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1 INTRODUÇÃO ÀS REDES.................................................................................................................... 8
1.1 VISÃO GERAL DO MÓDULO................................................................................................................ 8
1.2 FAZENDO CONEXÃO À INTERNET..................................................................................................... 9
1.2.1 Requisitos para a conexão à Internet T ................................................................................................. 9
1.2.2 Conceitos Básicos de PCs................................................................................................................... 10
1.2.3 Placa de Rede ..................................................................................................................................... 13
1.2.4 Instalação da placa de rede e modem ................................................................................................. 14
1.2.5 Visão geral da conectividade em alta velocidade e por discagem ....................................................... 16
1.2.6 Descrição e configuração TCP/IP ........................................................................................................ 16
1.2.7 Testando a conectividade com o ping.................................................................................................. 16
1.2.8 Navegador Web e plug-ins................................................................................................................... 17
1.2.9 Resolução de problemas com conexões na Internet ........................................................................... 19
1.3 A MATEMÁTICA DAS REDES ............................................................................................................ 20
1.3.1 Apresentação Binária de Dados .......................................................................................................... 20
1.3.2 Bits e bytes .......................................................................................................................................... 21
1.3.3 Sistema numérico Base 10 .................................................................................................................. 21
1.3.4 Sistema numérico Base 2 .................................................................................................................... 22
1.3.5 Convertendo números decimais em números binários de 8 bits.......................................................... 23
1.3.6 Conversão de números binários de 8 bits em números decimais........................................................ 24
1.3.7 Representação decimal pontuada em quatro octetos .......................................................................... 24
1.3.8 Hexadecimal ........................................................................................................................................ 25
1.3.9 A lógica booleana ou binária................................................................................................................ 27
1.3.10 Endereços IP e máscaras da rede ....................................................................................................... 29
2 CONCEITO BÁSICO DAS REDES ...................................................................................................... 34
2.1 VISÃO GERAL DO MÓDULO.............................................................................................................. 34
2.2 TERMINOLOGIA DAS REDES ............................................................................................................ 35
2.2.1 Redes de Dados .................................................................................................................................. 35
2.2.2 História das Redes............................................................................................................................... 37
2.2.3 Dispositivos de rede............................................................................................................................. 38
2.2.4 Topologias de rede .............................................................................................................................. 42
2.2.5 Protocolos de rede ............................................................................................................................... 44
2.2.6 Redes locais (LANs) ............................................................................................................................ 45
2.2.7 Redes de longa distância (WANs) ....................................................................................................... 46
2.2.8 Redes de áreas metropolitanas (MANs) .............................................................................................. 47
2.2.9 Storage-area networks (SANs) ............................................................................................................ 48
2.2.10 Virtual Private Network (VPN) .............................................................................................................. 49
2.2.11 Vantagens das VPNs ........................................................................................................................... 49
2.2.12 Intranets e extranets ............................................................................................................................ 50
2.3 LARGURA DE BANDA ........................................................................................................................ 51
2.3.1 Importância da largura de banda ......................................................................................................... 51
2.3.2 O desktop............................................................................................................................................. 52
2.3.3 Medição ............................................................................................................................................... 54
2.3.4 Limitações............................................................................................................................................ 55
2.3.5 Throughput........................................................................................................................................... 57
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Marco Antonio Reis Marques
2.3.6 Cálculo da transferência de dados....................................................................................................... 58
2.3.7 Digital versus analógico ....................................................................................................................... 59
2.4 MODELOS DE REDES........................................................................................................................ 61
2.4.1 Usando camadas para analisar problemas em um fluxo de materiais ................................................. 61
2.4.2 Usando camadas para descrever a comunicação de dados................................................................ 63
2.4.3 Modelo OSI .......................................................................................................................................... 64
2.4.4 Camadas OSI ...................................................................................................................................... 65
2.4.5 Comunicação ponto-a-ponto................................................................................................................ 66
2.4.6 Modelo TCP/IP..................................................................................................................................... 68
2.4.7 Processo detalhado de encapsulamento ............................................................................................. 72
3 MEIOS FÍSICOS PARA REDES .......................................................................................................... 77
3.1 VISÃO GERAL DO MÓDULO.............................................................................................................. 77
3.2 MEIOS EM COBRE ............................................................................................................................. 79
3.2.1 Átomos e Elétrons................................................................................................................................ 79
3.2.2 Voltagem.............................................................................................................................................. 82
3.2.3 Resistência e Impedância .................................................................................................................... 82
3.2.4 Corrente ............................................................................................................................................... 84
3.2.5 Circuitos ............................................................................................................................................... 85
3.2.6 Especificações de Cabos..................................................................................................................... 88
3.2.7 Cabo Coaxial ....................................................................................................................................... 89
3.2.8 Cabo STP ............................................................................................................................................ 91
3.2.9 Cabo UTP ............................................................................................................................................ 93
3.3 MEIOS ÓPTICOS ................................................................................................................................ 97
3.3.1 O Espectro Eletromagnético ................................................................................................................ 97
3.3.2 A Teoria de Raios de Luz..................................................................................................................... 99
3.3.3 Reflexão............................................................................................................................................. 100
3.3.4 Refração ............................................................................................................................................ 101
3.3.5 Reflexão Interna Total........................................................................................................................ 102
3.3.6 Fibra Multimodo ................................................................................................................................. 105
3.3.7 Fibra Monomodo ................................................................................................................................ 108
3.3.8 Outros componentes ópticos ............................................................................................................. 110
3.3.9 Sinais e Ruídos em Fibras Ópticas .................................................................................................... 112
3.3.10 Instalação, Cuidados e Testes de Fibras Ópticas. ............................................................................. 113
3.4 MEIOS SEM-FIO................................................................................................................................ 116
3.4.1 Padrões e Organizações de Redes Locais Sem-fio........................................................................... 116
3.4.2 Topologias e Dispositivos Sem-fio ..................................................................................................... 117
3.4.3 Como as Redes Locais Sem-fio se Comunicam ................................................................................ 119
3.4.4 Autenticação e associação ................................................................................................................ 120
3.4.5 Os espectros de radiofreqüência e de microondas ............................................................................ 121
3.4.6 Sinais e ruído em uma WLAN............................................................................................................ 123
3.4.7 Segurança para Sem-fio .................................................................................................................... 124
4 TESTE DE CABOS ............................................................................................................................ 129
4.1 VISÃO GERAL DO MÓDULO............................................................................................................ 129
4.2 FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DE TESTES DE CABOS BASEADOS EM FREQÜÊNCIAS ... 130
4.2.1 Ondas ................................................................................................................................................ 130
4.2.2 Ondas Senoidais e Ondas Quadradas............................................................................................... 131
1 INTRODUÇÃO ÀS REDES
• Entender a conexão física que precisa ser realizada para o computador conectar-se à
Internet.
• Reconhecer os componentes do computador.
• Instalar e resolver problemas com placas de interface de rede e modem.
• Configurar o conjunto de protocolos necessários a conexão Internet.
• Usar procedimentos básicos para testar a conexão à Internet.
• Demonstrar um conhecimento básico da utilização de navegadores web e seus plug-ins.
A conexão física é realizada pela conexão de uma placa de expansão, como um modem ou
uma placa de rede, entre um PC e a rede. A conexão física é utilizada para transferir sinais entre PCs
dentro de uma Rede local (LAN) e para dispositivos remotos na Internet.
A conexão lógica utiliza padrões denominados protocolos. Um protocolo é uma descrição
formal de um conjunto de regras e convenções que governam a maneira de comunicação entre os
dispositivos em uma rede. As conexões na Internet podem utilizar vários protocolos. A suíte TCP/IP
(Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é o principal conjunto de protocolos utilizados na
Internet. O conjunto TCP/IP coopera entre si para transmitir e receber dados, ou informações.
A última parte da conexão são os aplicativos, ou programas, que interpretam e exibem os
dados de forma inteligível. Os aplicativos trabalham em conjunto com os protocolos para enviar e
receber dados através da Internet. Um navegador Web exibe HTML como página Web. Exemplos de
navegadores Web incluem o Internet Explorer e o Netscape. O File Transfer Protocol (FTP) é utilizado
para fazer a transferência de arquivos e programas através da Internet. Os navegadores web também
utilizam aplicativos plug-in proprietários para exibir tipos de dados especiais tais como filmes ou
animações em flash.
Esta é uma visão inicial da Internet, e poderá parecer um processo demasiadamente
simples. Ao explorarmos este tópico mais profundamente, tornar-se-á aparente que o envio de dados
através da Internet é uma tarefa complicada.
• Placa de circuito impresso (PCB) – Uma placa de circuito que possui trilhas condutoras
superpostas, ou impressas, em um ou nos dois lados. Também pode conter camadas internas
de sinalização ou planos de terra e voltagem. Microprocessadores, chips e circuitos integrados
e outros componentes eletrônicos são montados em uma PCB.
• Unidade CD-ROM (Compact disk read-only memory drive) – um dispositivo que pode ler
informações de um CD-ROM.
• Unidade de disco flexível – Uma unidade de disco que pode ler e gravar dados em discos
plásticos cobertos de metal de 3,5 polegadas. Um disco flexível padrão pode armazenar
aproximadamente 1 MB de informação.
• Barramento – Um conjunto de fios na placa-mãe através dos quais são transmitidos os dados
e sinais de temporização de uma parte do computador a outra.
• Unidade do sistema (system unit) – A parte principal de um PC, que inclui o chassis, o
microprocessador, a memória principal, o barramento e as portas. A unidade do sistema não
inclui o teclado, o monitor, ou qualquer dispositivo externo ligado ao computador.
• Slot de expansão – Um Conector na placa-mãe onde pode ser inserido uma placa de circuitos
para acrescentar novas capacidades ao computador. A Figura
mostra slots de expansão PCI (Peripheral Component Interconnect) e AGP (Accelerated
Graphics Port). PCI provê conexão rápida para placas, como NICs, modems internos, e placas
de vídeo. A porta AGP provê conexão com grande largura de banda entre dispositivos gráficos
e a memória do sistema. AGP provê conexão rápida para gráficos 3-D em sistemas de
computador.
Componentes de backplane
• Backplane – O backplane é uma placa de circuito eletrônico que contém circuitaria e soquetes
nos quais dispositivos eletrônicos em outras placas ou cartões podem ser conectados
adicionalmente; em um computador, geralmente é sinônimo da ou de parte da placa-mãe.
• Placa de rede (NIC) – Uma placa de expansão inserida num computador para que este possa
ser conectado a uma rede.
• Placa de áudio – Uma placa de expansão que permite que o computador manipule e produza
sons.
• Porta paralela – Uma interface com capacidade para transferir simultaneamente mais de um
bit e que é utilizada para conectar dispositivos externos tais como impressoras.
• Porta serial – Uma interface que pode ser utilizada para comunicações seriais, nas quais é
transmitido apenas 1 bit de cada vez.
• Porta USB – Um conector Universal Serial Bus. Uma porta USB conecta dispositivos como
mouse ou impressora ao computador rapidamente e facilmente.
• Cabo de alimentação – Um cabo utilizado para ligar um dispositivo elétrico a uma tomada
elétrica que fornece energia ao dispositivo.
Pense nos componentes internos de um PC como uma rede de dispositivos, todos ligados
ao barramento do sistema. De certa maneira, um PC é uma pequena rede de computador.
Uma placa de rede (NIC), ou adaptador de rede, oferece capacidades de comunicações nos
dois sentidos entre a rede e um computador pessoal. Em um sistema de computação desktop, é uma
placa de circuito impresso que reside em um slot na placa-mãe e provê uma interface de conexão ao
meio de rede.
A conectividade à Internet exige uma placa adaptadora, que pode ser um modem ou uma
placa de rede.
A Figura 5 mostra placas de rede PCMCIA com e sem fio, e um adaptador Ethernet USB.
Desktops podem utilizar uma placa de rede interna, chamada NIC, ou uma placa de rede externa que
conecta a rede através de uma porta USB.
Para realizar a instalação de uma placa de rede ou modem, poderão ser necessários os
seguintes recursos:
O ping é um programa básico que verifica se um endereço IP particular existe e pode aceitar
requisições. O acrônimo de computação ping significa Packet Internet or Inter-Network Groper. O nome
foi concebido para ser comparável ao termo usado em submarinos para o som de um pulso de sonar
retornando de um objeto submerso.
O comando ping funciona enviando vários pacotes IP, chamados datagramas ICMP de
Requisição de Eco, a um destino específico. Cada pacote enviado é uma solicitação de resposta. A
resposta de saída de um ping contém a relação de sucesso e o tempo de ida e volta ao destino. A
partir destas informações, é possível determinar se existe ou não conectividade com um destino. O
comando ping é utilizado para testar a função de transmissão/recepção da placa de rede, a
configuração do TCP/IP e a conectividade na rede. Os seguintes tipos de testes ping podem ser
emitidos:
• ping 127.0.0.1 – Como nenhum pacote é transmitido, efetuar o ping da interface loopback
testa a configuração TCP/IP básica.
• ping endereço IP do gateway padrão – Um ping para o gateway padrão verifica se o roteador
que conecta a rede local a outras redes pode ser alcançado.
• ping endereço IP do destino remoto – Um ping para o destino remoto verifica a conectividade
ao computador remoto.
Netscape Navigator:
Os aplicativos de escritório hoje fazem parte do trabalho diário, como era o caso da máquina
de escrever antes do advento do computador pessoal.
Exemplo:
Existe o número 4 na posição das unidades, 3 na posição das dezenas, 1 na posição das
centenas e 2 na posição dos milhares. Este exemplo parece óbvio ao usar-se o sistema numérico
decimal. É importante entender exatamente como funciona o sistema decimal porque este
conhecimento é necessário para entender dois outros sistemas numéricos, Base 2 e Base 16,
hexadecimal. Estes sistemas utilizam o mesmo método do sistema decimal.
Exemplo:
Se o número binário (101102) for lido da esquerda para a direita, estão os números 1 na
posição dos 16, 0 na posição dos 8, 1 na posição dos 4, 1 na posição dos 2 e 0 na posição das
unidades, que
Exercício de conversão
Use o exemplo a seguir para converter o número decimal 168 em número binário:
• 128 cabem dentro de 168. Portanto, o bit mais à esquerda do número binário é 1. 168 – 128 =
40.
• 64 não cabem dentro de 40. Portanto, o segundo bit da esquerda é 0.
• 32 cabem dentro de 40. Portanto, o terceiro bit da esquerda é 1. Subtraindo 40 – 32 = 8.
• 16 não cabem dentro de 8. Portanto, o segundo bit da esquerda é 0.
• 8 cabem dentro de 8. Portanto, o quinto bit da esquerda é 1. 8 – 8 = 0. Portanto todos os bits à
direita são 0.
Exemplo:
Calcule da direita para a esquerda. Lembre-se de que qualquer número elevado à potência de 0
equivale a 1. Portanto, 20 = 1
Para facilitar a utilização destes endereços, o número binário de 32 bits é convertido em uma
série de números decimais. Para este fim, divida o número binário em quatro grupos de oito dígitos
binários. Em seguida, converta cada grupo de oito bits, também denominado octeto, em seu
equivalente decimal. Faça esta conversão exatamente conforme indicado no tópico de conversão de
binário em decimal na página anterior.
Quando escrito, o número binário completo é representado por quatro grupos de dígitos
decimais separados por pontos. Esta representação é denominada notação decimal pontuada e provê
uma maneira compacta e fácil de lembrar de referir-se aos endereços de 32 bits. Esta representação é
usada freqüentemente mais adiante neste curso, de modo que é necessário entendê-la. Ao converter
em binário de decimal pontuado, lembre-se de que cada grupo, que consiste em entre um e três dígitos
decimais, representa um grupo de oito dígitos binários. Se o número decimal a ser convertido for
inferior a 128, será necessário adicionar zeros à esquerda do número binário equivalente até que
exista um total de oito bits.
Exemplo:
1.3.8 Hexadecimal
Hexadecimal (hex) é freqüentemente utilizado ao trabalhar com computadores pois pode ser
usado para representar números binários em uma forma mais legível.
0 00000000 00
1 00000001 01
2 00000010 02
3 00000011 03
4 00000100 04
5 00000101 05
6 00000110 06
7 00000111 07
8 00001000 08
9 00001001 09
10 00001010 0A
11 00001011 0B
12 00001100 0C
13 00001101 0D
14 00001110 0E
15 00001111 0F
16 00010000 10
32 00100000 20
64 01000000 40
128 10000000 80
255 11111111 FF
dígitos hexadecimais podem representar eficientemente qualquer combinação de oito dígitos binários.
A representação decimal de um número binário de 8 bits irão requerer dois ou três dígitos decimais.
Uma vez que um digito hexadecimal sempre representa 4 dígitos binários, símbolos hexadecimais são
mais fáceis de utilizar que símbolos decimais ao operar com números binários muito grandes. O uso da
representação hexadecimal também reduz a confusão na leitura de números binários muito grandes e
a quantidade de espaço normalmente utilizado para gravar números binários. Lembre que a
representação 0x pode ser utilizada para indicar um número hexadecimal. O número hexadecimal 5D
pode ser escrito como 0x5D.
Para converter de hex em binário, simplesmente expanda cada dígito hex ao seu equivalente
binário de quatro bits.
A lógica booleana baseia-se em circuitos digitais que aceitam uma ou duas voltagens de
entrada.
Com base na voltagem de entrada, é gerada uma voltagem de saída. Para os fins dos
computadores, a diferença de voltagem é associada como dois estados, ligado ou desligado. Por sua
vez, estes dois estados são associados como 1 ou 0, equivalentes aos dois dígitos do sistema
numérico binário.
A lógica booleana é uma lógica binária que permite a comparação de dois números e a
geração de uma escolha baseada nos dois números. Estas escolhas são as operações lógicas AND,
OR e NOT. Com a exceção do NOT, as operações booleanas têm a mesma função. Aceitam dois
números, a saber, 1 ou 0, e geram um resultado baseado na regra lógica.
A operação AND aceita dois valores de entrada. Se ambos os valores forem 1, a porta lógica
gera uma saída de 1. Caso contrário, gera uma saída de 0. Existem quatro combinações de valores de
entrada. Três destas combinações geram 0, e uma combinação gera 1.
As duas operações de redes que utilizam a lógica booleana são máscaras de sub-rede e as
máscaras coringa. As operações de máscara oferecem uma maneira de filtrar endereços. Os
endereços identificam os dispositivos na rede, permitindo que os endereços sejam agrupados ou
controlados por outras operações da rede. Estas funções serão explicadas em maiores detalhes mais
adiante no currículo.
ou
00001010.00100010.00010111.10000110
A operação booleana AND sobre o endereço IP 10.34.23.134 junto com a máscara de sub-
rede 255.0.0.0 produz o endereço de rede deste host:
00001010.00100010.00010111.10000110
11111111.00000000.00000000.00000000
00001010.00000000.00000000.00000000
00001010.00100010.00010111.10000110
11111111.11111111.00000000.00000000
00001010.00100010.00000000.00000000
A operação booleana AND sobre o endereço IP 10.34.23.134 junto com a máscara de sub-
rede 255.255.0.0 produz o endereço de rede deste host:
Esta é uma breve Figura do efeito que tem uma máscara de rede sobre um endereço IP. A
importância das máscaras se tornará muito mais óbvia ao trabalharmos mais com os endereços IP.
Para o momento, é só importante que o conceito de máscaras seja entendido.
Resumo do Módulo
• A conexão física que precisa ser realizada para que um computador seja conectado à Internet
• Os principais componentes de um computador
• A instalação e resolução de problemas de placas de rede e/ou de modems
• Os procedimentos básicos para testar a conexão à Internet
• A seleção e configuração de um navegador Web
• O sistema numérico Base 2
• A conversão de números binários em decimais
• O sistema numérico hexadecimal
• A representação binária de endereços IP e máscaras de redes
• A representação decimal de endereços IP e máscaras de redes
TESTE
As funções de rede são descritas utilizando-se modelos em camadas. Este módulo cobre os
dois modelos mais importantes, que são o modelo Open System Interconnection (OSI) e o modelo
Transmission Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP). O módulo apresenta também as
diferenças e similaridades entre os dois modelos.
Além disso, este módulo apresenta uma breve história sobre redes. Ele descreve também os
dispositivos de rede, assim como cabeamento, e as disposições físicas e lógicas. Este módulo também
define e compara LANs, MANs, WANs, SANs, e VPNs.
Conseqüentemente, muitas das novas tecnologias de rede eram incompatíveis umas com as outras.
Tornou-se cada vez mais difícil para as redes que usavam especificações diferentes se comunicarem
entre si. Freqüentemente era necessário que o equipamento antigo de rede fosse removido para que
fosse implementado o novo equipamento.
Uma das primeiras soluções foi a criação de padrões de redes locais (LAN).
Já que os padrões de redes locais ofereciam um conjunto aberto de diretrizes para a criação de
hardware e software de rede, equipamentos de diferentes companhias poderiam então tornar-se
compatíveis. Isto permitiu estabilidade na implementação de redes locais.
Era necessário um modo de mover informações de maneira rápida e eficiente, não só dentro
da empresa, mas também de uma empresa para outra. A solução, então, foi a criação de Redes de
Áreas Metropolitanas (MANs) e de Redes de Longa Distância (WANs). Como as WANs podiam
conectar as redes usuárias dentro de grandes áreas geográficas, elas tornaram possível a
comunicação entre empresas ao longo de grandes distâncias. Figura 3 resume os tamanhos relativos
de redes locais e WANs.
A história das redes de computador é complexa. Ela envolveu pessoas do mundo inteiro nos
últimos 35 anos. Apresentamos aqui uma visão simplificada de como evoluiu a Internet. Os processos
de invenção e comercialização são muito mais complicados, mas pode ser útil examinar o
desenvolvimento fundamental.
Em meados dos anos 80, os usuários com computadores stand alone começaram a
compartilhar dados usando modems para fazer conexão a outros computadores. Era conhecido como
comunicação ponto-a-ponto ou dial-up. Este conceito se expandiu com a utilização de computadores
que operavam como o ponto central de comunicação em uma conexão dial-up. Estes computadores
eram chamados de bulletin boards (BBS). Os usuários faziam a conexão aos BBSs, onde deixavam ou
pegavam mensagens, assim como faziam upload e download de arquivos. A desvantagem deste tipo
de sistema era que havia pouquíssima comunicação direta entre usuários e apenas com aqueles que
conheciam o BBS. Uma outra limitação era que o computador de BBS precisava de um modem para
cada conexão. Se cinco pessoas quisessem se conectar simultaneamente, seria necessário ter cinco
modems conectados a cinco linhas telefônicas separadas. Conforme foi crescendo o número de
pessoas desejando usar o sistema, este não foi capaz de atender às exigências. Por exemplo, imagine
se 500 pessoas quisessem fazer a conexão ao mesmo tempo. Tendo início nos anos 60 e continuando
pelos anos 70, 80 e 90, o Departamento de Defesa americano (DoD) desenvolveu grandes e confiáveis
redes de longa distância (WANs) por razões militares e científicas. Esta tecnologia era diferente da
comunicação ponto-a-ponto usada nos quadros de aviso. Ela permitia que vários computadores se
interconectassem usando vários caminhos diferentes. A própria rede determinaria como mover os
dados de um computador para outro. Em vez de poder comunicar com apenas um outro computador
de cada vez, muitos computadores podiam ser conectados usando a mesma conexão. A WAN do DoD
com o tempo veio a se tornar a Internet.
Os dispositivos de usuário final que fornecem aos usuários uma conexão à rede são também
conhecidos como hosts. Estes dispositivos permitem que os usuários compartilhem, criem e obtenham
informações. Os hosts podem existir sem uma rede, porém, sem a rede, suas capacidades são muito
limitadas. Os hosts são fisicamente conectados aos meios de rede usando uma placa de rede (NIC).
Eles usam esta conexão para realizar as tarefas de enviar de e-mails, imprimir relatórios, digitalizar
imagens ou acessar bancos de dados.
Uma placa de rede é uma placa de circuito impresso que cabe no slot de expansão de um
barramento em uma placa-mãe do computador, ou pode ser um dispositivo periférico. É também
chamada adaptador de rede. As placas de rede dos computadores laptop ou notebook geralmente são
do tamanho de uma placa PCMCIA.
Figura 26 - Repetidor
Os hubs concentram conexões. Em outras palavras, juntam um grupo de hosts e permitem
que a rede os veja como uma única unidade. Isto é feito passivamente, sem qualquer outro efeito na
transmissão dos dados. Os hubs ativos não só concentram hosts, como também regeneram
sinais.
Figura 27 – Bridges
Figura 28 - Switch
Os switches de grupos de trabalho (Workgroup switches) adicionam mais inteligência ao
gerenciamento da transferência de dados.
Eles não só podem determinar se os dados devem ou não permanecer em uma rede local,
mas como também podem transferir os dados somente para a conexão que necessita daqueles dados.
Outra diferença entre uma bridge e um switch é que um switch não converte os formatos dos dados
transmitidos.
Figura 29 - Roteador
Os roteadores possuem todas as capacidades listadas acima. Os roteadores podem
regenerar sinais, concentrar conexões múltiplas, converter formatos dos dados transmitidos, e
gerenciar as transferências de dados. Eles também podem ser conectados a uma WAN, que lhes
permite conectar redes locais que estão separadas por longas distâncias. Nenhum outro dispositivo
pode prover este tipo de conexão.
• Uma topologia em anel (ring) conecta um host ao próximo e o último host ao primeiro. Isto cria
um anel físico utilizando o cabo.
• Uma topologia em estrela (star) conecta todos os cabos a um ponto central de concentração.
• Uma topologia em estrela estendida (extended star) une estrelas individuais ao conectar os
hubs ou switches. Esta topologia pode estender o escopo e a cobertura da rede.
• Uma topologia hierárquica é semelhante a uma estrela estendida. Porém, ao invés de unir os
hubs ou switches, o sistema é vinculado a um computador que controla o tráfego na topologia.
• Uma topologia em malha (mesh) é implementada para prover a maior proteção possível contra
interrupções de serviço. A utilização de uma topologia em malha nos sistemas de controle de
uma usina nuclear de energia interligados em rede seria um excelente exemplo. Como é
possível ver na figura, cada host tem suas próprias conexões com todos os outros hosts.
Apesar de a Internet ter vários caminhos para qualquer local, ela não adota a topologia em
malha completa.
A topologia lógica de uma rede é a forma como os hosts se comunicam através dos
meios. Os dois tipos mais comuns de topologias lógicas são BROADCAST e PASSAGEM DE
TOKEN.
A topologia de broadcast simplesmente significa que cada host envia seus dados a todos os
outros hosts conectados ao meio físico da rede. Não existe uma ordem que deve ser seguida pelas
estações para usar a rede. A ordem é: primeiro a chegar, primeiro a usar. A Ethernet funciona desta
maneira conforme será explicado mais tarde neste curso.
A segunda topologia lógica é a passagem de token. A passagem de token controla o acesso
à rede, passando um token eletrônico seqüencialmente para cada host. Quando um host recebe o
token, significa que esse host pode enviar dados na rede. Se o host não tiver dados a serem enviados,
ele vai passar o token para o próximo host e o processo será repetido. Dois exemplos de redes que
usam passagem de token são: Token Ring e Fiber Distributed Data Interface (FDDI). Uma
variação do Token Ring e FDDI é Arcnet. Arcnet é passagem de token em uma topologia de
barramento.
O diagrama na Figura 31 mostra muitas topologias diferentes conectadas pelos dispositivos
de rede. Ele mostra uma rede local de complexidade moderada que é típica de uma escola ou de uma
pequena empresa. Ele tem muitos símbolos e representa muitos conceitos de rede que vão levar
tempo para serem aprendidos.
Estas regras para redes são criadas e mantidas por diferentes organizações e comitês.
Incluídos nestes grupos estão: Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), American
National Standards Institute (ANSI), Telecommunications Industry Association (TIA), Electronic
Industries Alliance (EIA) e International Telecommunications Union (ITU), anteriormente conhecida
como Comité Consultatif International Téléphonique et Télégraphique (CCITT).
• Computadores;
• Dispositivos periféricos;
• Meios de rede;
• Dispositivos de rede;
• Ethernet
• Token Ring
• FDDI
Uma MAN é uma rede que abrange toda a área metropolitana como uma cidade ou área
suburbana. Uma MAN geralmente consiste em duas ou mais redes locais em uma mesma área
geográfica. Por exemplo, um banco com várias sucursais pode utilizar uma MAN.
Uma SAN é uma rede dedicada de alto desempenho, usada para transportar dados entre
servidores e recursos de armazenamento (storage). Por ser uma rede separada e dedicada, ela evita
qualquer conflito de tráfego entre clientes e servidores.
Uma VPN é uma rede particular que é construída dentro de uma infra-estrutura de rede
pública como a Internet global. Ao usar uma VPN, um telecomutador pode acessar a rede da matriz da
empresa através da Internet criando um túnel seguro entre o PC do telecomutador a um roteador da
VPN na matriz.
Os produtos Cisco suportam a tecnologia VPN mais moderna. Uma VPN é um serviço que
oferece conectividade segura e confiável através de uma infra-estrutura de rede pública compartilhada
como a Internet. As VPNs mantêm as mesmas diretivas de segurança e gerenciamento como uma
rede particular. Elas apresentam o método mais econômico no estabelecimento de uma conexão
ponto-a-ponto entre usuários remotos e uma rede de clientes empresariais.
• Access VPNs: Access VPNs proporcionam o acesso remoto para funcionários móveis e para
pequenos escritórios/escritórios domiciliares (SOHO) à Intranet ou Extranet da matriz através
de uma infra-estrutura compartilhada. Access VPNs utilizam tecnologias analógicas, de
discagem (dial-up), ISDN, DSL (digital subscriber line), IP móvel e de cabo para fazerem a
conexão segura dos usuários móveis, telecomutadores e filiais.
• Intranet VPNs: Intranet VPNs ligam os escritórios regionais e remotos à rede interna da matriz
através de uma infra-estrutura compartilhada com a utilização de conexões dedicadas. Intranet
VPNs diferem das Extranet VPNs dado que só permitem o acesso aos funcionários da
empresa.
• Extranet VPNs: Extranet VPNs ligam os associados empresariais à rede da matriz através de
uma infra-estrutura compartilhada com a utilização de conexões dedicadas. Extranet VPNs
diferem das Intranet VPNs dado que só permitem o acesso aos usuários externos à empresa.
Intranet é uma configuração comum de uma rede local. Os servidores Intranet da Web
diferem dos servidores públicos da Web dado que os públicos devem ter permissões e senhas corretas
para acessarem a Intranet de uma organização. Intranets são projetadas para permitir o acesso
somente de usuários que tenham privilégios de acesso à rede local interna da organização. Dentro de
uma Intranet, servidores Web são instalados na rede. A tecnologia do navegador Web é usada como
uma interface comum para acessar informações tais como dados ou gráficos financeiros armazenadas
em formato texto nesses servidores.
