.
99 Remoção de estruturas obsoletas.
desvantagens
99 Riscos de segurança do trabalhador.
99 Maior tempo na fase de desmonte.
99 Falta de incentivos fiscais.
99 Falta mão de obra especializada.
99 Necessidade de área de triagem e recuperação.
99 Aumento de custos na comparação direta com a demolição tradicional.
99 Falta de normas para reutilização de materiais.
99 Falta de canais de distribuição do material recuperado.
99 Falta de previsão de desconstrução na fase de concepção e projeto.
99 Pouca valorização pelo mercado.
Revestimento
Instalação do
de alvenarias
Fechamento
Instalações
canteiro de
Fundação
Estrutura
Resíduos produzidos
prediais
obra
durante a obra
Entulho de alvenaria
Entulho de concreto
Pedras decorativas
Resto de argamassa
Solo escavado
Telhas
25
Estapas da obra
Serviços gerais
administração
Revestimento
Instalação do
de alvenarias
Fechamento
Instalações
Resíduos
canteiro de
Fundação
Estrutura
prediais
produzidos durante
obra
a obra
Alumínio (marmitex)
Aço
Alumínio
(esquadrias)
Ferro
Ferro (grades)
Gesso
Latas
Madeira
Madeira (fôrma)
Papel (argamassa)
Papel (embalagens)
Papel (documentos)
Papelão
(embalagens)
Perfis metálicos
Plástico
(embalagens)
Plástico PVC
(instalações)
Tubo de ferro
galvanizado
Vidro
Serviços gerais
administração
Revestimento
Instalação do
de alvenarias
Fechamento
Instalações
Resíduos
canteiro de
Fundação
Estrutura
prediais
produzidos durante
obra
a obra
Isopor
Lixas
Manta asfáltica
Massa de vidro
Papel - sacaria
de cimento e
argamassa
Tubo de poliuretano
EPI
Latas e sobras
de aditivos/
desmoldantes
Tintas e sobras de
material de pintura
27
7 GESTÃO DE RESÍDUOS
Essa metodologia deve ser aplicada por meio da realização de balanços de massa e
de energia, para avaliar processos e produtos. Com isso, identificam-se oportunidades
de melhoria que levam em conta aspectos técnicos, ambientais e econômicos e são
definidos e implantados indicadores para monitoramento, com a finalidade de trazer
benefícios ambientais e econômicos para as empresas, graças à redução dos impactos
ambientais e do aumento da eficiência do processo.
Substituição de Modificação da
Housekeeping
matéria-prima tecnologia
PEV
Cooperativas, Sucateiros e
Comerciantes de Embalagens
Recicladoras
(plásticos, papéis, metais e vidros)
Canteiro Canteiro
Grande Indústria Pequeno
Gerador Gerador
Área de Reciclagem de RCC
ATT
Aterro Sanitário
31
7.3 Classificação dos resíduos
Foto: SLU/PBH.
Segregação
Os RCC para serem recebidos nas Estações de Reciclagem de Entulho – ERE da
SLU não podem conter mais de 10% de outros materiais (papel, plástico, metal etc.)
misturados à mesma. Essa exigência torna a segregação dos resíduos da construção
civil no canteiro de obras um passo extremamente importante dentro do processo de
gestão dos resíduos. A segregação deve ser feita de modo a evitar as contaminações.
33
A segregação deverá ocorrer imediatamente após a geração do resíduo. Para
isso, podem ser feitas pilhas próximas aos locais de geração.
III. Reutilização e reciclagem dos RCC
Algumas medidas devem ser tomadas para propiciar a reutilização dos resíduos:
99 Estimular projetistas, engenheiros, encarregados, operários e demais
envolvidos que se capacitem para a gestão de RCC.
99 Delimitar uma área ou dispor de recipientes onde possam ser depositados os
resíduos e os recortes das peças e propiciar seu aproveitamento futuro.
99 Utilizar os recortes para solucionar detalhes construtivos que necessitem de
peças de menores dimensões.
IV. Acondicionamento/armazenamento
O acondicionamento inicial pode ser feito em pilhas formadas próximas aos
locais de geração, nos respectivos pavimentos, sendo observados os procedimentos
de segregação.
O armazenamento final pode ser feito em caçambas estacionárias devidamente
identificadas e exclusivas para cada tipo de resíduo (resíduos à base de concreto e
argamassa e resíduos à base de produtos cerâmicos).
V. Transporte (interno e externo à obra)
Transporte interno
Utilizar carrinhos ou giricas para deslocamento horizontal e condutor de entulho,
elevador de carga ou grua para transporte vertical.
O transporte interno dos resíduos deve ser realizado diretamente para caçambas
e ou containers temporários localizados em pontos estratégicos da obra, evitando o
uso de pontos intermediários de armazenamento.
Transporte externo
O transporte externo deve ser feito por transportador licenciado para essa
atividade junto ao poder público municipal e respeitar, pelo menos os requisitos legais
apropriados: adequação do veículo ao transporte; manutenção e conservação do
veículo e capacitação dos condutores para o transporte de resíduos especiais.
O veículo deve ser mantido em condições adequadas, o que inclui controle emissão
de fumaça dentro dos limites especificado pela Resolução IBAMA 85/96 e Portaria
MINTER 100/80, não ter vazamento de quaisquer fluidos, incluindo aqueles que
possam escoar do resíduo e operacionalidade dos sistemas de controle e segurança
do veículo, incluindo transmissão, câmbio, direção, freios, iluminação e sinalização.
Deverá ser feito por caminhão com equipamento poliguindaste ou caminhão
com caçamba basculante, que trafegue sem exesso de carga, com altura limitada à
Estação da Pampulha Rua Policarpo Magalhães Viotti, 450 Pampulha (31) 3277-7912
35
Foto: Execução de sub-base de via em obras da SUDECAP/BH - CEMP/SLU.
A – GESSO
I. Características
Os resíduos de gesso são classificados pela Resolução nº 431/11 como classe B,
ou seja, ao contrario do que se imaginava até há bem pouco tempo e do que constava
na Resolução CONAMA nº 307/02 não são rejeitos, mas materiais que podem ser
reinseridos no processo produtivo de diferentes formas.
37
Em ordem de importância, pelo volume de resíduos gerados nas obras, estão
relacionados os seguintes materiais produzidos à base de gesso:
99 gesso para revestimento.
99 placas e ornamentos de gesso fundido.
99 chapas para drywall.
99 massas para tratamento de juntas de sistemas drywall.
39
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos
No momento de aplicação do gesso de revestimento, deve-se ter atenção com
o volume de massa de gesso a ser produzido para minimizar as perdas. Utilizando o
produto adequado, as perdas tendem a se reduzir.
Ocorrendo queda da massa de gesso no piso, esta não deve ser reaplicada na
parede, pela possibilidade de estar contaminada, mesmo que o piso esteja protegido,
podendo prejudicar a qualidade do revestimento que será realizado. Neste caso, o
resíduo gerado pode ser utilizado para o preenchimento da alvenaria a ser revestida
ou destinada ao coprocessamento em indústrias de cimento.
O resíduo de gesso encontra-se em processo de estudo a fim de se avaliar a
viabilidade de retorná-lo ao processo produtivo, por meio da reutilização na fabricação
de cimento e/ou correção do solo.
IV. Acondicionamento/armazenamento
Acondicionamento inicial (no momento da geração)
Em pilhas formadas próximas aos locais de geração dos resíduos, em locais secos
preferenciamente onde já tenha sido concretado o piso, em locais com cobertura, onde
não haja contato com a água, se possivel nos respectivos pavimentos.
Armazenamento final
Em caçambas estacionárias com tampa ou em local coberto, evitando a
contaminação dos resíduos de alvenaria, concreto e outros.
V. Transporte (interno e externo à obra)
Transporte interno
Podem ser usados carrinhos ou giricas para deslocamento horizontal e guinchos,
elevador de carga ou grua para transporte vertical.
