Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................................................2
LISTA DE GRÁFICOS..........................................................................................................................................3
LISTA DE TABELAS.............................................................................................................................................4
NOMENCLATURA................................................................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO:..................................................................................................................................................6
2. OBJETIVOS:.......................................................................................................................................................9
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:..................................................................................................................10
3.1) REGIMES DE FLUIDIZAÇÃO:...............................................................................................................................10
3.2) QUEDA DE PRESSÃO EM UM LEITO FLUIDIZADO...................................................................................................13
3.3) VELOCIDADE DE MÍNIMA FLUIDIZAÇÃO:...............................................................................................................15
4. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................................................................18
4.1) MATERIAIS:....................................................................................................................................................18
4.2) MÉTODOS:......................................................................................................................................................18
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES:...................................................................................................................19
5.1) CONSTRUÇÃO DA CURVA FLUIDODINÂMICA...........................................................................................................19
5.2) CÁLCULOS TEÓRICOS........................................................................................................................................22
5.2.1) Perda de carga máxima:.....................................................................................................................22
5.2.2) Cálculo da velocidade mínima de fluidização:...................................................................................23
6. CONCLUSÃO...................................................................................................................................................27
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................................28
1
LISTA DE FIGURAS
2
LISTA DE GRÁFICOS
3
LISTA DE TABELAS
4
NOMENCLATURA
5
1. INTRODUÇÃO:
A fluidização baseia se na circulação de sólidos juntamente com um fluído
impedindo a existência de gradientes de temperatura. Comporta-se num estado
intermediário entre um leito estático e um em que os sólidos estejam suspensos num
fluxo.
A formação do leito fluidizado se dá quando um fluxo adequado de um fluído
inicia o percurso por entre um leito material de forma que ocorra a fluidização. As
bolhas formadas por este fluído passam por entre o leito criando uma condição de
turbulência. Esta condição de turbulência conduz a boa transferência de calor,
uniformidade de temperatura e facilidade de controle do processo.
Atualmente nas indústrias os processos de fluidização são aplicados
principalmente a processos físicos, tais como secagem, mistura, granulação,
cobertura, aquecimento e resfriamento.
Na secagem é utilizado principalmente em indústrias farmaceuticas, de
fertilizantes, areia, minerais esmagados, polímeros e qualquer indústria de produtos
cristalinos.
No caso de resfriamento, é largamente utilizado para esfriar sólidos
particulados após uma reação. O fluído utilizado, seja água ou ar, funciona como um
trocador de calor, como descrito na figura 1 abaixo.
6
Figura 1: Leito fluidizado com refrigerador de sólidos.
7
• Boa mistura dos sólidos;
• Área superficial das partículas sólidas fica completamente disponível
para transferência;
• Fácil escoamento em dutos, pois os sólidos comportam-se como
fluidos.
No entanto, também apresenta algumas desvantagens:
• Atrito severo, ocasionando produção de pó, tornando-se necessário a
reposição constante de pó e equipamentos de limpeza de gás na
saída, envolvendo aumento de custo do processo;
• Erosão do equipamento devido à freqüente impacto dos sólidos;
• Consumo de energia devido à alta perda de carga (requer alta
velocidade do fluído);
• Tamanho do equipamento maior que o leito estático (devido à
expansão do leito).
8
2. OBJETIVOS:
9
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
10
Figura 2: Diferentes regimes de fluidização.
11
entre as partículas e o fluído se equivalem fazendo com que a componente vertical
das forças de compressão entre as partículas vizinhas desaparece. E com isso a
queda de pressão em qualquer seção do leito é igual ao peso do fluído e das
partículas naquela seção. Este estado também é conhecido como estado de mínima
fluidização.
Com uma velocidade acima da mínima fluidização pode provocar uma
progressiva expansão. Dessa forma as instabilidades são amortecidas e continuam
pequenas e a heterogeneidade não é observada. Esta condição somente é
conseguida sob condições especiais de partículas finas e leves com gases densos a
altas pressões. Sendo assim o leito é chamado de leito fluidizado particulado ou leito
fluidizado homogêneo, isto é mostrado na figura 2.b.
A altas taxas de escoamento provocam grandes instabilidades como
borbulhamento e canalização. A agitação é mais violenta e o movimento dos sólidos
se torna mais vigoroso. O leito não expande muito mais que o seu volume na
mínima fluidização. Este leito é conhecido como leito fluidizado agregativo, leito
fluidizado heterogêneo ou leito fluidizado borbulhante, como é visto na figura 2.c.