Em outras palavras, independentemente dos meios usados para criar a rede, existem limites na
capacidade daquela rede de transportar informações. A largura de banda é limitada por leis da
física e pelas tecnologias usadas para colocar as informações nos meios físicos. Por
exemplo, a largura de banda de um modem convencional está limitada a aproximadamente 56
Kbps pelas propriedades físicas dos fios de par trançado da rede de telefonia e pela tecnologia do
modem. Entretanto, as tecnologias usadas pelo DSL também usam os mesmos fios de telefone de
par trançado, e ainda assim o DSL proporciona uma largura de banda muito maior do que a
disponível com modems convencionais. Assim, mesmo os limites impostos pelas leis da física são
às vezes difíceis de serem definidos. A fibra óptica possui o potencial físico de fornecer largura de
banda virtualmente sem limites. Mesmo assim, a largura de banda da fibra óptica não pode ser
completamente entendida até que as tecnologias sejam desenvolvidas para aproveitar de todo o
seu potencial.
É possível comprar equipamentos para uma rede local que lhe oferecerá uma largura de banda
quase ilimitada durante um longo período de tempo. Para as conexões WAN (wide-area network),
é quase sempre necessário comprar largura de banda de um provedor de serviços. Em qualquer
caso, um entendimento de largura de banda e mudanças na demanda de largura de banda durante
certo período de tempo, poderá oferecer a um indivíduo ou a uma empresa, uma grande economia
de dinheiro. Um gerente de redes precisa tomar as decisões corretas na compra dos tipos de
equipamentos e serviços.
Tão logo são criadas novas tecnologias de rede e infra-estruturas para fornecer maior largura de
banda, também são criados novos aplicativos para aproveitar da maior capacidade. A transmissão,
através da rede, de conteúdo rico em mídia, inclusive vídeo e áudio streaming, exige quantidades
enormes de largura de banda. Os sistemas de telefonia IP agora são comumente instalados em
lugar dos sistemas de voz tradicionais, o que aumenta mais ainda a necessidade da largura de
banda. O profissional de rede eficiente deverá antecipar a necessidade de aumentar a largura de
banda e agir de acordo.
2.3.2 O desktop
Largura de banda é definida como a quantidade de informações que flui através da conexão
de rede durante de certo período de tempo. A idéia de que as informações fluem sugere duas
analogias que podem facilitar a visualização de largura de banda na rede. Já que se diz que tanto a
água como o tráfego fluem, considere as seguintes analogias:
• A largura de banda é como o diâmetro de um cano.
Uma rede de canos traz água potável para residências e empresas e leva embora a água do
esgoto. Esta rede de água consiste em canos de vários diâmetros. Os canos principais de
água de uma cidade podem ter até dois metros de diâmetro, enquanto que o cano para a
torneira da cozinha pode ter apenas dois centímetros de diâmetro. O diâmetro do cano
determina a capacidade do cano levar água. Portanto, a água é como os dados, e o diâmetro
do cano é como a largura de banda. Muitos especialistas em rede falam que precisam colocar
canos maiores quando precisam aumentar a capacidade de transmitir informações.
Uma rede de estradas que atendem todas as cidades e municípios. As grandes rodovias com
muitas pistas são alimentadas por estradas menores com menos pistas. Estas estradas podem
conduzir a estradas menores e mais estreitas, que mais cedo ou mais tarde chegam até a
entrada da garagem das casas e das empresas. Quando pouquíssimos carros utilizam o
sistema de rodovias, cada veículo estará mais livre para se locomover. Quando houver mais
tráfego, os veículos se locomoverão mais lentamente. Este é o caso, especialmente em
estradas com menor número de pistas para os carros se locomoverem. Mais cedo ou mais
tarde, conforme o tráfego vai aumentando no sistema rodoviário, até mesmo as rodovias com
várias pistas se tornam lentas e congestionadas. Uma rede de dados é bem semelhante ao
sistema rodoviário. Os pacotes de dados são comparáveis a automóveis, e a largura de banda
é comparável ao número de pistas na rodovia. Quando é visualizada a rede de dados como um
sistema rodoviário, torna-se mais fácil ver como as conexões de largura de banda baixa podem
causar um congestionamento através de toda a rede.
2.3.3 Medição
Nos sistemas digitais, a unidade básica de largura de banda é bits por segundo (bps). A
largura de banda é a medida da quantidade de informação que pode ser transferida de um lugar para o
outro em um determinado período de tempo, ou segundos. Apesar de que a largura de banda pode ser
descrita em bits por segundo, geralmente pode-se usar algum múltiplo de bits por segundo. Em outras
palavras, a largura de banda é tipicamente descrita como milhares de bits por segundo (Kbps), milhões
de bits por segundo (Mbps), bilhões de bits por segundo (Gbps) e trilhões de bits per segundo (Tbps).
2.3.4 Limitações
A largura de banda varia dependendo do tipo dos meios físicos assim como das tecnologias
de rede local e WAN utilizadas. A física dos meios explica algumas das diferenças. Os sinais são
transmitidos através de fio de cobre de par trançado, de cabo coaxial, de fibra óptica e do ar. As
diferenças físicas na maneira com que os sinais são transmitidos resultam em limitações fundamentais
na capacidade de transporte de informações de um determinado meio. Porém, a largura de banda real
de uma rede é determinada pela combinação de meios físicos e das tecnologias escolhidas para a
sinalização e a detecção de sinais de rede.
Por exemplo, o entendimento atual da física do cabo de cobre de par trançado não blindado
(UTP) coloca o limite teórico da largura de banda acima de um gigabit por segundo (Gbps). No entanto,
na realidade, a largura de banda é determinada pela utilização de Ethernet 10BASE-T, 100BASE-TX,
ou 1000BASE-TX. Em outras palavras, a largura de banda real é determinada pelos métodos de
sinalização, placas de rede (NICs), e outros itens de equipamento de rede escolhidos.
Conseqüentemente, a largura de banda não é somente determinada pelas limitações dos meios
físicos.
A Figura 42 mostra alguns tipos mais comuns de meios de rede junto com limites na
distância e na largura de banda quando se está usando a tecnologia de rede indicada.
2.3.5 Throughput
• Dispositivos de interconexão
• Tipos de dados sendo transferidos
• Topologias de rede
• Número de usuários na rede
• Computador do usuário
• Computador servidor
• Condições de energia
A largura de banda teórica de uma rede é uma consideração importante na criação da rede,
pois a largura de banda de rede nunca será maior que os limites impostos pelos meios e pelas
tecnologias de rede escolhidas. No entanto, é também importante que o projetista e o administrador de
redes considerem os fatores que podem afetar o throughput real. Com a medição constante do
throughput, um administrador de redes ficará ciente das mudanças no desempenho da rede e na
mudança das necessidades dos usuários da rede. A rede poderá então ser ajustada apropriadamente.
• O resultado é apenas uma estimativa, pois o tamanho do arquivo não inclui qualquer
encargo adicionado pela encapsulação.
• É provável que o resultado seja um tempo de transferência na melhor das hipóteses, pois a
largura de banda disponível nem sempre está a um máximo teórico para o tipo de rede
utilizada. Uma estimativa mais precisa poderá ser obtida se o throughput for substituído
pela largura de banda na equação.
Apesar dos cálculos da transferência de dados serem bem simples, deve-se ter cuidado para
usar as mesmas unidades por toda a equação. Em outras palavras, se a largura de banda for medida
em megabits por segundo (Mbps), o tamanho do arquivo deverá ser em megabits (MB), e não
megabytes (MB). Já que os tamanhos de arquivos são tipicamente dados em megabytes, talvez seja
necessário multiplicar por oito o número de megabytes para convertê-los em megabits.
Tente responder a seguinte pergunta, usando a fórmula T=S/BW. Não se esqueça de
converter as unidades de medição conforme o necessário.
O que levaria menos tempo, enviar o conteúdo de um disquete (1,44 MB) cheio de dados por
uma linha ISDN ou enviar o conteúdo de um disco rígido de 10 GB cheio de dados por uma linha OC-
48?
Até recentemente, as transmissões de rádio, televisão e telefone têm sido enviadas através
do ar e através de fios usando ondas eletromagnéticas. Essas ondas são denominadas analógicas
pois têm as mesmas formas das ondas de luz e de som que são produzidas pelos transmissores.
Conforme as ondas de luz e de som mudam de tamanho e forma, o sinal elétrico que transporta a
transmissão muda proporcionalmente. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas são análogas
às ondas de luz e de som.
A largura de banda analógica é medida de acordo com o quanto do espectro
eletromagnético é ocupado por cada sinal. A unidade básica da largura de banda analógica é hertz
(Hz), ou ciclos por segundo. Tipicamente, os múltiplos desta unidade básica da largura de banda são
usados, da mesma maneira que a largura de banda digital. As unidades de medição mais comumente
usadas são kilohertz (kHz), megahertz (MHz), e gigahertz (GHz). Estas são as unidades que se usa
para descrever as freqüências de telefones sem fio, que geralmente operam a 900 MHz ou 2,4 GHz.
Estas são também as unidades que se usa para descrever as freqüências de redes sem fio (wireless)
de 802.11a e 802.11b, que operam a 5 GHz e 2,4 GHz.
Já que os sinais analógicos são capazes de transportar uma variedade de informações, eles
possuem algumas desvantagens significativas ao serem comparados às transmissões digitais. O sinal
de vídeo analógico que requer uma ampla gama de freqüências para a transmissão não pode ser
comprimido para caber dentro de uma banda mais estreita. Portanto, se por acaso não estiver
disponível a largura de banda analógica, o sinal não poderá ser enviado.
Na sinalização digital, todas as informações são transmitidas como bits, independentemente
do tipo de informações. Voz, vídeo e dados todos se tornam fluxo de bits quando são preparados para
a transmissão através de meios digitais. Este tipo de transmissão proporciona uma vantagem muito
importante da largura de banda digital sobre a largura de banda analógica. Podem ser enviadas
quantidades ilimitadas de informações através do canal digital que tenha a menor ou mais baixa
largura de banda. Independentemente do tempo que a informação digital leva para chegar ao seu
destino e ser reagrupada, ela pode ser vista, ouvida, lida ou processada na sua forma original.
É muito importante entender as diferenças e semelhanças entre a largura de banda
analógica e digital. Os dois tipos de largura de banda são fáceis de serem encontrados no campo da
tecnologia da informática. Porém, em função deste curso se preocupar primariamente com redes
digitais, o termo ‘largura de banda’ se refere a largura de banda digital.
Uma conversação entre duas pessoas apresenta uma boa oportunidade para usar uma
abordagem de camadas para analisar o fluxo de informações. Em uma conversação, cada pessoa que
deseja comunicar-se começa por criar uma idéia. Em seguida deve-se tomar uma decisão de como
comunicar a idéia de maneira correta. Por exemplo, uma pessoa poderia decidir falar, cantar ou gritar,
e qual idioma usar. Finalmente a idéia seria entregue. Por exemplo, a pessoa cria o som que
transporta a mensagem.
Este processo pode ser dividido em camadas separadas que podem ser aplicadas a todas
as conversações. A camada superior é a idéia que será comunicada. A camada do meio é a decisão
de como será comunicada a idéia. A camada inferior é a criação do som para transportar a
comunicação.
O mesmo método de dividir uma tarefa em camadas explica como uma rede de computador
distribui informações a partir de uma fonte até o seu destino. Quando os computadores enviam
informações através de redes, todas as comunicações têm origem na fonte e depois trafegam até um
destino.
A informação que navega pela rede é geralmente conhecida como dados ou um pacote. Um
pacote é uma unidade de informações logicamente agrupadas que se desloca entre sistemas de
computadores. Conforme os dados são passados entre as camadas, cada camada acrescenta
informações adicionais que possibilitam uma comunicação efetiva com a camada correspondente no
outro computador.
Os modelos OSI e TCP/IP possuem camadas que explicam como os dados são
comunicados desde um computador para outro. Os modelos diferem no número e função das
camadas. Entretanto, cada modelo pode ser usado para ajudar na descrição e fornecimento de
detalhes sobre o fluxo de informação desde uma fonte até um destino.
Para que os pacotes de dados trafeguem de uma origem até um destino, através de uma
rede, é importante que todos os dispositivos da rede usem a mesma linguagem, ou protocolo. Um
protocolo é um conjunto de regras que tornam mais eficiente a comunicação em uma rede. Por
exemplo, ao pilotarem um avião, os pilotos obedecem a regras muito específicas de comunicação com
outros aviões e com o controle de tráfego aéreo.
Um protocolo de comunicações de dados é um conjunto de regras, ou um acordo, que
determina o formato e a transmissão de dados.
A Camada 4 no computador de origem comunica com a Camada 4 no computador de
destino.
As regras e convenções usadas para esta camada são conhecidas como protocolos de
Camada 4. É importante lembrar-se de que os protocolos preparam dados de uma maneira linear. Um
protocolo em uma camada realiza certos conjuntos de operações nos dados ao preparar os dados que
serão enviados através da rede. Em seguida os dados são passados para a próxima camada onde
outro protocolo realiza um conjunto diferente de operações.
Uma vez enviado o pacote até o destino, os protocolos desfazem a construção do pacote
que foi feito no lado da fonte. Isto é feito na ordem inversa. Os protocolos para cada camada no
destino devolvem as informações na sua forma original, para que o aplicativo possa ler os dados
corretamente.
O modelo de referência OSI é uma estrutura que você pode usar para entender como as
informações trafegam através de uma rede. O modelo de referência OSI explica como os pacotes
trafegam através de várias camadas para outro dispositivo em uma rede, mesmo que a origem e o
destino tenham diferentes tipos de meios físicos de rede.
No modelo de referência OSI, existem sete camadas numeradas e cada uma ilustra uma
função particular da rede.
Dividir a rede nessas sete camadas oferece as seguintes vantagens:
• Decompõe as comunicações de rede em partes menores e mais simples.
• Padroniza os componentes de rede, permitindo o desenvolvimento e o suporte por parte
de vários fabricantes.
• Possibilita a comunicação entre tipos diferentes de hardware e de software de rede para
que possam comunicar entre si.
• Evita que as mudanças em uma camada afetem outras camadas.
• Decompõe as comunicações de rede em partes menores, facilitando sua aprendizagem
e compreensão.
Camadas Descrição
Processos da Rede para Aplicativos
7 Aplicação • Fornece serviços de rede para as aplicações (como correio eletrônico e emulação de
terminal).
Representação de Dados
• Garantir que os dados possam ser lidos pelo receptor;
6 Apresentação • Formato de dados;
• Estrutura de dados;
• Negocia a sintaxe de transferência de dados para a camada de aplicação.
Comunicação entre hosts
5 Sessão
• Estabelece, gerencia e termina sessões entre aplicativos
Conexões fim-a-fim
• Preocupado com questões de transporte entre hosts;
4 Transporte • Confiabilidade no transporte dos dados;
• Estabelecer, manter e terminar circuitos virtuais;
• Controle de fluxo de detecção de falhas e de recuperações de informações.
Endereço de Rede e determinação do melhor caminho
• Provê transferência de dados confiável através do meio;
3 Rede
• Conectividade e seleção de caminho entre sistemas;
• Endereçamento lógico e entrega por melhor esforço.
Controle de Enlace Direto, acesso ao meio
Enlace de
2 • Provê transferência de dados confiável através do meio;
Dados
• Conectividade e seleção de caminho entre sistemas hosts.
Transferência binária
1 Física
• Fios, conectores, voltagens e taxa de dados.
Para que os pacotes de dados trafeguem da origem para o destino, cada camada do modelo
OSI na origem deve se comunicar com sua camada par no destino. Essa forma de comunicação é
chamada ponto-a-ponto. Durante este processo, os protocolos de cada camada trocam informações,
denominadas unidades de dados de protocolo (PDUs). Cada camada de comunicação no computador
de origem se comunica com uma PDU específica da camada, e com a sua camada correspondente no
computador de destino, como ilustrado na Figura abaixo.
Pacotes de dados em uma rede são originados em uma origem e depois trafegam até um
destino. Cada camada depende da função de serviço da camada OSI abaixo dela. Para fornecer esse
serviço, a camada inferior usa o encapsulamento para colocar a PDU da camada superior no seu
campo de dados; depois, adiciona os cabeçalhos e trailers que a camada precisa para executar sua
função. A seguir, enquanto os dados descem pelas camadas do modelo OSI, novos cabeçalhos e
trailers são adicionados. Depois que as Camadas 7, 6 e 5 tiverem adicionado suas informações, a
Camada 4 adiciona mais informações. Esse agrupamento de dados, a PDU da Camada 4, é chamado
segmento.
cabeçalho, criando um pacote (a PDU da Camada 3). O cabeçalho tem as informações necessárias
para completar a transferência, como os endereços lógicos da origem e do destino.
A camada de enlace de dados fornece um serviço à camada de rede. Ela faz o
encapsulamento das informações da camada de rede em um diagrama (a PDU da Camada 2). O
cabeçalho do quadro contém informações (por exemplo, endereços físicos) necessárias para
completar as funções de enlace de dados. A camada de enlace fornece um serviço à camada de rede
encapsulando as informações da camada de rede em um quadro.
A camada física também fornece um serviço à camada de enlace. A camada física codifica o
quadro de enlace de dados em um padrão de 1s e 0s (bits) para a transmissão no meio (geralmente
um cabo) na Camada 1.
Embora algumas das camadas no modelo TCP/IP tenham os mesmos nomes das camadas
no modelo OSI, as camadas dos dois modelos não correspondem exatamente. Mais notadamente, a
camada de aplicação tem diferentes funções em cada modelo.
Os projetistas do TCP/IP decidiram que os protocolos de mais alto nível deviam incluir os
detalhes da camada de sessão e de apresentação do OSI. Eles simplesmente criaram uma camada de
aplicação que trata de questões de representação, codificação e controle de diálogo.
A camada de transporte lida com questões de qualidade de serviços, de confiabilidade,
controle de fluxo e correção de erros. Um de seus protocolos, o Transmission Control Protocol (TCP),
fornece formas excelentes e flexíveis de se desenvolver comunicações de rede confiáveis com baixa
taxa de erros e bom fluxo.
O TCP é um protocolo orientado a conexões. Ele mantém um diálogo entre a origem e o
destino enquanto empacota informações da camada de aplicação em unidades chamadas segmentos.
O termo orientado a conexões não quer dizer que existe um circuito entre os computadores que se
comunicam. Significa que segmentos da Camada 4 trafegam entre dois hosts para confirmar que a
conexão existe logicamente durante certo período.
O propósito da camada de Internet é dividir os segmentos TCP em pacotes e enviá-los a
partir de qualquer rede. Os pacotes chegam à rede de destino independente do caminho levado para
chegar até lá. O protocolo específico que governa essa camada é chamado Internet Protocol (IP). A
determinação do melhor caminho e a comutação de pacotes ocorrem nesta camada.
É muito importante a relação entre IP e TCP. Pode-se imaginar que o IP aponta o caminho
para os pacotes, enquanto que o TCP proporciona um transporte confiável.
O significado do nome da camada de acesso à rede é muito amplo e um pouco confuso. É
também conhecida como a camada host-para-rede. Esta camada lida com todos os componentes,
tanto físico como lógico, que são necessários para fazer um link físico. Isso inclui os detalhes da
tecnologia de redes, inclusive todos os detalhes nas camadas física e de enlace do OSI.
A Figura 56 ilustra alguns dos protocolos comuns especificados pelo modelo de referência
TCP/IP. Alguns dos protocolos da camada de aplicação incluem os seguintes:
Semelhanças incluem:
As diferenças incluem:
Embora os protocolos do TCP/IP sejam os padrões com os quais a Internet cresceu, este currículo vai
usar o modelo OSI pelas seguintes razões:
Muitos profissionais da rede têm opiniões diversas sobre que modelo usar. Devido à
natureza da indústria, é necessário familiarizar-se com ambos. Ambos os modelos OSI e TCP/IP serão
mencionados por todo o currículo. A ênfase deve ser no seguinte:
Lembre-se de que existe uma diferença entre um modelo e um protocolo real que é usado em redes. O
modelo OSI será usado para descrever os protocolos TCP/IP.
Todas as comunicações numa rede começam em uma origem e são enviadas a um destino.
As informações enviadas através da rede são conhecidas como dados ou pacotes de dados. Se um
computador (host A) desejar enviar dados para outro computador (host B), os dados devem primeiro
ser empacotados através de um processo chamado encapsulamento.
O encapsulamento empacota as informações de protocolo necessárias antes que trafeguem
pela rede. Assim, à medida que o pacote de dados desce pelas camadas do modelo OSI, ele recebe
cabeçalhos, trailers e outras informações.
Para ver como o encapsulamento ocorre, vamos examinar a forma como os dados viajam
pelas camadas, como ilustrado na Figura 59.
Uma vez que os dados são enviados pela origem, eles viajam através da camada de
aplicação em direção às outras camadas. O empacotamento e o fluxo dos dados que são trocados
passam por alterações à medida que as camadas executam seus serviços para os usuários finais.
Como ilustrado na Figura 60, as redes devem efetuar as cinco etapas de conversão a seguir para
encapsular os dados:
1. Gerar os dados.
Quando um usuário envia uma mensagem de correio eletrônico, os seus caracteres
alfanuméricos são convertidos em dados que podem trafegar na internetwork.
Resumo do Módulo
TESTE
1) Qual é a topologia representada por um hub central ao qual se conectam quatro hubs,
sendo que em cada hub se conectam quatro estações de trabalho?
Barramento (bus);
Anel (ring);
Estrela (star);
Estrela estendida (extend star);
Largura de banda;
Banda base;
Atraso;
Latência;
Uma rede que cobre uma área maior do que uma WAN;
Uma rede que conecta estações de trabalho, terminais e outros dispositivos em uma grande
área metropolitana;
Uma rede que conecta estações de trabalho, switches e outros dispositivos em uma área
geograficamente limitada;
Uma rede que serve a usuários em uma área geograficamente ampla e frequentemente usa
dispositivos de transmissão fornecidos por uma empresa de telefonia comum;
WAN;
LAN;
SAN;
VPN;
Conectividade segura;
Acesso público mais rápido;
Conexão a uma rede privada através da internet;
Conectividade insegura;
Conexão à internet através de uma rede privada;
1 Camada 1 Byte
2 Camada 2 Bit
3 Camada 3 Quadro
4 Camada 4 Embalagem
5 Camada 5 Pacote
Seção
Segmento
Dados
Cabos de cobre são usados em quase todas as redes locais. Estão disponíveis vários
diferentes tipos de cabos de cobre, cada tipo tem suas vantagens e desvantagens. Uma seleção
cuidadosa de cabeamento é a chave para uma operação eficiente de redes. Já que o cobre transporta
informações usando corrente elétrica, é importante entender alguns conceitos básicos de eletricidade
quando se planeja a instalação de uma rede.
A fibra óptica é o meio mais freqüentemente usado para as transmissões ponto-a-ponto a
grandes distâncias e com alta largura de banda necessárias para backbones das redes locais e em
WANs. Usando um meio óptico, usa-se luz para transmitirem dados através de uma fibra fina de vidro
ou plástico. Os sinais elétricos fazem com que o transmissor de fibra óptica gere os sinais de luz que
são enviados através da fibra. O host receptor recebe os sinais de luz e os converte em sinais elétricos
na extremidade mais distante da fibra. No entanto, não existe eletricidade no próprio cabo de fibra
óptica. Aliás, o vidro usado no cabo de fibra óptica é um isolante muito bom.
A conectividade física permitiu um aumento na produtividade tornando possível o
compartilhamento de impressoras, servidores e software. Os sistemas de redes tradicionais exigem
que as estações de trabalho permaneçam estacionárias permitindo movimentação apenas dentro dos
limites dos meios e da área de escritórios.
A apresentação de tecnologia sem fio elimina essas restrições e oferece uma portabilidade
verdadeira ao mundo da computação. Atualmente, a tecnologia sem fio não fornece transferências em
altas velocidades, segurança ou confiabilidade no tempo de atividade nas redes cabeadas. Portanto, a
flexibilidade da tecnologia sem fio justifica o sacrifício.
Os administradores freqüentemente consideram a tecnologia sem fio ao instalarem uma
nova rede ou quando atualizam uma rede existente. Uma simples rede sem fio poderia funcionar
dentro de apenas alguns minutos após as estações de trabalho ser ligadas. A conectividade à Internet
é possível através de uma conexão com fios, roteador, cabo ou modem DSL e um ponto de acesso
sem fio que age como um hub para os nós sem fio. Em um ambiente residencial ou pequeno escritório,
estes dispositivos podem ser combinados em uma única unidade.
Os alunos, ao concluírem esta lição, deverão poder:
• Examinar as propriedades elétricas de matéria.
• Definir voltagem, resistência, impedância, corrente e circuitos.
• Descrever as especificações e desempenho dos diferentes tipos de cabos.
• Descrever o cabo coaxial e suas vantagens e desvantagens sobre outros tipos de cabos.
• Descrever cabos de par trançado blindado (STP) e suas utilizações.
• Descrever cabos de par trançado não blindado (UTP) e suas utilizações.
• Examinar as características dos cabos direto, cruzado e rollover e onde cada um é usado.
• Explicar os conceitos básicos do cabo de fibra óptica.
• Descrever como as fibras podem guiar a luz para longas distâncias.
• Descrever fibra multimodo e monomodo.
• Descrever como as fibras são instaladas.
Toda matéria é composta de átomos. A Tabela Periódica dos Elementos lista todos os tipos
conhecidos de átomos e suas propriedades. O átomo é constituído de:
• Elétrons – Partículas que têm uma carga negativa e ficam em órbita em torno do núcleo;
• Prótons – Partículas com uma carga positiva;
• Nêutrons – Partículas sem carga (neutro);
Os prótons e nêutrons são combinados em um pequeno grupo chamado núcleo. Para ajudá-
lo a entender as propriedades elétricas dos elementos/materiais, localize o hélio (He) na tabela
periódica. Hélio tem um número atômico de 2, o que significa que tem 2 prótons e 2 elétrons. Tem um
peso atômico de 4. Subtraindo-se o número atômico (2) do peso atômico (4), você vai saber que o
hélio também tem 2 nêutrons.
O físico dinamarquês Niels Bohr desenvolveu um modelo simplificado para ilustrar os átomos.
Esta Figura mostra o modelo para o átomo de hélio. Se os prótons e nêutrons deste átomo
tivessem o tamanho adulto de uma bola de futebol (#5), no meio de um campo de futebol, a única
coisa menor que a bola seria os elétrons. Os elétrons seriam do tamanho de cerejas e ficariam em
órbita próximos aos assentos periféricos do estádio. Em outras palavras, o volume total deste átomo,
inclusive o caminho do elétron, seria mais ou menos do tamanho do estádio. O núcleo do átomo onde
existem os prótons e nêutrons seria do tamanho da bola de futebol.
Uma das leis da natureza, chamada Lei da Força Elétrica de Coulomb, estabelece que
cargas opostas reajam entre si com uma força que as leva a se atraírem. Cargas semelhantes reagem
entre si com uma força que as leva a se repelirem. No caso de cargas opostas ou idênticas, a força
aumenta na medida em que as cargas se aproximam. A força é inversamente proporcional ao
quadrado da distância de separação. Quando as partículas se aproximam muito, a energia nuclear
sobrepuja a força elétrica de repulsão e mantém a coesão do núcleo. Isto explica porque o núcleo não
se desintegra.
3.2.2 Voltagem
Figura 65 - Voltagem
Os materiais através dos quais flui a corrente oferecem graus variáveis de oposição, ou
resistência, ao movimento dos elétrons. Os materiais que oferecem pouca ou nenhuma resistência são
chamados condutores. Aqueles que não permitem o fluxo da corrente, ou o restringem muito, são
chamados isolantes. A quantidade de resistência depende da composição química dos materiais.
Todos os materiais que conduzem eletricidade têm certa medida de resistência ao fluxo de
elétrons através deles. Esses materiais têm também outros efeitos conhecidos como capacitância e
indutância associados ao fluxo de elétrons. Estas três características constituem a impedância, que
inclui a resistência.
O termo atenuação é importante quando se estuda sobre redes. A atenuação se refere à
resistência ao fluxo de elétrons e porque um sinal se torna degradado ao mover-se através do
conduíte.
A letra R representa resistência. A unidade de medida para resistência é o ohm (Ω). O
símbolo vem da letra grega ômega.
Figura 67 – Corrente
O terminal negativo repele os elétrons e o positivo os atraem. A letra "I" representa corrente.
A unidade de medida para corrente é Ampére (A). Um ampére é definido como o número de cargas por
segundo que passa por um ponto ao longo de um caminho.
Se a amperagem ou corrente pode ser imaginada como sendo o número ou volume do
tráfego de elétrons que está fluindo, então a voltagem pode ser considerada como a velocidade do
tráfego de elétrons. A combinação de amperagem e voltagem equivale à wattagem. Os dispositivos
elétricos como lâmpadas, motores e fontes de alimentação para computadores são classificados em
termos de watts. Um watt é definido como a quantidade de energia consumida ou produzida por um
dispositivo.
É a corrente ou amperagem em um circuito elétrico que realmente faz o trabalho. Como um
exemplo, a eletricidade estática possui uma voltagem muito alta, tanto que pode pular um espaço de
2,5 cm ou mais. No entanto, possui uma amperagem muito baixa e como resultado pode criar um
choque mas não lesões permanentes. O motor de partida em um automóvel opera a uma voltagem
relativamente baixa de 12 volts, mas exige uma amperagem muito alta para gerar energia suficiente
para dar partida no motor. Raios possuem voltagem e amperagem muito altas e podem causar danos e
ferimentos gravíssimos.
As correntes fluem em loops fechados chamados circuitos. Esses circuitos devem ser
compostos por materiais condutores e ter fontes de voltagem. A voltagem faz com que a corrente flua,
enquanto a resistência e a impedância se opõem a isso. A corrente consiste em elétrons que se
deslocam para longe dos terminais negativos e em direção aos terminais positivos. Conhecer esses
fatos permite que as pessoas controlem um fluxo de corrente.
Se houver um caminho, a eletricidade fluirá naturalmente para a terra. A corrente flui através
de caminhos que oferecem menor resistência. Se o corpo humano fornecer um caminho de menor
resistência, a corrente fluirá através dele. Quando um aparelho elétrico tem um plugue com três pinos,
um deles serve como terra, ou zero volts. O pino terra fornece um caminho de condução para os
elétrons fluírem para a terra, pois a resistência ao atravessar o corpo seria maior que a resistência ao
fluir diretamente à terra.
Terra geralmente significa nível de zero volts, quando se faz a medição elétrica. A voltagem
é criada pela separação de cargas, o que significa que as medições de voltagem devem ser realizadas
entre dois pontos.
A analogia com a água ajuda a explicar os conceitos da eletricidade. Quanto maior o nível de
água e maior a pressão mais a água fluirá. A corrente da água também depende do tamanho do
espaço por onde deve fluir. Da mesma forma, quanto maior a voltagem e maior a pressão elétrica,
mais corrente será produzida. A corrente elétrica, então, encontra resistência que, como a válvula de
água, reduz o fluxo. Se ela estiver em um circuito CA, a quantidade de corrente vai depender de
quanta impedância existe. Se ela estiver em um circuito CC, a quantidade de corrente vai depender de
quanta resistência existe. A bomba é como uma bateria. Ela fornece pressão para manter o fluxo em
movimento.