O transporte interno dos resíduos deve ser realizado diretamente para central
de resíduos e/ou depósito temporário da obra, localizados em pontos estratégicos,
evitando o uso de pontos intermediários de armazenamento.
Transporte externo
Pode ser feito por caminhão com equipamento poliguindaste ou caminhão com
caçamba basculante, e deverá ser sempre coberto com lona. É importante enfatizar
que os geradores de resíduos são os responsáveis pela destinação final adequada e
devem ser criteriosos na escolha da empresa que irá prestar os serviços de coleta e
transporte dos resíduos, os geradores devem ainda averigurar e manter o registro da
correta destinação.
Holcim Brasil
(31) 3660-9211 Caminhão
Coprocessamento Gesso Holcim Á combinar
Pedro Leopoldo/MG Basculante
www.holcim.com.br
Os resíduos
deverão estar
acondicionados
Inca em containers,
(31) 3711-1470 Coleta, transporte bombonas, Deverá ser
Tratamento
Prudente de Morais/ e tratamento tambores, negociado
Gesso térmico
MG térmico de caixas, big entre as
(incineração)
www.incaincinerador. resíduos bag's, fardos, partes
com.br sacos leitosos,
seguindo o
proposto na NBR
10.0004:2004
Triagem,
Resicom Resíduos Disposição
transbordo e
Industriais final (aterro Cobra para
destinação/
(31) 3362-6760 Gesso Sem restrições sanitário receber o
disposição
Contagem/MG industrial resíduo
(gerenciamento de
www.resicom.com.br Classe I)
resíduos)
A tabela acima tem caráter meramente informativo. Sendo assim, o licenciamento ambiental das
empresas, emitido pelos órgãos competentes, deverá ser verificado no ato da contratação dos serviços
e/ou encaminhamento de materiais.
41
B – Madeira
I. Características
Na construção civil, a madeira é utilizada de diversas formas em usos
temporários, como: tapumes, fôrmas para concreto, bandejas de proteção, andaimes
e escoramentos, dentre vários outros. De forma definitiva, é utilizada nas estruturas
de cobertura, nas esquadrias (portas e janelas), nos forros e pisos.
Os resíduos de madeira podem apresentar dois tipos básicos de contaminação:
por metais (pregos, arame e outros) ou por argamassa/concreto/produtos químicos. O
tipo de contaminação e características é o que determina a destinação deste resíduo.
Madeiras resinadas ou tratadas pelo autoclave, podem ser coprocessadas por
algumas cimenteiras, desde que se respeite a legislação pertinente.
II. Segregação/coleta seletiva
Cuidados preliminares
Na fase de execução das fôrmas e na aquisição da madeira devem ser observados
os seguintes cuidados, visando a minimizar a geração de resíduos:
99 Elaborar um plano ou projeto da fôrma que vise a reutilização máxima do
material, a otimização de cortes em função das dimensões das peças e a
reutilização e reaproveitamento das sobras em outros locais da obra.
99 Planejar a montagem e desmontagem das fôrmas de tal modo que a desforma
seja feita sem danificar as peças, utilizando-se menos pregos e mais encaixes.
99 Garantir que a madeira adquirida seja de boa qualidade a fim de suportar os
esforços a que será submetida, tanto na montagem quanto na desmontagem
da fôrma, adquirindo as peças de empresas que possam comprovar a origem
da mesma, seja através de certificação legal ou de um plano de manejo
aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA, com a apresentação de nota fiscal e documentos de
transporte – IBAMA. Para que a madeira seja coprocessada em fornos (fabrica
de cimento), há necessidade de rastreamento legal.
Finalmente, deve-se considerar a possibilidade de se contratar as fôrmas de
empresas especializadas, caso isto seja economicamente viável e que tais empresas
se responsabilizem por receber o material usado de volta. É verdade que numa
primeira análise, estar-se-ia transferindo o problema de resíduos para terceiros.
Ocorre, entretanto, que a possibilidade de reaproveitamento da madeira pela empresa
especializada em outras obras de clientes seus é muito maior que na obra de onde
se originou, resultando num saldo positivo no processo de gestão de resíduos. Outro
aspecto a considerar é a utilização de escoramento metálico, e fôrmas metálicas ou
material com grande resistência de vida útil longa.
43
V. Transporte (interno e externo à obra)
Transporte interno
Para grandes volumes, transporte manual (em fardos) com o auxílio de giricas, ou
em carrinhos de mão, associados a guinchos, elevadores de carga ou grua.
Para pequenos volumes, transporte manual (dentro dos sacos de ráfia), e vertical
com auxílio de guinchos, elevador de carga ou grua, quando necessário.
O transporte interno dos resíduos deve ser realizado diretamente para central
de resíduos e/ou depósito temporário da obra, localizados em pontos estratégicos,
evitando-se o uso de pontos intermediários de armazenamento.
Transporte externo
Pode ser feito por caminhões caçamba ou munidos de poliguindaste, ou mesmo
caminhão com carroceria de madeira, respeitadas as condições de segurança para
a acomodação da carga na carroceria do veículo, preferencialmente coberto com
lona. É importante enfatizar que os geradores de resíduos são os responsáveis pela
destinação final adequada e devem ser criteriosos na escolha da empresa que irá
prestar os serviços de coleta e transporte dos resíduos, os geradores devem ainda
averigurar e manter o registro da correta destinação.
VI. Destinação
A seguir, apresentam-se algumas empresas que recebem este resíduo na Região
Metropolitana de Belo Horizonte:
Locação de
equipamen-
Gramadus
tos, coleta, Contratação do ATT Gramadus
(31) 3396-1511 Deverá ser ne-
transporte, serviço de coleta e Reaproveita-
Contagem/MG Madeira gociado entre as
triagem na ATT e Material não mento energé-
www.gramadus. partes
e destinação contaminado tico
com.br
para reapro-
veitamento
Os resíduos
deverão estar
acondicionados
Inca
em containers,
(31) 3711-1470 Coleta, trans-
bombonas, tam- Tratamento Deverá ser ne-
Prudente de Mo- porte e trata-
Madeira bores, caixas, térmico (incine- gociado entre as
rais/MG mento térmico
big bag's, fardos, ração) partes
www.incaincinera- de resíduos
sacos leitosos,
dor.com.br
seguindo o pro-
posto na NBR
10.0004:2004
J & E e Reciclagem
Recolhimento
(31) 3394-6310 Madeira Sem restrições Reciclagem Gratuito
e Reciclagem
Contagem/MG
Lafaete Locação
Reciclagem e
(31) 3373-8989 Locação de Deverá ser ne-
Aterro Classe I
Belo Horizonte/MG Equipamentos, Madeira Independente gociado entre as
para madeiras
www.lafaete.com. ATT (Triagem) partes
contaminadas
br
Locação de
LOC BEM Caçam-
Caçambas Separadamen-
bas Aterro Classe A
estacionárias, te por tipo de Deverá ser ne-
(31) 8952-2452 (Próprio) reci-
coleta, trans- Madeira resíduos, ou gociado entre as
Itabirito/MG clagem Aterro
porte e desti- também mistu- partes
www.locbem-itabi- Sanitário
nação final dos rados
rito.com.br
resíduos
Reciclagem Santa
Maria Gerenciamen- Deverá ser
(31) 3774-6187 to de resíduos negociado entre
Madeira Estar segregado Reciclagem
Contagem/MG da construção as partes. (Sem
www.reciclagems- civil Custo)
tamaria.com.br
45
Continuação...
