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MODELO DE PETIÇÃO (AUXÍLIO RECLUSÃO)

Caso em que, dois menores, representados pela sua mãe, requereram o auxílio reclusão em virtude de
seu pai estar preso. Acontece que o INSS negou o requerimento pelo fato de a representante não
conseguir demonstrar a CTPS do Recluso.

Acontece que o INSS observou nas informações constantes no CNIS (Cadastro Nacional de
Informações Sociais). E de acordo com elas, o Recluso era contribuinte da previdencia.

EXMO (A) SR (A) DR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA___VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL- SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE RECIFE-PE

AUTOR (XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX), menores impúberes,


representado por XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileira, casada, portadora da cédula de
identidade nº. XXXXXXXXXXXXXXX, expedida pela SDS/PE- Secretaria de Defesa Social do estado de
Pernambuco e do CPF/MF nº. XXXXXXXXXXXX, residente e domiciliada na rua
XXXXXXXXXXXXXXXXXX, por meio de seu procurador infrassinado, com os devidos poderes,
constantes no instrumento de mandato procuratório e que recebe intimação no endereço constante no
rodapé, vem, no mais alto grau de respeito, com fulcro no artigo 80, da Lei nº. 8213, de 1991, propor a
presente AÇÃO ESPECIAL DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO RECLUSÃO, em desfavor do INSS-
INSTITUTO NACIONAL DO SERVIÇO SOPCIAL, com procuradoria regional situada pelo motivos fáticos
e jurídicos a seguir transcritos:

DOS FATOS
1- Inicialmente, deve-se registrar que os Autores são filhos
do SR.xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que, por sua vez, encontra-se recluso no PRESÍDIO PROFESSOR ANÍBAL
BRUNO, a cumprir o seu dever com a sociedade, conforme atestado de recolhimento em anexo.
2- Ademais, antes de ser recolhido, o Reeducando laborava na
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, empresa esta que assinava a sua CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência
Social).
3- Dessa forma, amparados pelos pela legislação, os Autores, por meio de sua
mãe e representante legal, se dirigiram até um PSS- Posto do serviço Social, para requerer o auxílio
reclusão.
4- Acontece, excelência, que após diversas e infrutíferas exigências realizadas
pelo atendimento do instituto réu, o direito requerido foi negado.
5- É que, a Representante dos Autores não mais continha em mãos a CTPS do
Reeducando, pelo simples fato a (empresa empregadora), por meio de seu representante legal, ter
solicitado esse documento, e não mais ter devolvido.
6- Em sendo assim, o instituto réu negou o benefício em análise, sob a alegação
de que o Reeducando apenas teria comprovado qualidade de segurado em 11/2002, o que manteve a
qualidade de segurado até 30/11/2003. Porém, de acordo com o CNIS anexado nos autos, o
Reeducando contribuiu com a previdência até novembro de 2005. E por último, observado o atestado
de recolhimento (CERTIDÃO DE RECLUSÃO) constante nos autos, o Reeducando foi preso em
31/05/2005.
7- Registre-se que é totalmente arbitrária a conduta do Réu, pois a ausência da
CTPS por ele solicitada foi suprida com um documentos que ele mesmo forneceu, como o CNIS. Mas
mesmo assim, ele resolveu por não considerar a qualidade de segurado do Reeducando.
8- O Reeducando é pai dos Autores, além de ser casado com a representante
legal, e todas essas pessoas das quais vivem com ele também eram seus dependentes.
9- Destarte, a verdade é que os Autores apenas se tornaram mais um entre
milhares dos quais se esbarraram um instituto especialista em não conceder direitos. Que ao invés de
facilitar a sua concessão, cria empecilhos com o único objetivo de obstruir qualquer pretensão. E dessa
forma, não lhes restou alternativa mais ética, senão ingressar nesse juizado para propor a presente
ação, haja vista presente a maior credibilidade cujo judiciário é detentor quando comparado com a via
administrativa.

DO DIREITO

10- Os Autores encontram base em qualquer prisma que trata do assunto em


análise. Inicialmente, a o Artigo 6º, da Constituição da República obtempera que “São direitos sociais a
educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança a PREVIDÊNCIA SOCIAL, a proteção a
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”
11- De conformidade com a legislação, vê-se cristalinamente que são
beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado, o
cônjuge, a companheira, o companheiro, menor de 21 (vinte e um)anos ou inválido, cuja dependência
econômica é presumida, sendo que a (dependência econômica) dos demais (cônjuge, companheira,
companheiro)deve ser comprovada.
12- A concessão do AUXÍLIO RECLUSÃO independe de carência na forma do artigo
26, da Lei nº. 8213/91.
13- Conforme as robustas provas anexadas, os Autores deveriam estar em gozo
desse direito. E é da maior importância lembrar do seu caráter alimentar. Pois todos os figurantes do
posso passivo dessa demanda, são dependentes desse benefício, e principalmente os filhos do
Reeducando, que são menores impúberes, e necessitam de amparo para que tornem a viver forma
digna.
14- A sociedade quer ver o Reeducando cumprir o seu dever para com ela, mas
só ele, e o sofrimento e desamparo pelos autores, transcende, vai além do seu papel com a coletividade.
E desse modo, o caso deve ser analisado com bons olhos, uma vez que o ouve um despreparo por parte
do Réu ao desconsiderar, não o que está prescrito em lei, mas sim, o que está prescrito em um
documento que o próprio instituto confeccionou.

DO PEDIDO

15- Isto posto, depois de satisfeito o pedido, vem requerer a citação do Réu,
através de seu Procurador Regional, no endereço constante no preâmbulo desta exordial, para os
termos da presente ação, sob pena de sofrimento dos efeitos da revelia e confissão fática da matéria, e
Que Vossa Excelência se digne de julgar procedente a presente, de maneira que condene o Réu à
concessão do benefício pleiteado , a partir da data da reclusão do Reeducando, uma vez ter ele filhos
menores.
16- Requer a produção de provas testemunhais e documentais, além de realizar o
protesto por todos os meios de provas que se fizerem necessárias.
17- Requer ainda que V. Exa. conceda de plano os benefícios de isenção de custas
nos termos do que a Lei dispõe.
18- Dá-se a Causa o valor de R 32.400,00 (trinta e dois mil e quatrocentos reais).
Nesses termos,
Pede deferimento
Data supra

ADVOGADO
OAB

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