A relação entre voltagem, resistência e corrente é voltagem (V) = corrente (I) multiplicada
pela resistência (R). Em outras palavras, V = I*R. Esta é a lei de Ohm, designada pelo nome de um
cientista que estudava estas questões.
Figura 69 – Osciloscópio
Os fios elétricos levam eletricidade na forma de CA pois pode ser entregue eficientemente a
longas distâncias. A CC pode ser encontrada em pilhas de lanternas, baterias de carro e como fonte de
alimentação para microchips na placa-mãe de um computador, onde só precisa ir a uma curta
distância.
Os elétrons fluem em circuitos fechados, ou loops completos. A Figura 70
mostra um circuito simples. O processo químico na bateria provoca o acúmulo de carga.
Isto proporciona uma voltagem, uma pressão elétrica que facilitam o fluxo dos elétrons
através de vários dispositivos. As linhas representam um condutor, geralmente um fio de cobre.
Imagine um interruptor como sendo duas extremidades de um único fio que pode ser aberto ou
interrompido para impedir o fluxo de elétrons. Quando as duas extremidades estão fechadas, fixas ou
em curto, os elétrons são permitidos a se deslocarem. Finalmente, a lâmpada oferece resistência ao
fluxo de elétrons, fazendo com que liberem energia na forma de luz. Os circuitos envolvidos em redes
usam uma versão muito mais complexa deste circuito simplíssimo.
Nos sistemas elétricos CC e CA, o fluxo de elétrons é sempre da carga negativa para a
carga positiva. No entanto, para que haja o controle do fluxo de elétrons, é necessário um circuito
completo. A Figura 71 mostra parte do circuito elétrico que fornece energia a uma residência ou
escritório.
O cabo coaxial consiste em um condutor de cobre envolto por uma camada isolante flexível. O
condutor central também pode ser feito de um fino cabo de alumínio laminado, permitindo que o cabo
seja industrializado a baixo custo. Sobre o material isolante, há uma trança de lã de cobre ou uma folha
metálica, que age como um segundo fio no circuito e como blindagem para o fio interior. Esta segunda
camada, ou blindagem, também reduz a quantidade de interferência eletromagnética externa. A capa
do cabo cobre esta blindagem.
O cabo coaxial oferece muitas vantagens às redes locais. Pode cobrir maiores distâncias que o
cabo de par trançado blindado (STP), cabo de par trançado não blindado (UTP), e cabo de par
trançado "screened" (ScTP) sem a necessidade de repetidores. Os repetidores regeneram os sinais
em uma rede para que eles possam cobrir distâncias maiores. O cabo coaxial é mais barato do que o
cabo de fibra óptica e a tecnologia é bem conhecida. Ele tem sido usado por muitos anos em vários
tipos de comunicação de dados inclusive televisão a cabo.
Ao trabalhar com o cabo, é importante considerar a sua espessura. À medida que aumenta a
espessura do cabo, aumenta também a dificuldade de se trabalhar com ele. Lembre-se de que o cabo
tem de ser puxado através de conduítes e calhas existentes que têm espessuras limitadas. O cabo
coaxial existe em diversas espessuras. O maior diâmetro foi especificado para uso como cabo de
backbone Ethernet devido a sua maior extensão de transmissão e suas características de rejeição ao
ruído. Esse tipo de cabo coaxial é freqüentemente chamado de thicknet. Como o seu apelido sugere,
Cada par de fios é envolvido por uma malha metálica. Os dois pares de fios são totalmente
envolvidos por uma malha ou folha metálica. Geralmente é um cabo de 150 Ohm. Conforme
especificado para utilização nas instalações de rede Token Ring, o STP reduz o ruído elétrico dentro
dos cabos como ligação dos pares e diafonia. O STP reduz também ruídos eletrônicos externos dos
cabos, por exemplo, a interferência eletromagnética (EMI) e interferência da freqüência de rádio (RFI).
O cabo de par trançado blindado compartilha muito das vantagens e desvantagens do cabo de par
trançado não blindado (UTP). O STP oferece maior proteção contra todos os tipos de interferência
externa, mas é mais caro e difícil de instalar do que o UTP.
Um novo híbrido do UTP como o STP tradicional é o Screened UTP (ScTP), também
conhecido como Foil Twisted Pair (FTP).
O ScTP é basicamente o UTP envolvido em uma blindagem de folha ou malha metálica. ScTP,
como o UTP, também é um cabo de 100 Ohm. Muitos instaladores e fabricantes de cabos podem
utilizar o termo STP para descrever cabeamento ScTP. É importante entender a maioria das
referências feitas a STP hoje na verdade referem-se a cabeamento blindado de quatro pares. É
altamente improvável que o verdadeiro cabo STP seja usado em um trabalho de instalação de cabos.
Os materiais da blindagem metálica no STP e no ScTP precisam estar aterrados nas duas
extremidades. Se o aterramento for feito incorretamente ou se houver qualquer descontinuidade no
comprimento inteiro do material blindado, o STP e o ScTP podem se tornar suscetíveis a grandes
problemas de ruído. Eles são suscetíveis porque permitem que a blindagem funcione como uma
antena captando sinais indesejados. Entretanto, esse efeito atua nas duas direções. A blindagem não
só impede que as ondas eletromagnéticas entrantes causem ruído nos fios de dados, mas também
minimiza a saída das ondas eletromagnéticas irradiadas. Essas ondas poderiam causar ruídos em
outros dispositivos. Os cabos STP e ScTP não podem percorrer distâncias tão longas como outros
meios de rede como cabo coaxial ou fibra óptica, sem que o sinal seja repetido. Mais isolamento e
blindagem se combinam para aumentar consideravelmente o tamanho, peso e custo do cabo. Os
materiais de blindagem tornam as terminações mais difíceis e suscetíveis a más práticas de instalação.
Entretanto, o STP e o ScTP ainda têm seu lugar, especialmente na Europa ou em instalações onde
EMI e RFI são intensos próximo ao cabeamento.
Cabo de par trançado não blindado (UTP) é um meio de fio de quatro pares usado em uma
variedade de redes. Cada um dos 8 fios individuais de cobre no cabo UTP é coberto por material
isolante. Além disso, cada par de fios é trançado em volta de si. Esse tipo de cabo usa apenas o efeito
de cancelamento, produzido pelos pares de fios trançados para limitar a degradação do sinal causada
por EMI e RFI. Para reduzir ainda mais a diafonia entre os pares no cabo UTP, o número de
trançamentos nos pares de fios varia. Como o cabo STP, o cabo UTP deve seguir especificações
precisas no que se refere as quantas torcidas ou trançados são permitidos por metro de cabo.
O cabo de par trançado não blindado tem muitas vantagens. Ele é fácil de ser instalado e
mais barato que outros tipos de meios de rede. Aliás, o UTP custa menos por metro do que qualquer
outro tipo de cabeamento de redes locais.
Na Figura 79, dois switches são conectados juntos. O cabo que conecta de uma porta do
switch a outra porta de switch é denominado um cabo cruzado.
Na Figura 80, o cabo que conecta o adaptador RJ-45 na porta COM do computador à porta
do console do roteador ou switch é denominado um cabo rollover.
Os cabos são definidos pelo tipo de conexões, ou pinagens, desde uma extremidade à outra
do cabo. Consulte as Figuras 81.
A luz usada nas redes de fibra óptica é um tipo de energia eletromagnética. Quando uma
carga elétrica se desloca para lá e para cá, ou acelera, é produzido um tipo de energia conhecida
como energia eletromagnética. Esta energia na forma de ondas pode deslocar-se através do vácuo, o
ar, e através de alguns materiais como vidro. Uma propriedade importante de qualquer onda de
energia é o comprimento de onda.
O rádio, as microondas, o radar, luzes visíveis, raios-x e raios gama parecem ser coisas
muito diferentes. Entretanto, todos são tipos de energia eletromagnética. Se todos os tipos de ondas
eletromagnéticas forem arranjadas na ordem desde o maior comprimento de ondas até o menor, será
criada uma série contínua, denominada espectro eletromagnético.
Estes comprimentos de onda que não são visíveis aos olhos humanos são usados para
transmitir dados através de fibra óptica. Esses comprimentos de onda são levemente maiores que a luz
vermelha e são chamadas luz infravermelha. A luz infravermelha é usada em controles remotos de TV.
O comprimento de onda de luz na fibra óptica é 850 nm, 1310 nm ou 1550 nm. Esses comprimentos de
onda foram selecionados, pois se propagam pela fibra óptica melhor que outros comprimentos de
onda.
Imagine os raios de luz como sendo feixes de luz estreitos como aqueles produzidos por
lasers. No vácuo de espaço vazio, a luz se propaga continuamente em uma linha reta a 300.000
quilômetros por segundo. Porém, a luz se propaga a diferentes velocidades mais lentas através de
outros materiais como ar, água e vidro. Quando um raio de luz denominado raio incidente, cruza o
limite entre um material e outro, um pouco da energia da luz no raio será refletida de volta. É por isso
que você pode ver-se no vidro da janela. A luz que é refletida de volta é denominada raio refletido.
A energia da luz no raio incidente que não é refletida entrará no vidro. O raio que entra será
desviado a um ângulo a partir de seu caminho original. Este raio é chamado raio refratado. A
quantidade de raio de luz incidente que é desviada depende do ângulo no qual o raio incidente atinge a
superfície do vidro e a diferentes taxas de velocidade com que a luz se propaga através das duas
substâncias.
O desvio dos raios de luz nos limites de duas substâncias é a razão porque os raios de luz são
capazes de propagar-se através de uma fibra óptica mesmo que a fibra se curve em círculo.
A densidade óptica do vidro determina o quanto que os raios de luz se desviam no vidro. A
densidade óptica se refere ao quanto que o raio de luz desacelera ao passar através de uma
substância. Quanto maior a densidade óptica de um material, mais a luz desaceleram da sua
velocidade em um vácuo. O Índice de Refração é definido como a velocidade da luz no vácuo dividida
pela velocidade da luz no meio. Portanto, a medida da densidade óptica de um material é o índice de
refração daquele material. Um material com um grande índice de refração é mais opticamente denso e
desacelera mais luz que um material com menor índice de refração.
Para uma substância como vidro, o Índice de Refração, ou densidade óptica, pode ser
aumentada ao adicionar-se materiais químicos ao vidro. Purificando bem o vidro pode reduzir o índice
de refração. As próximas lições apresentarão maiores informações sobre reflexão e refração, e sua
relação ao design e função da fibra óptica.
3.3.3 Reflexão
Quando um raio de luz (o raio incidente) atinge a superfície brilhante de um pedaço de vidro
plano, um pouco da energia da luz no raio é refletida.
Figura 87 - Reflexão
O ângulo entre o raio incidente e uma linha perpendicular à superfície do vidro no ponto onde o
raio incidente atinge o vidro é denominado ângulo de incidência. A linha perpendicular é chamada
normal. Não é o raio de luz, mas sim a ferramenta que permite as medições de ângulos. O ângulo
entre o raio refletido e a normal é chamado ângulo de reflexão. A Lei da Reflexão declara que o ângulo
de reflexão de um raio de luz é igual ao ângulo de incidência. Em outras palavras, o ângulo onde o raio
de luz atinge uma superfície refletiva determina o ângulo que o raio se refletirá da superfície.
Figura 88 – Reflexão
3.3.4 Refração
Quando uma luz atinge a interface entre dois materiais transparentes, a luz divide em duas
partes. Uma parte do raio de luz é refletido de volta na primeira substância, com o ângulo de reflexão
igual ao ângulo de incidência. A energia restante no raio de luz cruza a interface e entra na segunda
substância.
Se o raio incidente atinge a superfície do vidro a um ângulo exato de 90 graus, o raio entra
direto no vidro. O raio não é desviado. No entanto, se o raio incidente não estiver a um ângulo exato de
90 graus com relação à superfície, então o raio transmitido que entra no vidro será desviado. O desvio
do raio entrante é chamado refração. A quantidade do raio que é refratado depende do índice de
refração de dois materiais transparentes. Se o raio de luz se propaga de uma substância cujo índice de
refração é menor, até uma substância onde o índice de refração é maior, o raio refratado é desviado
em direção ao normal. Se o raio de luz se propaga de uma substância cujo índice de refração é maio,
até uma substância onde o índice de refração é menor, o raio refratado é desviado para longe do
normal.
Figura 89 – Refração
Figura 90 - Refração
Um raio de luz que é ligado e desligado para enviar dados (1s e 0s) a uma fibra óptica deverá
permanecer dentro da fibra até que chegue à extremidade distante. O raio não deve refratar no
material que envolve a fibra. A refração causaria a perda de parte da energia da luz do raio. Deve ser
realizado um design para a fibra de modo que a superfície externa da fibra aja como espelho para o
raio de luz que se propaga pela fibra. Se qualquer raio de luz que tenta sair pelo lado da fibra for
refletido de volta na fibra a um ângulo que o envia em direção à extremidade distante da fibra, isto
seria um bom "duto" ou "guia de ondas" para as ondas de luz.
As leis da reflexão e da refração ilustram como desenhar uma fibra que guia as ondas de luz
através da fibra com uma perda mínima de energia. As duas condições abaixo precisam ser satisfeitas
para que os raios de luz em uma fibra possam ser refletidos de volta para dentro da fibra sem
nenhuma perda causada pela refração.
Quando estas duas condições são satisfeitas, a inteira luz incidente na fibra será refletida de
volta para dentro da fibra. Isto é conhecido como reflexão interna total, que é a fundação sobre a qual a
fibra óptica é construída. A reflexão interna total faz com que os raios de luz na fibra reflitam no limite
do revestimento interno do núcleo e continue o seu percurso em direção à extremidade distante da
fibra. A luz seguirá um caminho de zig-zag através do núcleo da fibra.
A fibra que satisfaz a primeira condição pode ser facilmente criada. Além disso, o ângulo de
incidência dos raios de luz que entram no núcleo podem ser controlados. A restrição dos seguintes
fatores controlam o ângulo de incidência:
Com o controle das duas condições, o lance de fibra óptica possuirá uma reflexão interna total.
Isto proporciona um guia para a onda de luz que poderá ser usada para comunicações de dados.
A parte de uma fibra óptica através da qual os raios de luz se propagam é chamada núcleo
da fibra.
Os raios de luz só podem entrar no núcleo se seus ângulos estiverem dentro da abertura
numérica da fibra. Da mesma maneira, uma vez que os raios tenham entrado no núcleo da fibra, existe
um número limitado de caminhos ópticos que podem ser seguidos pelo raio de luz através da fibra.
Estes caminhos ópticos são chamados modos. Se o diâmetro do núcleo da fibra for suficientemente
grande para que hajam muitos caminhos por onde a luz pode se propagar através da fibra, a fibra é
chamada fibra "multimodo". A fibra monomodo possui um núcleo muito menor que só permite que os
raios de luz se propaguem em um modo dentro da fibra.
Cada cabo de fibra óptica usado para redes consiste em duas fibras de vidro em
revestimentos separados. Uma fibra transporta dados transmitidos do dispositivo A até o dispositivo B.
Até que os conectores sejam ligados, não existe a necessidade de blindagem, pois nenhuma
luz se escapa quando está dentro de uma fibra. Isto quer dizer que não existe questões de diafonia
A fibra monomodo consiste nas mesmas partes que o multimodo. A capa externa da fibra
monomodo é geralmente amarela. A maior diferença entre a fibra multimodo e monomodo é que a
monomodo permite que somente um modo de luz se propague através do núcleo menor da fibra
óptica. O núcleo do monomodo é de oito a dez microns em diâmetro. Os núcleos mais comuns são os
de nove microns. Uma marcação 9/125 no revestimento da fibra monomodo indica que a fibra do
núcleo tem um diâmetro de 9 microns e o revestimento interno é de 125 microns em diâmetro.
Devido a este desenho, a fibra monomodo é capaz de taxas mais altas de transmissão de
dados (largura de banda) e maiores distâncias de lances de cabo que a fibra multimodo. A fibra
monomodo pode transportar dados de rede local até 3000 metros. Apesar de esta distância ser
considerada um padrão, novas tecnologias aumentaram esta distância e serão discutidas em um
módulo futuro. A multimodo é capaz de transportar só até 2000 metros. As fibras laser e monomodo
são mais caras que as fibras multimodo e LEDs. Devido a essas características, a fibra monomodo é
freqüentemente usada para conectividade dentro dos edifícios.
A luz laser usada com monomodo possui um maior comprimento de onda que pode ser
vista. O laser é tão forte que pode causar sérios danos aos olhos. Jamais olhe na extremidade
próxima de uma fibra que está ligada a um dispositivo na extremidade distante. Jamais olhe na porta
de transmissão na placa de rede, switch ou roteador. Lembre-se de manter capas protetoras nas
extremidades da fibra e inseridas nas portas da fibra óptica dos switches e roteadores. Tenha muita
cautela.
Muitos dos dados enviados através de rede local são na forma de sinais elétricos. Porém, os
links de fibra óptica usam luz para enviar dados. É necessária alguma coisa para converter a
eletricidade em luz e na outra extremidade da fibra converter a luz de volta em eletricidade. Isto
significa que são necessários um transmissor e um receptor.
• Um diodo emissor de luz (LED) produzindo luz infravermelha com comprimentos de onda de
850 nm ou 1310 nm. Estes são usados com fibras multimodo nas redes locais. As lentes são
usadas para focalizar a luz infravermelha na extremidade da fibra.
• Light Amplification by Stimulated Emission Radiation (LASER) é uma fonte de luz que produz
um feixe fino de luz infravermelha intensa geralmente com comprimentos de ondas de 1310
nm ou 1550 nm. Os lasers são usados com fibras monomodo para longas distâncias
envolvidas em WANs ou backbones de campus. Deve-se ter muito cuidado para evitar
ferimentos às vistas.
Cada uma dessas fontes de luz podem ser iluminadas e escurecidas muito rapidamente para
enviarem dados (1s e 0s) a um grande número de bits por segundo.
Na outra extremidade da fibra óptica do transmissor está o receptor. O receptor funciona
mais ou menos como uma célula fotoelétrica em uma calculadora que usa energia solar. Quando a luz
atinge o receptor, ele produz eletricidade. A primeira tarefa do receptor é detectar um pulso de luz que
vem da fibra. Depois o receptor converte o pulso de luz de volta ao seu sinal elétrico original que
entrou primeiro no transmissor na extremidade distante da fibra. Agora o sinal está de volta na forma
de alterações de voltagem. O sinal está pronto para ser enviado através do fio de cobre a qualquer
dispositivo eletrônico receptor como um computador, switch ou roteador. Os dispositivos
semicondutores que são geralmente usados como receptores com links de fibra óptica são chamados
diodos p-intrínseco-n (fotodiodos PIN ).
Além de transmissores, receptores, conectores e fibras que são sempre necessárias em uma
rede óptica, repetidores e fibras patch panel são vistas com freqüência.
Os repetidores são amplificadores ópticos que recebem pulsos de luz atenuados que são
propagados a longas distâncias e que os restauram às suas formas, intensidades e temporizações
originais. Os sinais restaurados podem então ser enviados até o receptor na extremidade distante da
fibra.
As fibras patch panels são semelhantes aos patch panels usados com o cabo de cobre.
Esses painéis aumentam a flexibilidade de uma rede óptica ao permitir alterações rápidas na conexão
dos dispositivos como switches ou roteadores com vários lances de fibras disponíveis, ou links de
cabos.
O cabo de fibra óptica não é afetado pela fonte de ruído externo que causa problemas nos
meios de cobre porque a luz externa não pode entrar na fibra exceto na extremidade do transmissor. O
revestimento interno é coberto por um buffer e um revestimento externo, que impedem que a luz entre
ou saia do cabo.
Além disso, a transmissão da luz em uma fibra em um cabo não gera interferência que afeta
a transmissão em qualquer outra fibra. Isto quer dizer que a fibra não tem problema com diafonia o que
ocorre com meios de cobre. Aliás, a qualidade dos links de fibra óptica é tão boa que os padrões
recentes para gigabit e dez gigabit Ethernet especificam a distância de transmissão que ultrapassa o
alcance tradicional de dois quilômetros da Ethernet original. A transmissão de fibra óptica permite que
o protocolo Ethernet possa ser usado nas Redes de Áreas Metropolitanas (MANs) e Redes de Longa
Distância (WANs).
Apesar de que a fibra é a melhor de todos os meios de transmissão no transporte de
grandes quantidades de dados por longas distâncias, a fibra não está isenta de problemas. Quando a
luz se propaga através da fibra, alguma da energia da luz é perdida. Quanto mais longe o sinal de luz
se propaga através da fibra, mais é perdida a intensidade do sinal. Esta atenuação do sinal ocorre
devido a vários fatores relacionados à natureza da fibra propriamente dita. O fator mais importante é a
dispersão. A dispersão da luz na fibra é causada pela falta de uniformidade microscópica (distorções)
na fibra que reflete e dispersa um pouco da energia da luz.
A absorção é outra causa da perda de energia da luz. Quando um raio de luz atinge algum
tipo de impureza química em uma fibra, as impurezas absorvem parte da energia. Esta energia da luz
é convertida em pequenas quantidades de energia térmica. A absorção faz com que o sinal da luz
perca um pouco da sua intensidade.
Outro fator que causa a atenuação do sinal da luz são irregularidades de fabricação ou
aspereza no limite entre o núcleo e o revestimento interno. Certa intensidade do sinal da luz é perdida
devido à reflexão interna total imperfeita naquela área áspera da fibra. Quaisquer imperfeições
microscópicas na espessura ou simetria da fibra diminuirão a reflexão interna total e o revestimento
interno absorverá um pouco da energia da luz.
A dispersão de um lampejo de luz também limita as distâncias de transmissão em uma fibra.
Dispersão é o termo técnico para a dissipação de pulsos de luz ao se propagarem através da fibra.
A maior causa de muita atenuação no cabo de fibra óptica é instalação incorreta. Se a fibra
for esticada ou curvada demais, poderá causar pequenas rachaduras no núcleo o que fará com que os
raios de luz se espalhem. O ato de dobrar a fibra em curva muito fechada poderá alterar a incidência
dos raios de luz atingindo o limite entre o núcleo e o revestimento interno. Então o ângulo de incidência
do raio se tornará menor que o ângulo crítico para a reflexão interna total. Em vez de refletir ao redor
da curva, alguns dos raios de luz serão refratados no revestimento interno e serão perdidos.
Para evitar que as curvas da fibra sejam muito fechadas, a fibra geralmente é puxada
através de um tipo de duto instalado chamado interducting. O interducting é muito mais rígido que a
fibra e não pode ser dobrado tanto que a fibra dentro dele tenha uma curva muito fechada. O
interducting protege a fibra, facilita o puxamento da fibra, e garante que o raio de curvatura (limite de
curva) da fibra não seja excedido.
Depois de puxada a fibra, as extremidades da fibra devem ser clivadas (cortadas) e
corretamente polidas para garantir que as extremidades estejam lisas.
A associação, realizada após a autenticação, é a condição que permite que um cliente use
os serviços do AP para transferir dados.
Neste tipo de modulação, os bits de dados do sinal elétrico modificam a fase do sinal portador.
Um receptor demodula o sinal portador que chega da antena. O receptor interpreta as
mudanças de fase do sinal portador e reconstrói dele o sinal elétrico original dos dados.
Geralmente, o sinal RF não será afetado mesmo pelas condições climáticas mais violentas. No
entanto, a neblina ou condições de umidade muito alta podem afetar, e de fato afetam, as redes sem-
fio. Os relâmpagos podem alterar a atmosfera e alterar o caminho de um sinal transmitido.
A primeira e mais obvia fonte de problemas com os sinais é a estação transmissora e o tipo de
antena. Uma estação com maior potência de saída transmitirá o sinal mais longe e uma antena
parabólica que concentra o sinal aumentará o alcance da transmissão.
Em um ambiente de escritório pequeno ou domiciliar (SOHO), a maioria dos pontos de acesso
utiliza antenas onidirecionais geminadas que transmitem os sinais em todas as direções, reduzindo
assim o alcance das comunicações.
Como já foi estudado neste capítulo, a segurança pode ser difícil de conseguir em um sistema
sem-fio. Onde existem redes sem-fio, há pouca segurança. Isto vem sendo um problema desde os
primeiros dias das WLANs. Atualmente, muitos administradores estão falhos na implementação de
práticas eficazes de segurança.
Vão surgindo várias novas soluções e protocolos de segurança, tais como Virtual Private
Networking (VPN) e Extensible Authorization Protocol (EAP). Com o EAP, o ponto de acesso não
proporciona autenticação ao cliente, mas passa esta tarefa para um dispositivo mais sofisticado,
possivelmente um servidor dedicado e projetado para esse propósito. A utilização de uma tecnologia
VPN de servidor integrado cria um túnel por cima de um protocolo já existente, tal como IP. Esta é uma
conexão de Camada 3 e não uma conexão de Camada 2 entre o AP e o nó emissor.
• Toda matéria é composta de átomos, e as três partes principais dos átomos são: prótons,
nêutrons e elétrons. Os prótons e nêutrons encontram-se na parte central (núcleo) do átomo.
• A descarga eletrostática (ESD) pode criar graves problemas para os equipamentos eletrônicos
sensíveis.
• A atenuação se refere à resistência ao fluxo de elétrons e porque um sinal se torna
degradado ao propagar-se.
• A corrente flui em laços fechados denominados circuitos, os quais precisam ser compostos de
material condutor e precisam de uma fonte de voltagem.
• Um multímetro é usado para medir voltagem, corrente, resistência e outras quantidades
expressas de forma numérica.
• Três tipos de cabos de cobre utilizados nas redes são: direto, cruzado e rollover
• O cabo coaxial consiste em um condutor cilíndrico externo, oco, que circunda um só fio
condutor interno.
• O cabo UTP é um meio de quatro pares de fios usado em uma variedade de redes.
• O cabo STP combina as técnicas de blindagem, cancelamento e trançamento de fios.
• A fibra óptica é um meio de transmissão muito bom quando corretamente instalada, testada e
mantida.
• A energia da luz, um tipo de onda de energia eletromagnética, é usada para transmitir grandes
quantidades de dados de maneira segura a distâncias relativamente grandes.
• O sinal de luz, transmitido por uma fibra, é produzida por uma transmissora que converte um
sinal elétrico em sinal de luz.
• A luz que chega à extremidade distante do cabo é convertida novamente pelo receptor no sinal
elétrico original.
• As fibras são usadas em pares para providenciar comunicações full duplex.
• Os raios de luz obedecem às leis de reflexão e refração ao propagar-se através da fibra de
vidro, fato que permite a fabricação de fibras com a propriedade de reflexão interna total.
• A reflexão interna total faz com que os sinais de luz permaneçam dentro da fibra, mesmo que
esta não esteja em linha reta.
• A atenuação de um sinal de luz se torna problemática em cabos longos, especialmente se
seções do cabo são conectadas em patch panels ou emendadas.
• Os cabos e conectores precisam ser corretamente instalados e completamente testados com
equipamentos de testes ópticos de alta qualidade antes de serem utilizados.
• Os links de cabos precisam ser testados periodicamente com instrumentos de testes ópticos
de alta qualidade para determinar se o link tenha de alguma maneira deteriorada.
• Sempre se deve tomar cuidado para proteger os olhos quando da utilização de fontes de luz
forte como lasers.
4) Quais das seguintes alternativas são partes componentes de um cabo UTP? (Escolha duas).
Núcleo central;
Revestimento interno;
Pares de fios trançados;
Blindagem;
Capa externa;
Buffer.
5) Qual dos seguintes cabos é utilizado para conectar um roteador a uma porta serial de um
PC?
Um cabo rollover;
Um cabo invertido;
Um cabo cruzado;
Um cabo direto;
9) Coloque cada item à esquerda na caixa a direita que corresponde às suas características
elétricas. Nem todos os itens serão utilizados.
Materiais Condutor Isolante
Vidro
Silício
Borracha
Prata
Cobre
Plástico
Papel
Ouro
Os meios físicos de uma rede são literalmente a espinha dorsal dela. A qualidade inferior de
cabeamento de rede causa falha na rede e desempenho não confiável. Os meios físicos de uma rede
de cobre, de fibra ótica e wireless exigem testes para garantir que eles estão de acordo com as
orientações específicas estritas. Estes testes envolvem certos conceitos matemáticos e elétricos e
termos como sinal, onda, freqüência e ruído. É útil entender este vocabulário quando estiver estudando
sobre redes, cabeamento e testes de cabos.
A meta desta primeira lição neste módulo é fornecer algumas definições para que os
conceitos de testes de cabos sejam mais bem entendidos quando forem apresentados na segunda
lição.
A segunda lição deste módulo descreve as questões relacionadas aos meios de testes
usados para a conectividade de camada física nas redes locais (LANs). Para que a rede local possa
funcionar corretamente, o meio da camada física deve satisfazer as especificações padrão da
indústria.
A atenuação, que é a deteriorização do sinal, e o ruído, que é a interferência no sinal, podem
causar problemas nas redes, pois os dados enviados podem ser interpretados incorretamente ou não
serem reconhecidos ao serem recebidos. A terminação apropriada dos conectores de cabos e a
instalação correta dos cabos são fatores importantes. Se forem seguidos os padrões durante
instalações, reparos e mudanças, a atenuação e os níveis de ruído deveriam ser minimizados.
Depois de terminada a instalação do cabo, um testador de certificação de cabo pode verificar
se a instalação está de acordo com a especificação TIA/EIA. Este módulo descreve também os vários
testes importantes que são realizados.
Uma onda é energia que se propaga de um lugar para outro. Existem vários tipos de ondas,
mas todos podem ser descritos com um vocabulário semelhante.
Pode ajudar se pensamos em ondas como sendo distúrbios. Um balde de água que está
completamente parado não tem ondas, porque não existem distúrbios. Por outro lado, o oceano
sempre tem algumas ondas detectáveis devido a distúrbios como o vento e a maré.
As ondas do oceano podem ser descritas em termos de sua altura ou amplitude, que pode
ser medida em metros. Elas podem também ser descritas em termos de quão freqüentemente chegam
até a praia, usando período e freqüência. O período das ondas é o período de tempo entre cada onda,
medido em segundos. A freqüência é o número de ondas que chegam até a praia cada segundo,
medida em Hertz. Um Hertz equivale a uma onda por Segundo, ou um ciclo por segundo. Experimente
com estes conceitos ajustando a amplitude e a freqüência na Figura.
• Base 2: binário
• Base 10: decimal
• Base 16: hexadecimal
4.2.4 Decibéis
O decibel (dB) é uma unidade de medida importante na descrição de sinais nas redes. O
decibel é relacionado aos expoentes e logaritmos descritos nas seções anteriores. Existem duas
fórmulas para se calcular decibéis:
Um dos fatos mais importante da era da informação é que os caracteres que simbolizam os
dados, palavras, fotografias, vídeo ou música podem ser representados eletronicamente por padrões
de voltagem nos fios e em dispositivos eletrônicos. Os dados representados por esses padrões de
voltagem podem ser convertidos em ondas de luz ou de rádio, e depois de volta em ondas de
voltagem. Considere o exemplo de um telefone analógico. As ondas sonoras da voz do chamador
entram num microfone no telefone. O microfone converte os padrões da energia sonora em padrões de
voltagem de energia elétrica que representam a voz.