Tratamento
Madeiras com Cobra para rece-
térmico (incine-
tratamento MB ber o resíduo
ração)
Tratamento
físico (recicla-
Madeiras com Compra o resí-
gem) ou térmico
tratamento HT duo
Resicom Resíduos Triagem, (energia alter-
Industriais transbordo e nativa)
(31) 3362-6760 destinação/
Madeira Disposição final
Contagem/MG disposição (ge- Madeiras peque- Cobra para rece-
www.resicom.com. renciamento (aterro sanitário
nas ber o resíduo
br de resíduos) ou de inertes)
Tratamento
físico (reu-
Madeiras gran- tilização ou Compra o resí-
des reciclagem) ou duo
térmico (energia
alternativa)
A tabela acima tem caráter meramente informativo. Sendo assim, o licenciamento ambiental das em-
presas, emitido pelos órgãos competentes, deverá ser verificado no ato da contratação dos serviços e/
ou encaminhamento de materiais.
C - Metais
I. Características
Os metais utilizados na construção civil apresentam uma variedade muito grande
de tipos, tanto quanto ao seu componente metálico básico (ferro, alumínio, cobre,
chumbo, estanho, antimônio, dentre outros) como pelas diversas ligas que deles são
fabricadas (aço carbono, aço cromo níquel, aço inoxidável, bronze, duralumínio, latão
etc.). Então, o seu valor como resíduo para venda e a sua reutilização na obra dependerá
do material de que é constituído e do seu acabamento superficial, tais como, barras
de aço lisas, nervuradas, tubos de aço galvanizado, eletrodutos de ferro, brocas,
pregos, eletrodos, soldas chapas pretas ou de aço inoxidável, perfis, tubos e chapas
de cobre e alumínio anodizados, acessórios cromados de cozinhas e banheiros, por
exemplo. Assim, ao se adquirir um determinado tipo de metal, é necessário solicitar
as especificações técnicas do fabricante que descreva, de forma abrangente, suas
características, de modo a permitir a reciclagem ou venda de seus resíduos de forma
correta.
Devido à grande variedade de metais utilizados em uma obra, no Quadro 10 estão
descritos somente os metais mais significativos em volume e valor.
II. Segregação/Coleta seletiva
99 Planejar o uso racional dos metais a fim de reduzir a geração dos resíduos.
No caso dos vergalhões de aço, sempre que possivel adquiri-los nas medidas
definidas no projeto estrutural de firmas especializadas. Caso contrário,
segregar e armazenar as sobras em locais apropriados no canteiro.
47
VI. Destinação
Os resíduos metálicos (sucatas) podem ser enviados para as diversas cooperativas
e associações de catadores de materiais recicláveis em operação em 25 municípios
da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano e empresas
que os comercializem ou reciclem.
A seguir, apresentam-se algumas empresas que recebem este resíduo na Região
Metropolitana de Belo Horizonte e que o encaminham para reciclagem, sendo que
foram contemplados os metais com geração mais significativa, ou seja, aço, ferro e
alumínio.
Reciclagem Santa
Maria Deverá ser
Recebimento de
(31) 3774-6187 Sucata negociado
resíduos classe II Reciclagem A combinar
Contagem/MG Ferrosa entre as
reciclável
www.reciclagems- partes
tamaria.com.br
Resicom Resíduos
Sem restri-
Industriais Triagem, transbordo Tratamento
ções, contudo
(31) 3362-6760 e destinação/ dispo- químico e tér- Compra o
Metais conveniente a
Contagem/MG sição (gerenciamen- mico (recicla- resíduo
separação por
www.resicom.com. to de resíduos) gem/refusão)
tipo de metal
br
Organizações de catadores de materiais recicláveis recebem este resíduo. (ver anexo B)
A tabela acima tem caráter meramente informativo. Sendo assim, o licenciamento ambiental das em-
presas, emitido pelos órgãos competentes, deverá ser verificado no ato da contratação dos serviços e/
ou encaminhamento de materiais.
D - Papelão e sacarias
I. Características
Os resíduos compostos de sacarias e papelão gerados na obra podem ser
divididos em:
99 Sacarias em geral e papelão contaminados (sacos de cimentos, argamassa etc.).
99 Papel e papelão não contaminados (embalagens).
As embalagens contaminadas ainda não possuem uma tecnologia de reciclagem
em grande escala economicamente viável. Por isso, devem ser encaminhadas para
aterros específicos ou para tratamentos térmicos de destruição (coprocessamento).
Aquelas sem contaminação por argamassa e cimento, produtos químicos, terra ou
49
quaisquer outros materiais podem ser encaminhadas para as diversas cooperativas e
associações de catadores de materiais recicláveis e empresas que trabalhem com a
reciclagem desses resíduos.
II. Segregação/coleta seletiva
Visando à correta destinação destes resíduos, devem ser segregados, no
momento da geração, as sacarias contaminadas e o papel e papelão limpos. Podem
ser disponibilizados, próximos aos locais de geração, tambores ou bombonas
devidamente identificados na cor azul (papel – papelão), vermelho (plástico) ou cinza
(não reciclável ou misturado), conforme Resolução nº 275/01 do CONAMA.
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos
Para possibilitar a reciclagem do papel e papelão não contaminados deve-se
protegê-los das intempéries. Os sacos de cimento, após umedecidos, podem ser
usados na vedação de frestas das formas de lajes e pés de pilares.
IV. Acondicionamento/armazenamento
O acondicionamento temporário deve ser feito separadamente para as sacarias
contaminadas e para o papel e papelão não contaminados. Podem ser utilizadas
bombonas sinalizadas e devidamente identificadas na cor azul (papel – papelão),
vermelho (plástico) ou cinza (não reciclável ou misturado), conforme Resolução Nº
275/01 do CONAMA e revestidas internamente por sacos de ráfia, fardos ou bags,
próximos aos locais de geração.
O armazenamento pode ser feito em baias sinalizadas, bags ou fardos mantidos
em local coberto, protegidos contra intemperies.
V. Transporte (interno e externo à obra)
Transporte interno
O transporte vertical interno dos sacos, bags e fardos pode ser feito carrinhos ou
gericas e também por meio de elevador de carga ou grua, se necessário.
O transporte interno dos resíduos deve ser realizado diretamente para central
de resíduos e/ou depósito temporário da obra, localizados em pontos estratégicos,
evitando-se o uso de pontos intermediários de armazenamento.
Transporte externo
Pode ser feito por caminhões caçamba ou munidos de poliguindaste, ou mesmo
caminhão com carroceria de madeira, respeitadas as condições de segurança para
a acomodação da carga na carroceria do veículo, preferencialmente coberto com
lona. É importante enfatizar que os geradores de resíduos são os responsáveis pela
destinação final adequada e devem ser criteriosos na escolha da empresa que irá
prestar os serviços de coleta e transporte dos resíduos. Os geradores devem ainda
averiguar e manter o registro da correta destinação.
VI. Destinação
A seguir, apresentam-se algumas empresas que recebem este resíduo na Região
Metropolitana de Belo Horizonte:
Não poderão
conter ne-
Papéis/ papelão: nhum tipo de
Coleta,
Papelão, Papéis contaminação
transporte e
Ambiental Mate- branco / Misto de corrosivos, Deverá ser
destinação
riais Recicláveis sem: Carbono, infectantes, Indústria de negociado
legalizada
(31) 3393-1718 cola, clipes, go- tóxicos, óleos reciclagem entre as
de resíduo
Contagem/MG minhas, plastifi- ou produtos/ partes
de material
cados, encerado materiais que
reciclado
e laminado 0,03 impossibilite a
reciclagem dos
mesmos
CNT AMBIENTAL
Coleta,
LTDA
transporte,
(31) 3486-3300 Aterro Ma- Sob deman-
destinação Papel/Papelão Segregado
Belo Horizonte/MG quiné da
final, consul-
www.cntambien-
toria etc.
tal.com.br
51
Continuação...
