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IMPRENSA 6,2 milhões de brasileiros não têm água potável em casa e 29 Busca
"Ter acesso a água potável, saneamento e higiene em casa não deveria ser um privilégio
apenas dos ricos ou dos que vivem em centros urbanos", diz Tedros Adhanom
Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Esses são alguns dos serviços mais básicos para a
saúde humana, e todos os países têm a responsabilidade de assegurar que todos possam
ter acesso a eles".
Como consequência, 361 mil crianças menores de 5 anos morrem anualmente devido à
diarreia. O saneamento precário e a água contaminada também estão associados à
transmissão de doenças como cólera, disenteria, hepatite A e febre tifoide.
"Água potável, saneamento eficaz e higiene são fundamentais para a saúde de cada criança
e cada comunidade – e, por isso, essenciais para a construção de sociedades mais fortes,
mais saudáveis e mais equitativas", afirmou Anthony Lake, diretor executivo do UNICEF.
"Ao melhorarmos, hoje, esses serviços nas comunidades mais desfavorecidas e para as
crianças mais desfavorecidas, estamos dando-lhes uma oportunidade mais justa para que
possam ter um futuro melhor".
Dos 2,1 bilhões de pessoas que não dispõem de água gerida de forma segura, 844 milhões
não têm nem mesmo acesso a serviços básicos de água potável. Esse número inclui 263
milhões de pessoas que gastam mais de 30 minutos para chegar ao ponto de
abastecimento de água mais próximo e 159 milhões que continuam a beber água não
tratada de fontes de água de superfície, como riachos ou lagos.
Dos 4,4 bilhões de pessoas que não têm acesso a um saneamento gerido de modo seguro,
2,3 bilhões ainda não dispõem de serviços básicos de saneamento. Esse número inclui 600
milhões de pessoas que partilham banheiros ou latrinas com outras famílias, e 892 milhões
de pessoas – principalmente em zonas rurais – que defecam ao ar livre. Devido ao
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As boas práticas de higiene são a maneira mais simples e eficaz de evitar a propagação de
doenças. Pela primeira vez, os ODS estão monitorando a porcentagem de pessoas que
dispõem de instalações para lavar as mãos em casa com água e sabão. De acordo com o
novo relatório, o acesso a água e sabão para lavagem das mãos varia consideravelmente
nos 70 países com dados disponíveis, oscilando entre 15% da população na África ao sul do
Saara e 76% na Ásia Ocidental e no Norte de África.
Muitos países não dispõem de dados sobre a qualidade dos seus serviços de água e
saneamento. O relatório inclui estimativas de 96 países sobre água potável gerida
de forma segura e de 84 países sobre saneamento gerido de modo seguro. Não
existem esses dados sobre água potável gerida com segurança no Brasil.
Nos países em situação de conflitos ou de instabilidade, as crianças têm quatro
vezes menos probabilidade de usufruir de serviços básicos de água e duas vezes
menos probabilidade de se beneficiar de serviços básicos de saneamento do que as
crianças que vivem em outros países.
Existem grandes disparidades em relação a esses serviços entre as zonas urbanas e
rurais. Duas em cada três pessoas com acesso a água potável gerida de forma
segura, e três em cada cinco que dispõem de serviços de saneamento geridos com
segurança vivem em áreas urbanas. Dos 161 milhões de pessoas que utilizam águas
de superfície não tratadas (de lagos, rios ou canais de irrigação), 150 milhões vivem
em zonas rurais.
Serviços básicos significam dispor de uma fonte de água potável protegida a menos de 30
minutos de casa, usar banheiros ou latrinas que não tenham de ser compartilhados, e ter
em casa instalações que permitam a lavagem das mãos com água e sabão.
6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para
todos.
6.2 Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos
para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as
necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade.
O JMP também contribui para monitorar o ODS 1, "acabar com a pobreza em todas as suas
formas, em todos os lugares", e o ODS 4, "assegurar a educação inclusiva e equitativa e de
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1.4 Até 2030, garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os pobres
e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso
a serviços básicos, propriedade e controle sobre a terra e outras formas de
propriedade, herança, recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços
financeiros, incluindo microfinanças.
4.a Construir e melhorar instalações físicas para educação, apropriadas para
crianças e sensíveis às deficiências e ao gênero, e que proporcionem ambientes de
aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes para todos.
Água potável, saneamento e higiene também são essenciais para o ODS3 "Assegurar uma
vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades". Sob a
meta 3.9 dos ODS, os países estão trabalhando para reduzir substancialmente, até 2030, o
número de mortes e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do
ar e água do solo. Adicionalmente, água potável, saneamento e higiene são necessários
para reduzir a mortalidade materna e pôr fim às mortes evitáveis de recém-nascidos e
crianças como explicitado nas metas 3.1 e 3.2 dos ODS.
Sobre o JMP
O Programa Conjunto de Monitoramento da OMS e do UNICEF (JMP) para o Abastecimento
de Água, Saneamento e Higiene é o mecanismo oficial da Organização das Nações Unidas
incumbido de monitorar os progressos nos níveis nacional, regional e global, em especial
em relação às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relativas ao
acesso universal e equitativo a água potável, saneamento e higiene. Graças às pesquisas
familiares realizadas com apoio global, as análises do JMP ajudam a estabelecer conexões
entre o uso de instalações básicas de água e saneamento e a qualidade de vida e servem
de referência autorizada para a tomada de decisões políticas e alocações de recursos,
especialmente em nível internacional.
Letícia Sobreira
Telefone: (61) 3035 1917
E-mail: lsobreira@unicef.org
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