Se os padrões de voltagem fossem colocados em um gráfico através do tempo, os padrões
distintos representando a voz seriam exibidos.
Para poder entender as complexidades dos sinais de redes e testes de cabos, examine
como os sinais analógicos variam com o tempo e com a freqüência. Primeiro, considere uma onda
senoidal elétrica de uma só freqüência, cuja freqüência pode ser detectada pelo ouvido humano. Se
este sinal for transmitido a um alto-falante, um tom poderá ser ouvido.
Depois imagine a combinação de várias ondas senoidais.
A onda resultante é mais complexa que a onda senoidal pura. Podem ser ouvidos vários
tons. O gráfico de vários tons mostra várias linhas individuais correspondentes às freqüências de cada
tom. Finalmente, imagine um sinal complexo, como uma voz ou um instrumento musical. Se estiverem
presentes vários tons diferentes, um espectro contínuo de tons individuais seria representado.
O ruído que afeta igualmente todas as freqüências de transmissão é conhecido como ruído
branco. O ruído que afeta somente pequenas faixas de freqüências é conhecido como interferência de
banda estreita. Ao serem detectados em um receptor de rádio, o ruído branco interferiria com todas as
estações de rádio. A interferência de banda estreita afetaria somente poucas estações cujas
freqüências estão próximas umas às outras. Ao ser detectado em uma rede local, o ruído branco
poderia afetar todas as transmissões de dados, mas a interferência de banda estreita poderá afetar
apenas certos sinais.
A unidade fundamental de medida para a largura de banda digital é bits por segundo (bps).
Já que as redes locais são capazes de sustentar velocidades de milhares ou milhões de bits por
segundo, a medida é expressa em Kbps ou Mbps. Os meios físicos, as tecnologias atuais, e as leis da
física limitam a largura de banda.
Durante o teste de cabos, usa-se a largura de banda analógica para determinar a largura de
banda digital de um cabo de cobre. As formas de onda digitais são compostas de muitos ondas
senoidais (ondas analógicas). As freqüências analógicas são transmitidas de uma extremidade e
Em cabo de cobre, os sinais de dados são representados por níveis de voltagem que
representam uns e zeros binários. Os níveis de voltagem são medidos com respeito a um nível de
referência de zero volt tanto na transmissora quanto no receptor. Esse nível de referência é conhecido
como terra do sinal. É importante que tanto o dispositivo de transmissão como de recepção se refira ao
mesmo ponto de referência de zero volt. Quando este for o caso, diz-se que estão adequadamente
aterrados.
Para que a rede local possa operar adequadamente, o dispositivo receptor deve ser capaz
de interpretar precisamente os uns e zeros binários transmitidos como níveis de voltagem. Já que a
tecnologia Ethernet atual sustenta faixas de dados de bilhões de bits por segundo, cada bit precisa ser
reconhecido, mesmo que a duração do bit seja bem pequena. Isto quer dizer que o máximo possível
da intensidade do sinal original precisa ser retido, conforme o sinal se propaga pelo cabo e passa
através dos conectores. Em antecipação de protocolos Ethernet cada vez mais rápidos, as novas
instalações de cabos devem ser feitas com os melhores cabos, conectores e dispositivos de
interconexão disponíveis como blocos punchdown e patch panels.
Existem dois tipos básicos de cabos de cobre: blindado (STP) e não blindado (UTP).
No cabo blindado, o material de blindagem protege o sinal de dados contra fontes externas de ruído e
contra o ruído gerado por sinais elétricos dentro do cabo.
Figura 133 - Par Trançado Blindado Figura 134 - Par Trançado Não Blindado
O cabo STP contém uma capa externa condutiva que é eletricamente aterrada para isolar os
sinais contra qualquer ruído elétrico externo. O STP também usa blindagens metálicas internas para
proteger cada par de fios contra ruídos gerados pelos outros pares. O cabo STP às vezes é chamado
par trançado isolado (ScTP) erradamente. ScTP geralmente refere-se ao cabeamento de par trançado
Categoria 5 ou Categoria 5e, enquanto STP refere-se a um cabo específico da IBM que contém
somente dois pares de condutores. O cabo ScTP é mais caro, mais difícil de instalar e menos
freqüentemente usado que o UTP. O UTP não contém blindagem e é mais susceptível aos ruídos
externos, mas é mais freqüentemente usado, pois é mais barato e mais fácil de instalar.
O cabo de fibra ótica é usado para transmitir sinais de dados por meio de aumentar e
abaixar a intensidade da luz para representar uns e zeros binários.
A intensidade de um sinal de luz não diminui tanto quanto a intensidade de um sinal elétrico
transmitido através de uma distância idêntica. Os sinais óticos não são afetados pelo ruído elétrico, e a
fibra ótica não precisa ser aterrada a menos que a capa contenha um metal ou um membro de
resistência metálica. Portanto, as fibras óticas são freqüentemente usadas entre edifícios e entre
andares dentro do edifício. Conforme vão se abaixando os custos e vai aumentando a demanda pela
velocidade, as fibras óticas poderão tornar-se os mais usados em redes locais.
O ruído é qualquer energia elétrica no cabo de transmissão que torna difícil ao receptor a
interpretação dos dados enviados pelo transmissor. A certificação TIA/EIA-568-B de um cabo agora
exige testes para uma variedade de tipos de ruídos.
Isto é conhecido como diafonia mais distante, ou FEXT. O ruído causado pela FEXT ainda
se propaga de volta à fonte, mas é atenuado na sua volta. Desta maneira, a FEXT não é um problema
tão sério quanto a NEXT.
A NEXT por Soma de Potências (PSNEXT) mede o efeito cumulativo da NEXT de todos os
pares de fios no cabo.
A PSNEXT é computada para cada par de fios baseada nos efeitos da NEXT dos outros três
pares. O efeito combinado da diafonia de múltiplas fontes simultâneas de transmissão pode ser muito
prejudicial ao sinal. A certificação TIA/EIA-568-B agora exige este teste da PSNEXT.
Alguns padrões Ethernet como 10BASE-T e 100BASE-TX recebem dados de apenas um par
de fios em cada direção. No entanto, para as novas tecnologias como é o caso do 1000BASE-T que
recebem dados simultaneamente de vários pares na mesma direção, as medições de soma de
potências são testes muito importantes.
O padrão TIA/EIA-568-B especifica dez testes que o cabo de cobre deve passar antes que
possa ser usado em redes locais Ethernet de alta velocidade. Todos os links de cabos deverão ser
testados até a capacidade máxima que é aplicada à categoria do cabo sendo instalado.
Os dez parâmetros de testes primários que devem ser verificados para que um link de
cabo possa satisfazer os padrões TIA/EIA são:
• Mapa de fios;
• Perda por inserção;
• Diafonia próxima (NEXT – Near-end crosstalk);
• Diafonia próxima por soma de potências (PSNEXT – Power sum near-end crosstalk);
• Diafonia distante de mesmo nível (ELFEXT – Equal-level far-end crosstalk);
• Diafonia distante por soma de potência de mesmo nível (PSELFEXT – Power sum equal-
level far-end crosstalk);
• Perda de retorno;
• Atraso de propagação;
• Comprimento do cabo;
• Desvio de atraso;
O padrão Ethernet especifica que cada um dos pinos em um conector RJ-45 tenha um
determinado propósito.
O teste de mapa de fios garante que não existe nenhum circuito aberto ou curto no cabo. Um
circuito aberto ocorre se o fio não for ligado corretamente ao conector. Um curto circuito ocorre se dois
fios forem ligados um ao outro.
O teste de mapa de fios também verifica se todos os oito fios foram conectados aos pinos
corretos nas duas extremidades do cabo. Existem várias falhas diferentes de cabeamento que o teste
de mapa de fios pode detectar.
O atraso de propagação é uma medição simples para se saber quanto tempo leva para um
sinal propagar-se ao longo do cabo sendo testado. O atraso em um par de fios depende do seu
comprimento, taxa de torcimento e propriedades elétricas. Os atrasos são medidos em centésimos de
nanosegundos. Um nanosegundo é um bilionésimo de um segundo, ou 0.000000001 segundo. Os
padrões TIA/EIA-568-B estabelecem um limite para o atraso da propagação para várias categorias de
UTP.
As medições de atraso de propagação são a base da medição do comprimento do cabo. O
padrão TIA/EIA-568-B.1 especifica que o comprimento físico do link será calculado usando-se o par de
fios com o menor atraso elétrico. Os testadores medem o comprimento do fio baseando-se no atraso
elétrico conforme medido por um teste de TDR (Reflectometria de Domínio de Tempo), e não pelo
comprimento físico da capa do cabo. Já que os fios dentro do cabo são trançados, os sinais na
verdade se propagam muito mais longe do que o comprimento físico do cabo. Quando um testador de
cabos faz uma medição TDR, ele envia um sinal de pulso ao longo do par de fios e mede o tempo
exigido para que o pulse volte ao mesmo par de fios.
O teste TDR é usado não somente para determinar comprimento, mas também para
identificar a distância até as falhas de cabeamento como curtos e abertos. Quando o pulso se depara
com uma conexão aberta, em curto ou defeituosa, toda ou parte da energia do pulso é refletida de
volta ao testador. Isto pode ser usado para calcular a distância aproximada até a falha de cabeamento.
A distância aproximada poderá ser útil ao localizar-se o ponto da conexão defeituosa ao longo de um
lance de cabo, como um conector de parede.
Os atrasos de propagação de diferentes pares de fios em um único cabo podem ser
ligeiramente diferentes devido às diferenças no número de tranças e propriedades elétricas de cada
par de fios. A diferença de atraso entre pares é conhecida como desvio de atraso. O desvio de atraso é
um parâmetro crítico para redes de alta velocidade nas quais os dados são simultaneamente
transmitidos através de pares de fios múltiplos, como 1000BASE-T Ethernet. Se o desvio de atraso
entre os pares for muito grande, os bits chegam a diferentes tempos e os dados não podem ser
reagrupados adequadamente. Apesar de que um link de cabo não tenha sido projetado para este tipo
de transmissão de dados, o teste de desvio de atraso ajudará a garantir que o link suportará
atualizações futuras para redes de alta velocidade.
Todos os links de cabos em uma rede local precisam passar em todos os testes
mencionados anteriormente conforme especificados no padrão TIA/EIA-568-B para serem
considerados de acordo com o padrão. Um testador de certificação deve ser usado para garantir que
todos os testes foram aprovados para serem considerados de acordo com o padrão. Esses testes
garantem que os links de cabos funcionarão de forma confiável a altas velocidades e freqüências. Os
testes de cabos deverão ser realizados quando o cabo for instalado e depois regularmente para
garantir que o cabeamento das redes locais satisfaça os padrões da indústria. Os instrumentos de
testes de cabos de alta qualidade deverão ser corretamente utilizados para garantir que os testes são
precisos. Os resultados deverão também ser cuidadosamente documentados.
Um link de fibra consiste em duas fibras de vidro separadas funcionando como caminhos de
dados independentes. Uma fibra leva sinais transmitidos em uma direção, enquanto a segunda leva
sinais na direção oposta. Cada fibra de vidro é envolta por uma camada que impede que a luz a
atravesse, portanto não há problemas com diafonia em cabo de fibra ótica. A interferência
eletromagnética externa ou ruído não afetam o cabeamento de fibras. A atenuação ocorre nos links de
fibras, mas a um nível bem menor que aquele no cabeamento de cobre.
Os links de fibras estão sujeitos ao equivalente ótico de descontinuidades de impedância de
UTP.
Em 20 de junho de 2002, foi publicada a emenda ao padrão TIA-568 para a Categoria 6 (ou
Cat 6). O título oficial do padrão é ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1. Este novo padrão especifica o conjunto
original de parâmetros de desempenho que precisam ser testados para cabeamento Ethernet, assim
como os valores mínimos para aprovação em cada um destes testes. Os cabos certificados como
cabos Cat 6 precisam passar todos os dez testes.
Apesar dos testes para Cat 6 serem essencialmente os mesmos daqueles especificados
para o padrão de Cat 5, o cabo Cat 6 precisa passar os testes com resultados mais altos para ser
certificado. O cabo Cat 6 precisa ser capaz de levar freqüências de até 250 MHz e precisa ter menores
níveis de diafonia e perda de retorno.
Um testador de cabo de qualidade semelhante à série Fluke DSP-4000 ou Fluke
OMNIScanner2 pode realizar todas as medições de testes exigidos para a certificação dos cabos Cat
5, Cat 5e e Cat 6 tanto dos links permanentes como dos links de canais. A Figura 145
mostra o analisador de cabo Fluke DSP-4100 com um DSP-LIA013 adaptador de canal/tráfego para
Cat 5e.
• As ondas são energias que se propaga de um lugar a outro, e são criadas por distúrbios.
Todas as ondas têm atributos similares como amplitude, período e freqüência.
• As ondas senoidais são funções periódicas, variando continuamente. Os sinais
analógicos se parecem com as ondas senoidais.
• As ondas quadradas são funções periódicas cujos valores permanecem constantes por
um período de tempo e depois mudam repentinamente. Os sinais digitais se parecem
com as ondas quadradas.
• Os expoentes são usados para representar números muito grandes ou muito pequenos. A
base de um número elevado a um expoente positivo é igual à base multiplicada por si mesma
o número de vezes indicado pelo expoente. Por exemplo, 103 = 10 x 10 x 10 = 1000.
• Os logaritmos são semelhantes aos expoentes. Um logaritmo na base 10 de um número
equivale ao expoente ao qual 10 teria que ser elevado para obter o número. Por exemplo, log10
1000 = 3 porque 103 = 1000.
• Os decibéis são medições de um ganho ou perda na energia de um sinal. Os valores
negativos representam perdas e os positivos representam ganhos.
• A análise de domínio de tempo é a elaboração de gráficos de voltagem ou de corrente com
respeito ao tempo, utilizando um osciloscópio. A análise de domínio de freqüência é a
elaboração de gráficos de voltagem ou de energia com respeito à freqüência, utilizando um
analisador de espectro.
• Os sinais indesejáveis em um sistema de comunicações são conhecidos como ruídos. O
ruído é originado de outros cabos, RFI e EMI. O ruído branco afeta todas as freqüências,
enquanto a interferência de banda estreita afeta apenas certo subgrupo de freqüências.
• A largura de banda analógica é a faixa de freqüência que é associada a certas transmissões
analógicas, como televisão ou rádio FM.
• A largura de banda digital mede a quantidade de informações que pode ser transferida de um
lugar para outro em um determinado período de tempo. As suas unidades são vários múltiplos
de bits por segundo.
• A maioria dos problemas de rede local ocorre na camada física. A única maneira de prevenir
ou solucionar muitos destes problemas é pela utilização de testadores de cabos.
• A instalação correta de cabos e de acordo com os padrões aumenta a confiabilidade e
desempenho da rede local.
• Os meios de cobre são disponíveis nos formatos blindado e não blindado. O cabo não blindado
é mais susceptível a ruídos.
• A degradação do sinal é devido a vários fatores como ruído, atenuação, diferença (mismatch)
de impedância e vários tipos de diafonia. Esses fatores causam um desempenho reduzido da
rede.
3) Qual das alternativas são testes especificados pelo padrão TIA/EIA 568-B para cabos de
cobre? (Escolha três)
Harmônicos de sinal;
Resposta condutiva;
Mapa de fios;
Absorção de sinais;
Perda por inserção;
Atraso de propagação;
4) Qual das seguintes alternativas descreve uma função normal de um testador de cabos?
Um TDR testa e detectam falhas em circuitos virtuais;
Um TDR proporciona informações sobre a localização de um cabo;
Os mapas de fios proporcionam informações sobre a distância até uma falha no cabeamento;
Os testadores de cabos podem detectar circuitos abertos em instalações de cabos já existentes;
5) De acordo com o Mapa de fios da figura, quais informações podem ser determinadas com
esse teste de cabos?
Uma falha nos cabos;
Um fio aberto;
Um curto-circuito;
Um mapa correto;
Um par dividido;
Mesmo que cada rede local seja única, existem muitos aspectos no desenvolvimento de
projetos que são comuns a todas as redes locais. Por exemplo, grande parte das redes locais segue os
mesmos padrões e os mesmos componentes. Este módulo apresenta informações sobre os elementos
que compõem as redes locais Ethernet e sobre os dispositivos mais usados em redes locais.
Estão disponíveis várias opções de conexão a redes de longa distância (WAN). Elas variam
desde o acesso dial-up até o acesso de banda larga e diferem na largura de banda, no custo e nos
equipamentos necessários. Este módulo apresenta informações sobre os vários tipos de conexões
WAN.
Vários símbolos são usados para representar os tipos de meios. O Token Ring é
representado por um círculo. Fiber Distributed Data Interface (FDDI) é representado por dois círculos
concêntricos e o símbolo Ethernet é representado por uma linha reta. As conexões seriais são
representadas por um raio.
Uma rede de computador pode ser montada utilizando vários tipos de meios físicos. A
função dos meios é transportar um fluxo de informações através de uma rede local. As redes locais
sem-fio usam a atmosfera, ou o espaço, como o meio. Outro meio de rede limita os sinais de rede a
um fio, cabo ou fibra. Os meios de rede são considerados componentes da Camada 1, ou camada
física, das redes locais.
• Comprimento do cabo;
• Custo;
• Facilidade de instalação;
• Suscetibilidade à interferência;
O cabo coaxial, a fibra óptica e mesmo o espaço podem transportar sinais de rede. No
entanto, o meio principal que será estudado é o cabo do tipo par trançado não blindado Categoria 5
(Cat 5 UTP) que inclui a família Cat 5e de cabos.
Várias topologias podem ser empregadas em redes locais, assim como vários meios físicos
diferentes. A Figura 147 mostra um subconjunto de implementações de camada física que podem ser
empregadas em redes Ethernet.
• Uma velocidade Ethernet de 10 Mbps pode ser usada no nível do usuário para proporcionar
um bom desempenho. Os clientes ou servidores que exijam mais largura de banda podem
usar Ethernet de 100 Mbps.
• A Fast Ethernet é usada como a ligação entre os dispositivos dos usuários e da rede. Ela pode
suportar a combinação de todo o tráfego de todos os segmentos Ethernet.
• Fast Ethernet ou Gigabit Ethernet são acessíveis e devem ser implementadas entre os
dispositivos de backbone.
A Figura 150 ilustra os diferentes tipos de conexões usados por cada implementação de
camada física. O jack e conector RJ-45 (registered jack) são os mais comuns. Os conectores RJ-45
são estudados em maiores detalhes na próxima seção.
Em alguns casos o tipo de conector de uma placa de rede (NIC) não corresponde aos meios
com os quais ele precisa conectar-se. Como mostra a Figura 150, pode haver uma interface com o
conector AUI (Attachment Unit Interface) de 15 pinos. O conector AUI permite conexão a diferentes
meios físicos quando são usados com o transceiver apropriado. Um transceiver é um adaptador que
converte um tipo de conexão em outra. Tipicamente, um transceiver converte um AUI em um conector
RJ-45,em coaxial ou em um conector de fibra óptica. Na Ethernet 10BASE5, ou Thicknet, é usado um
pequeno cabo para conectar o AUI com um transceiver instalado no cabo principal.
Os padrões EIA/TIA especificam o uso de um conector RJ-45 para cabos UTP. As letras RJ
representam Registered Jack, e o número 45 se refere a uma seqüência específica de cabeamento.
Um conector transparente RJ-45 mostra oito fios coloridos. Quatro desses fios transportam a voltagem
e são denominados "TIP" (T1 a T4). Os outros quatros fios são aterrados e são conhecidos como
"RING" (R1 a R4). Tip e Ring são termos originários dos primórdios da telefonia. Atualmente, estes
termos se referem ao positivo e o negativo em um par de fios . Os fios no primeiro par de um cabo ou
conector são designados como T1 e R1. O segundo par é T2 e R2 e assim por diante.
O conector RJ-45 é o componente macho, crimpado na extremidade do cabo. Quando se
olha o conector macho de frente, os locais dos pinos são numerados de 1 a 8, da direita para a
esquerda conforme mostra a Figura 151.
A Figura 153 exibe as conexões de punch down na parte de trás do jack onde o cabo UTP
Ethernet se conecta.
Para que a eletricidade possa fluir entre a tomada e o conector, a ordem dos fios deve seguir
o código de cores T568A ou T568B encontrado nos padrões EIA/TIA-568-B.1, conforme ilustrado na
Figura 154.
Para identificar a categoria EIA/TIA correta do cabo a ser usado para conectar um
equipamento, olhe a documentação do equipamento ou procure uma etiqueta próxima ao conector. Se
não houver documentação ou etiqueta disponível, use um cabo Categoria 5E ou superior já que
categorias mais altas podem ser usadas no lugar das mais baixas. Então determine se deve usar um
cabo direto ou crossover.
Se os dois conectores RJ-45 de um cabo forem mantidos lado a lado na mesma direção, os
fios coloridos serão vistos em cada um deles. Se a ordem dos fios coloridos for a mesma em cada
extremidade, então o cabo é direto conforme ilustrado na Figura 155.
Com o cruzado, os conectores RJ-45 em ambas as extremidades mostram que alguns dos
fios em um lado do cabo são cruzados para um pino diferente no outro lado do cabo. A Figura 156
mostra que os pinos 1 e 2 em um conector se conectam aos pinos 3 e 6 no outro conector,
respectivamente.
A Figura 157 ilustra as diretrizes do tipo de cabo que deve ser usado quando se faz a
interconexão de dispositivos Cisco.
A Figura 158 ilustra como uma variedade de tipos de cabos pode ser exigida em uma dada
rede. A categoria exigida de cabo UTP é baseada no tipo de Ethernet escolhida.
5.2.6 Repetidores
O termo repetidor tem sua origem nos primeiros tempos das comunicações a longa
distância. O termo descreve a situação onde uma pessoa em uma colina repetia o sinal que acabara
de receber de uma pessoa na colina anterior. O processo se repetia até que a mensagem chegasse ao
seu destino. As comunicações por telégrafo, telefone, microondas e ópticas usam repetidores para
fortalecer os sinais enviados a longa distância.
Um repetidor recebe um sinal, restaura esse sinal e o passa adiante. Ele pode restaurar e
retemporizar os sinais de rede ao nível de bit para permitir que trafeguem uma distância maior nos
meios.
Ethernet e IEEE 802.3 implementa uma regra, conhecida como a regra 5-4-3, para o número
de repetidores e segmentos em backbones de acesso compartilhado Ethernet em um topologia em
árvore. A regra 5-4-3 divide a regra em dois tipos de segmentos físicos: segmentados populados
(usuário), e segmentos não-populados (link). Segmentos de usuários têm usuários de sistemas
conectados a eles. Segmentos de link são usados para conectar os repetidores da rede juntos. A regra
dita que entre quaisquer dois nós na rede podem existir o máximo de cinco segmentos, conectados
através de quatro repetidores, ou concentradores, e somente três dos cinco segmentos podem conter
conexões de usuários.
O protocolo Ethernet requer que o sinal enviado a LAN alcance todas as partes da rede
dentro de um tamanho de tempo especificado. A regra 5-4-3 garante isto. Cada repetidor pelo qual um
sinal passa adiciona uma pequena quantidade de tempo para processar, de modo que a regra é
projetada para minimizar o tempo de transmissão dos sinais. Muita latência na LAN aumenta o número
de colisões tardias e faz com que a LAN seja menos eficiente.
5.2.7 Hubs
Os hubs são na realidade repetidores multiporta. Em muitos casos, a diferença entre os dois
dispositivos é o número de portas que cada um oferece. Enquanto um repetidor típico possui apenas
duas portas, um hub geralmente possui de quatro a vinte e quatro portas.
Os hubs são mais comumente usados em redes Ethernet 10BASE-T ou 100BASE-T, embora
existam outras arquiteturas de redes que também os utilizam.
A utilização de um hub modifica a topologia da rede de um barramento linear, onde cada
dispositivo se liga diretamente a um fio, em uma topologia em estrela. Com os hubs, os dados que
chegam através de cabos a uma porta do hub, são repetidos eletricamente em todas as outras portas
conectadas ao mesmo segmento da rede, com exceção da porta na qual os dados foram enviados.
• Passivo: Um hub passivo serve apenas de ponto de conexão física. Ele não manipula ou
verifica o tráfego que o cruza. Não reforça ou limpa o sinal. Um hub passivo é usado somente
para compartilhar os meios físicos. Desta maneira, o hub passivo não necessita de energia
elétrica.
• Ativo: Um hub ativo precisa estar ligado a uma tomada elétrica, pois necessita de energia para
amplificar o sinal que chega a uma porta antes de passá-lo para as outras portas.
• Inteligente: Os hubs inteligentes às vezes são chamados smart hubs. Esses dispositivos
basicamente funcionam como hubs ativos, mas incluem também um chip microprocessador e
capacidade de diagnóstico. Os hubs inteligentes são mais caros que os ativos, mas são mais
úteis nas situações de resolução de problemas.
Os dispositivos que estão ligados ao hub recebem todo o tráfego que passa pelo hub.
Quanto mais dispositivos estiverem ligados ao hub, maior será a possibilidade de ocorrerem colisões.
Uma colisão ocorre quando duas ou mais estações de trabalho enviam dados através do fio da rede ao
mesmo tempo. Quando isso ocorrer, todos os dados serão corrompidos. Todos os dispositivos
conectados ao mesmo segmento de rede são conhecidos como membros de um domínio de colisão.
Às vezes os hubs são chamados de concentradores, pois servem como um ponto central de
conexão para uma rede local Ethernet.
5.2.8 Sem-fio
Uma rede sem-fio pode ser criada com muito menos cabeamento que outras redes. Os
sinais sem-fio são ondas eletromagnéticas que se propagam através do ar. As redes sem-fio usam
radiofreqüências (RF), laser, infravermelho (IR) ou satélite/microondas para transportar os sinais de um
computador a outro sem uma conexão permanente por cabos. O único cabeamento permanente pode
ser para os pontos de acesso da rede (access points). As estações de trabalho dentro da faixa da rede
sem-fio podem ser movidas facilmente sem conectar e reconectar o cabeamento da rede.
Uma aplicação comum de comunicações de dados sem-fio é para uso de usuários móveis.
Alguns exemplos de usuário móvel incluem viajantes, aviões, satélites, sondas espaciais remotas,
estações e ônibus espaciais.
No núcleo das comunicações sem-fio se encontram dispositivos conhecidos como
transmissores e receptores. O transmissor converte dados de origem em ondas eletromagnéticas (EM)
que são transmitidas para o receptor. O receptor então converte essas ondas eletromagnéticas
novamente em dados para o destino. Para comunicações de mão dupla, cada dispositivo exige um
transmissor e um receptor. Muitos fabricantes de dispositivos para redes confeccionam o transmissor e
o receptor em uma só unidade conhecida como transceiver ou placa de rede sem-fio. Todos os
dispositivos em redes locais sem-fio (WLANs) precisam ter instalada a placa de rede sem-fio
apropriada.
As duas tecnologias sem-fio mais comumente usadas para redes são IR e RF. A tecnologia
IR tem seus pontos fracos. As estações de trabalho e os dispositivos digitais precisam estar na linha de
visão do transmissor para que possam operar. Uma rede baseada em infravermelho é própria para
ambientes onde todos os dispositivos digitais que exigem conectividade de rede estejam em uma só
sala. A tecnologia de rede IR pode ser rapidamente instalada, mas os sinais de dados podem ser
atenuados ou obstruídos pela umidade do ar ou por pessoas que andam pela sala. Há, porém, novas
tecnologias IR sendo desenvolvidas que podem funcionar fora da linha de visão.
A tecnologia de radiofreqüência permite que os dispositivos estejam em salas ou mesmo em
edifícios diferentes. A faixa limitada dos sinais de rádio restringe o uso deste tipo de rede. A tecnologia
RF pode utilizar apenas uma ou múltiplas.freqüências. Uma radiofreqüência simples está sujeita à
interferência externa e obstruções geográficas. Além do mais, uma freqüência simples é mais fácil de
ser monitorada por outros, o que torna a transmissão de dados menos segura. A tecnologia de
espectro espalhado evita problemas de segurança na a transmissão de dados ao usar freqüências
múltiplas para aumentar a imunidade ao ruído e para dificultar a interceptação de transmissões de
dados por pessoas estranhas.
Dois métodos atualmente sendo considerados para implementar a tecnologia de espectro
espalhado para transmissões WLAN são Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS) e Direct
Sequence Spread Spectrum (DSSS). Os detalhes técnicos de como essas tecnologias funcionam
estão além do escopo deste curso.
5.2.9 Bridges
Às vezes é necessário dividir uma rede local grande em segmentos menores e mais fáceis
de serem gerenciados.
Isso diminui o tráfego em uma única rede local e pode estender a área geográfica além do
que uma única rede local pode suportar. Os dispositivos usados para conectar os segmentos de uma
rede incluem bridges, comutadores, roteadores e gateways. Os switches e bridges operam na camada
de Link de Dados do modelo OSI. A função da bridge é tomar decisões inteligentes sobre repassar ou
não os sinais para o próximo segmento de uma rede.
Quando uma bridge recebe um quadro da rede, o endereço MAC de destino é procurado na
tabela da bridge para determinar se deve ou não filtrar, passar adiante ou copiar o quadro para o outro
segmento. Este processo de decisão ocorre da seguinte maneira:
• Se o dispositivo de destino estiver no mesmo segmento que o quadro, a bridge impede que o
quadro siga para outros segmentos. Este processo é conhecido como filtragem.
• Se o dispositivo de destino estiver em um segmento diferente, a bridge encaminhará o quadro
ao segmento apropriado.
• Se o endereço de destino for desconhecido para a bridge, a bridge encaminha o quadro a
todos os segmentos com exceção daquele de onde foi recebido. Este processo é conhecido
como inundação (flooding).
• Se for colocada estrategicamente, uma bridge pode aumentar em muito o desempenho da
rede.
5.2.10 Comutadores
Um comutador às vezes é descrito como uma bridge multiporta. Enquanto que uma bridge
típica poderá ter apenas duas portas ligando os segmentos da rede, o comutador pode ter várias
portas dependendo de quantos segmentos de rede deverão ser ligados. Como as bridges, os
comutadores aprendem certas informações sobre os pacotes de dados que são recebidos de vários
computadores na rede. Os comutadores usam essas informações para fazer tabelas de
encaminhamento para determinar o destino dos dados que estão sendo enviados por um computador
a outro dentro da rede.
destino ou estação de trabalho será conectado. Os comutadores Ethernet estão se tornando soluções
populares de conectividade porque, como as bridges, eles aprimoram o desempenho da rede ao
melhorar a velocidade e largura de banda.
