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FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

O ALIENISTA

MANAUS

2013
FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

DEPARTAMENTO DE PSICOOGIA

LÚCIO XAVIER BASTOS JÚNIOR

O ALIENISTA

Fichamento sugerido pelo Prof.


Rockson Pessoa, que ministra
a disciplina de Legislação e
Ética, no curso de Psicologia,
noturno, 2º período.

MANAUS

2013
FICHAMENTO DA OBRA: O ALIENISTA

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA: ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de


Janeiro: Nova Aguilar. v. II.

O ALIENISTA

Capítulo I – DE COMO ITAGUAÍ GANHOU UMA CASA DE ORATES

Partindo da iniciativa sonhadora e empírica do Sr. Dr. Simão Bacamarte, que


se formou médico e que era ávido estudioso e grande apreciador da ciência,
“alternando entre curas e leituras” a sua rotina. Casado posteriormente com dona
Evarista, a quem acompanhou lado a lado ao doutor.

Dr. Bacamarte, mergulha profundamente ao estudo da ciência, da medicina.


Entretanto a partir de seus estudos algo lhe chamava mais ainda a atenção, eram
as patologias cerebrais, do qual ainda pouco se sabia. Como ele mesmo exclama: “
A saúde da alma,..., é a ocupação mais digna do médico.”

Aplicado nos estudos, pois passava horas e horas a estudar Dr. Bacamarte,
passa a idealizar algo que era no mínimo incomum na vida dos moradores e no
cotidiano de Itaguaí. Um lugar onde pudessem ser acomodados todos os que do
“mal do cérebro” sofresse. Para isso teve que defender a sua ideia na Câmara para
que assim com a licença oficial pudesse dar início a construção do lugar, que mais
tarde ficaria conhecido como Casa Verde.

Capítulo II – TORRENTES DE LOUCOS

Inaugurada a casa, com as devidas saudações e pombas que todos


ofertavam por tão grande empenho. Bacamarte logo revela um mistério de seu
coração, que apesar da grande sede de conhecimento e reconhecimento
profissional, também mantinha em seu coração algo no mínimo inusitado dentro de
si, a caridade. Que mesmo que ela não fosse a coluna da ideia de se construir um
asilo, era o pano de fundo da estratégia e dava mais valor ao esforço, pois assim
acreditava que estaria fazendo grande contribuição a toda a humanidade.

E juntamente com Crispim Soares, começaram a acolher na Casa Verde, aos


candidatos, vinham de todos os lugares, vilas e arraiais vizinhos, tanto que ocorreu
que logo tiveram de ampliar o numero de acomodações na casa. Assim o Alienista,
Simão, poderiam começar seus estudos e observações, pois havia no lugar, muitos
tipos de loucos, era os tidos loucos por amor, de fúria, melancólicos e assim por
diante. Todos com um tique nervoso, uma história sem fim ou crenças que detinham
o poder divino nas mãos. Dado as atribuições e organização de toda a
administração do lugar, Dr. Bacamarte, poderia dedicar-se inteiramente a análise de
seus pacientes-hóspedes. Que logo determinou em dois: os furiosos e mansos. E
subdividi-los em: monotonias, delírios, alucinações diversas. O que a partir disso,
iniciou um estudo cada vez mais profundo e contínuo de cada um.

Capítulo III – DEUS SABE O QUE FAZ.

Com toda atividade praticamente voltada para a Casa Verde, D. Evarista, vê-
se abandonada por Dr. Bacamarte, mesmo que ela não venha a reclamação ou
levantar qualquer uma palavra que venha a reprova-lo. Mesmo quando ela não
aguenta mais a solidão como companheira e desabafa: “Quem diria que meia dúzia
de lunáticos...”. Foi assim que o doutor percebeu a sua insatisfação e recomendou-a
a um passeio ao Rio de Janeiro, o que foi recebido pela D. Evarista como um título
de liberdade e diversão, pois a mesma nunca nem tinha sonhado em visitar a cidade
do Rio.

Extasiada pela proposta, D. Evarista, sentiu algo escurecer aquilo que


parecia-lhe o mais claro dos momentos, a ausência ou a presença de Simão. Que
decretou que se ele não fosse também não iria. E para a surpresa de D. Evarista, o
doutor propõe que ela vá com sua tia. Debateram sobre o dinheiro a investido na
visita das damas a capital. Simão, logo apresenta a receita das entradas financeiras
para que sua esposa acalmasse a consciência. E embarcasse de vez na aventura.