Em um sistema de fluidização as bolhas formadas no fluído crescem e se
agregam conforme elas ascendem o leito. E num leito de maior profundidade elas
podem se tornar maiores e se espalham através do vaso. As partículas menores se
agregam e se aproximam mais da parede do leito e descem ficando mais ao redor
das bolhas. Já as partículas mais grosseiras a parte do leito que se encontra acima
da bolha é empurrada para cima funcionando como um pistão. Este regime é
chamado de fluidização intermitente, como mostra a figura 2.d.
A velocidade terminal do sólido é excedida quando as partículas finas são
fluidizadas com velocidades relativamente altas de fluído. A superfície superior do
leito desaparece, e o transporte torna-se apreciável. Ao invés de se observar
bolhas, se observa um aglomerado de sólidos que rege um movimento turbulento.
Isto caracteriza a fluidização turbulenta, como podemos ver na figura 2.e.
Com o aumento da velocidade do fluído, os sólidos são carregados do leito,
que caracteriza um leito fluidizado disperso, ou diluído com transporte pneumático
de sólidos, como é visto na figura 2.f.
12
3.2) Queda de Pressão em um Leito Fluidizado
A queda de pressão num leito fluidizado pode ser explicada basicamente pela
equação de Ergun. Esta é uma equação semi-empírica, ela sai do equacionamento
realizado por Blake-Kozeny (equação para regime laminar) e do equacionamento
realizado por Burke-Plummer (equação para o regime turbulento).
No final da década de 40, Ergun unificou as expressões de Blake-
Kozeny e
Burke-Plummer, mostrando que a queda de pressão em leitos era
composta de duas
contribuições: uma associada aos atritos viscosos, que predominava na
região laminar, e outra, associada aos efeitos de inércia, que predominava
no regime turbulento. Na realidade, a queda de pressão do fluído ao longo
de toda a faixa de regimes de escoamento pode ser expressa pela soma
da equações de Blake-Kozeny e Burke-Plummer. Logo:
Equação de Blake-Kozeny:
150 µ.v' L (1 − ε ) 2
∆P = (Eq. 3.1)
Dp 2 ε3
Equação de Burke-Plummer:
1,75 ρ.( v' ) 2 L (1 − ε )
∆P = (Eq. 3.2)
Dp ε3
Somando-se as equações 1 e 2 obtem-se a equação de Ergun:
Nem todas as partículas tem forma esférica, nas indústrias se usam partículas
feitas especificamente para aumentar a área superficial para favorecer o contato
entre fases na troca de massa e/ou calor. Essas partículas são tratadas como se
fossem uma esfera introduzindo o fator denominado esfericidade (Φs) que permite
13
calcular um diâmetro equivalente. Na equação de Ergun, neste caso é incluida a
esfericidade, multiplicando ao diâmetro da partícula.
A região compreendida pelo intervalo AB pode ser dita como leito fixo, ou
estático. O regime é quase sempre laminar, com um Re<10 e, portanto pode-se
aplicar a equação de Ergun. No ponto B a perda de carga é igual ao peso dos
sólidos. O leito se encontra quase em repouso contendo características de um fluído
e é possível observar a fluidez do leito. Neste ponto as partículas mudam de posição
e rearranjam-se.
Já no ponto C ocorre a mínima fluidização, ou seja, há o início da fluidização.
No intervalo compreendido pela curva CD, indica o movimento desordenado das
partículas com freqüentes choques devido ao aumento da porosidade e menor perda
de carga junto com o aumento da velocidade. Nos intervalo correspondido por BD o
leito é dito em expansão.
14
No ponto D a perda de carga começa a ficar constante, não há contato entre
as partículas. No intervalo DE a velocidade varia linearmente com a queda de
pressão até chegar no ponto E, nesse intervalo podemos chamar de “leito em
ebulição” ou fluidização em batelada. No ponto E as partículas começam a ser
carregadas pelo fluído e perde-se a funcionalidade do sistema. A fluidização é dita
contínua ou em fase diluída. A partir daí ocorre o transporte pneumático.
∆P
= g (1 − ε mf )( ρs − ρ) (Eq. 3.5)
Lmf
1
φs .ε mf
3
≅ (Eq. 3.6)
14
Dp .v mf .ρ
Re mf = (Eq. 3.7)
µ
A equação de Ergun 3.4 se converte a:
15
Re mf (1 − ε mf ) Re mf Dp 3 ρ.( ρ s − ρ ) g
150 . + 1,75 . − =0 (Eq.3.8)
φs2 ε mf
3
φs .ε mf
3
µ2
∆P µ.v mf (1 − ε mf ) 2
= 150 . 2 (Eq. 3.13)
L φs .Dp 2 ε mf
3
1 (ε mf ) φs ρs − ρ
3 2
v mf = g .Dp 2 (Eq.3.14)
150 (1 − ε mf ) µ
16
Substituindo e rearranjando a equação 3.15 as equações 3.11 e 3.12
e considerando a equação 3.5 temos:
1
ρ − ρ 2
v mf = 0,756 s g (ε mf ) 3 Dp (Eq.3.16)
ρ
17
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1) Materiais:
• Esferas de vidro;
• Água;
• Reservatório de água;
• Aparato para o leito fluidizado – coluna para o leito, linha de água,
manômetro de tubo em “U”, válvulas, etc;
• Bomba Centrífuga – Weg Motors LTDA;
• Balde;
• Balança;
• Cronômetro.