A comutação é uma tecnologia que alivia o congestionamento nas redes locais Ethernet,
reduzindo o tráfego e aumentando a largura de banda. Os comutadores podem facilmente substituir os
hubs, pois funcionam com a infra-estrutura de cabos já existente. Isso melhora o desempenho com um
mínimo de invasão na rede já existente.
Nas comunicações de dados hoje, todo o equipamento de comutação realiza duas
operações básicas. A primeira operação é conhecida como comutação de quadros de dados
(frames). A comutação de quadros de dados é o processo pelo qual um quadro é recebido em um
meio de entrada e depois transmitido a um meio de saída. A segunda é a manutenção das
operações de comutação onde os comutadores criam e mantêm tabelas de comutação e
procuram por loops.
Os comutadores operam em velocidades muito mais altas que as bridges e podem suportar
novas funcionalidades, como redes locais virtuais (Virtual LAN).
Um comutador Ethernet oferece muitas vantagens. Uma vantagem é que um comutador
Ethernet permite que muitos usuários se comuniquem em paralelo através da utilização de circuitos
virtuais e segmentos dedicados de rede em um ambiente virtualmente livre de colisões.
Isso maximiza a largura de banda disponível no meio compartilhado. Outra vantagem é que
mudar para um ambiente de rede local comutada é muito econômico porque o cabeamento e o
hardware existentes podem ser reutilizados.
A função de uma placa de rede é conectar um dispositivo host ao meio de rede. Uma placa
de rede é uma placa de circuito impresso que cabe no slot de expansão na placa mãe ou dispositivo
periférico a ser inserido em um computador. A placa de rede é também conhecida como adaptador de
rede. Nos computadores laptop ou notebooks uma placa de rede é do tamanho de um cartão de
crédito.
As placas de redes são consideradas dispositivos de Camada 2, pois cada uma delas
contém um código particular chamado endereço MAC. Este endereço é usado para controlar as
comunicações de dados para o host na rede. Mais adiante você vai saber mais sobre o endereço MAC.
Como o nome sugere, a placa de interface de rede controla o acesso do host ao meio.
Em alguns casos o tipo de conector na placa de rede não corresponde ao meio físico ao qual
deve ser conectado. Um bom exemplo é um roteador Cisco 2500. No roteador é visto um conector AUI.
O conector AUI precisa ser conectado a um cabo UTP Cat 5 Ethernet. Para fazer isso, um
transmissor/receptor, também conhecido como transceiver, é usado. Um transceiver converte um tipo
de sinal ou conector em outro. Por exemplo, um transceiver não pode conectar uma interface AUI de
15 pinos a um conector RJ-45. Ele é considerado um dispositivo da Camada 1, porque só considera os
bits e não as informações de endereço ou protocolos de níveis superiores.
As placas de rede não têm nenhum símbolo padronizado. Subentende-se que, quando os
dispositivos de rede são conectados aos meios de rede, está presente uma placa de rede ou um
dispositivo similar a uma placa de rede. Sempre que se vê um ponto no mapa de topologia, ele
representa ou uma placa de rede ou uma porta, que funciona como uma placa de rede.
Com a utilização das tecnologias de redes locais e WAN, vários computadores são
interligados para oferecer serviços aos seus usuários. Para realizar isso, os computadores interligados
assumem diferentes papéis ou funções em relação aos outros.
Alguns tipos de aplicações exigem que os computadores funcionem como parceiros iguais.
Outros tipos de aplicações distribuem suas tarefas para que um computador funcione para servir vários
outros em uma relação de desigualdade. Em qualquer um dos casos, dois computadores tipicamente
se comunicam usando protocolos de pedido/resposta (request/response). Um computador emite um
pedido para um serviço e o segundo computador recebe e responde àquele pedido. O requisitante
assume o papel de um cliente e o que responde assume o papel de um servidor.
Em uma rede ponto-a-ponto, os computadores interconectados agem como parceiros iguais,
ou pares. Como pares cada computador pode assumir a função de cliente ou a função de servidor. Em
um momento, o computador A pode requisitar um arquivo do computador B, o qual responde enviando
o arquivo ao computador A. O Computador A funciona como cliente, enquanto que o B funciona como
servidor. E mais tarde, os computadores A e B podem inverter os papéis.
Em uma rede ponto-a-ponto, usuários individuais controlam seus próprios recursos. Os
usuários podem decidir compartilhar determinados arquivos com outros usuários.
computador atua como servidor, o usuário daquela máquina poderá sofrer uma redução de
desempenho enquanto a máquina atende aos requisitos feitos por outros sistemas.
As redes ponto-a-ponto são relativamente fáceis de instalar e operar. Não é necessário
nenhum equipamento adicional além de um sistema operacional apropriado instalado em cada
computador. Já que os usuários controlam seus próprios recursos, não são necessários
administradores dedicados.
Com o crescimento das redes, as relações ponto-a-ponto se tornam cada vez mais difíceis
de coordenar. Uma rede ponto-a-ponto funciona bem com até 10 computadores. Já que as redes
ponto-a-ponto não se adaptam bem a seu crescimento, a sua eficiência diminui rapidamente conforme
for aumentando o número de computadores na rede. Também, os usuários individuais controlam o
acesso aos recursos em seus computadores, o que significa que poderá ser difícil manter a segurança.
O modelo de rede cliente/servidor pode ser usado para superar as limitações da rede ponto-a-ponto.
5.2.13 Cliente/Servidor
ISDN oferece conexões de discagem por demanda ou serviços de dial backup. Uma Basic
Rate Interface (BRI) ISDN é composta de dois canais bearer de 64 kbps (canais B) para dados e um
canal delta (canal D) a 16 kbps usado para sinalização e tarefas de gerenciamento de links. PPP é
normalmente usado para transportar dado através dos canais B.
Com a crescente demanda para serviços residenciais de banda larga de alta velocidade, as
conexões DSL e cable modem estão se tornando as mais populares. Por exemplo, um serviço
residencial DSL típico pode alcançar velocidades T1/E1 através da linha telefônica já existente. Os
serviços de cabos usam as linhas de cabo coaxial para TV já existente. Uma linha de cabo coaxial
proporciona uma conectividade de alta velocidade que corresponde ou excede a de DSL. Os serviços
DSL e cable modem serão estudados em maiores detalhes em um módulo futuro.
Os roteadores são responsáveis pelo roteamento de pacotes de dados desde a origem até o
destino dentro da rede local e pelo fornecimento de conectividade à WAN. Dentro de um ambiente de
rede local o roteador bloqueia os broadcasts, fornecem serviços de resolução de endereços locais,
como ARP e RARP e pode segmentar a rede usando uma estrutura de sub-redes. A fim de
proporcionar esses serviços, o roteador precisa estar conectado à rede local e à WAN.
Além de determinar o tipo de cabo, é necessário determinar se é necessário ter os
conectores DTE ou DCE. O DTE é a terminação do dispositivo do usuário no link com a WAN. O DCE
é tipicamente o ponto onde a responsabilidade para a entrega de dados passa às mãos do provedor
de serviços.
Quando conectado diretamente a um provedor de serviços, ou a um dispositivo como uma
CSU/DSU que manterá o sincronismo (clocking) de sinal, o roteador é um DTE e necessita de um cabo
serial DTE.
Isso é o caso típico no uso de roteadores. No entanto, há casos onde o roteador precisará
ser o DCE. Ao realizar uma experiência com roteador back-to-back em um ambiente de teste, um dos
roteadores será um DTE e o outro DCE.
Ao se fazer o cabeamento para conectividade serial, os roteadores poderão ter portas fixas ou portas
modulares. O tipo de porta que estiver sendo usada afetará a sintaxe usada mais tarde para configurar
cada interface.
As interfaces nos roteadores com portas seriais fixas são etiquetadas por tipo de porta e
número de porta.
As interfaces nos roteadores com portas seriais modulares são etiquetadas por tipo de porta,
slot e número de porta.
O slot é a localização do módulo. Para configurar uma porta em uma placa modular, é
necessário especificar a interface usando a sintaxe "port type slot number/port number". Use a
etiqueta "serial 1/0," quando a interface for serial, o número do slot onde o módulo estará instalado é 1,
e a porta que está sendo referenciada é porta 0.
Com ISDN BRI, podem ser usados dois tipos de interfaces, BRI S/T e BRI U. Determinar
quem está fornecendo o dispositivo NT1 (Network Termination 1) a fim de determinar qual o tipo de
interface é necessária.
Talvez seja necessário fornecer um NT1 externo se o dispositivo já não estiver integrado ao
roteador. Analisar as etiquetas das interfaces dos roteadores é geralmente a maneira mais fácil de
determinar se o roteador tem um NT1 integrado. Uma interface BRI com um NT1 integrado é
etiquetada BRI U. Uma interface BRI sem um NT1 integrado é etiquetada BRI S/T. Já que os
roteadores podem ter vários tipos de interfaces ISDN, determinar qual interface é necessária quando o
roteador é comprado. O tipo da interface BRI pode ser determinado verificando-se a etiqueta da porta.
Para interconectar a porta ISDN BRI ao dispositivo do provedor de serviços, use um cabo
direto UTP Categoria 5.
É importante inserir o cabo que sai da porta ISDN BRI somente a um conector ou comutador ISDN. O ISDN
BRI usa voltagens que podem danificar gravemente os dispositivos que não são ISDN.
O roteador Cisco 827 ADSL possui uma interface ADSL (Asymmetric Digital Subscriber
Line).
Para conectar uma linha ADSL à porta ADSL no roteador, faça o seguinte:
Para conectar um roteador ao serviço DSL, use um cabo telefônico com conectores RJ-11. O
DSL funciona através de linhas telefônicas padrão usando os pinos 3 e 4 em um conector RJ-11
padrão.
O roteador de acesso a cabo Cisco uBR905 fornece acesso de alta velocidade à rede
através do sistema de televisão a cabo de assinantes residenciais, e empresas de pequeno porte e
escritórios domiciliares (SOHO). O roteador uBR905 possui um cabo coaxial, ou conector F, interface
que conecta diretamente ao sistema de cabos. Um cabo coaxial e um conector F são usados para
conectar o roteador e o sistema de cabos.
Siga os seguintes passos para conectar o roteador de acesso por cabo Cisco uBR905 ao
sistema de cabos:
• Aperte o conector com a mão, certificando-se de que esteja o mais firme possível e depois
o gire 60 graus com um alicate.
Não aperte o conector excessivamente. Apertar demais pode quebrá-lo. Jamais use uma chave de torque
devido ao perigo de apertar o conector mais do que os 60 graus recomendados depois de apertá-lo
firmemente.
O cabo usado entre um terminal e uma porta de console é um cabo rollover, com conectores
RJ-45.
O cabo rollover, também conhecido como cabo de console, possui uma pinagem diferente
daquela encontrada nos cabos RJ-45 diretos ou cruzados usados com Ethernet ou ISDN BRI. A
pinagem para um rollover é a seguinte:
1a8
2a7
3a6
4a5
5a4
6a3
7a2
8a1
Para instalar uma conexão entre o terminal e a porta de console Cisco, realize duas etapas.
Primeiro, faça a conexão dos dispositivos usando um cabo rollover de uma porta de console do
roteador à porta serial da estação de trabalho. Um adaptador RJ-45-para-DB-9 ou um RJ-45-para-DB-
25 pode ser necessário para o PC ou terminal. Em seguida, configure a aplicação da emulação do
terminal com as seguintes configurações de porta serial (COM): 9600 bps, 8 bits de dados, sem
paridade, 1 bit de parada, sem controle de fluxo.
Resumo do Módulo
• Uma placa de rede (NIC) fornece recursos de comunicação entre a rede e um PC e vice-versa.
• Usar um cabo cruzado para fazer a conexão entre dois dispositivos semelhantes, como
comutadores, roteadores, PCs e hubs.
• Usar um cabo direto para fazer a conexão entre dispositivos diferentes, como conexões
entre um comutador e um roteador, um comutador e um PC ou um hub e um roteador.
• Existem dois tipos principais de redes locais, ponto-a-ponto e cliente/servidor.
• WANs usam transmissão serial de dados. Os tipos de conexões WAN incluem ISDN, DSL e
cable modems.
• Um roteador é geralmente o DTE e precisa de um cabo serial para conectar-se a um
dispositivo DCE como uma CSU/DSU.
• O ISDN BRI possui dois tipos de interfaces, S/T e U. Para interconectar a porta ISDN BRI ao
dispositivo do provedor de serviços, é usado um cabo direto UTP Categoria 5.
• Um cabo telefônico e um conector RJ-11 são usados para conectar um roteador para serviço
DSL.
• Um cabo coaxial e um conector BNC são usados para conectar um roteador ao serviço de
cabo.
• O cabo rollover é usado para conectar um terminal e a porta de console de um dispositivo
inter-redes.
TESTE
5) Um roteador modular possui um cartão com duas interfaces seriais no slot 1. Qual das
seguintes alternativas seria a sintaxe correta para identificar a primeira interface?
Serial 0/0.
Serial 0/1.
Serial 1/0.
Serial 1/1.
6) Quais implementações de Ethernet utilizam conectores RJ-45? (Escolha três)
10BASE2.
10BASE5.
10BASE-T.
100BASE-TX.
100BASE-FX.
1000BASE-T.
7) Quais são as funções de um roteador em uma rede ? (Escolha três)
Contenção de Broadcast.
8) Um roteador modular possui um cartão com duas interfaces seriais no slot 1. Qual das
seguintes alternativas seria a sintaxe correta para identificar a segunda interface?
Serial 0/0.
Serial 0/1.
Serial 0/2.
Serial 1/0.
Serial 1/1.
Serial 1/2.
10) Faça as correspondências entre as cores e os números que representam as pinagens dos
fios para patch cable 568B.
Cores Pinagens
Laranja 1–2
Azul 4-5
Verde 3-6
Marrom 7-8
11) Associe cada pino do lado esquerdo ao pino do lado direito para criar corretamente um
conector RJ-45 para um cabo de console de um roteador.
Lado direito Lado esquerdo
Pino 1
Pino 2
Pino 3
Pino 4
Pino 5
Pino 6
Pino 7
Pino 8
A maior parte do tráfego na Internet origina-se e termina com conexões Ethernet. Desde seu
início nos anos 70, a Ethernet evoluiu para acomodar o grande aumento na demanda de redes locais
de alta velocidade. Quando foram produzidos novos meios físicos, como a fibra ótica, a Ethernet
adaptou-se para aproveitar a largura de banda superior e a baixa taxa de erros que as fibras oferecem.
Atualmente, o mesmo protocolo que transportava dados a 3 Mbps em 1973 está transportando dados a
10 Gbps.
Com a introdução da Gigabit Ethernet, aquilo que começou como uma tecnologia de redes
locais, agora se estende a distâncias que fazem da Ethernet um padrão para MAN (Rede
Metropolitana) e para WAN (Rede de longa distância). A idéia original para Ethernet surgiu de
problemas em permitir que dois ou mais hosts usem o mesmo meio físico e de evitar que sinais
interfiram um com o outro. Esse problema de acesso de vários usuários a um meio físico
compartilhado foi estudado no início dos anos 1970 na University of Hawaii. Foi desenvolvido um
sistema denominado Alohanet para permitir o acesso estruturado de várias estações nas Ilhas do
Havaí à banda compartilhada de radiofreqüência na atmosfera.
As diferenças entre os dois padrões eram tão insignificantes que qualquer placa de rede
Ethernet (NIC) poderia transmitir e receber quadros tanto Ethernet como 802.3. Essencialmente,
Ethernet e IEEE 802.3 são padrões idênticos.
Todos esses padrões são essencialmente compatíveis com o padrão Ethernet original. Um
quadro Ethernet podia sair de uma placa de rede Ethernet de cabo coaxial mais antiga de 10 Mbps
instalada em um PC, ser colocado em um link de fibra Ethernet de 10 Gbps e ter seu destino em uma
placa de rede de 100 Mbps. Contanto que o pacote permaneça em redes Ethernet, não será
modificado. Por essa razão, a Ethernet é considera bem escalável. A largura de banda da rede poderia
ser aumentada muitas vezes sem modificar a tecnologia Ethernet subjacente.
O padrão Ethernet original tem sido atualizado várias vezes com a finalidade de
acomodar novos meios físicos e taxas mais altas de transmissão. Essas atualizações
proporcionam padrões para as tecnologias emergentes e mantêm compatibilidade entre as
variações da Ethernet.
A Ethernet não é apenas uma tecnologia, mas uma família de tecnologias de redes que
incluem a Ethernet Legada, Fast Ethernet e Gigabit Ethernet. As velocidades Ethernet podem ser 10,
100, 1000, ou 10.000 Mbps. O formato básico dos quadros e as subcamadas IEEE das camadas 1 e 2
do modelo OSI permanecem consistentes através de todas as formas de Ethernet.
Quando a Ethernet precisava ser expandida para acrescentar um novo meio físico ou
capacidade, o IEEE publica um novo suplemento para o padrão 802.3. Os novos suplementos
recebem uma ou duas letras de designação, como 802.3u. Uma descrição abreviada (denominada
identificador) também é designada para o suplemento.
10 BASE 2
100 BROAD 5
1000 -T
10G -TX
-SX
-LX
A Ethernet se vale da sinalização banda base (baseband), que usa toda a largura de banda
disponível no meio físico de transmissão. O sinal de dados é transmitido diretamente através do meio
físico de transmissão.
transmissão de banda larga (broadband) em cabo coaxial grosso. Atualmente, o padrão 10BROAD36
está obsoleto.
A Ethernet opera em duas áreas do modelo OSI, a metade inferior da camada de enlace de
dados, conhecida como subcamada MAC, e a camada física.
Para mover dados entre uma estação Ethernet e outra, os dados freqüentemente passam
através de um repetidor. As demais estações no mesmo domínio de colisão vêem o tráfego que passa
através de um repetidor.
Camada 1 Camada 2
A Figura 190 mapeia uma variedade de tecnologias Ethernet para a metade inferior da
camada 2 e para toda a camada 1do modelo OSI. Já que existem outras variedades de Ethernet,
aquelas exibidas aqui são as mais universalmente usadas.
6.2.4 Nomenclatura
Para permitir uma entrega local de quadros na Ethernet, deverá existir um sistema de
endereçamento, uma maneira exclusiva de identificação de computadores e interfaces.
A Ethernet usa endereços MAC que têm 48 bits de comprimento e são expressos como doze
dígitos hexadecimais. Os primeiros seis dígitos hexadecimais, que são administrados pelo IEEE,
identificam o fabricante ou o fornecedor. Esta parte do endereço MAC é conhecida como OUI
(Organizational Unique Identifier). Os seis dígitos hexadecimais restantes representam o número de
série da interface ou outro valor administrado pelo fabricante do equipamento específico.
Os endereços MAC às vezes são conhecidos como burned-in addresses (BIA), porque são
gravados na memória apenas de leitura (ROM) e são copiados na memória de acesso aleatório (RAM)
quando a placa de rede é inicializada.
Na camada de enlace de dados, cabeçalhos e trailers MAC são adicionados aos dados da
camada superior. O cabeçalho e o trailer contêm informações de controle destinadas à camada de
enlace de dados no sistema de destino. Os dados das camadas superiores são encapsulados dentro
do quadro da camada de enlace de dados, entre o cabeçalho e o trailer, que é então transmitido na
rede.
As placas de rede usam o endereço MAC para avaliar se a mensagem deve ser passada
para as camadas superiores do modelo OSI. A placa de rede faz essa avaliação sem usar o tempo de
processamento da CPU, proporcionando melhores tempos de comunicações na rede Ethernet.
Em uma rede Ethernet, quando um dispositivo quer enviar dados, ele pode abrir um caminho
de comunicação com o outro dispositivo, usando o endereço MAC de destino. O dispositivo de origem
insere um cabeçalho com o endereço MAC do destino pretendido e envia os dados para a rede. Como
esses dados trafegam pelos meios físicos da rede, a placa de rede em cada dispositivo na rede verifica
se o seu endereço MAC corresponde ao endereço de destino físico carregado pelo quadro de dados.
Se não houver correspondência, a placa de rede descartará o quadro de dados. Quando os dados
chegam ao seu nó de destino, a placa de rede faz uma cópia e passa o quadro adiante pelas camadas
OSI. Em uma rede Ethernet, todos os nós precisam examinar o cabeçalho MAC, mesmo que os nós de
comunicação estejam lado a lado.
Os fluxos de bits codificados (dados) em meios físicos representam uma grande realização
tecnológica, mas eles, sozinhos, não são suficientes para fazer com que a comunicação ocorra. O
enquadramento ajuda a obter as informações essenciais que não poderiam, de outra forma, ser
obtidas apenas com fluxos de bit codificados. Exemplos dessas informações são:
Um gráfico de tensão em relação ao tempo pode ser usado para visualizar bits. No entanto,
ao se lidar com unidades de dados maiores e informações de endereçamento e de controle, um gráfico
de tensão X tempo pode se tornar muito grande e confuso. Outro tipo de diagrama que pode ser usado
é o diagrama de formato de quadro, baseado em gráficos de tensão em relação ao tempo. Diagramas
de formato de quadros são lidos da esquerda para a direita, como um gráfico de osciloscópio. O
diagrama de formato de quadros exibe diferentes agrupamentos de bits (campos) que executam outras
funções.
Quando os computadores estão conectados a um meio físico, deve haver alguma forma de
informar aos outros computadores quando eles estão a ponto de transmitir um quadro. Tecnologias
diversas têm formas diferentes de fazer isso, mas todos os quadros, independentemente da tecnologia,
têm uma seqüência de bytes para a sinalização do início de quadro.
Todos os quadros e os bits, bytes e campos neles contidos, são susceptíveis a erros de uma
variedade de origens. O campo FCS (Frame Check Sequence) contém um número calculado pelo nó
de origem baseado nos dados do quadro. Esse FCS é, então, adicionado ao final do quadro que está
sendo enviado. Quando o nó de destino recebe o quadro, o número FCS é recalculado e comparado
ao número FCS incluído no quadro. Se os dois números são diferentes, conclui-se que há um erro, o
quadro é então descartado.
Em função da origem não ter como detectar que o quadro foi descartado, a retransmissão
tem que ser iniciada pelas camadas superiores por meio de protocolos orientados a conexão que
provêem um controle no fluxo de dados.
O nó que transmite os dados deve obter atenção de outros dispositivos, para iniciar um
quadro e para concluir o quadro. O campo tamanho indica o fim do quadro, e o quadro é considerado
concluído depois do FCS. Algumas vezes, há uma seqüência formal de bytes chamada de delimitadora
de fim de quadro.
Na versão da Ethernet que foi desenvolvida por DIX antes da adoção da versão IEEE 802.3
da Ethernet, o Preâmbulo e o SFD (Start Frame Delimiter) foram combinados em um único campo,
apesar de o padrão binário ser idêntico. O campo denominado Comprimento/Tipo foi identificado
apenas como Comprimento nas primeiras versões do IEEE e apenas como Tipo na versão DIX. Esses
dois usos do campo foram oficialmente combinados em uma versão mais recente do IEEE, pois os
dois usos do campo são comuns por toda a indústria.
• Preâmbulo
• Delimitador de Início de Quadro
• Endereço de Destino
• Endereço de Origem
• Comprimento/Tipo
• Dados e Enchimento
• FCS
• Extensão
mais rápidas da Ethernet são síncronas, e essa informação de temporização é redundante mas
mantida para fins de compatibilidade.
O campo Comprimento/Tipo suporta dois usos diferentes. Se o valor for inferior a 1536
decimal, 0x600 (hexadecimal), então o valor indica o comprimento. A interpretação do comprimento é
usada onde a Camada LLC proporciona a identificação do protocolo. O valor do tipo especifica o
protocolo da camada superior que recebe os dados depois que o processamento da Ethernet estiver
concluído. O tamanho indica o número de bytes de dados que vêm depois desse campo.
Uma FCS contém um valor CRC de 4 bytes que é criado pelo dispositivo emissor e
recalculado pelo dispositivo receptor para verificar se há quadros danificados. Já que a corrupção de
um único bit em qualquer lugar desde o início do Endereço de Destino até o final do campo FCS fará
com que o checksum seja diferente, o cálculo do FCS inclui o próprio campo FCS. Não é possível
distinguir entre a corrupção do próprio FCS e a corrupção de qualquer outro campo usado no cálculo.
MAC refere-se aos protocolos que determinam qual dos computadores em um ambiente de
meios físicos compartilhados, ou domínio de colisão, tem permissão para transmitir os dados. O MAC,
com o LLC, compreende a versão IEEE da Camada 2 do OSI. O MAC e o LLC são subcamadas da
Camada 2. Há duas abrangentes categorias de Controle de Acesso aos Meios, determinístico
(revezamento) e não determinístico (primeiro a chegar, primeiro a usar).
Exemplos de protocolos
determinísticos incluem Token Ring e
FDDI. Em uma rede Token Ring, os
hosts individuais são organizados em
um anel e um token especial de dados
circula ao redor do anel, chegando a
cada host seqüencialmente. Quando
um host quer transmitir, ele captura o
token, transmite os dados durante um
tempo limitado e depois encaminha o
token até o próximo host no anel. O
Token Ring é um ambiente sem
colisões, pois apenas um host é capaz
de transmitir em qualquer dado
momento.
Três tecnologias comuns da camada 2 são Token Ring, FDDI e Ethernet. Todas as três
especificam questões relativas à camada 2, LLC, nomeação, enquadramento e MAC, assim como
componentes de sinalização da Camada 1 e questões dos meios físicos. As tecnologias específicas de
cada uma delas são as seguintes:
• Token Ring: topologia lógica em anel (em outras palavras, o fluxo de informações é
controlado em um anel) e uma topologia física em estrela (em outras palavras, é cabeada
como uma estrela);
Qualquer estação em uma rede Ethernet que deseje transmitir uma mensagem, primeiro
"escuta" para garantir que nenhuma outra estação esteja atualmente transmitindo. Se o cabo estiver
silencioso, a estação começará imediatamente a transmitir. O sinal elétrico demora um pouco para
trafegar pelo cabo (atraso) e cada repetidor subseqüente introduz um pouco de latência no
encaminhamento do quadro de uma porta até a próxima. Devido ao atraso e à latência, é possível que
mais de uma estação comece a transmissão no mesmo, ou quase no mesmo momento. Isso resulta
em uma colisão.
Em half-duplex, contanto que não ocorra uma colisão, a estação emissora transmitirá 64 bits
de informações de sincronização de temporização, conhecidos como preâmbulo. A estação emissora
então transmitirá as seguintes informações:
da colisão. Esse campo está presente apenas em links half-duplex de 1000 Mbps e permite que os
quadros de tamanho mínimo sejam de tamanho suficiente para satisfazer os requisitos do slot time. Os
bits do campo Extensão são descartados pela estação receptora.
Na Ethernet de 10 Mbps, um bit na camada MAC exige 100 nanossegundos (ns) para
transmitir. A 100 Mbps aquele mesmo bit exige 10 ns para transmitir e a 1000 Mbps, leva apenas 1 ns.
Como estimativa aproximada, 20,3 cm (8 pol.) por nanossegundo é freqüentemente usado para o
cálculo do atraso de propagação ao longo do cabo UTP. Para 100 metros de UTP, significa que leva
um pouco menos de 5 tempos de bit para um sinal 10BASE-T transitar todo o comprimento do cabo.
Para que a CSMA/CD Ethernet possa operar, a estação emissora deve estar ciente de uma
colisão antes de completar a transmissão de um quadro de tamanho mínimo. A 100 Mbps, a
temporização do sistema mal pode acomodar 100 metros de cabos. A 1000 Mbps, são exigidos ajustes
especiais, já que quase um quadro inteiro de tamanho mínimo seria transmitido antes que o primeiro
bit atravessasse os primeiros 100 metros no cabo UTP. Por essa razão half-duplex não é permitido em
10-Gigabit Ethernet.
O espaçamento mínimo entre dois quadros que não colidem é também conhecido como
espaçamento entre quadros (interframe spacing). A medida é feita desde o último bit do campo FCS do
primeiro quadro até o primeiro bit do preâmbulo do segundo quadro.
Depois de ocorrer uma colisão e todas as estações permitirem que o cabo se torne inativo
(cada um espera o espaçamento completo entre quadros), as estações que colidiram então precisam
esperar outro período de tempo, que possivelmente aumentará ainda mais, antes que tentem
retransmitir o quadro que colidiu. O período de espera é intencionalmente definido como aleatório para
que duas estações não atrasem por um período de tempo idêntico antes da retransmissão, resultando
em mais colisões. Isso se realiza em parte mediante a expansão do intervalo do qual o tempo da
retransmissão aleatória é selecionado em cada tentativa de retransmissão. O período de espera é
medido em incrementos do slot time do parâmetro.
Se a camada MAC for incapaz de enviar o quadro após dezesseis tentativas, ela desiste e
gera um erro para a camada da rede. Tal ocorrência é comparativamente rara e só acontece sob
cargas de rede extremamente pesadas, ou quando existe um problema físico na rede.
Na Figura 206, duas estações escutam para garantir que o cabo esteja inativo e depois
transmitem. A estação 1 conseguiu transmitir uma boa porcentagem do quadro antes que o sinal
chegasse ao último segmento de cabo. A estação 2 não havia recebido o primeiro bit de transmissão
antes do início de sua própria transmissão e só conseguiu enviar poucos bits antes que a placa de
rede detectasse a colisão. A estação 2 imediatamente interrompeu a transmissão em andamento,
substituiu o sinal de bloqueio (jam signal) de 32 bits e interrompeu todas as transmissões. Durante o
evento de colisão e bloqueio que a Estação 2 experimentava, os fragmentos da colisão estavam no
seu caminho de volta através do domínio repetido de colisão em direção à Estação 1. A Estação 2
completou a transmissão do sinal de bloqueio (jam signal) de 32 bits e ficou silenciosa antes que a
colisão se propagasse de volta à Estação 1, que ainda não sabia da colisão e continuava a transmitir.
Quando os fragmentos de colisão finalmente chegaram a Estação 1, a transmissão atual foi
interrompida e substituída por um sinal de bloqueio (jam signal) de 32 bits em lugar do restante do
quadro que estava sendo transmitido. Depois de enviar o sinal de bloqueio (jam signal) de 32 bits a
Estação 1 interrompeu todas as transmissões.
Um sinal de bloqueio (jam signal) pode ser composto de quaisquer dados binários desde que
não formem um checksum apropriado para a porção do quadro já transmitido. O padrão de dados mais
universalmente observado para um sinal de bloqueio (jam signal) é simplesmente uma repetição de
um, zero, um, zero, o mesmo que o Preâmbulo. Quando observado por um analisador de protocolos,
esse padrão se parece como uma seqüência de repetição hexadecimal 5 ou A. As mensagens
corrompidas e parcialmente transmitidas são conhecidas como fragmentos de colisão ou "runts". As
colisões normais têm um comprimento inferior a 64 octetos e por isso falham no teste de comprimento
mínimo e no teste de checksum FCS.
• Local;
• Remota;
• Tardia.