“Deus sabe o que faz”

Capítulo IV – UMA TEORIA NOVA

Eis que surgi uma nova teoria que para Dr. Simão, o alienista, extrapolaria o
conhecimento até aquele momento da Psicologia. Mandou então chamar ao
Boticário, Crispim, para que o noticiasse com a nova proposta teórica. Que consistia
em dizer que a insânia no individuo é produto da transposição dos limites da razão.
O que logo os dois concluem que devem executar a teoria da qual estão dialogando.
O que também há muito que comparar com os hábitos e manias estranhas por parte
daqueles ditos como sãos.

Concluo na teoria proposta de Bacamarte que ora o homem, está no domínio


da razão, ora ela está no domínio da insanidade.

Capítulo V – O TERROR

Após a proposta de Bacamarte, ocorreu que veio a falência talvez até de bom
grado e inocente Costa que herdara uma quantia que seu tio falecido deixou para
ele e que podia fazê-lo viver “até o fim do mundo”. Porém Costa era respeitado e
admirado por todos em Itaguaí, por era homem de ajudar a todos que a ele
recorriam, emprestando mil a um, dois mil a outro e assim por diante, sem ao menos
cobrar juros e extras. Após a falência oficial de Costa, este não se ver entristecido
pelo fato do dinheiro ter se perdido por tantos empréstimos a outros. Mas
continuava com a mesma atenção e alegria de sempre. O que só reforçava mais
ainda a figura quase que santa de Costa na pequena vila.

Assim Costa foi levado a Casa Verde, pois convicto o Dr. Simão, que Costa
não deliberava de forma equilibrada e coesa as suas decisões. Espalhou-se que
Costa estava no asilo e logo começaram a trazer a tona histórias e mais histórias,
acusando o asilo de cárcere privado. Foi então ter co Bacamarte uma senhora que
foi justificar a falência de Costa a fim de libera-lo do lugar, declarando que o mesmo
foi vitima de uma praga lançada por estrangeiro a seu Tio, do qual era um homem
muito grosso e arrogante quando furioso. A mesma senhora foi posta no asilo sob
observação e estudo do Dr. Assim espalhou-se o terror na vila, pois a cada dia que
se passava mais pessoas era entregues aos cuidados do Dr. Simão Bacamarte.

Capítulo VI – A REBELIÃO

Por volta de trinta pessoas redigiram e levaram uma representação a


Câmara, todos ligados ao baderneiro.

Por sua vez, a Câmara recusou, já que declarara a Casa Verde uma
instituição publica e que não podia aceitar movimentos de rua. O presidente pediu
que voltassem ao trabalho, provocando assim, a irritação dos agitadores.

O barbeiro informou que faria rebelião para destruir a Casa Verde, pois
Itaguaí sofrera bastante com tantas pessoas necessitadas que jaziam na Casa
Verde e que o depotismo científico do alienista complicava-se do espirito de
ganancia, já que, as famílias e a Câmara pagavam o salário dele.

O presidente por sua declarou que as informações eram falsas; que as


experiências com alto valor psicológico não eram pagas pelas famílias dos
enfermos, pois o médico havia aberto mão do salário.

Com essa noticia, os rebeldes se acalmaram. Seguramente o alienista podia


estar em erro. Depois de alguns instantes, o barbeiro declarou que tinha mandado
publico e que não voltaria a paz a Itaguaí antes de acabar com a Casa Verde.

Isso tudo fez com que algumas opiniões de vereadores mudassem, alguns
entraram em confronto de idéias. E, a arruaça crescia. Já não eram trinta, mas
trezentas pessoas que seguiram o barbeiro rumo a Casa Verde. O movimento ficou
conhecido como a revolta das Canjicas, já que o chamavam de Canjica.
Dona Evarista teve notícia da rebelião antes que ela chegasse, provava um
vestido de seda quando ouviu os rumores nas ruas. Por alguns instantes ficou
assustada, petrificada, depois procurou o marido e perguntou se ele não estava
escutando os gritos. Distraído, percebeu o alienista que os gritos se aproximaram,
levantou e disse a esposa que não era caso de morte e que ficasse dentro da casa.
Dirigiu-se Simão Bacamarte a varanda da frente onde a rebelião estava parada
sobre agitação, então perguntou o que queriam e pediu a palavra após a pergunta.