Coleta de
resíduos não
perigosos,
CTR VIA EXPRES-
transporte
SA-EIRELI
rodoviário, Papel/Papelão Sem restrição Reciclagem Á combinar
(31) 8522-2735
comércio
Contagem/MG
de resíduos
de papel e
papelão
Locação de
Gramadus equipamen-
Contratação do Deverá ser
(31) 3396-1511 tos, coleta, Papel e Papelão ATT Grama-
serviço de coleta negociado
Contagem/MG transporte, não contamina- dus, Empresa
e material não entre as
www.gramadus. triagem na dos recicladora
contaminado partes
com.br ATT e desti-
nação final
Área de
transbordo
Geo Ambiental triagem e ar- Não estando
Repasse para Deverá ser
(31) 3017-4000 mazenamen- úmido e não
Todos os tipos reciclagem negociado
Belo Horizonte/MG to transitório estando con-
de papéis nas indústrias entre as
www.botafora- de resíduos taminado, sem
de papel partes
grandebh.com.br da constru- restrições
ção civil e
volumosos
Holcim Brasil
(31) 3660-9211
Pedro Leopoldo/ Coprocessa- Caminhão Bas-
Papéis/ Papelão Holcim Á combinar
MG mento culante
www.holcim.com.
br
Locação de
LOC BEM Caçam- Caçambas
Separadamen- Aterro Classe
bas estacioná- Deverá ser
te por tipo de A (Próprio)
(31) 8952-2452 rias, coleta, negociado
Papelão resíduos, ou reciclagem
Itabirito/MG transporte e entre as
também mistu- Aterro Sani-
www.locbem-itabi- destinação partes
rados tário
rito.com.br final dos
resíduos
Triagem, Tratamento
Resicom Resíduos
transbordo e físico e Compra o
Industriais Papelão
destinação/ químico resíduo
(31) 3362-6760
disposição Papel (reciclagem)
Contagem/MG
(gerencia-
www.resicom.com. Tratamento
mento de
br térmico
resíduos)
(incineração) Cobra para
Papel não
ou disposição receber o
reciclável
final (aterro resíduo
industrial ou
sanitário)
Organizações de catadores de materiais recicláveis recebem este resíduo. (ver anexo B)
A tabela acima tem caráter meramente informativo. Sendo assim, o licenciamento ambiental das em-
presas, emitido pelos órgãos competentes, deverá ser verificado no ato da contratação dos serviços e/
ou encaminhamento de materiais.
53
Quadro 12: Empresas receptoras de sacarias
de papelão contaminadas
E - Plásticos
I. Características
Dentre os resíduos de plástico não contaminados e gerados na construção civil
podem-se citar:
99 O plástico filme usado para embalar insumos.
99 As aparas de tubulações.
99 As embalagens em geral (galões, baldes, bombonas e tambores).
55
VI. Destinação
A seguir, apresentam-se algumas empresas que recebem este resíduo na Região
Metropolitana de Belo Horizonte:
57
F – Vidro
I. Características
A construção civil utiliza principalmente os vidros planos, fabricados em chapas.
Um outro tipo de vidro plano, utilizado em menor escala pelo mercado da construção
civil são os vidros translúcidos, chamado impresso ou fantasia.
Esses resíduos, quando isentos de contaminação por resíduos perigosos, podem
ser encaminhados para as diversas cooperativas e associações de catadores de
materiais recicláveis e empresas de reciclagem.
II. Segregação/coleta seletiva
O habitual é que os construtores/consumidores contratem uma empresa
fornecedora, que além do fornecimento, façam a instalação, desta forma a contratada
deverá elaborar um plano de corte da chapa de vidro, a fim de se obter o maior
aproveitamento e consequentemente reduzir resíduos.
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos
Pode-se, no caso de pequenas quebras, identificar esquadrias com tamanho
menor para instalação do vidro após ajustá-lo.
O contratante preferencialmente deverá incluir no contrato ou pedido que
o fornecedor deverá atender e realizar a coleta seletiva e se incumbirá da correta
destinação/disposição final. Esta sugestão é motivada pelo fato que os fornecedores,
em função de acúmulos de resíduos de mesma natureza, terão maior volume e
conseqüentemente terão maior viabilidade de destinação/disposição final adequada.
IV. Acondicionamento/armazenamento
Armazenar em recipiente do tipo bombona ou caixotes de madeira ou aço
sinalizados e identificados na cor verde conforme Resolução nº 275/01 do CONAMA,
cujas paredes não possam ser perfuradas pelas pontas dos cacos. Sempre que os
resíduos atingirem a proximidade da borda efetuar a destinação/disposição final, a fim
de se evitar acidentes.
V. Transporte (interno e externo à obra)
Os resíduos deverão ser manuseados somente por profissional qualificado,
sempre protegido pelos equipamentos de segurança específicos.
O transporte deverá ser feito em carrinhos ou giricas devidamente preparados
para este fim.
A - Manta asfáltica
59
I. Características
Os resíduos de manta asfáltica são classificados pela Resolução Nº 307/02, como
classe C, ou seja, são “resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação”.
Portanto os resíduos devem ser corretamente armazenados, transportados e
destinados de acordo com as normas técnicas específicas.
Os resíduos de manta asfáltica têm quatro origens:
99 manta asfáltica com acabamento e estruturas de alumínio (isolante térmico e
acústico).
99 manta asfáltica com estrutura de poliéster.
99 manta asfáltica com estrutura de polietileno.
99 manta asfáltica com estrutura de fibra de vidro.
II. Segregação/coleta seletiva
A segregação deverá ocorrer imediatamente após a geração do resíduo, para que
este não contamine nenhum outro material ou resíduo.
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos
Eventuais sobras de mantas podem ser utilizadas em reforços de impermeabilização
de tubos, ralos, fixações de equipamentos e rodapés. Outra alternativa é separar as
sobras e/ou tiras para que sejam utilizadas em outra obra.
O Ideal é que se faça o cálculo correto do consumo dos produtos a serem
utilizados, e que se oriente a equipe para não desperdiçar materiais. Estas ações
evitam o consumo desnecessário de matérias-primas e reduz a quantidade de resíduos
gerados nesta atividade.
IV. Acondicionamento/armazenamento
Armazenamento
Os resíduos, assim como as sobras/tiras deverão ser acondicionadas em
bombonas ou contêineres em local coberto, com o piso impermeabilizado, fresco,
seco e ventilado.
V. Transporte (interno e externo à obra)
Transporte interno
O transporte vertical interno dos sacos, bags e fardos pode ser feito carrinhos ou
gericas e também por meio de elevador de carga ou grua, se necessário.
O transporte interno dos resíduos deve ser realizado diretamente para central
de resíduos e/ou depósito temporário da obra, localizados em pontos estratégicos,
evitando o uso de pontos intermediários de armazenamento.
A - Amianto
I. Características
Em 2004 a Resolução CONAMA nº 348/12 modificou a Resolução CONAMA
nº 307/2002 e passou a classificar os resíduos de amianto como classe D, ou seja,
61
perigosos. Este resíduo deve, portanto, ser destinado adequadamente, assim como os
outros resíduos perigosos (classe I – ABNT NBR 10.004:2004).
II. Segregação/coleta seletiva
A segregação deverá ocorrer imediatamente após a geração do resíduo, para que
este resíduo não contamine nenhum outro material ou resíduo.
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos
No caso de telhas de amianto deve-se programar a remoção de forma a evitar
quebras, possibilitando assim seu reúso, medida que pode também ser repetida para
outros materiais de amianto.
IV. Acondicionamento/armazenamento
O amianto deve ser manuseado usando os equipamentos de segurança indicados,
observando-se os cuidados de manuseio indicados pelo fabricante. No momento
de sua geração, o resíduo deverá ser imediatamente transportado para o local de
armazenamento final. Este pode ser feito em baias sinalizadas identificadas na cor
laranja, ou ambientes especificos para este fim, conforme Resolução nº 275/01 do
CONAMA e para uso restrito.
V. Transporte (interno e externo à obra)
Transporte interno
Podem ser usados carrinhos ou giricas para deslocamento horizontal e, elevador
de carga ou grua para transporte vertical, conforme diretrizes estabelecidas e
acompanhamento técnico.
O transporte interno dos resíduos classe D deve ser realizado, por profissional
capacitado, em sentido único, para central e/ou depósito temporário, conforme
diretrizes e legislações, para posterior coleta e destinação ambiental adequada.