Para ser criada uma colisão local no cabo coaxial (10BASE2 e 10BASE5), o sinal se propaga
ao longo do cabo até encontrar um sinal de outra estação. As formas de onda então se sobrepõem,
cancelando algumas partes do sinal e reforçando ou duplicando outras partes. A duplicação do sinal
impele o nível de tensão do sinal além do máximo permitido. Esta condição de sobretensão é então
detectada por todas as estações no segmento do cabo local como uma colisão.
amplitude retorna ao normal. Isto acontece quando a primeira estação a detectar a colisão interrompe
a transmissão e o sinal de bloqueio da segunda estação de colisão ainda é observado.
Em um cabo UTP, como 10BASE-T, 100BASE-TX e 1000BASE-T, uma colisão é detectada
no segmento local somente quando uma estação detecta um sinal no par RX ao mesmo tempo em que
está transmitindo através do par TX. Como os dois sinais estão em pares diferentes, não há nenhuma
mudança característica no sinal. As colisões são reconhecidas em UTP somente quando a estação
está operando em half-duplex. A única diferença funcional entre a operação half e full-duplex a esse
respeito é se os pares de transmissão e recepção podem ou não ser usados simultaneamente. Se a
estação não estiver realizando uma transmissão, ela não poderá detectar uma colisão local.
Inversamente, uma falha no cabo, tal como um excesso de diafonia, pode fazer com que a estação
interprete a sua própria transmissão como uma colisão local.
Uma colisão remota se caracteriza por um quadro de comprimento inferior ao mínimo, que
tenha um checksum FCS inválido, mas que não demonstre os sintomas de sobretensão ou atividade
RX/TX simultânea, indicativos de uma colisão local. Este tipo de colisão normalmente resulta de
colisões que ocorrem na extremidade remota de uma conexão repetida. Um repetidor não transfere um
estado de sobretensão e não pode ser a causa de uma estação ter o par TX e o par RX ativos
simultaneamente. A estação teria que estar transmitindo para ter os dois pares ativos e isso constituiria
uma colisão local. Nas redes com UTP, este é o tipo de colisão mais freqüentemente observada.
Não existe mais possibilidade de uma colisão normal ou válido depois que os primeiros 64
octetos de dados tenham sido transmitidos pelas estações emissoras. As colisões que ocorrem depois
dos primeiros 64 octetos são chamadas "colisões tardias". A diferença mais significativa entre colisões
tardias e colisões que ocorrem antes da transmissão dos primeiros 64 octetos é que a placa de rede
Ethernet retransmite automaticamente os quadros que colidiram normalmente, mas não retransmite
automaticamente um quadro que colidiu mais tarde. Sob o ponto de vista da placa de rede tudo saiu
bem, e são as camadas superiores da pilha de protocolos que devem determinar que o quadro foi
perdido. Com exceção da retransmissão, uma estação que detecta uma colisão tardia a trata de
maneira idêntica a uma colisão normal.
É inestimável o conhecimento dos erros típicos para entender tanto a operação quanto a
solução de problemas das redes Ethernet.
• Colisão ou "runt": Transmissão simultânea que ocorre antes que tenha decorrido o slot
time.
• Colisão tardia: Transmissão simultânea que ocorre após ter decorrido o slot time.
Enquanto as colisões locais e remotas são consideradas como parte normal das operações
da Ethernet, as colisões tardias são consideradas erros. A presença de erros em uma rede sempre
indica que uma investigação mais detalhada é recomendável. A gravidade do problema é uma
indicação da urgência na solução dos erros detectados. Alguns erros detectados ao longo de vários
minutos ou horas seriam considerados uma baixa prioridade. Milhares de erros detectados durante
poucos minutos indicam que uma atenção urgente é recomendável.
O Jabber é definido em vários lugares no padrão 802.3 como sendo uma transmissão com
uma duração de pelo menos 20.000 a 50.000 tempos de bits. No entanto, a maioria das ferramentas
de diagnóstico relata o jabber sempre que é detectada uma transmissão que excede o tamanho de
quadro máximo permitido, o que é consideravelmente inferior a 20.000 a 50.000 tempos de bits. A
maioria das referências ao jabber pode ser mais corretamente denominadas quadros compridos (long
frames).
O termo "runt" é geralmente um termo impreciso da gíria que significa algo menor que um
quadro de tamanho permitido. Pode referir-se a quadros pequenos (short frames) com checksums FCS
válidos, embora, geralmente, refere-se a fragmentos de colisões.
Um quadro recebido que tenha uma seqüência de verificação de quadro (FCS) defeituoso,
também conhecido como erro de Checksum ou erro de CRC, difere da transmissão original em pelo
menos um bit. Em um quadro de erro de FCS, as informações do cabeçalho provavelmente estão
corretas, mas o checksum calculado pela estação receptora não é igual ao checksum incluído no final
do quadro pela estação transmissora. O quadro é, então, descartado.
Um grande número de erros FCS originados de uma única estação geralmente indica uma
placa de rede defeituosa e/ou softwares de drivers corrompidos ou, ainda, um defeito no cabo que liga
essa estação à rede. Se os erros de FCS forem associados a várias estações, então eles geralmente
podem ser atribuídos a defeitos no cabeamento, uma versão defeituosa do driver das placas de rede,
um defeito da porta de um hub ou um ruído derivado do sistema de cabeamento.
Uma mensagem que não termina em um limite de octeto é conhecida como erro de
alinhamento. Em vez de existir um número correto de bits na formação dos grupos de octetos, existem
bits adicionais ou restantes (menos de oito). Tal tipo de quadro é truncado até o limite de octeto mais
próximo e, se o checksum FCS falhar, é relatado um erro de alinhamento. Em muitos casos, este tipo
de erro é causado por defeitos no software de drivers ou por colisões e, freqüentemente, é
acompanhado por falhas do checksum FCS.
Um quadro com valor válido no campo Length (Comprimento), mas que não possui o número
correto de octetos contados no campo de dados do quadro recebido, é conhecido como erro de
tamanho (range error). Este erro também aparece quando o valor no campo de comprimento é inferior
ao tamanho mínimo permitido sem enchimento adicional do campo de dados. Um erro semelhante,
Fora da Faixa (out of range), é relatado quando o valor no campo Length (Comprimento) indica dados
com tamanho superior ao limite permitido.
A Fluke Networks criou o termo "ghost" (fantasma) para significar energia (ruído) detectado
no cabo que parece ser um quadro, mas ao qual falta um SFD válido. Para ser qualificado como
fantasma, um quadro precisa ter um comprimento mínimo de 72 octetos, incluído o preâmbulo. Caso
contrário é classificado como uma colisão remota. Devido à natureza peculiar dos fantasmas, é
importante notar que os resultados dos testes dependem em grande parte de onde é realizada a
medição no segmento.
Loops de terra e outros problemas de fiação são geralmente a causa dos quadros
fantasmas. A maioria das ferramentas de monitoração de redes não reconhece a existência de
fantasmas pela mesma razão que não reconhece colisões de preâmbulo. Essas ferramentas baseiam-
se totalmente nas informações fornecidas pelo chipset. Os analisadores de protocolo somente por
software, muitos analisadores baseados em hardware, ferramentas portáteis de diagnóstico, assim
como a maioria das pontas de prova RMON (de monitoração remota), não relatam tais eventos.
Com o crescimento da Ethernet de 10 a 100 e até 1000 Mbps, uma exigência era possibilitar
a interoperabilidade de cada uma destas tecnologias, a ponto de permitir a conexão direta entre as
interfaces de 10, 100 e 1000. Foi elaborado um processo denominado Autonegociação de velocidades
em half-duplex ou full-duplex. Especificamente, por ocasião da introdução da Fast Ethernet, o padrão
incluía um método de configurar automaticamente uma dada interface para coincidir com a velocidade
e capacidade do parceiro interligado. Este processo define como dois parceiros de interligação podem
negociar automaticamente a sua configuração para oferecer o melhor nível de desempenho conjunto.
O processo ainda possui a vantagem de envolver somente a parte mais baixa da camada física.
10BASE-T exigia que cada estação emitisse um link pulse a cada 16 milissegundos,
aproximadamente, enquanto a estação não estivesse ocupada com a transmissão de uma mensagem.
A autonegociação adotou este sinal e deu-lhe o novo nome de Normal Link Pulse (NLP). Quando é
enviada uma série de NLPs em um grupo para fins de Autonegociação, o grupo é denominado rajada
de Fast Link Pulse (FLP). Cada rajada de FLP é enviada num intervalo de temporização idêntico ao de
um NLP e tem a finalidade de permitir que os dispositivos 10BASE-T mais antigos operem
normalmente no caso de receberem uma rajada de FLP.
A Autonegociação evita a maioria das situações onde uma estação de uma ligação ponto-a-
ponto esteja transmitindo sob as regras de half-duplex e a outra esteja transmitindo sob as regras de
full-duplex.
Na situação em que os parceiros do link são capazes de compartilhar mais de uma
tecnologia conjunta, consulte a lista na Figura 214.
Esta lista é usada para determinar qual tecnologia deverá ser escolhida dentre as
configurações oferecidas. As implementações de Ethernet de fibra ótica não são incluídas nesta lista
de resolução de prioridades porque os circuitos eletrônicos e óticos das interfaces não permitem uma
reconfiguração simples entre implementações. Presume-se que a configuração da interface seja fixa.
Se as duas interfaces são capazes de realizar a Autonegociação, então já estão utilizando a mesma
implementação de Ethernet. Entretanto, ainda existem várias opções de configuração tais como a
duplexação ou qual das estações servirá como Mestre para fins de temporização, que precisa ser
determinada.
Resumo do Módulo
TESTE
1) Como um host receptor detecta que ocorreu um erro durante a transmissão de um quadro?
Examina o campo tipo / comprimento para certificar-se que o quadro não seja muito pequeno;
Compara o FCS incluído no quadro com o FCS que ele mesmo recalcula;
Calcula uma soma de verificação dos dados no quadro e os envia de volta à origem para
verificação;
Examina o campo início de quadro e o campo fim de quadro para certificar-se de que o campo
de dados tenha o comprimento correto;
4) Qual é a subcamada da camada 2 que fornece serviços à camada de rede do modelo OSI ?
FCS;
IEEE 802.3;
LLC;
MAC;
6) Quais das seguintes alternativas são realizadas pela autonegociação em uma rede
Ethernet? (Escolha duas).
Definição da velocidade do link;
Definição do endereço IP;
Define se o link irá operar em half-duplex ou full-duplex;
A autonegociação não é possível em redes Ethernet;
Definição da velocidade do anel;
7) Quais das seguintes opções são campos do quadro Ethernet? (Escolha três).
Endereço físico de origem;
Endereço lógico de origem;
Identificador do tipo de mídia;
Frame Check Sequence (FCS);
Endereço físico de destino;
Endereço lógico de destino;
9) A especificação da placa de rede indica que ela “suporta autonegociação”. Quais das
seguintes opções são verdadeiras? (Escolha duas).
A placa de rede pode negociar comunicação segura com outros hosts;
A placa de rede pode negociar a velocidade de transmissão no link com um hub ou switch;
A placa de rede pode negociar a “Qualidade de serviço” (QoS) no link com um hub ou switch;
A placa de rede pode negociar a configuração de comunicação duplex com um hub ou switch;
A placa de rede pode negociar a alocação dinâmica dos parâmetros IP de um host;
10) Que propósito é atendido pelo endereço MAC de destino de um quadro Ethernet?
Requisitar um endereço MAC (Media Access Control) para um endereço físico;
Identificar a interface de rede para a entrega do quadro;
Determinar a rota necessária para atender o destino;
Evitar colisões se o destino já estiver ocupado;
11) Na figura, o host A completou 50% da transmissão de uma quadro Ethernet de 1 KB para o
host D, quando o host B precisa transmitir um quadro para o host C. O que o host B deve
fazer?
O host B pode transmitir imediatamente uma vez que está conectado ao seu segmento de cabo;
O host B precisa aguardar para receber uma transmissão CSMA ao hub, para sinalizar a sua
vez;
O host B precisar enviar um sinal de requisição para o host A transmitindo um interframe gap;
O host B aguarda até que esteja certo que o host A completou o envio do seu quadro;
12) Faça a correspondência entre os termos e definições das funções de enlace de dados da
camada 2?
1 Determinístico Categoria de Media Access Control utilizando revezamento
Categoria de Media Access Control utilizando a primeira a
2 Não Determinístico
chegar, primeiro a usar.
3 Token Ring Tecnologia da camada 2 que utiliza um ambiente sem colisões
4 Media Access Control Subcamada mais baixa da camada 2
Tecnologia da camada 2 que utiliza um ambiente orientado a
5 CSMA/CD
colisões.
7 TECNOLOGIAS ETHERNET
A Ethernet tem sido a tecnologia de rede local de maior sucesso especialmente devido à
simplicidade de implementação se comparada com outras tecnologias. Uma outra razão do sucesso da
Ethernet é a flexibilidade da tecnologia que tem evoluído para atender às exigências do meio físico.
Este módulo apresenta as especificações dos tipos mais importantes de Ethernet. O objetivo não é
mostrar todos os detalhes sobre cada tipo de Ethernet, mas sim, desenvolver um senso do que é
comum em todas as formas de Ethernet.
As mudanças na Ethernet têm resultado em grandes melhoramentos na Ethernet 10-Mbps
que era utilizada no início dos anos 80. O padrão da Ethernet 10-Mbps permaneceu literalmente
inalterado até 1995, quando o IEEE anunciou um padrão para Fast Ethernet de 100 Mbps. Em anos
mais recentes, um crescimento ainda mais rápido na velocidade dos meios de comunicação levou à
transição de Fast Ethernet para Gigabit Ethernet. Os padrões para Gigabit Ethernet surgiram em
apenas três anos. Uma versão ainda mais rápida, a 10 Gigabit Ethernet, já está disponível e estão
sendo desenvolvidas versões ainda mais rápidas.
Nessas versões mais rápidas de Ethernet, o endereçamento MAC, o CSMA/CD e o formato
de quadros não foram modificados em relação aos utilizados nas primeiras versões de Ethernet. No
entanto, outros aspectos da subcamada MAC, da camada física e dos meios de comunicação foram
alterados. Placas de rede (NICs) utilizando meio de cobre e capazes de operar a 10/100/1000 são
bastante comuns atualmente. Portas Gigabit para switches e para roteadores estão se tornando o
padrão nos wiring closets. A fibra óptica capaz de suportar o Gigabit Ethernet é considerada um
modelo para o cabeamento de backbone na maioria das novas instalações.
A Ethernet 10-Mbps e versões mais lentas de Ethernet são assíncronas. Cada estação
receptora usa 8 octetos de informação de temporização para sincronizar seus circuitos de recepção em
relação aos dados que chegam. 10BASE5, 10BASE2, e 10BASE-T compartilham os mesmos
parâmetros de temporização, conforme mostra a Figura 217 (1 tempo de bit a 10 Mbps = 100
nanosegundos = 0,1 microsegundo = 10- milionésimos de um segundo). Isto significa que em uma
rede Ethernet 10-Mbps, 1 bit leva 100 ns para ser transmitido pela subcamada MAC.
• Sempre que houver um sinal inadequado no meio físico, como jabber ou reflexões que
resultem de um curto no cabo.
Todas as formas de Ethernet 10 Mbps usam os octetos recebidos de uma subcamada MAC
e realizam um processo conhecido como codificação da linha. A codificação da linha descreve
exatamente como os bits são sinalizados no fio. As codificações mais simples têm características
elétricas e de temporização indesejáveis. Portanto, os códigos de linha foram elaborados para que
tenham propriedades de transmissão desejáveis. Esta forma de codificação usada nos sistemas de 10-
Mbps é conhecida como codificação Manchester.
A Ethernet 10-Mbps opera dentro dos limites de temporização oferecidos por uma série de,
no máximo, cinco segmentos separados por até quatro repetidores, no máximo. Isto é conhecido como
a regra 5-4-3. Um máximo de quatro repetidores podem ser conectados em série entre duas estações
distantes. Pode haver no máximo três segmentos povoados entre duas estações distantes.
7.2.2 10BASE5
7.2.3 10BASE2
10BASE2 foi introduzido em 1985. A instalação era mais fácil porque o cabo era menor, mais
leve e mais flexível. Esta tecnologia ainda existe em redes antigas. Como o 10BASE5, atualmente não
é recomendado para novas instalações. É econômico e não necessita de hubs. Da mesma forma,
placas de rede para este meio também são difíceis de obter.
10BASE2 usa codificação Manchester. Os computadores de rede local eram ligados um ao
outro por uma série de lances de cabos coaxiais ininterruptos. Estes lances de cabo eram ligados por
conectores BNC a um conector em formato de T na placa de rede.
O meio físico em 10BASE2 utiliza um condutor central retorcido. Cada um dos cinco
segmentos de cabo coaxial fino permitido entre estações pode ter um comprimento de até 185 metros,
e cada estação é conectada diretamente ao conector BNC tipo “T” no cabo coaxial.
Apenas uma estação pode transmitir por vez, caso contrário ocorrerá uma colisão. 10BASE2
também usa half-duplex. A taxa máxima de transmissão de 10BASE2 é de 10 Mbps.
Pode haver até 30 estações em qualquer segmento 10BASE2. Dentre os cinco segmentos
consecutivos em série, entre quaisquer duas estações distantes, apenas três podem ter estações
ligadas a eles.
7.2.4 10BASE-T
10BASE-T foi introduzido em 1990. 10BASE-T usava cabos de cobre de par trançado, não
blindado (UTP), que era mais barato e mais fácil de instalar que o cabo coaxial. O cabo era plugado a
um dispositivo central de conexão que continha o barramento compartilhado. Esse dispositivo era um
hub. Ele se localizava no centro de um conjunto de cabos que eram distribuídos aos PCs como os
raios de uma roda. Isto é conhecido como topologia estrela. As distâncias que os cabos podiam ter até
o hub, e a maneira pela qual o UTP era instalado, levavam cada vez mais à utilização de estrelas
compostas de estrelas, em uma topologia chamada de estrela estendida. Originalmente, o 10BASE-T
era um protocolo half-duplex, mas a funcionalidade de full-duplex foi adicionada posteriormente. A
explosão da popularidade da Ethernet entre meados e fins dos anos 90 foi quando a Ethernet passou a
dominar a tecnologia de redes locais.
10BASE-T também usa codificação Manchester. Um cabo UTP 10BASE-T tem um condutor
sólido para cada fio nos 90 metros (no máximo) de cabo horizontal. O cabo UTP usa conectores RJ-45
de oito pinos. Embora o cabo Categoria 3 seja adequado para utilização nas redes 10BASE-T,
recomenda-se enfaticamente que qualquer instalação nova de cabos seja feita com Categoria 5 ou
melhor. Todos os quatro pares de fios deverão ser usados conforme os padrões de pinagem T568-A
ou T568-B. Com os cabos instalados desta forma, é suportada a utilização de vários protocolos sem
que a fiação precise ser alterada. A Figura 221 ilustra a disposição da pinagem para uma conexão
10BASE-T. O par transmissor na extremidade receptora é conectado ao par receptor no dispositivo
conectado.
A utilização de half-duplex ou full-duplex é uma escolha de configuração. 10BASE-T
transporta 10 Mbps de tráfego no modo half-duplex e 20 Mbps no modo full-duplex.
A Ethernet 100 Mbps é também conhecida como Fast Ethernet. As duas tecnologias que se
destacaram foram a 100BASE-TX, que utiliza um meio físico de cabo de cobre UTP e a 100BASE-FX
que utiliza um meio físico de fibra ótica multimodo.
100BASE-TX e 100BASE-FX têm três características em comum: parâmetros de
temporização, formato de quadros e partes do processo de transmissão. 100BASE-TX e 100-BASE-FX
compartilham os parâmetros de sincronismo. Note que um tempo de bit em Ethernet 100 Mbps é de 10
nseg = 0,01 microssegundos = 1 centésimo-milionésimo de um segundo.
7.2.7 100BASE-TX
Em 1995, o 100BASE-TX era o padrão, usando cabo UTP Cat 5, que se tornou um sucesso
comercial.
O cabo coaxial Ethernet original usava transmissão half-duplex e apenas um dispositivo
podia transmitir de cada vez. Porém, em 1997, a Ethernet foi expandida para incluir a capacidade de
incluir full-duplex permitindo que mais de um PC em uma rede pudesse transmitir ao mesmo tempo.
Pouco a pouco os switches substituíram os hubs. Esses switches ou comutadores tinham a
capacidade de full-duplex e de manipular rapidamente quadros Ethernet.
100BASE-TX usa codificação 4B/5B, que é então embaralhada e convertida em níveis MLT-
3 (multi-level transmit-3).
Na figura, a janela destacada exibe quatro exemplos de forma de onda. A forma de onda
superior não possui transição no centro da janela de tempo de bit. A falta de transição indica que um 0
binário está presente. A segunda forma de onda mostra uma transição no centro da janela de timing.
Um 1 binário é representado por uma transição. A terceira forma de onda mostra uma seqüência
binária alternada. A ausência de transição binária indica um 0 binário, e a presença de transição indica
um 1 binário. Uma borda ascendente ou descendente indica um 1. Uma variação muito repentina no
sinal indica um 1. Qualquer linha horizontal detectada no sinal indica um 0.
A Figura 226 exibe a pinagem para uma conexão 100BASE-TX. Observe que existem dois
caminhos separados de transmissão/recepção. Isto é idêntico à configuração 10BASE-T.
100BASE-TX transporta 100 Mbps de tráfego no modo half-duplex. No modo full-duplex,
100BASE-TX pode trocar 200 Mbps de tráfego. O conceito de full-duplex torna-se cada vez mais
importante conforme vai aumentando a velocidade da Ethernet.
7.2.8 100BASE-FX
Na época em que a Fast Ethernet baseada em cobre foi introduzida, foi também necessária
uma versão para fibra ótica. Uma versão para fibra ótica poderia ser usada para aplicações de
backbone, conexões entre andares e edifícios onde o cobre é menos desejável e também em
ambientes com muito ruído. 100BASE-FX foi criado para satisfazer essa necessidade. Porém,
100BASE-FX nunca foi adotado com êxito. Isto ocorreu devido à conveniente introdução dos padrões
Gigabit Ethernet em cobre e fibra. Os padrões Gigabit Ethernet são agora a tecnologia dominante para
as instalações de backbone, conexões cruzadas de alta velocidade e necessidades de infra-estrutura
geral.
A Figura 228 resume um link e as pinagens do 100BASE-FX. Geralmente, são mais usados
os pares de fibra com conectores ST ou SC.
Os links Fast Ethernet geralmente consistem numa conexão entre uma estação e um hub ou
switch. Os hubs são considerados repetidores multiportas e os switches são considerados bridges
multiportas. Estão sujeitos ao limite de distância dos meios físicos UTP de 100 m.
Um repetidor Classe I pode introduzir até 140 tempos de bit de latência. Qualquer repetidor
que mude entre uma implementação Ethernet e outra é um repetidor Classe I. Repetidor classe II é
limitado a atrasos menores, 92 tempos de bit, porque ele repete imediatamente o sinal que chega para
todas as outras portas, sem que este passe por um processo de conversão. Para obter um atraso
menor, repetidores classe II podem conectar somente segmentos que utilizem a mesma sinalização.
Como no caso das versões de 10 Mbps, é possível modificar algumas das regras de
arquitetura para as versões 100 Mbps. Porém, virtualmente não existe tolerância alguma para atraso
adicional. A modificação das regras de arquitetura é enfaticamente desencorajada para 100BASE-TX.
O cabo 100BASE-TX entre os repetidores Classe II não pode exceder a 5 metros. Não é raro encontrar
links operando em half-duplex em Fast Ethernet. No entanto, não é aconselhável usar half-duplex, pois
o esquema de sinalização é basicamente para full-duplex.
A Figura 229 exibe as distâncias permitidas de cabos para cada configuração utilizada. Os
links 100BASE-TX podem ter distâncias sem repetição de até 100 m. A introdução universal de
switches diminuiu a importância deste limite. Já que a maior parte de Fast Ethernet é comutada, estes
são os limites práticos entre dispositivos.
7.3.2 1000BASE-T
Ao ser instalada a Fast Ethernet para aumentar a largura de banda das estações de
trabalho, começaram a aparecer gargalos nos troncos da rede. 1000BASE-T (IEEE 802.3ab) foi
desenvolvido para proporcionar largura de banda adicional para ajudar a aliviar tais gargalos. Isto
proporcionou mais throughput para dispositivos como backbones entre edifícios, links entre switches,
server farms e outras aplicações de wiring closet, assim como conexões para estações de trabalho de
alto desempenho. Fast Ethernet foi projetada para funcionar através de cabos de cobre Cat 5 que
foram terminados corretamente e que conseguissem passar nos testes de certificação de cabos 5e. A
maioria dos cabos Cat 5 que foram instalados conseguem passar nos testes de certificação de cabos
5e. Um dos atributos mais importantes do padrão 1000BASE-T é que seja mutuamente operável com
10BASE-T e 100BASE-TX.
Já que o cabo Cat 5e pode transportar com confiabilidade até 125 Mbps de tráfego, conseguir
1000 Mbps (Gigabit) de largura de banda foi um desafio para o projeto. A primeira etapa para viabilizar
o 1000BASE-T é usar todos os quatro pares de fios, ao invés dos dois pares tradicionais de fios
usados para 10BASE-T e 100BASE-TX Isto é feito usando-se circuitos complexos para permitir
transmissões full-duplex no mesmo par de fios. Isto proporciona 250 Mbps por par. Com todos os
pares de quatro fios, isto proporciona os 1000 Mbps desejados. Já que as informações se propagam
simultaneamente através dos quatro caminhos, os circuitos precisam dividir quadros no transmissor e
reorganizá-los no receptor.
A codificação 1000BASE-T com codificação de linha 4D-PAM5 é usada em cabos UTP Cat 5e,
ou melhores. Isto significa que a transmissão e recepção de dados ocorrem em ambos os sentidos, no
mesmo fio e ao mesmo tempo. Pode-se esperar que isso resulte em uma colisão permanente nos
pares de fios. Essas colisões resultam em padrões complexos de voltagens. Com circuitos integrados
complexos e usando técnicas tais como cancelamento de eco, FEC da Camada 1 (Forward Error
Correction) e a prudente seleção dos níveis de voltagem, o sistema consegue um throughput de 1
Gigabit.
Em períodos de inatividade, existem nove níveis de voltagem encontrados no cabo e, durante
períodos de transmissão de dados, podem ser encontrados 17 níveis de voltagem no cabo.
Com este grande número de estados e com os efeitos de ruído, o sinal no fio parece mais
analógico que digital. Como é o caso de um sistema analógico, este sistema é mais sensível a ruídos
oriundos de problemas nos cabos e nas terminações.
Os dados vindos da estação emissora são cuidadosamente divididos em quatro fluxos
paralelos, codificados, transmitidos e detectados em paralelo e depois reorganizados e recebidos em
um só fluxo de bits. A Figura 234 representa full-duplex simultâneo em pares de quatro fios.
1000BASE-T suporta uma operação tanto em half-duplex como em full-duplex. 1000BASE-T full-duplex
é amplamente utilizado.
7.3.3 1000BASE-SX e LX
O padrão IEEE 802.3 recomenda que a Gigabit Ethernet através de fibra seja a tecnologia
adequada para o backbone.
O esquema 8B/10B é usado para fibra óptica e meios de cobre blindado, e a modulação de
amplitude de pulso 5 (PAM5) é usada para UTP.
1000BASE-X usa a codificação 8B/10B convertida em codificação de linha NRZ (Non-Return to
Zero). A codificação NRZ baseia-se no nível de sinal encontrado na janela de tempo de bit para
determinar o valor binário desse bit. Ao contrário de muitos dos outros esquemas de codificação, este
sistema é determinado pelo nível e não pela borda. Isto é, a determinação de um bit representar 0 ou 1
é feita pelo nível do sinal e não quando o sinal muda de nível.
Os sinais NRZ são então inseridos na forma de pulsos para dentro da fibra usando fontes de
luz com comprimento de onda curta ou longa. As de comprimento de onda curta usam como fonte um
laser de 850 nm ou um LED em fibra óptica multimodo (1000BASE-SX). É a mais econômica entre as
opções, mas é limitada por distâncias mais reduzidas. As de comprimento de onda longa (1310 nm)
originadas por laser usam fibra óptica monomodo ou multimodo (1000BASE-LX). Laser usado com
fibra monomodo pode alcançar distâncias de até 5000 metros. Devido ao curto tempo necessário para
ligar e desligar totalmente o LED ou o laser, a luz é pulsada na fibra usando potência baixa e alta. Um
0 lógico é representado por uma luz de baixa potência e um 1 por uma de alta potência.
O método de Controle de Acesso ao Meio trata o link como ponto-a-ponto. Já que fibras
separadas são usadas para transmissão (Tx) e recepção (Rx) a conexão é inerentemente full-duplex. A
Gigabit Ethernet permite um único repetidor entre duas estações. A Figura
é um gráfico de comparação dos meios físicos utilizados em Ethernet 1000BASE.
As limitações de distância dos links full-duplex são apenas definidas pelo meio físico e não
pelo atraso de ida e volta. Já que a maioria das Gigabit Ethernet é comutada, os valores nas Figuras
238 e 239 são os limites práticos entre os dispositivos. São permitidas todas as topologias em cascata,
de estrela e de estrela estendida. A questão então passa a ser de topologia lógica e de fluxo de dados,
e não de temporização ou de limitações de distância.
Um cabo 1000BASE-T UTP é idêntico aos cabos 10BASE-T e 100BASE-TX, exceto que o
desempenho dos links precisa satisfazer os requisitos de qualidade mais altos de Categoria 5e ou ISO
Classe D (2000).
A modificação das regras definidas na arquitetura 1000BASE-T é totalmente desencorajada.
A 100 metros, 1000BASE-T está operando perto do limite da capacidade do hardware em recuperar o
sinal transmitido. Quaisquer problemas de cabeamento ou ruído ambiental poderia tornar inoperante
um cabo normalmente compatível, mesmo a distâncias dentro das especificações.
É recomendado que todos os links entre uma estação e um hub ou switch sejam
configurados para a Auto Negociação, de forma a permitir o mais alto desempenho comum a todos.
Isto evitará que seja realizada por acidente uma configuração errada dos outros parâmetros exigidos
para uma operação adequada do Gigabit Ethernet.
IEEE 802.3ae foi adaptado para incluir transmissões 10 Gbps full-duplex através de cabos
de fibra óptica. As semelhanças básicas entre 802.3ae e 802.3, a Ethernet original, são
impressionantes. Esta 10-Gigabit Ethernet (10GbE) está evoluindo não só para redes locais mas
também para MANs e WANs.
Com o formato de quadros e outras especificações Ethernet da Camada 2, compatíveis com
padrões anteriores, 10GbE pode fornecer o aumento necessário na largura de banda para que seja
mutuamente operável com a infra-estrutura das redes já existentes.