O barbeiro então disse que não pedia nada, mas que ordenava que a Casa
Verde fosse demolida. Então o alienista explicou que o que fazia era em nome da
ciência e que respeitava o movimento deles; que estaria de acordo se fosse uma
revogação quanto a administração da Casa Verde, mas fora isto, não daria razão a
leigos e rebeldes. Após isto, retirou-se da sacada.

O barbeiro instigava a todos a continuarem com a rebelião e derrubarem a


Casa Verde, mas com a declaração do alienista, alguns ficaram sem coragem O
que o barbeiro queria mesmo era a oportunidade de fazer seu nome na politica, ele
tinha ambição do governo e cada vez mais instigava multidão a lutar ate o fim.

A multidão avançou, mas um incidente interrompeu, a marchado corpo de


dragões.

Capítulo VII – O INESPERADO

O capitão pediu que a multidão dispersasse, mas para surpresa dele, boa
parte dos dragões se uniu a revolta deixando ele sem ação e fazendo com que se
rendesse.

O barbeiro então se sentiu vitorioso e adentrou na Câmara com alguns


tenentes, e eles, sentindo-se acoados, entregam-se. Os amigos de Porfírio (o
barbeiro) pediram que ele assumisse o Governo da vila, e ele, por sua vez aceitou o
encargo.

Após isto, discursou ao povo itaguaiense com palavras bonitas para que o
ajudassem em restaurar a paz e pediu confiança para que desse continuidade.
Todos escutaram em silencio, e a vila respirou com a esperança de que o alienista
dentro de vinte e quatro horas estaria destruído.

Capítulo VIII – AS ANGUSTIAS DO BOTICARIO.

Vinte e quatro horas depois, o barbeiro foi à casa de Simão Bacamarte, mas
não existia ninguém mais angustiado com essa noticia do que Boticário. Ele
imaginou que Dr. Bacamarte seria preso e ele iria junto, na qualidade de cumplice.
Foi então a Câmara esperar o barbeiro para dizer que tinha aderido aos protestos,
por isso todos lá o tratavam com respeito.

Capítulo IX – DOIS LINDOS CASOS.

O alienista então declarou que não iria resistir e logo foi ao encontro do
barbeiro, mas pediu para não assistir a destruição da Casa Verde. Ao contrário do
que esperava e pensava ele ouviu do barbeiro que não faria nada relacionado a
atos de vandalismo e que não destruiria a Casa Verde, já que o povo tinha piedade
dos loucos que ficavam lá. O barbeiro fez o pedido ao Bacamarte par que se unisse
a ele e retirasse da Casa Verde apenas os que estivessem quase curados e alguns
maníacos sem perigo. Simão Bacamarte pediu par pensar na resposta.

Simão Bacamarte indagou Porfirio para saber se haviam feridos; que por sua
vez informou a Bacamarte que foram onze mortos e vinte e cinco feridos. Isso fez o
alienista pensar que os sintomas de duplicidade e descaramento deste barbeiro são
positivos; a tolice dos que o aclamavam é a prova dos onze mortos e vinte e cinco
feridos – Dois lindos casos de doença mental, disse Bacamarte. Enquanto alguns
bradavam vivas a Porfírio do lado de fora, o alienista murmurava dizendo – Dois
lindos casos!.

Capítulo X – RESTAURACAO

Em alguns dias, o alienista colocou na Casa Verde uns cinquenta


aclamadores do novo governo, e isto deixou o povo indignado, fazendo com que
logo outro barbeiro chamado Joao Pina tomasse o lugar de Porfirio, pois achavam
que estaria vendido ao ouro de Simão.

João Pina falava de uma Câmara corrupta, e tudo começou a virar loucura;
Porfirio foi parar na Casa Verde; ate a Câmara entregou seu próprio presidente para
o alienista. Dai pra frente foi uma coleta desenfreada, qualquer mentira era loucura
e ia direto para Casa Verde. Ele realmente ficou desenfreado.

Capítulo XI – O ASSOMBRO DE ITAGUAÍ

Todos da vila ficaram assombrados ao saber que os loucos da Casa Verde


iriam para rua! De fato, o alienista passou um ofício para a Câmara expondo os
diversos argumentos e explicações para saída de todos da Casa Verde.

O assombro de Itaguaí foi grande; não foi menor a alegria dos parentes e
amigos dos reclusos. Houve festas prolongadas e esplêndidas. E assim vão as
coisas humanas!

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