Transporte externo
Deve ser feito por empresas transportadoras licenciadas para o transporte de
resíduos perigosos (classe I – Resolução CONAMA nº 10.004:2004).
Obs.: todos os procedimentos de coleta e de destinação dos resíduos perigosos
(classe D) na obra deverão ser realizados com acompanhamento, pelo responsável
técnico ou designado, e evidenciados através de registros (manifestos de transportes
certificados de destinação e/ou notas fiscais, Cadastro Técnico Federal CTF - IBAMA
e licenças).
“No caso de contratação de empresas para coleta, transporte e destinação final
dos resíduos considerados perigosos, antes deverá ser previamente verificada a
situação de conformidade legal perante aos órgãos ambientais competentes”.
63
99 Separar e armazenar esses resíduos em recipientes seguros ou em zona
reservada, para que permaneçam fechados quando não estiverem sendo
utilizados.
99 Etiquetar os recipientes nas zonas de armazenagem mantendo-os
perfeitamente fechados para impedir perdas ou fugas por evaporação.
99 Prestar especial atenção às operações de manejo e retirada dos recipientes,
pois estes poderão conter produtos facilmente inflamáveis. Portanto, deve-se
manejá-los em ambientes isentos de calor excessivo.
99 Utilizar todo o conteúdo das embalagens para reduzir a quantidade das
mesmas.
99 Armazenar tintas e vernizes em locais adequados, visando sua reutilização.
99 Guardar em local fechado combustíveis e produtos químicos mais perigosos.
99 Evitar que todas as ações descritas sejam executadas próximas de corpos
d’água ou zonas de drenagem.
99 Manusear o produto com os cuidados indicados pelo seu fabricante na ficha de
segurança da embalagem.
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos
Uma adequada segregação no canteiro de obras pelas empresas autorizadas e
aptas, gera materiais que podem ser coprocessados por indústrias cimenteiras, desde
que os produtos estejam previstos na legislação pertinente para esta destinação.
IV. Acondicionamento/armazenamento
Deverá ser transportado, logo após o uso, para o local de acondicionamento final,
devidamente sinalizado e identificado na cor laranja, conforme Resolução nº 275/01
do CONAMA e de acesso restrito às pessoas que, durante suas tarefas, manuseiem
esses resíduos.
V. Transporte (interno e externo à obra)
A coleta deverá ser feita por empresa licenciada para transporte de resíduos
perigosos, utilizando equipamentos devidamente preparados para este fim, sendo
“caminhão ou outro veículo de carga, sempre coberto, ou fechado se for o caso”.
VI. Destinação
Os resíduos de produtos químicos e impermeabilizantes (restos de material e
embalagens) devem ser encaminhados ou coletado por empresas licenciadas para
tratamento destinação/disposição final dos resíduos perigosos.
65
99 Manusear com cuidado materiais que originem resíduos potencialmente
perigosos.
99 Separar e armazenar estes resíduos em recipientes seguros ou em zona
reservada, para que permaneçam fechados quando não estiverem sendo
utilizados.
99 Etiquetar os recipientes nas zonas de armazenagem e mantê-los perfeitamente
fechados para impedir perdas ou fugas por evaporação.
99 Prestar especial atenção às operações de manejo e retirada dos recipientes,
pois estes poderão conter produtos facilmente inflamáveis. Portanto, deve-se
manejá-los em ambientes isentos de calor excessivo.
99 Utilizar, sempre que possível, todo o conteúdo das embalagens para reduzir a
quantidade das mesmas.
99 Armazenar tintas e vernizes em locais adequados, em seus recipientes
identificados, fechando-se bem a tampa, visando à sua reutilização.
99 Guardar em local fechado combustíveis e produtos químicos mais perigosos.
99 Evitar que todas as ações descritas sejam executadas próximas de corpos
d’água ou zonas de drenagem.
99 Manusear o produto com os cuidados indicados pelo seu fabricante na ficha de
segurança da embalagem.
III. Reutilização e reciclagem dos resíduos
Uma adequada segregação no canteiro pelas empresas autorizadas e aptas gera
materiais que podem ser coprocessados por indústrias cimenteiros, desde que os
produtos estejam previstos na legislação pertinente para esta destinação.
IV. Acondicionamento/armazenamento
Deverá ser transportado, logo após o uso, para o local de acondicionamento final,
devidamente sinalizado e identificado na cor laranja, conforme Resolução nº 275/01
do CONAMA e de acesso restrito às pessoas que, durante suas tarefas, manuseiem
esses resíduos.
Abaixo sugestão esquemática de abrigo para resíduos perigosos. A canaleta
prevista deverá ser seguida de caixa separadora de água e óleo para contenção
de efluentes nas manutenções e para retenção de resíduos liquidos em caso de
vazamentos no abrigo.
67
A seguir, apresentam-se algumas empresas que recebem este resíduo na Região
Metropolitana de Belo Horizonte:
69
99 Aumento da competitividade no mercado.
99 Acesso a artigos técnicos selecionados, links sobre meio ambiente e novidades
do mercado de recicláveis.
Público-Alvo:
Fonte: www.sibr.com.br.
71
Atualmente a responsabilidade pela operação das URPVs é da Gerência
de Varrição e Serviços Complementares - GERVAC, com a supervisão da Gerência
Regional de Limpeza Urbana – GERLU, podendo existir pequenas variações, de uma
regional para outra, nos procedimentos operacionais tais como horários diferenciados
de funcionamento etc.
73
8.3 Coprocessamento
75
Quadro 20: Aterros licenciados para o recebimento de
resíduos classe II (Não perigosos – inertes e não inertes
– ABNT NBR 10004:2004)
Condições
Empresa Serviços Resíduos para rece- Destinação dada ao
Custos
(Telefone/Cidade) prestados que recebe bimento do resíduo
resíduo
Os resíduos da
"Aterro e/
construção civil e
ou área de
volumosos serão
reciclagem
aterrados no próprio
de resíduos
aterro do CRT
classe A da
Maquiné. Caso após
construção A ser avaliado
Czar Engenharia processo de triagem
Aterro para civil, e/ou dependendo da
Ambiental Ltda. sobrem resíduos
a destina- áreas de quantidade e qua-
(31) 3568-2000 não inertes ou reci-
ção final triagem, A combinar lidade do material
Santa Luzia/MG cláveis os mesmos
dos resídu- transbordo (se precisará do
www.czarambien- são destinados às
os inertes e armaze- serviço de tria-
tal.com.br cooperativas de reci-
namento gem ou não)
clagem, eco pontos
transitório
ou aterro sanitário
de resíduos
e/ou industrial, cada
da constru-
um conforme clas-
ção civil e
sificação de resíduo
volumosos"
triado
Dona Dora
(31) 3493-2030
Belo Horizonte/ Classe A
Aterramen- Aterro de inertes À combinar pelo
MG não conta- Segregado
to controlado volume
www.donadora- minados
terraplenagem.
com.br
Aterro de
inertes
Reabilitar Solu- próprio
Resíduos
ções Ambientais licenciado, Possuímos
Inertes da Possuímos aterro
Ltda. locação de planta de A combinar
Construção próprio
(31) 3389-9157 caçambas, segregação
Civil
Ibirité/MG transporte
e carga,
consultoria
A tabela acima tem caráter meramente informativo. Sendo assim, o licenciamento ambiental das em-
presas, emitido pelos órgãos competentes, deverá ser verificado no ato da contratação dos serviços e/
ou encaminhamento de materiais.
77
ANEXOS
A - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat –
PBQP-H / Objetivos da qualidade voltados à sustentabilidade dos
canteiros de obras.
B - Relação das cooperativas e associações de catadores de materiais
recicláveis da região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
C - Legislação e Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
D - LEI Nº 10.522, DE 24 DE AGOSTO DE 2012 - Institui o Sistema de Gestão
Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos
- SGRCC - e o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de
Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - PMRCC, e dá
outras providências.