Uma mudança conceitual importante para Ethernet está surgindo com 10GbE. Ethernet é
tradicionalmente considerada uma tecnologia para redes locais, mas os padrões da camada física de
10GbE permitem uma extensão da distância de até 40 km sobre fibra monomodo e compatibilidade
com redes SONET (Synchronous Optical Network) e com a SDH (Synchronous Digital Hierarchy). Uma
operação a 40 km de distância torna a 10GbE uma tecnologia viável para MAN. A compatibilidade com
as redes SONET/SDH operando a velocidades de até OC-192 (9,584640 Gbps) torna a 10GbE uma
tecnologia viável para WAN. 10GbE pode também competir com ATM para certas aplicações.
Em resumo, como se compara 10GbE com outras variedades de Ethernet?
• O formato dos quadros é idêntico, permitindo a sua mútua operabilidade com todas as
variedades de Ethernet legada, fast, gigabit e 10 Gigabit sem conversões de quadros ou de
protocolos.
• O tempo de bit agora é de 0,1 nanossegundo. As demais variáveis de tempo são ajustadas
apropriadamente.
• Não é necessário o CSMA/CD, já que são usadas apenas conexões de fibra full-duplex.
• As subcamadas de IEEE 802.3, dentro das Camadas 1 e 2 do modelo OSI, na sua maioria são
preservadas, com algumas adições para acomodar 40 km de links de fibra e a mútua
operabilidade com as tecnologias SONET/SDH.
• Torna-se possível a criação de redes Ethernet flexíveis, eficientes, confiáveis e de custo
relativamente baixo do começo ao fim.
• O TCP/IP pode rodar sobre redes locais, MANs e WANs com um só método de Transporte de
Camada 2.
O padrão básico que governa o CSMA/CD é IEEE 802.3. Um suplemento do IEEE 802.3,
conhecido como 802.3ae, regula a família 10GbE. Como é típico para novas tecnologias, uma série de
implementações estão sendo consideradas:
A Força Tarefa IEEE 802.3ae e a Ethernet Alliance 10-Gigabit (10 GEA) estão trabalhando
para padronizar essas tecnologias emergentes.
A Ethernet 10-Gbps (IEEE 802.3ae) foi padronizada em junho de 2002. É um protocolo full-
duplex que usa fibra ótica como meio de transmissão. A distância máxima de transmissão depende do
tipo de fibra a ser usada. Quando se usa fibra monomodo como o meio de transmissão, a distância
máxima de transmissão é de 40 quilômetros (25 milhas). Algumas discussões entre os membros do
IEEE sugerem a possibilidade de padrões para 40, 80 e mesmo 100-Gbps Ethernet.
Não há repetidor definido para 10-Gigabit Ethernet já que o half-duplex não é explicitamente
suportado.
Como é o caso das versões 10 Mbps, 100 Mbps e 1000 Mbps, é possível modificar
ligeiramente algumas das regras da arquitetura. Possíveis ajustes na arquitetura são relacionados à
perda de sinais e distorção ao longo do meio físico. Devido à dispersão do sinal e outras questões, o
pulso de luz se torna indecifrável a partir de certas distâncias.
A Ethernet tem passado por uma evolução: tecnologias Ethernet legada Fast ? Gigabit?
MultiGigabit. Enquanto outras tecnologias de redes locais ainda podem ser encontradas em
funcionamento (instalações antigas), a Ethernet domina as novas instalações de redes locais. Tanto é
que algumas se referem a Ethernet como o "tom de discagem" da rede local. Ethernet agora é o
padrão para conexões horizontais, verticais e entre edifícios. As versões de Ethernet recentemente
desenvolvidas estão tornando confusas as distinções entre redes locais, MANs e WANs.
Enquanto há atualmente uma ampla disponibilidade de produtos 1-Gigabit Ethernet e os de
10 Gigabit estão se tornando mais acessíveis, o IEEE e o Ethernet Alliance estão trabalhando com
padrões de 40, 100 ou mesmo 160 Gbps. As tecnologias que serão adotadas dependem de vários
fatores, inclusive da taxa de maturação das tecnologias e padrões, da taxa de adoção no mercado, e
custos.
Já têm sido feitas outras propostas de esquemas de arbitramento Ethernet além do
CSMA/CD. O problema de colisões existente nas topologias físicas de barramentos do 10BASE5 e do
10BASE2 e nos hubs 10BASE-T e 100BASE-TX já não são tão comuns. O uso de cabos UTP e de
fibra ótica com caminhos separados de Tx e Rx, e a redução nos custos de switches tornam muito
menos importantes as conexões em um único meio físico compartilhado e half-duplex.
O futuro dos meios físicos de rede engloba três fatores:
Os meios de cobre e wireless têm certas limitações físicas e práticas nos sinais das
freqüências mais altas que podem ser transmitidos. Este não é um fator limitador para a fibra ótica num
futuro próximo. As limitações de largura de banda da fibra óptica são extremamente grandes e ainda
não estão sendo ameaçadas. Nos sistemas de fibra, é a tecnologia eletrônica (como emissores e
detectores) e o processo de manufatura de fibras que mais limitam a velocidade. Futuros
desenvolvimentos na Ethernet provavelmente envolverão fontes de luz Laser e fibra óptica monomodo
mais do que qualquer outra tecnologia.
Resumo do Módulo
TESTE
1) Qual das alternativas a seguir é uma descrição exata de uma tecnologia Ethernet ?
100BASE-FX – usa fibra multimodo e transmite a 10 Mbps;
10BASE2 – usa dois pares em cabo CAT 3 e transmite a 10 Mbps;
10BASE-T – usa dois pares de fios em cabo CAT 5 e transmite a 10 Mbps;
10BASE-TX – usa todos os quatro pares de fios em cabo CAT 5 e transmite a 100 Mbps;
3) Quais das seguintes topologias físicas são usadas com Ethernet 10BASE-T? (Escolha
duas).
Malha (mesh);
Estrela (star);
Estrela estendida (extend star);
Anel (ring);
5) Quais das seguintes alternativas utilizam UTP como meio físico? (Escolha duas).
10BASE2;
10BASE5;
10BASE-T;
100BASE-TX;
100BASE-FX;
7) Qual é a camada do modelo OSI que processa o tempo de bit (bit time) e temporização de
sinal para Ethernet padrão, Fast Ethernet e Gigabit Ethernet?
Aplicação;
Sessão;
Transporte;
Rede;
Enlace de Dados;
Física;
8) Por que deve ser considerado o uso de fibra ótica no lugar do cabo UTP nos novos projetos
de cabeamento da rede?
Fibra ótica é mais barata;
Fibra ótica é mais fácil de instalar;
Fibra ótica possui maior largura de banda;
Fibra ótica suporta apenas half-duplex;
9) Dois hosts da rede separados por uma distância de 220m precisam ser conectados
utilizando 100BASE-TX. Para minimizar os custos, que dispositivos serão necessários ?
Dois hubs classe I;
Dois hubs classe II;
Um hub classe I e um switch;
Dois switches;
10) Faça a correspondência entre o padrão Ethernet apropriado com o seu comprimento
máximo de cabo.
1 10BASE2 100m
2 100BASE-FX 185m
3 10BASE5 412m
4 100BASE-TX 500m
Conforme vão sendo adicionados nós a um segmento físico Ethernet, vai aumentando a
competição para os meios. Ethernet significa meios compartilhados, o que quer dizer que somente um
nó de cada vez pode transmitir dados. O acréscimo de mais nós aumenta a demanda sobre a largura
de banda disponível e coloca cargas adicionais nos meios físicos. Com o aumento do número de nós
em um único segmento, aumenta a probabilidade de colisões, o que resulta em mais retransmissões. A
solução deste problema é dividir os grandes segmentos em partes e separá-las em domínios de
colisão isolados.
Para que isso seja feito, uma bridge mantém uma tabela de endereços MAC e as portas a eles
associadas. A bridge então encaminha ou descarta os quadros baseados nas entradas da tabela. As
seguintes etapas ilustram a operação de uma bridge.
• A bridge acaba de ser iniciada de modo que a tabela da bridge está vazia. A bridge só espera
o tráfego no segmento. Quando o tráfego é detectado, ele é processado pela bridge.
• O Host A está fazendo ping ao Host B. Já que os dados são transmitidos no segmento inteiro
do domínio de colisão, tanto a bridge como o Host B processam o pacote.
• O endereço de destino do quadro é comparado com a tabela da bridge. Já que o endereço não
está na tabela, apesar de estar no mesmo domínio de colisão, o quadro é encaminhado ao
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Módulo VIII: Comutação Ethernet
outro segmento. O endereço do Host B ainda não foi registrado porque somente o endereço de
origem de um quadro é registrado.
• O Host B processa a solicitação de ping e transmite uma resposta de ping de volta ao Host A.
Os dados são transmitidos através de todo o domínio de colisão. Tanto o Host A como a bridge
recebem o quadro e o processam.
• O Host A agora vai fazer ping ao Host C. Já que os dados são transmitidos no segmento
inteiro do domínio de colisão, tanto a bridge como o Host B processam o quadro. O Host B
descarta o quadro porque não era o destino pretendido.
• O endereço de destino do quadro é comparado com a tabela de bridge para ver se a entrada
consta. Já que o endereço não consta da tabela, o quadro é encaminhado ao outro segmento.
O endereço do Host C ainda não foi registrado porque somente o endereço de origem de um
quadro é registrado.
• O Host C processa a solicitação de ping e transmite uma resposta de ping de volta ao Host A.
Os dados são transmitidos através de todo o domínio de colisão. Tanto o Host D como a
bridge recebem o quadro e o processam. O Host D descarta o quadro porque não era o
destino pretendido.
• O endereço de destino do quadro é comparado com a tabela da bridge para ver se a entrada
consta. O endereço consta da tabela mas está associado à porta 1, por isso, o quadro é
encaminhado ao outro segmento.
• Quando o Host D transmite dados, o seu endereço MAC também é registrado na tabela da
bridge. É assim que a bridge controla o tráfego entre os domínios de colisão.
Estas são as etapas que a bridge usa para encaminhar e descartar quadros recebidos em
qualquer uma de suas portas.
Geralmente, uma bridge possui apenas duas portas e divide o domínio de colisão em duas
partes. Todas as decisões feitas por uma bridge são baseadas no endereçamento MAC ou da Camada
2 e não afetam o endereçamento lógico ou da Camada 3. Assim, uma bridge divide um domínio de
colisão mas não tem efeito nenhum no domínio lógico ou de broadcast. Não importa quantas bridges
existam em uma rede, a não ser que haja um dispositivo como um roteador que funcione com o
endereçamento da Camada 3, a rede inteira compartilhará o mesmo espaço de endereço lógico de
broadcast. Uma bridge criará mais domínios de colisão mas não adicionará domínios de broadcast.
Um switch é essencialmente uma bridge rápida multiportas, que pode conter dezenas de
portas. Em vez de criar dois domínios de colisão, cada porta cria seu próprio domínio de colisão. Em
uma rede de vinte nós, podem existir vinte domínios de colisão se cada nó for ligado em sua própria
porta no switch. Se estiver incluída uma porta uplink, um switch criará vinte e um domínios de colisão
com um único nó. Um switch dinamicamente constrói e mantém uma tabela CAM (Content-
Addressable Memory), mantendo todas as informações MAC necessárias para cada porta.
Um switch é simplesmente uma bridge com muitas portas. Quando apenas um nó está
conectado a uma porta do switch, o domínio de colisão nos meios compartilhados contém apenas dois
nós. Os dois nós neste pequeno segmento, ou domínio de colisão, consistem na porta do switch e o
host conectado a ela. Estes pequenos segmentos físicos são conhecidos como microssegmentos.
Outra capacidade se revela quando apenas dois nós são conectados. Em uma rede que usa
cabeamento de par trançado, um par é usado para transportar o sinal transmitido de um nó para outro.
Um segundo par é usado para o sinal de retorno ou sinal recebido. É possível a passagem simultânea
dos sinais através de ambos os pares. A capacidade da comunicação nos dois sentidos ao mesmo
tempo é conhecida como full duplex.
A latência é o atraso entre o tempo que o quadro primeiro começa a sair do dispositivo de
origem e o tempo que a primeira parte do quadro chega ao seu destino. Uma grande variedade de
condições pode causar atrasos à medida que o quadro se propaga desde a origem até o destino:
1. Atrasos do meio físico causados pela velocidade finita em que os sinais podem se propagar
através do meio físico.
2. Atrasos de circuito causados pelos circuitos eletrônicos que processam o sinal ao longo do
caminho.
3. Atrasos de software causados pelas decisões que o software precisa tomar para implementar
a comutação e os protocolos.
4. Atrasos causados pelo conteúdo do quadro e onde na comutação do quadro poderão ser feitas
as decisões de comutação. Por exemplo, um dispositivo não pode rotear um quadro para um
destino até que o endereço MAC de destino tenha sido lido.
A maneira pela qual um quadro é comutado à sua porta de destino é uma concessão entre
latência e confiabilidade. Um switch poderá começar a transferir o quadro assim que o endereço MAC
de destino for recebido. A comutação feita neste ponto é conhecida como comutação cut-through e
resulta na latência mais baixa através do switch.
No entanto, não oferece nenhuma verificação de erros. Por outro lado, o switch pode receber
um quadro completo antes de enviá-lo à porta de destino. Isso dá ao software do switch a oportunidade
de verificar o FCS (Frame Check Sequence) para garantir que o quadro foi recebido com integridade
antes de enviá-lo ao destino. Se o quadro for identificado como inválido, ele será descartado nesse
switch e não no destino final. Já que o quadro inteiro é armazenado antes de ser encaminhado, este
modo é conhecido como armazenar e encaminhar.
Quando os switches são organizados em uma simples árvore hierárquica, é difícil que
ocorram loops de comutação. Porém, as redes comutadas são freqüentemente projetadas com
caminhos redundantes para proporcionar confiabilidade e tolerância a falhas.
Embora os caminhos redundantes sejam desejáveis, eles podem ter efeitos colaterais
indesejáveis. Os loops de comutação representam um desses efeitos colaterais. Os loops de
comutação podem ocorrer de propósito ou por acidente, e podem resultar em tempestades de
broadcast que podem rapidamente dominar a rede. Para neutralizar a possibilidade de loops, os
switches vêm munidos de um protocolo baseado em padrões denominado STP (Spanning-Tree
Protocol). Cada switch em uma rede local que usa STP envia mensagens especiais denominadas
BPDUs (Bridge Protocol Data Units) a todas as suas portas para informar aos outros switches da sua
existência e para eleger uma bridge raiz para a rede. Os switches então usam o STA (Spanning-Tree
Algorithm) para resolver e suspender caminhos redundantes.
Para poder entender os domínios de colisão é preciso entender o que são colisões e como são
causadas. Para ajudar a explicar colisões, as topologias e meios físicos da Camada 1 são
apresentados aqui.
Algumas redes são diretamente conectadas e todos os hosts compartilham a Camada 1.
Veja abaixo alguns exemplos:
• Ambiente de meios compartilhados: Isto ocorre quando vários hosts obtêm acesso ao
mesmo meio. Por exemplo, se vários PCs estiverem conectados ao mesmo fio físico ou à
mesma fibra ótica, todos eles compartilharão o mesmo ambiente de meios compartilhados.
Os domínios de colisão são os segmentos físicos conectados da rede onde podem ocorrer
colisões.
As colisões fazem com que a rede se torne ineficiente. Cada vez que ocorre uma colisão em
uma rede, todas as transmissões são interrompidas por um período de tempo. A duração deste
período de tempo sem transmissões varia e é determinado por um algoritmo de backoff (recuo) para
cada dispositivo da rede.
Os tipos de dispositivos que interconectam os segmentos dos meios definem os domínios de
colisão.
Mais hosts podem ser adicionados quando as redes são estendidas. No entanto, cada host
adicionado aumenta o potencial de tráfego na rede. Já que os dispositivos da Camada 1 passam
adiante tudo que é enviado sobre os meios, quanto maior o tráfego transmitido dentro de um domínio
de colisão, maiores são as chances de colisões. O resultado final será uma diminuição no desempenho
da rede, que será mais pronunciada se todos os computadores naquela rede estiverem solicitando um
alto nível de largura de banda. Em palavras mais claras, os dispositivos da Camada 1 estendem os
domínios de colisão, mas o comprimento de uma rede local também pode ser estendido demais e
causar outros problemas de colisão.
A regra de quatro repetidores na Ethernet declara que podem existir, no máximo, quatro
repetidores ou hubs de repetição entre dois computadores na rede.
Exceder a regra de quatro repetidores pode levar à violação do limite máximo de atraso.
Quando for excedido este limite de atraso, o número de colisões tardias aumentará consideravelmente.
Uma colisão tardia é quando ocorre uma colisão depois que os primeiros 64 bytes do quadro tenham
sido transmitidos. Os chipsets (conjuntos de chips) nas placas de rede não são obrigados a retransmitir
automaticamente com a ocorrência de uma colisão tardia. Estes quadros de colisão retardada
adicionam um atraso conhecido como atraso de consumo. À medida que aumenta o atraso de
consumo e a latência, vai diminuindo o desempenho da rede.
A regra 5-4-3-2-1 também oferece diretrizes para manter o tempo de atraso da ida e
volta em uma rede compartilhada dentro dos limites aceitáveis:
• Cinco segmentos de meios de rede;
• Quatro repetidores ou hubs;
• Três segmentos de host da rede;
• Duas seções de links (sem hosts);
• Um domínio grande de colisão;
A regra 5-4-3-2-1 também oferece diretrizes para marcar o tempo de atraso da ida e
volta em uma rede compartilhada dentro dos limites aceitáveis.
A história de como a Ethernet lida colisões e domínios de colisão data do ano de 1970 em
pesquisas na University of Hawaii. Enquanto tentavam desenvolver um sistema de comunicação sem-
fio para as ilhas do Havaí, os pesquisadores da universidade desenvolveram um protocolo conhecido
como Aloha. O protocolo Ethernet é na realidade baseado no protocolo Aloha.
Uma habilidade importante para um profissional de rede é a capacidade de reconhecer os
domínios de colisão.
Quanto menos hosts existirem em um domínio de colisão, maior será a probabilidade de que
os meios estejam disponíveis. Contanto que não haja muito tráfego entre os segmentos interligados via
bridge, uma rede com bridges funciona perfeitamente. Caso contrário, o dispositivo da Camada 2
poderá até retardar a comunicação e também transformar-se em gargalo.
Os dispositivos da Camada 3, da mesma maneira que os dispositivos da Camada 2, não
encaminham colisões. Por esta razão, a utilização dos dispositivos da Camada 3 em uma rede tem o
efeito de dividir os domínios de colisão em domínios menores.
Os dispositivos da Camada 3 realizam mais funções do que apenas dividir um domínio de
colisão. Os dispositivos da Camada 3 e suas funções serão estudadas em maiores detalhes na seção
sobre domínios de broadcast.
Quando um nó precisa comunicar-se com todos os hosts na rede, ele envia um quadro de
broadcast com um endereço MAC de destino 0xFFFFFFFFFFFF. Este é um endereço ao qual a placa
de rede (NIC) de cada host precisa responder.
Os dispositivos da Camada 2 precisam propagar todo o tráfego de broadcast e multicast. O
acúmulo de tráfego broadcast e multicast de cada dispositivo na rede é conhecido como radiação de
broadcast. Em alguns casos, a circulação da radiação de broadcast poderá saturar a rede de maneira
que não sobre largura de banda para os dados das aplicações. Neste caso, novas conexões de rede
não podem ser estabelecidas e as conexões existentes podem ser descartadas, uma situação
conhecida como tempestade de broadcast. A probabilidade de tempestades de broadcast aumenta
com o crescimento da rede comutada.
Já que a placa de rede precisa interromper a CPU para processar cada grupo de broadcast
ou multicast a que pertence, a radiação de broadcast afeta o desempenho do host na rede.
A Figura 263 mostra os resultados dos testes que a Cisco realizou sobre o efeito da radiação
de broadcast no desempenho da CPU de uma Sun SPARC station 2 com uma placa Ethernet padrão
incorporada. Conforme indicado pelos resultados mostrados, uma estação de trabalho IP pode ser
virtualmente paralisada por uma inundação de broadcasts na rede. Embora seja um exemplo extremo,
picos de broadcasts em milhares de broadcasts por segundo têm sido observados durante
tempestades de broadcast. Os testes feitos sob condições controladas com uma variedade de
broadcasts e multicasts na rede mostram considerável degradação do sistema até com 100 broadcasts
ou multicasts por segundo.
Mais freqüentemente, o host não se beneficia do processamento do broadcast, pois não é o
destino almejado. O host não se preocupa com o serviço que está sendo anunciado, ou já sabe sobre
o serviço. Altos níveis de radiação de broadcast podem degradar consideravelmente o desempenho do
host. As três fontes de broadcasts e multicasts em redes IP são estações de trabalho, roteadores e
aplicações multicast.
As estações de trabalho fazem broadcast de uma solicitação ARP (Address Resolution
Protocol) todas as vezes que precisam localizar um endereço MAC que não se encontra na tabela
ARP.
Embora os números na figura possam parecer baixos, representam em média, uma rede IP
média bem planejada. Quando o tráfego de broadcast e multicast chegam a um pico devido a uma
condição de tempestade, as perdas de nível mais alto na CPU podem atingir ordens de magnitude
acima da média. As tempestades de broadcast podem ser causadas por um dispositivo solicitando
informações de uma rede que já está extremamente grande. Tantas respostas são enviadas à
solicitação original que o dispositivo não pode processá-las, ou a primeira solicitação dispara
solicitações semelhantes de outros dispositivos que virtualmente bloqueiam o fluxo do tráfego normal
na rede.
A divisão de uma rede local em vários domínios de colisão aumenta a oportunidade para que
cada host na rede ganhe acesso aos meios. Isto efetivamente reduz as chances de colisões e aumenta
a disponibilidade de largura de banda para cada host. Mas os broadcasts são encaminhados pelos
dispositivos da Camada 2 e se excessivos, poderão reduzir a eficiência de toda a rede local. Os
broadcasts precisam ser controlados nos dispositivos na Camada 3, pois os dispositivos da Camada 2
e da Camada 1 não possuem recursos para controlá-los. O tamanho total de um domínio de broadcast
pode ser identificado ao examinarmos todos os domínios de colisão que são processados pelo mesmo
quadro de broadcast. Em outras palavras, todos os nós que fazem parte daquele segmento de rede
ligado por um dispositivo de camada três. Os domínios de broadcast são controlados na Camada 3
pois os roteadores não encaminham broadcasts. Os roteadores na realidade funcionam nas Camadas
1, 2, e 3. Eles, como todos os dispositivos de Camada 1, possuem uma conexão física aos meios
físicos e transmitem dados através deles. Eles possuem um encapsulamento da Camada 2 em todas
as interfaces e funcionam como qualquer outro dispositivo da Camada 2. É a Camada 3 que permite
que o roteador segmente os domínios de broadcast.
Para que um pacote possa ser encaminhado através de um roteador, ele precisa já ter sido
processado pelo dispositivo da Camada 2 e ter as informações do quadro removidas. O
encaminhamento da Camada 3 é baseado no endereço IP de destino e não no endereço MAC. Para
que um pacote possa ser encaminhado, ele precisa conter um endereço IP que esteja fora da faixa de
Uma boa regra a ser seguida é que um dispositivo de Camada 1 sempre encaminha o
quadro, enquanto que o dispositivo de Camada 2 quer encaminhar o quadro. Em outras palavras, um
dispositivo de Camada 2 encaminhará o quadro a não ser que alguma coisa o impeça de fazê-lo. Um
dispositivo de Camada 3 não encaminhará o quadro a não ser que seja obrigado. A utilização desta
regra ajudará a identificar como os dados fluem através de uma rede.
Os dispositivos de Camada 1 não fazem filtragem, de modo que tudo que é recebido é
passado adiante ao próximo segmento. O quadro é simplesmente regenerado e retemporizado e assim
restaurado à sua qualidade original de transmissão. Quaisquer segmentos conectados pelos
dispositivos de Camada 1 fazem parte do mesmo domínio, isto é, de colisão e de broadcast.
Os dispositivos de Camada 2 filtram os quadros de dados baseados no endereço MAC de
destino. Um quadro é encaminhado se for para um destino desconhecido fora do domínio de colisão. O
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Módulo VIII: Comutação Ethernet
quadro será também encaminhado se for um broadcast, multicast ou unicast indo para fora do domínio
de colisão local. A única situação em que um quadro não é encaminhado é quando o dispositivo de
Camada 2 descobre que o host de envio e o host de recepção estão no mesmo domínio de colisão.
Um dispositivo de Camada 2, como uma bridge, cria vários domínios de colisão mas mantém apenas
um domínio de broadcast.
Os dispositivos de Camada 3 filtram os pacotes de dados baseados no endereço IP de
destino. A única maneira de um pacote ser encaminhado é se o seu endereço IP estiver fora do
domínio de broadcast e se o roteador tiver um local identificado para onde mandar o pacote. Um
dispositivo de Camada 3 cria vários domínios de colisão e de broadcast.
O fluxo de dados através de uma rede roteada baseada em IP, envolve dados que passam
através de dispositivos de gerenciamento de tráfego nas Camadas 1, 2 e 3 do modelo OSI. A Camada
1 é usada para a transmissão através de meios físicos, a Camada 2 para gerenciamento de domínios
de colisão e a Camada 3 para gerenciamento de domínios de broadcast.
Como é o caso de muitos termos e siglas, a palavra segmento possui vários significados. A
definição do termo no dicionário é a seguinte:
• Uma seção de uma rede que é ligada por bridges, roteadores ou switches.
• Em uma rede local usando uma topologia de barramento, um segmento é um circuito elétrico
contínuo que é freqüentemente conectado a outros tantos segmentos com repetidores.
• Um termo usado na especificação do TCP para descrever uma unidade de informação da
camada de transporte. Os termos datagrama, quadro, mensagem e pacote são também
usados para descrever agrupamentos lógicos de informações em várias camadas do modelo
OSI de referência e em vários círculos tecnológicos.
Para definir adequadamente o termo segmento, o contexto da sua utilização precisa ser
apresentado juntamente com a palavra. Um termo usado na especificação do TCP para descrever uma
unidade de informação da camada de transporte. Se o termo segmento estiver sendo usado no
contexto de meios físicos de rede em uma rede roteada, será visto como uma das partes ou seções de
uma rede total.
1) Qual das seguintes alternativas é um tipo de rede largamente utilizado em redes dial-up (de
discagem)?
Meios compartilhados;
Ponto-a-ponto;
Meios compartilhados estendidos;
Ponto-a-multiponto.
2) João foi contratado como administrador de rede para uma empresa local e decidiu adicionar
hubs à rede existente da empresa. Qual dos seguintes resultados foi causado pela falta de
experiência de João?
Domínio de Colisão estendido;
Maior número de domínios de colisão;
Aumento no desempenho da rede;
Maior largura de banda;
Largura de banda estendida;
3) Um computador A está tentando localizar um novo computador denominado computador B
na rede. Qual das seguintes alternativas define o processo em que o Computador A envia
um pacote de broadcast para encontrar o endereço MAC do computador B?
Solicitação de MAC;
Solicitação de ARP;
Ping;
Telnet;
Proxy ARP;
4) Em que camadas do modelo OSI operam os roteadores? (Escolha três).
Apresentação;
Sessão;
Transporte;
Rede;
Enlace de dados;
Física;
5) Qual é o dispositivo considerado uma bridge multiporta?
Hub;
Roteador;
Switch;
Gateway;
Transceptor;
Repetidor;
8) Quais das seguintes alternativas são estados usados pelo Spanning-Tree Protocol para
criar uma topologia livre de loops em uma rede comutada? (Escolha duas).
Bloqueio (blocking);
Redundância (redundancy);
Fragmentação (fragmenting);
Latência (latency);
Aprendizado (learnig);
9) Qual é o estado do protocolo Spanning-Tree na interface do switch, quando esta interface
está administrativamente inativa?
Bloqueio (blocking);
Escuta (listening);
Encaminhamento (forwarding);
Desativado (disable);
Aprendizado (learnig);
10) Associe as funções com o tipo de dispositivo de rede adequado?
Roteador Switch ou bridge Hub ou repetidor
Sem filtragem de dados
Os quadros são filtrados
Filtros baseados em endereços IP
O quadro é regenerado e retemporizado
Cria vários domínios de colisão
Cria vários domínios de colisão e broadcast
A Internet foi desenvolvida para oferecer uma rede de comunicação que pudesse continuar
funcionando em tempos de guerra. Embora tenha evoluído de maneira bem diferente daquela
imaginada por seus idealizadores, ela ainda é baseada no conjunto de protocolos TCP/IP. O projeto do
TCP/IP é ideal para uma rede descentralizada e robusta como é a Internet. Muitos protocolos usados
hoje em dia foram criados usando o modelo TCP/IP de quatro camadas.
É útil conhecer os dois modelos de rede TCP/IP e OSI. Cada modelo oferece sua própria
estrutura para explicar como uma rede funciona, mas há muita sobreposição entre eles. Sem conhecer
os dois, é possível que um administrador de rede não tenha uma percepção suficientemente clara
sobre as razões pelas quais uma rede funciona da maneira que funciona.
Qualquer dispositivo da Internet que queira comunicar-se com outros dispositivos da Internet
precisa ter um identificador exclusivo. Esse identificador é conhecido como endereço IP, porque os
roteadores usam um protocolo da camada três, o protocolo IP, para encontrar o melhor caminho até
esse dispositivo. O IPv4, versão atual do IP, foi concebido antes que houvesse uma grande demanda
por endereços. O crescimento explosivo da Internet tem ameaçado esgotar o estoque de endereços IP.
As sub-redes, a tradução de endereços de rede (NAT, Network Address Translation) e o
endereçamento privado são usados para expandir o endereçamento IP sem que esse estoque termine.
Uma outra versão do IP, conhecida como IPv6, apresenta melhorias em relação à versão atual,
oferecendo um espaço de endereçamento muito maior, integrando ou eliminando os métodos usados
para lidar com as deficiências do IPv4.
Para fazer parte da Internet, além do endereço MAC físico, cada computador precisa de um
endereço IP exclusivo, às vezes chamado de endereço lógico. Há vários métodos para atribuir um
endereço IP a um dispositivo. Alguns dispositivos têm sempre um endereço estático, enquanto outros
têm um endereço temporário atribuído a eles toda vez que se conectam à rede. Quando é necessário
um endereço IP atribuído dinamicamente, o dispositivo pode obtê-lo por meio de vários métodos.
Para que ocorra um roteamento eficiente entre os dispositivos, outras questões precisam ser
resolvidas. Por exemplo, endereços IP duplicados podem impedir o roteamento eficiente dos dados.
Os alunos que concluírem esta lição deverão ser capazes de:
Explicar por que a Internet foi desenvolvida e como o TCP/IP se situa no projeto da Internet.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD) criou o modelo de referência TCP/IP
porque queria uma rede que pudesse sobreviver a qualquer condições.
O TCP/IP tem protocolos que suportam transferência de arquivos, correio eletrônico e lajem
remoto, em adição aos seguintes:
A camada de transporte oferece serviços de transporte desde o host de origem até o host de
destino. Ela forma uma conexão lógica entre dois pontos da rede, o host emissor e o host receptor.