4.2) Métodos:
18
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
19
leito. Para a realização destes cálculos, utiliza-se das tabelas 1 e 2. Na
tabela 3 abaixo, estão contidos os valores calculados para a construção
da curva.
520502 ,52 v ²
∆P = (Eq. 5.1)
L
8 0 0 0
V e l o c i d a d e d e
7 0 0 0P e r d a d e C a r g aM Mí n ái m x i a m F a l u i d i z a ç ã o
6 0 0 0
5 0 0 0
delta P/L (Pa/m)
4 0 0 0
3 0 0 0
2 0 0 0
1 0 0 0
0
0 , 0 0 0 , 0 2 0 , 0 4 0 , 0 6 0 , 0 8 0 , 1 0 0 , 1 2
V e l o c i d a d e ( m / s )
21
5.2) Cálculos teóricos
g = 9,81 m / s ²
ρs = 2354 ,737 Kg / m ³
ρ = 997 ,77 Kg / m ³
1 1
εmf = 3 =3 = 0,41
14 .φs 14 .1
∆P
= g (1 −εmf )( ρs − ρ)
Lmf
∆P
= 9,81 .(1 −0,41 ).( 2354 ,737 −997 ,77 )
Lmf
∆P
= 7853 ,9893 Pa / m
Lmf
22
Pode se dizer que este erro é um valor consideravelmente alto e por
isso não podemos afirmar que a curva construída tenha confiabilidade.
9 0 0 0
8 0 0 0
7 0 0 0
6 0 0 0
delta P (Pa)
5 0 0 0
r ² = 0 , 9 9 5 2
4 0 0 0
3 0 0 0
2 0 0 0
1 0 0 0
0
0 , 0 0 0 , 0 2 0 , 0 4 0 , 0 6 0 , 0 8 0 , 1 0 0 , 1 2
V e l o c i d a d e ( m / s )
Visto que este gráfico nos fornece uma reta, o que indica que o
regime é laminar. Isto é provado pelo coeficiente de correlação linear
encontrado: r²=0,9952.
Com isso verifica-se uma simplificação na equação de Ergun:
23
∆P µ.v ' (1 − ε ) 2 ρ.( v' ) 2 (1 − ε )
= 150 . 2 + 1,75 . (Eq. 3.4)
L φs .Dp 2 ε 3 φs .Dp ε 3
∆P µ.v mf (1 − ε mf ) 2
= 150 . 2 (Eq. 3.13)
L φs .Dp 2 ε mf
3
v mf = g .Dp 2 (Eq.3.14)
150 (1 − ε mf ) µ
1 (εmf ) φs ρs − ρ
3 2
v mf = g .Dp 2
150 (1 −εmf ) µ
1 (0,41 )³( 1)² 2354 ,737 −997 ,77
v mf = 9.81 .( 0,00457496 )²
150 (1 − 0,41 ) 0,00097475
v mf = 0,2226 m / s
Com este valor é possível calcular um erro relativo, utilizando a equação 5.3:
0,2226 − 0,049
E% = ×100 %
0,2226
E % = 77 ,99 %
24
Pode se dizer que este erro é um valor muito alto e por isso
podemos afirmar que o método de simplificação da equação de Ergun não
é um método muito confiável, uma vez que ela dá uma margem de erro
muito grande. Esta equação simplificada considera somente um sistema
laminar ideal o que não ocorre na prática, visto que existe sempre uma
parcela regime turbulento. Então, utiliza-se a equação de Ergun sem
simplificações. Igualando-se a Eq. 3.4 e a Eq. 3.5 e fazendo rearranjos, e
substituindo o valor encontrado na equação de Wen e Yu consegue-se
obter um valor para a velocidade mínima de fluidização.
∆P
= g (1 − ε )( ρs − ρ) (Eq. 3.5)
L
0,049 − 0,044
E% = ×100 %
0,049
E % = 10,2%
25
26
6. CONCLUSÃO
27
BIBLIOGRAFIA
28