E - LEI Nº 10.534, DE 10 DE SETEMBRO DE 2012 - Dispõe sobre a limpeza
urbana, seus serviços e o manejo de resíduos sólidos urbanos no
Município, e dá outras providências.
F - Principais Considerações Para o Uso Adequado de Caçambas em
Belo Horizonte.
G - RESOLUÇÃO Nº 307/12, DE 5 DE JULHO DE 2002 - Estabelece diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil.
A PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E
PRODUTIVIDADE DO HABITAT – PBQP-H / OBJETIVOS
DA QUALIDADE VOLTADOS À SUSTENTABILIDADE
DOS CANTEIROS DE OBRAS
79
B RELAÇÃO DAS COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES DE
CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DA REGIÃO
METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE (RMBH)
Materiais
Município Nome Endereço Contato
processados
(31) 9818-1963 /
ASMARE - Assoc. dos
Av. Do Contorno, 9113-5298
Catadores de Papel, Papel, Plástico,
10.555 - Barro Responsável:
Papelão e Material Metal e Vidro
Preto Maria das Graças
Reaproveitável
Marçal
(31) 3447-2055 /
COOMARP Pampulha - Av. Presidente
8673-3924
Coop. dos Trabalhadores Antônio Carlos, Papel, Plástico,
Responsável:
com Mat. Recicláveis da 4.070 – São Metal e Vidro
Ivaneide da Silva
Pampulha Ltda. Francisco
Souza
Belo
Horizonte (31) 3277-7626
COOPESOL Leste - Coop. / 8615-7058 /
Rua. São Vicente,
Solidária dos trab. e 8729-7634 Papel, Plástico,
151 - Granja de
Grupos Produtivos da Responsável: Metal e Vidro
Freitas
Região Leste Vilma da Silva
Estevam
(31) 3385-6015 /
COOPEMAR - Coop. de Av. Solferina Ricci
3386-6859
Catadores de Materiais Pace, 1.250 - Papel, Plástico,
Responsável:
Recicláveis da Região Distrito Industrial Metal e Vidro
Maria das Graças
Oeste de Belo Horizonte do Jatobá
Silveira de Brito
(31) 9624-5407 /
ASCAPEL - Associação
Av. Dois, 410 - 9910-3123
dos Catadores de Papel, Papel, Plástico,
Betim Distrito Industrial Responsável:
Papelão e Mat.Reaprov. Metal e Vidro
Bandeirinhas Raquel Aparecida
de Betim
Conceição
(31) 3571-6122 /
ASCAVAP - Assoc. 9644-4223
Av. Inhotim, 641 - Papel, Plástico,
Brumadinho dos Catadores do Vale Responsável:
Progresso II Metal e Vidro
Paraopeba Maria Izabel
Apolinário
81
Continuação...
(31) 3130-0277
ASMATOZ - Associação
Rua. Albertina / 9852-9323
dos Catadores de Papel, Plástico,
Matozinhos Roque Dias, 215 - Responsável:
Materiais Recicláveis de Metal e Vidro
Liberdade Marlide Alves
Matozinhos
Rocha
ASCAP - Associação dos Rua. Laudelino (31) 3542-0293
Catadores de Papel e Vicente, 35 Responsável: Papel, Plástico,
Nova Lima
Material Reciclável de - Bairro Vila Leonardo Soares Metal e Vidro
Nova Lima Industrial da Cunha
ASCAMP - Associação (37) 3236-3870
Rua. Nova
dos Catadores de Responsável: Papel, Plástico,
Pará de Minas Serrana, 1.385 -
Materiais Recicláveis de Maria da Glória Metal e Vidro
Ozanamn
Pará de Minas Jacob de Oliveira
ASCAPEL - Associação Responsável:
Pedro Av. Floresta, 691 - Papel, Plástico,
dos Catadores de Pedro Maria Antônia
Leopoldo Vargem Alegre Metal e Vidro
Leopoldo Silva
(31) 3543-1919
/ 8504-5190
Rua. José
ASCAR - Associação dos / 3543-1437
Eustáquio Papel, Plástico,
Raposos Catadores de Materiais / 8627-3144
de Melo, 88 - Metal e Vidro
Recicláveis de Raposos Responsável:
Matadouro
Maria de Fátima
Silva
(31) 3625-7464
COOMARRIN -
Rua. João Lélio / 8542-6654
Ribeirão das Cooperativa de Materiais Papel, Plástico,
Nogueira Filho, Responsável:
Neves Recicláveis de Ribeirão Metal e Vidro
2.138 - Estatus Edir Mendes dos
das Neves
Santos Lima
(31) 3832-1442
AREMPAT - Associação
Santa Rua. A, 43 - Responsável: Papel, Plástico,
de Reciclagem Mulheres
Bárbara Campestre Andréia de Metal e Vidro
Padre Trombet
Oliveira Correa
(37) 9916-7461
ASCAJE - Associação de Rua Clair de
São José da Responsável: Papel, Plástico,
Catadores de São José da Araújo, 33 - São
Varginha Maria Inês Metal e Vidro
Varginha Francisco
Ribeiro Alves
ACMR - Associação dos (31) 3774-6152
Rua. Alcides
Catadores de Materiais Responsável: Papel, Plástico,
Sete Lagoas Fonseca, S/N -
Recicláveis de Sete Lucimar Ramos Metal e Vidro
Henrique Neri
Lagoas da Silva
COOPERVESP (31) 3622-4736
- Associação de Rua. Lusitana, Responsável:
Papel, Plástico,
Recicladores e Grupos 73 - Jardim da Gloria Maria
Metal e Vidro
Produtivos da Vila Glória Mendonça de
Vespasiano Esportiva e Região Souza
SENHOR BOM JESUS Rua Dona (31) 9887-9379
- Associação dos Mariana da Responsável: Papel, Plástico,
Catadores e Recicladores Costa, 1.225 - Maria Sueli dos Metal e Vidro
Senhor Bom Jesus Conj. Caieiras Santos
* Para maiores informações sobre as cooperativas e organizações de catadores de materiais recicláveis
em operação em outras regiões do Estado, contatar o Núcleo de Tecnologia e Informação em Resíduos
do Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR): (31) 3465-1200/1204 www.cmrr.mg.gov.br
Fonte: Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR).
A) LEGISLAÇÃO FEDERAL
83
B) LEGISLAÇÃO ESTADUAL
C) LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
85
B) NORMAS NBR – ABNT
NORMA TÍTULO
Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos -
NBR 8419:1996
Procedimento
Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos -
NBR 8849:1985
Procedimento
NBR 10004:2004 Resíduos sólidos - Classificação
Republicado em 28/8/2012
Institui o Sistema de Gestão
Sustentável de Resíduos da Construção
Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC -
e o Plano Municipal de Gerenciamento
Integrado de Resíduos da Construção
Civil e Resíduos Volumosos - PMRCC,
e dá outras providências.
CAPÍTULO I
DO OBJETO
Art. 1º - Fica instituído o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção
Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC - no âmbito do Município de Belo Horizonte,
obedecendo-se ao disposto nesta lei.
CAPÍTULO II
DO OBJETIVO
Art. 2º - São objetivos do Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção
Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC:
I. a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
II. a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos
resíduos da construção civil e resíduos volumosos, bem como a sua destinação
ambientalmente adequada;
III. o incentivo à indústria de reciclagem, com vistas a fomentar o uso de matérias-
primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
IV. a gestão integrada desses resíduos;
V. a integração entre as diferentes esferas do poder público e destas com o setor
empresarial, com vistas à gestão integrada desses resíduos;
VI. a priorização, nas aquisições e contratações governamentais, quando couber, da
utilização de produtos reciclados;
87
VII. a sensibilização e a conscientização da população sobre a importância de sua
participação na gestão de resíduos da construção civil e resíduos volumosos.
CAPÍTULO III
DAS DEFINIÇÕES
Art. 3º - Para os efeitos desta lei, ficam adotadas as definições e conceitos constantes
do Anexo I desta lei.
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E
RESÍDUOS VOLUMOSOS
Seção I
Dos Conceitos
Art. 4º - O Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos
Volumosos - SGRCC - é um conjunto de ações, serviços, infraestruturas e instalações
operacionais que visam à gestão adequada dos resíduos da construção civil e dos
resíduos volumosos no Município.
Art. 5º - O SGRCC é estruturado por um conjunto integrado de áreas físicas e ações
complementares, a seguir descritas:
I. áreas físicas: destinadas à recepção, triagem, tratamento e disposição final
ambientalmente adequada:
a) área 1: Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes de Resíduos da Construção
Civil e Resíduos Volumosos - URPV, implantada em bacias de captação de resíduos;
b) área 2: Estação de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil;
c) área 3: Áreas de Triagem e Transbordo de Resíduos da Construção Civil e Resíduos
Volumosos - ATT;
d) área 4: Aterros de Resíduos da Construção Civil.
II. ações complementares: referem-se às ações voltadas à informação, fiscalização
e promoção da recuperação de áreas degradadas.
Seção II
Do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil e
Resíduos Volumosos
Art. 6º - O Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção
Civil e Resíduos Volumosos - PMRCC - é instrumento para a implementação do
Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos
89
Seção III
Do Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Resíduos Volumosos
Art. 12 - O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Resíduos Volumosos tem como objetivos:
I. estabelecer procedimentos técnicos e operacionais para a gestão ambientalmente
adequada de pequenos volumes de resíduos da construção civil e resíduos
volumosos;
II. contribuir para a melhoria da limpeza urbana;
III. possibilitar a oferta da infraestrutura adequada para captação de pequenos
volumes de resíduos da construção civil e resíduos volumosos;
IV. fomentar a redução, a reutilização, a reciclagem e a correta destinação desses
resíduos;
V. promover ações de educação ambiental e de controle e fiscalização, necessárias ao
bom funcionamento da rede de Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes
de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - URPVs.
Seção IV
Dos Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
Art. 14 - Os geradores de resíduos da construção civil, públicos ou privados,
responsáveis pela execução de obras de edificações que estejam sujeitas à obtenção
de licença outorgada pelo Poder Executivo, precedida de aprovação dos respectivos
91
dos agentes responsáveis pelas atividades de transporte, triagem e destinação de
resíduos, definidos entre os licenciados pelo poder público municipal.
Parágrafo único - Os contratos administrativos celebrados no âmbito da administração
pública municipal incluirão cláusula exigindo do contratado a implementação do
PGRCC, que será considerado como custo direto no orçamento e nas propostas de
preços dos licitantes.
Art. 16 - É de responsabilidade dos executores de obras ou serviços em logradouros
públicos a manutenção dos locais de trabalho organizados e limpos, bem como a
manutenção de registros e Comprovantes de Transporte de Resíduos - CTRs, conforme
modelo previsto no Anexo II desta lei, e da destinação ambientalmente adequada dos
resíduos sob sua responsabilidade.
Art. 17 - A apresentação do PGRCC pelos geradores especificados no art. 14 desta lei
deverá observar as seguintes condições:
I. no caso de atividades construtivas não caracterizadas como de impacto, o PGRCC
deve ser apresentado para análise juntamente com o projeto arquitetônico, objeto
da obtenção de licença outorgada pelo Executivo;
II. no caso de atividades construtivas caracterizadas como de impacto, o PGRCC deve
ser analisado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente dentro do processo de
licenciamento ambiental.
CAPÍTULO V
DAS RESPONSABILIDADES
Seção II
Da Disciplina dos Transportadores
93
§ 1º - Os transportadores deverão fornecer os CTRs aos geradores atendidos,
identificando a correta destinação dada aos resíduos coletados.
§ 2º - Os transportadores deverão encaminhar à SLU relatórios contendo a
discriminação do volume de resíduos removidos, bem como a sua respectiva
destinação, apresentando, ainda, os comprovantes de descarga em locais licenciados
pelo órgão ambiental competente, nos termos do disposto no regulamento desta lei.
Seção III
Da Disciplina dos Receptores
Parágrafo único - Nas áreas mencionadas nos incisos I a IV do caput deste artigo não
será admitida a descarga de resíduos de transportadores não licenciados pelo poder
público municipal.
Art. 27 - Nas áreas mencionadas no art. 26 desta lei, bem como nas URPVs, é proibida
a destinação dos seguintes resíduos:
I. resíduos de serviços de saúde e congêneres;
II. agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;
III. cadáveres de animais;
IV. restos de matadouros de animais, restos de alimentos;
V. veículos inservíveis ou irrecuperáveis abandonados nos logradouros públicos,
carcaças;
VI. resíduos sólidos provenientes de calamidades públicas;
VII. documentos e materiais gráficos apreendidos pela polícia;
VIII. lodos e lamas oriundos de estações de tratamento de águas; de esgotos sanitários;
de fossas sépticas; de postos de lubrificação de veículos ou assemelhados;
Art. 28 - Os operadores das áreas referidas no art. 26 desta lei devem encaminhar à
SLU relatórios sintéticos com discriminação do volume por tipo de resíduos recebidos,
conforme disposto em regulamento.
CAPÍTULO VI
DA DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS
95
a classificação definida pela Resolução Conama nº 307/2002, e devem receber a
destinação ambientalmente adequada.
Art. 34 - Os resíduos da construção civil de natureza mineral, designados como classe
A pela Resolução Conama nº 307/2002, devem ser prioritariamente reutilizados ou
reciclados, salvo se inviáveis estas operações, caso em que deverão ser destinados a
aterros de resíduos da construção civil licenciados para reservação e beneficiamento
futuro ou para conformação topográfica de terrenos.
Parágrafo único - Na conformação topográfica de terreno com resíduos da construção
civil classe A deve-se obedecer ao disposto na legislação municipal que regula o
movimento de terra e entulho.
Art. 35 - O Poder Executivo municipal regulamentará as condições para o uso
preferencial dos resíduos referidos no art. 33 desta lei, na forma de agregado reciclado,
em obras públicas, de acordo com as normas técnicas brasileiras específicas.
Parágrafo único - O uso dos agregados reciclados constará do projeto básico, que
deverá mencionar este dispositivo legal e o decreto regulamentador como fundamentos
para o uso preferencial do material.
CAPÍTULO VII
DAS INFRAÇÕES, DAS PENALIDADES E DOS RECURSOS
Parágrafo único - O cumprimento das penalidades pelo infrator não o exime de outras
obrigações legais nem o isenta da obrigação de reparar os danos causados ao meio
ambiente ou a terceiros.
Art. 40 - Aplicam-se a este Capítulo as normas relativas às infrações, penalidades
e recursos previstas na legislação municipal específica relativa à limpeza urbana,
seus serviços e manejo de resíduos sólidos urbanos, naquilo que não conflitar com o
disposto nesta lei, nos termos do Anexo IV desta lei.
Art. 41 - No caso em que os efeitos da infração forem sanados pelo poder público, o
infrator deverá ressarcir os custos incorridos.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
97
ANEXO II
CTR - Comprovante de Transporte de Resíduos (ABNT NBR 15.112:2004)
(3 vias: gerador, transportador e destinatário)
(informações mínimas essenciais, que podem estar incluídas nos formulários
próprios dos transportadores)
IDENTIFICAÇÃO DO TRANSPORTADOR
2. IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR
Endereço: Tel.:
4. CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO
Concreto / Argamassa /
Solo
Alvenaria
5. RESPONSABILIDADES
ANEXO III
Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
(informações básicas obrigatórias)
2.1. Resíduos classe A que serão gerados (descrição e quantidade estimada em m³ dos resíduos de
concreto, argamassas, alvenaria, produtos cerâmicos, solo e outros)
2.2. Resíduos classe B que serão gerados (descrição e quantidade estimada em m³ dos resíduos de
madeira, plásticos, papéis e papelões, metais, vidros e outros)
2.3. Resíduos classe C que serão gerados (descrição e quantidade estimada em m³ dos resíduos de
gesso e outros)
2.4. Resíduos classe D que serão gerados (descrição e quantidade estimada em m³ dos resíduos de
tintas, solventes, óleos, instalações radiológicas ou industriais e outros resíduos perigosos)
3. Iniciativas para minimização dos resíduos
(escolha dos materiais, orientação da mão de obra e responsáveis, controles a serem adotados etc.)
99
4. Iniciativas para absorção dos resíduos na própria ou em outras obras
(forma de organização dos resíduos das quatro classes, dispositivos empregados etc.)
(os agentes podem ser substituídos, a critério do gerador, por outros, legalmente licenciados)
Nome: Nome:
Cadastro: Cadastro:
End.: End.:
Tel.: Tel.:
Nome: Nome:
Cadastro: Cadastro:
End.: End.:
Tel.: Tel.:
Nome: Nome:
CPF/CNPJ: CREA
End.: End.:
Tel.: Tel.:
Assinatura: Assinatura:
Art. 4º. Resíduo sólido urbano, para os efeitos do disposto nesta lei, é o conjunto
heterogêneo de resíduos provenientes das atividades humanas e de fenômenos
naturais que, segundo a natureza do serviço de limpeza urbana e do seu gerenciamento,
podem ser classificados:
§ 2º Quanto ao tipo, classificam-se em:
III. resíduos sólidos especiais: compreendem os resíduos que, por seu volume,
peso, grau de periculosidade ou degradabilidade, ou por outras especificidades,
requeiram procedimentos especiais para o seu manejo e destinação, considerando
os impactos negativos e os riscos à saúde e ao meio ambiente, incluindo:
b) resíduos da construção civil e congêneres;
101
Parágrafo único - O gerador garantirá o confinamento dos resíduos após a geração,
até a etapa de transporte, assegurando, sempre que possível, a segregação na origem
e as condições de reutilização e reciclagem.
Seção VII
Da Caçamba
Art. 105 - O local para a colocação de caçamba em logradouro público poderá ser:
I. a via pública, ao longo do alinhamento da guia do meio-fio, em sentido longitudinal;
II. o passeio, na faixa destinada a mobiliário urbano ou faixa gramada, desde que
deixe livre faixa para circulação de pedestre de no mínimo 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros) de largura.
Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 38)
Parágrafo único - Não será permitida a colocação de caçamba:
I. a menos de 5,00 m (cinco metros) da esquina do alinhamento dos lotes;
II. no local sinalizado com placa que proíba parar e estacionar;
III. junto ao hidrante e sobre registro de água ou tampa de poço de inspeção de galeria
subterrânea;
IV. inclinada em relação ao meio-fio, quando ocupar espaço maior que 2,70 m (dois
metros e setenta centímetros) de largura.
Art. 106 - Poderão ser formados grupos de até 2 (duas) caçambas no logradouro
público, desde que obedecido o espaço mínimo de 10,00 m (dez metros) entre os
grupos.
Art. 107 - O tempo de permanência máximo por caçamba em um mesmo local, exceto
o previsto no art. 108 deste Código, é de 3 (três) dias úteis.
Art. 108 - Na Zona Hipercentral (ZHIP), o horário de colocação, de permanência e de
retirada das caçambas é:
I. das 20 (vinte) às 7 (sete) horas nos dias úteis;
103
II. das 14 (catorze) horas de sábado às 7 (sete) horas de segunda-feira;
III. livre nos feriados.
Art. 110 - O Executivo poderá determinar a retirada de caçamba, mesmo no local para
o qual ela tenha sido liberada, quando, devido a alguma excepcionalidade, a mesma
venha a prejudicar o trânsito de veículo e pedestre.
Art. 111 - As penalidades previstas neste Código referentes a esta Seção serão
aplicadas ao proprietário da caçamba.
Seção VII
Da Caçamba
105
caçambas legais
CARACTERÍSTICAS Capacidade
Tarja refletora com área máxima de 7 m³
mínima de 100 cm² em
cada extremidade para
garantir a visibilidade
noturna
Nome
Identificação do da empresa
Tel.:
nome licenciado 0000-
0000
e do número
do telefone da
empresa
Cores vivas,
preferencialmente
PRINCIPAIS REGRAS DE COLOCAÇÃO combinando amarelo
e azul ou alaranjado e
A caçamba no máximo 3 dias úteis no mesmo local vermelho
Empresa Telefone
107
G RESOLUÇÃO Nº 307, de 5 DE JULHO de 2002
Correlações:
99 Alterada pela Resolução nº 448/12 (altera os artigos 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10º e 11º
e revoga os artigos 7º, 12º e 13º)
99 Alterada pela Resolução nº 431/11 (alterados os incisos II e III do art. 3º)
99 Alterada pela Resolução nº 348/04 (alterado o inciso IV do art. 3º)
109
XI. Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de
gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos
sólidos, exigidos na forma da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010; (nova redação
dada pela Resolução 448/12)
XII. Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de
soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política,
econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável. (nova redação dada pela Resolução 448/12)
Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta
Resolução, da seguinte forma:
I. Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras
de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e
concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto
(blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II. Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:
plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso; (redação dada pela
Resolução n° 431/11).
III. Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias
ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou
recuperação; (redação dada pela Resolução n° 431/11).
IV. Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais
como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e
outros. (redação dada pela Resolução n° 431/11).
V. Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como
tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde
oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (redação dada pela Resolução n°
348/04).
111
§ 1º Os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de empreendimentos
e atividades não enquadrados na legislação como objeto de licenciamento ambiental,
deverão ser apresentados juntamente com o projeto do empreendimento para análise
pelo órgão competente do poder público municipal, em conformidade com o Plano
Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil. (nova redação dada pela
Resolução 448/12)
§ 2º Os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de empreendimentos
e atividades sujeitos ao licenciamento ambiental deverão ser analisados dentro do
processo de licenciamento, junto aos órgãos ambientais competentes. (nova redação
dada pela Resolução 448/12)
Art. 9º Os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão
contemplar as seguintes etapas: (nova redação dada pela Resolução 448/12)
I. caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos;
II. triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser
realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as
classes de resíduos estabelecidas no art. 3º desta Resolução;
III. acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a
geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja
possível, as condições de reutilização e de reciclagem;
IV. transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de
acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos;
V. destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta Resolução.
Art. 10. Os resíduos da construção civil, após triagem, deverão ser destinados das
seguintes formas: (nova redação dada pela Resolução 448/12)
I. Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou
encaminhados a aterro de resíduos classe A de reservação de material para usos
futuros; (nova redação dada pela Resolução 448/12)
II. Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização
ou reciclagem futura;
III. Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade
com as normas técnicas específicas.
IV. Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade
com as normas técnicas específicas. (nova redação dada pela Resolução 448/12)
Referências
_______. NBR 10004: Resíduos da construção civil sólidos - Diretrizes para projeto,
implantação e operação Rio de Janeiro, 2004.
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BLUMENSCHEIN, Raquel Naves e Rosa Maria Sposto. Projeto de gerenciamento de
resíduos sólidos em canteiros de obras. PGM – Programa de Gestão de Materiais /
Universidade de Brasília / CBIC / SINDUSCON-GO.
_______. Resolução nº 448, de 18 de janeiro de 2012. Altera os art. 2°, 4°, 5°, 6°, 8°,
9°, 10 e 11 da Resolucção 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacionaldo Meio
Ambiente-CONAMA.
MIRALÉ, Edis, Direito do Ambiente, 3. ed. ver., atual.,e ampl. – São Paulo: Editora
Revistas dos Tribunais, 2004. FIORILLO, Celso Antonio Pacheco, Curso de Direito
Ambiental Brasileiro, 5. ed. ampl. São Paulo: Saraiva, 2004.
COLABORAÇÃO
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116 ALTERNATIVAS PARA A DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL - 3ª edição