TCP e UDP
Somente TCP
Essa nuvem trata de questões como "Qual dos vários caminhos é o melhor para uma rota
especificada?”.
• O IP - oferece roteamento de pacotes sem conexão, e uma entrega de melhor esforço. Ele não
se preocupa com o conteúdo dos pacotes, apenas procura um caminho até o destino.
• O ICMP (Internet Control Message Protocol – Protocolo de Mensagens de Controle da
Internet) oferece recursos de controle e de mensagens.
• O ARP (Address Resolution Protocol – Protocolo de Resolução de Endereços) determina
o endereço da camada de enlace (-o endereço MAC),ara os endereços IP conhecidos.
• O RARP (Reverse Address Resolution Protocol – Protocolo de Resolução Reversa de
Endereços) determina os endereços IP quando o endereço MAC é conhecido.
A camada de acesso à rede é a camada que cuida de todas as questões necessárias para
que um pacote IP estabeleça efetivamente um link físico com os meios físicos da rede. Isso inclui
detalhes de tecnologia de redes locais e de WANs e todos os detalhes contidos nas camadas física e
de enlace de dados do modelo OSI.
Drivers de aplicativos, de placas de modem e de outros dispositivos operam na camada de
acesso à rede. A camada de acesso à rede define os procedimentos para estabelecer uma interface
com o hardware de rede e para acessar o meio de transmissão. Padrões de protocolos conhecidos são
detectados e instalados tais como o SLIP (Serial Line Internet Protocol – Protocolo de Internet de Linha
Serial) e o PPP (Point-to-Point Protocol – Protocolo Ponto a Ponto) que oferecem acesso à rede
através de uma conexão com modem. Devido a uma complexa interação entre as especificações de
hardware, software e meios de transmissão há muitos protocolos em operação nesta camada. Isso
pode causar confusão para os usuários. A maioria dos protocolos reconhecíveis opera nas camadas
de transporte e de Internet do modelo TCP/IP.
As funções da camada de acesso à rede incluem o mapeamento de endereços IP para
endereços físicos de hardware e o encapsulamento de pacotes IP em quadros. Com base no tipo de
hardware e na interface de rede, a camada de acesso à rede define a conexão com os meios físicos da
rede.
Um bom exemplo de configuração da camada de acesso à rede seria a de um sistema
Windows usando uma placa de rede de terceiros. Conforme a versão do Windows, a placa de rede
seria detectada automaticamente pelo sistema operacional e os drivers adequados seriam instalados.
Se a versão do Windows fosse mais antiga, o usuário precisa especificar o driver da placa de rede. O
fabricante da placa fornece esses drivers em discos ou CD-ROMs.
A seguir, veremos uma comparação entre o modelo OSI e o modelo TCP/IP, observando
suas semelhanças e diferenças:
Embora a Internet seja complexa, há algumas idéias básicas relacionadas à sua operação.
Nesta seção, examinaremos a arquitetura básica da Internet. A Internet é uma idéia que aparenta
simples que, quando repetida em grande escala, permite a comunicação de dados quase instantânea
ao redor do mundo entre quaisquer pessoas, em qualquer lugar, a qualquer momento.
As redes locais são redes menores, limitadas a uma área geográfica. Muitas redes locais
conectadas entre si possibilitam o funcionamento da Internet. Mas as redes locais têm limitações de
escala. Embora tenha havido avanços tecnológicos que melhoraram a velocidade das comunicações,
com o Ethernet Metro Optical, Gigabit e 10 Gigabits, a distância ainda representa um problema.
Focar na comunicação no nível da camada de aplicação entre os computadores de origem e
destino e os computadores intermediários é uma forma de ter uma visão geral da arquitetura da
Internet. Colocar instâncias idênticas de um aplicativo em todos os computadores da rede poderia
facilitar a entrega de mensagens através da grande rede. Entretanto, isso apresenta problemas de
escala. Para que um novo software funcione corretamente, é necessário que os novos aplicativos
sejam instalados em todos os computadores da rede. Para que um novo hardware funcione
corretamente, é necessário modificar o software. Qualquer falha de um computador intermediário ou de
um aplicativo do computador causaria uma ruptura na cadeia de mensagens sendo transmitidas.
A Internet usa o princípio da interconexão de camadas de rede. Usando o modelo OSI como
exemplo, o objetivo é construir a funcionalidade da rede em módulos independentes. Isso permite uma
diversidade de tecnologias de LAN nas camadas 1 e 2 e uma diversidade de aplicações funcionando
nas camadas 5, 6 e 7. O modelo OSI oferece um mecanismo no qual os detalhes das camadas
inferiores e superiores estão separados. Isso permite que os dispositivos de rede intermediários
"comutem" o tráfego sem ter que se preocupar com os detalhes da LAN.
Isso leva ao conceito de internetworking, ou construção de redes compostas de redes. Uma
rede de redes é chamada de internet (com "i" minúsculo). Quando falamos das redes que se
desenvolveram a partir do Departamento de Defesa dos EUA, nas quais funciona a World Wide
Web (www) ou rede mundial, usamos o "I" maiúsculo, Internet. As internets devem ser
escalonáveis com relação à quantidade de redes e computadores conectados. A interconexão de
redes deve ser capaz de lidar com o transporte de dados através de enormes distâncias. Deve ser
flexível para dar conta das constantes inovações tecnológicas. Deve ser capaz de se ajustar às
condições dinâmicas da rede. E as internets devem ser econômicas. Por fim, as internets devem ser
projetadas para permitir comunicações de dados para qualquer pessoa, a qualquer momento, em
qualquer lugar.
A figura 277 resume a conexão de uma rede física à outra por meio de um computador com
função especial, chamado roteador. Essas redes são descritas como diretamente conectadas ao
roteador. O roteador é necessário para cuidar das decisões sobre os caminhos a serem utilizados para
que ocorra a comunicação entre duas redes. São necessários muitos roteadores para manejar grandes
volumes de tráfego de rede.
A figura 278 expande a idéia para três redes físicas conectadas por dois roteadores. Os
roteadores tomam decisões complexas para permitir que todos os usuários em todas as redes se
comuniquem. Nem todas as redes estão diretamente conectadas entre si. O roteador precisa de algum
método para lidar com essa situação.
Uma opção é que o roteador mantenha uma lista de todos os computadores e de todos os
caminhos até eles. Assim, o roteador decidiria como encaminhar os pacotes de dados com base nessa
tabela de referência. O encaminhamento é baseado no endereço IP do computador de destino. Essa
opção ficaria difícil conforme fosse aumentando a quantidade de usuários. A escalabilidade é
introduzida quando o roteador mantém uma lista de todas as redes, mas deixa os detalhes da entrega
local para as redes físicas locais. Nesta situação, os roteadores passam mensagens para os outros
roteadores. Cada roteador compartilha informações sobre quais redes estão conectadas a ele. Isso
cria a tabela de roteamento.
A figura 279 mostra a transparência exigida pelos usuários. Mesmo assim, as estruturas física
e lógica dentro da nuvem da Internet podem ser extremamente complexas, conforme indica a figura
280.
A Internet tem crescido rapidamente para aceitar cada vez mais usuários. O fato de a Internet
ter-se tornado tão grande, com mais de 90.000 rotas centrais e 300.000.000 de usuários finais, é uma
prova da solidez da sua arquitetura.
Dois computadores, em qualquer parte do mundo, seguindo certas especificações de
hardware, software e protocolo, podem comunicar-se de maneira confiável. A padronização das
práticas e dos procedimentos para movimentação de dados através das redes tornou a Internet
possível.
Para que dois sistemas quaisquer se comuniquem, eles precisam ser capazes de se identificar
e localizar um ao outro. Embora os endereços da figura 281 não sejam endereços de rede reais,
representam e mostram o conceito de agrupamento de endereços.
Um computador pode estar conectado a mais de uma rede. Nesta situação, o sistema deve
receber mais de um endereço.
Cada endereço identificará a
conexão do computador a uma rede
diferente. Não se fala que um
dispositivo tem um endereço, mas que
cada um dos pontos de conexão (ou
interfaces), daquele dispositivo tem um
endereço para uma rede. Isso permite
que os outros computadores localizem
o dispositivo nessa rede específica. A
combinação de letra (endereço da rede)
e número (endereço do host) cria um
endereço exclusivo para cada
Figura 283 – Dual-homed (Computador de Base Dupla) dispositivo da rede. Cada computador
em uma rede TCP/IP deve receber um identificador exclusivo, ou endereço IP. Esse endereço,
Para facilitar a utilização do endereço IP, geralmente ele é escrito como quatro números
decimais separados por pontos. Por exemplo, o endereço IP de um computador é 192.168.1.2. Outro
computador pode ter o endereço 128.10.2.1. Essa maneira de escrever o endereço é chamada de
formato decimal pontuado. Nesta notação, cada endereço IP é escrito em quatro partes separadas por
pontos. Cada parte do endereço é denominada octeto, já que é formada de oito dígitos binários. Por
exemplo, o endereço IP 192.168.1.8 seria 1000000.10101000.00000001.00001000 em notação
binária. A notação decimal separada por pontos é um método mais fácil de entender do que o método
que utiliza dígitos binários um e zero. Essa notação decimal separada por pontos também evita a
grande quantidade de erros de transposição que ocorreriam se fosse usada somente a numeração
binária.
A utilização da notação decimal separada por pontos permite que os padrões numéricos
sejam mais facilmente entendidos. Tanto os números binários quanto os decimais na figura 285
representam os mesmos valores, mas é mais fácil de entender a notação decimal separada por
pontos.
Se esse processo deve funcionar com computadores, o lugar mais lógico para se começar é
com os maiores valores que se encaixam em um byte ou dois bytes. Conforme mencionado
anteriormente, o agrupamento mais comum de bits é o de oito bits, equivalente a um byte. Às vezes,
porém, o maior valor que pode um byte pode comportar não é suficientemente grande para os valores
necessários. Para acomodar isso, bytes são combinados. Em vez de dois números de 8 bits, cria-se
um número de 16 bits. Em vez de três números de 8 bits, cria-se um número de 24 bits. Aplicam-se as
mesmas regras dos números de 8 bits. Multiplique o valor da posição anterior por 2 para obter o valor
da coluna atual.
Em computação, como geralmente se fala em bytes, é mais fácil começar pelas fronteiras
dos bytes e calcular a partir daí.
Comece calculando alguns exemplos. O primeiro será 6.783. Como esse número é maior
que 255, o maior valor possível em um único byte, usaremos dois bytes. Comece calculando a partir de
215. O equivalente binário de 6.783 é 00011010 01111111.
O segundo exemplo é 104. Como esse número é menor que 255, ele pode ser representado
por um único byte. O equivalente binário de 104 é 01101000.
Esse método funciona para qualquer número decimal. Considere o número decimal um
milhão. Como um milhão é maiores que o maior valor que pode ser guardado em dois bytes, 65.535,
serão necessários pelo menos três bytes. Multiplicando-se por dois até alcançar 24 bits (3 bytes), o
valor será 16.777.215. Isso significa que o maior valor que pode ser guardado em 24 bits é 16.777.215.
Portanto, começando do bit 24, continue o processo até alcançar zero. Continuando com o
procedimento descrito, determina-se que o número decimal 1.000.000 é igual ao número binário
00001111 01000010 01000000.
Usando o endereço IP da rede de destino, um roteador pode entregar um pacote para a rede
correta. Quando o pacote chega a um roteador conectado à rede de destino, esse roteador usa o
endereço IP para localizar o computador específico conectado a essa rede. Esse sistema funciona de
maneira muito parecida com o sistema dos correios. Quando uma correspondência é roteada, primeiro
ela deve ser entregue à agência dos correios na cidade de destino usando-se o CEP. Em seguida,
essa agência deve localizar o destino final nessa cidade usando-se o nome da rua. É um processo em
duas etapas.
Da mesma maneira, todo endereço IP tem duas partes.
Uma parte identifica a rede à qual o sistema está conectado; a outra parte identifica o
sistema específico na rede. Conforme mostrado na figura 290, cada octeto vai de 0 a 255. Cada um
dos octetos divide-se em 256 subgrupos, que se dividem em outros 256 subgrupos com 256 endereços
em cada um deles. Ao se referir ao endereço do grupo diretamente acima de um grupo na hierarquia,
todos os grupos que se ramificam desse endereço podem ser mencionados como uma única unidade.
Esse tipo de endereço é chamado de endereço hierárquico, porque contém diferentes níveis.
Um endereço IP combina esses dois identificadores em um único número. Esse número deve ser
exclusivo, já que endereços duplicados tornariam o roteamento impossível. A primeira parte identifica o
endereço de rede do sistema. A segunda parte, chamada de parte do host, identifica qual é a máquina
específica na rede.
Os endereços IP são divididos em classes, para definir redes pequenas, médias e grandes.
Os endereços de classe A são atribuídos a redes maiores. Os endereços de classe B são usados para
redes de porte médio e os de classe C para redes pequenas.
A primeira etapa para determinar qual parte do endereço identifica a rede e qual parte
identifica o host é identificar a classe do endereço IP.
Isto é conhecido por endereçamento classe full. Cada endereço IP completo de 32 bits é
dividido em uma parte da rede e uma parte do host.
Um endereço IP de classe B usa os dois primeiros octetos para indicar o endereço da rede.
Os outros dois octetos especificam os endereços dos hosts.
Os dois primeiros bits do primeiro octeto de um endereço classe B são sempre 10. Os seis
bits restantes podem ser preenchidos com 1s ou 0s. Portanto, o menor número que pode ser
representado por um endereço classe B é 10000000, equivalente a 128 em decimal. O maior número
Esse espaço de endereços tinha como objetivo suportar redes pequenas com no máximo
254 hosts.
Um endereço classe C começa com o binário 110. Assim, o menor número que pode ser
representado é 11000000, equivalente a 192 em decimal. O maior número que pode ser representado
é 11011111, equivalente a 223 em decimal. Se um endereço contém um número entre 192 e 223 no
primeiro octeto, é um endereço classe C.
O endereço classe D foi criado para permitir multicasting em um endereço IP.
Entretanto, a IETF (Internet Engineering Task Force) reserva esses endereços para suas
próprias pesquisas. Dessa forma, nenhum endereço classe E foi liberado para uso na Internet. Os
primeiros quatro bits de um endereço classe E são sempre definidos como 1s. Assim, o intervalo de
valores no primeiro octeto dos endereços de classe E vai de 11110000 a 11111111, ou de 240 a 255
em decimal.
A figura 300 mostra o intervalo de endereços IP do primeiro octeto, tanto em decimal quanto
em binário, para cada classe de endereços IP.
Alguns endereços de host são reservados e não podem ser atribuídos a dispositivos em uma
rede. Esses endereços de host reservados incluem o seguinte:
• Endereço de rede: Usado para identificar a própria rede;
Na figura 301, a seção identificada pela caixa superior representa a rede 198.150.11.0. Os
dados que são enviados para qualquer host dessa rede (198.150.11.1- 198.150.11.254) serão vistos
para fora da rede local como 198.159.11.0. O único momento em que os números dos hosts têm
importância é quando os dados estão na rede local. A LAN que está contida na caixa inferior é tratada
da mesma maneira que a LAN superior, com a diferença de que seu número de rede é 198.150.12.0.
• Endereço de broadcast: Usado para realizar broadcast de pacotes para todos os
dispositivos de uma rede.
Em um endereço de rede classe B, os dois primeiros octetos são designados como a parte
da rede. Os dois últimos octetos contêm 0s porque esses 16 bits são para os números de host e são
usados para identificar os dispositivos conectados à rede. O endereço IP 176.10.0.0 é um exemplo de
endereço de rede. Esse endereço nunca é atribuído como endereço de host. O endereço de host de
um dispositivo da rede 176.10.0.0 poderia ser 176.10.16.1. Neste exemplo, "176.10" é a parte da rede
e "16.1" é a parte do host.
Para enviar dados a todos os dispositivos de uma rede, é necessário um endereço de
broadcast.
O uso de sub-redes é um método usado para gerenciar endereços IP, como mostrado no
exemplo, a rede 131.108.0.0 é subdividida nas sub-redes 131.108.1.0, 131.108.2.0 e 131.108.3.0.
Esse método de dividir classes inteiras de endereços de redes em pedaços menores impediu
o esgotamento completo dos endereços IP. É impossível abordar o TCP/IP sem mencionar as sub-
redes. Como administrador de sistemas, é importante compreender a utilização de sub-redes como
uma forma de dividir e identificar redes independentes através da LAN. Nem sempre é necessário
dividir uma rede pequena em sub-redes. Entretanto, para redes grandes ou extremamente grandes, a
divisão em sub-redes é necessária.
Dividir uma rede em sub-redes significa usar a máscara de sub-rede para dividir a rede em
segmentos menores, ou sub-redes, mais eficientes e mais fáceis de gerenciar. Um exemplo
semelhante seria o sistema telefônico brasileiro, que é dividido em códigos DDD, prefixos e números
locais.
A quantidade mínima de bits que podem ser emprestados é 2. Se criássemos uma sub-rede
tomando somente um bit emprestado, o número da rede seria .0. O número de broadcast seria .255. A
quantidade máxima de bits que podem ser emprestados é qualquer valor que deixe pelo menos 2 bits
sobrando para o número do host.
O IPv6 usa 128 bits em vez dos 32 bits usados atualmente no IPv4. O IPv6 usa números
hexadecimais para representar os 128 bits. Ele oferece 640 sextilhões de endereços. Essa versão do
IP deve oferecer endereços suficientes para as futuras necessidades das comunicações.
A figura 315 mostra um endereço IPv4 e um endereço IPv6. Endereços IPv4 têm 32 bits de
comprimento, são escritos em formato decimal e separados por pontos. Endereços IPv6 têm 128 bits
Um host de rede precisa obter um endereço único para operar na Internet. O endereço físico
ou MAC de um host só é significativo localmente, identificando o host dentro da rede local. Como esse
endereço é de camada 2, o roteador não o utiliza para encaminhamento fora da LAN.
Os endereços IP são os endereços mais usados para as comunicações na Internet. Esse
protocolo é um esquema de endereçamento hierárquico que permite que os endereços individuais
sejam associados entre si e tratado como grupos. Esses grupos de endereços permitem uma
transferência eficiente de dados através da Internet.
Os administradores de rede usam dois métodos para atribuir endereços IP. Esses métodos
são: estático e dinâmico. Mais adiante nesta lição, abordaremos o endereçamento estático e três
variações do endereçamento dinâmico. Independentemente do esquema de endereçamento escolhido,
duas interfaces não podem ter o mesmo endereço IP. Dois hosts que tenham o mesmo endereço IP
poderiam gerar um conflito, fazendo com que os dois hosts envolvidos não funcionassem
corretamente. Conforme mostrado na figura 317, os hosts têm um endereço físico, atribuído à placa de
interface de rede que permite a conexão ao meio físico.
A atribuição estática funciona bem em redes pequenas, que mudam pouco. O administrador do
sistema atribui e rastreia manualmente os endereços IP de cada computador, impressora ou servidor
da intranet. Uma boa manutenção de registros é essencial para evitar problemas relacionados a
endereços IP duplicados. Isso só é possível quando há uma quantidade pequena de dispositivos para
rastrear.
Os servidores devem receber um endereço IP estático, para que as estações de trabalho e os
outros dispositivos sempre saibam como acessar os serviços necessários. Imagine a dificuldade que
seria telefonar para uma empresa que mudasse de número de telefone todos os dias.
Outros dispositivos que devem receber endereços IP estáticos são as impressoras de rede, os
servidores de aplicativos e os roteadores.
Entretanto, diferentemente do RARP, os pacotes BOOTP podem incluir o endereço IP, assim
como o endereço de um roteador, de um servidor e informações específicas do fabricante.
Um problema do BOOTP, contudo, é não ter sido projetado para fornecer atribuição dinâmica
de endereços. Com o BOOTP, um administrador de rede cria um arquivo de configuração que
Um dos principais problemas dos sistemas em rede é como se comunicar com os outros
dispositivos da rede.
Nas comunicações por TCP/IP, um datagrama em uma rede local deve conter um endereço
MAC de destino e um endereço IP de destino. Esses endereços devem estar corretos e coincidir com
os endereços MAC e IP de destino do dispositivo host. Se não coincidirem, o datagrama será rejeitado
pelo host de destino. As comunicações dentro de um segmento de LAN requerem dois endereços.
Deve haver uma maneira de mapear automaticamente os endereços IP para endereços MAC. O
usuário gastaria muito tempo se tivesse que criar os mapas manualmente. O TCP/IP tem um protocolo
chamado ARP (Address Resolution Protocol – Protocolo de Resolução de Endereços), que pode obter
As comunicações entre dois segmentos de LAN têm uma tarefa adicional. Tanto o endereço IP
quanto o endereço MAC são necessários para o host de destino e para o dispositivo de roteamento
intermediário. O TCP/IP tem uma variação do ARP chamada Proxy ARP, que fornece o endereço MAC
de um dispositivo intermediário para transmissão fora da LAN para outro segmento da rede.
Em redes TCP/IP , um pacote de dados deve conter tanto um endereço MAC de destino
quanto um endereço IP de destino. Se um dos dois estiver faltando, os dados não passarão da
camada 3 para as camadas superiores. Dessa forma, os endereços MAC e os endereços IP agem
como verificadores e balanceadores entre si. Depois de determinarem os endereços IP dos
dispositivos de destino, os dispositivos podem adicionar os endereços MAC de destino aos pacotes de
dados.
Alguns dispositivos mantêm tabelas que contêm os endereços MAC e os endereços IP de
outros dispositivos conectados à mesma LAN.
Elas são chamadas de tabelas ARP. As tabelas ARP são armazenadas na memória RAM,
onde as informações sobre cada um dos dispositivos são mantidas automaticamente em cache. É
muito raro que o usuário tenha que criar uma entrada na tabela ARP manualmente. Cada dispositivo
em uma rede mantém sua própria tabela ARP. Quando um dispositivo da rede quer enviar dados
através dela, ele usa as informações fornecidas pela tabela ARP.
Quando uma origem determina o endereço IP de um destino, ela consulta a tabela ARP a fim
de localizar o endereço MAC do destino. Se a origem localizar uma entrada na sua tabela (endereço IP
de destino para o endereço MAC de destino), ela associa o endereço IP ao endereço MAC e o utiliza
para encapsular os dados. Então, o pacote de dados é enviado pelos meios físicos da rede para ser
capturado pelo dispositivo de destino.
Os dispositivos podem usar duas formas de obter os endereços MAC que eles precisam para
adicionar aos dados encapsulados.
A primeira maneira é monitorar o tráfego que ocorre no segmento local da rede. Todas as
estações de uma rede Ethernet analisarão todo o tráfego para determinar se os dados são para elas.
Parte desse processo é gravar os endereços IP e MAC de origem do datagrama em uma tabela ARP.
Conforme os dados são transmitidos pela rede, os pares de endereços preenchem a tabela ARP. A
outra maneira de obter um par de endereços para transmissão dos dados é enviar uma solicitação
ARP broadcast.
O computador que requer um par de endereços IP e MAC envia uma solicitação ARP
broadcast. Todos os outros dispositivos da rede local analisam essa solicitação. Se um dos
dispositivos locais corresponder ao endereço IP da solicitação, ele devolve uma resposta ARP que
contém seu par IP-MAC. Se o endereço IP for para a rede local e o computador não existir ou estiver
desligado, não haverá resposta à solicitação ARP. Nesta situação, o dispositivo de origem relata um
erro. Se a solicitação for para uma rede com outro IP, há outro processo que pode ser usado.
Os roteadores não encaminham pacotes de broadcast. Se este recurso estiver ativado, o
roteador realiza um Proxy ARP.
O Proxy ARP é uma variação do protocolo ARP. Nesta variação, um roteador envia ao host
solicitante uma resposta ARP com o endereço MAC da interface na qual a solicitação foi recebida. O
roteador responde com os endereços MAC às solicitações cujo endereço IP não esteja no intervalo de
endereços da sub-rede local.
Outro método para enviar dados ao endereço de um dispositivo que está em outro segmento
da rede é configurar um gateway padrão.
Deve ter sido obtido um entendimento dos principais conceitos a seguir: texto
• Por que a Internet foi desenvolvida e como o TCP/IP situa-se no projeto da Internet.
• As 4 camadas do modelo TCP/IP.
• As funções de cada camada do modelo TCP/IP.
• O modelo OSI comparado ao modelo TCP/IP.
• O endereçamento IP dá a cada dispositivo na Internet um identificador exclusivo.
• As classes de endereços IP são divisões lógicas do espaço de endereços usadas para atender
às necessidades de vários tamanhos de redes.
• As sub-redes são usadas para dividir uma rede em redes menores.
• Os endereços reservados desempenham um papel especial no endereçamento IP e não
podem ser usados para nenhuma outra finalidade.
• Os endereços privados não podem ser roteados na Internet pública.
• A função de uma máscara de sub-rede é mapear as partes de um endereço IP que
correspondem à rede e ao host.
• Algum dia, o IPv4 estará totalmente obsoleto e a versão usada comumente será a IPv6.
• Um computador precisa ter um endereço IP para se comunicar na Internet.
• Um endereço IP pode ser configurado estaticamente ou dinamicamente.
• Um endereço IP dinâmico pode ser alocado usando-se o RARP, BOOTP ou DHCP.
• O DHCP fornece mais informações a um cliente do que o BOOTP.
• O DHCP permite que os computadores sejam móveis, possibilitando a conexão a várias redes
diferentes.
• O ARP e o Proxy ARP podem ser usados para solucionar problemas de resolução de
endereços.
5) Quantos endereços de host utilizáveis estão disponíveis em uma rede classe C com
máscara de sub-rede padrão?
128;
254;
255;
256;
Um protocolo descreve:
Um protocolo roteado permite que o roteador encaminhe dados entre nós de diferentes redes.
Para um protocolo ser roteável, ele deve propiciar a capacidade de atribuir um número de
rede e um número de host a cada dispositivo individual. Alguns protocolos, como o IPX, exigem
apenas um número de rede, porque usam um endereço MAC de host para o número do host. Outros
protocolos, como o IP, exigem um endereço completo, que consiste em uma parte da rede e uma parte
do host. Esses protocolos também exigem uma máscara de rede para diferenciar os dois números. O
endereço de rede é obtido pela operação AND do endereço com a máscara de rede.
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Marco Antonio Reis Marques
344
Módulo X: Conceitos Básicos de Roteamento e de Sub-redes
A razão para a utilização de uma máscara de rede é permitir que grupos de endereços IP
seqüenciais sejam tratados como uma única unidade. Se esse agrupamento não fosse permitido, cada
host precisaria ser mapeado individualmente para o roteamento. Isto seria impossível, porque de
acordo com o Internet Software Consortium existem atualmente aproximadamente 233.101.500 hosts
na Internet.
O IP é um protocolo sem conexão, de melhor entrega possível e, não confiável. O termo "sem
conexão" significa que não há conexão com circuito dedicado estabelecida antes da transmissão,
como ocorre quando é feita uma ligação telefônica. O IP determina a rota mais eficiente para os dados
com base no protocolo de roteamento. Os termos "não confiável" e "melhor entrega" não implicam que
o sistema não seja confiável e que não funcione bem, mas que o IP não verifica se os dados chegaram
ao destino. Se necessário, a verificação é controlada pelos protocolos da camada superior.
À medida que as informações fluem pelas camadas do modelo OSI, os dados são
processados em cada camada.
À medida que um pacote trafega em uma internetwork até seu destino final, os cabeçalhos e
trailers de quadros da camada 2 são removidos e substituídos em cada dispositivo da camada 3.
Dois tipos de serviços de entrega são: sem conexão e orientados a conexões. Esses dois
serviços fornecem a entrega real de dados fim-a-fim em uma internetwork.
A maioria dos serviços de rede usa um sistema de entrega sem conexão.
Pacotes diferentes podem seguir caminhos diferentes para atravessar a rede, mas são
reagrupados após chegarem ao destino. Em um sistema sem conexão, o destino não é contatado
antes de o pacote ser enviado. Uma boa comparação para um sistema sem conexão é o sistema
postal. O destinatário não é contatado antes do envio para verificar se aceitará a carta. Além disso, o
remetente nunca sabe se a carta chegou ao destino.
Em sistemas orientados a conexão, é estabelecida uma conexão entre o remetente e o
destinatário antes que qualquer dado seja transferido.
Um exemplo de rede orientada a conexão é o sistema telefônico. O autor da chamada faz uma
ligação, é estabelecida uma conexão e ocorre a comunicação.
Os processos de rede não orientados a conexão são normalmente conhecidos como
comutados por pacote (packet-switched). À medida que os pacotes trafegam da origem para o destino,
os mesmos podem ser comutados por caminhos diferentes e, possivelmente, chegar fora de ordem.
Cada pacote contem as instruções, como por exemplo, o endereço de destino e sua ordem dentro da
mensagem, que coordenam sua chegada com a chegada dos outros pacotes associados. Os pacotes
são colocados na seqüência correta quando chegam ao destino. Os dispositivos determinam os
caminhos para cada pacote com base em diversos critérios. Alguns deles, como por exemplo, largura
de banda disponível, pode diferir de pacote para pacote.
Os processos de rede orientados a conexão (conection-oriented) são freqüentemente
conhecidos como comutados por circuito. Inicialmente é estabelecida uma conexão dedicada com o
receptor e, em seguida, começa a transferência dos dados. Todos os pacotes trafegam
seqüencialmente pelo mesmo circuito, físico ou virtual, em um fluxo contínuo.
A Internet é uma rede gigantesca não orientada a conexão na qual a maioria das entregas de
pacotes é feita através de IP. O TCP adiciona serviços de confiabilidade próprios da Camada 4,
orientada a conexão, às comunicações não orientadas a conexão feitas sobre IP.
Os pacotes IP consistem dos dados das camadas superiores somados a um cabeçalho IP. O
cabeçalho IP consiste de:
• Versão – Especifica o formato do cabeçalho do pacote IP. O campo versão (4-bits) contém o
valor 4 se este for um pacote IPv4 e 6 se este for um pacote IPv6. Entretanto, este campo não
é utilizado para distinguir pacotes IPv4 e IPv6. O campo "Tipo de protocolo" no cabeçalho da
camada 2 é usado para isto.
• Extensão total – Especifica o tamanho total do pacote em bytes, inclusive dados e cabeçalho;
16 bits. Para obter o tamanho do payload dos dados, subtraia o HLEN do tamanho total.
• Identificação – Contém um número inteiro que identifica o datagrama atual; 16 bits. Esse é o
número de seqüência.
• Flags – Um campo de três bits em que os dois bits de ordem inferior controlam a
fragmentação. Um bit especifica se o pacote pode ser fragmentado; o outro, se este é o último
fragmento de uma série de pacotes fragmentados.
• Time-to-live (TTL) – Um campo que especifica o número de saltos pelos quais um pacote
pode trafegar. Este número diminui em um à medida que o pacote trafega por um roteador.
Quando o contador chega a zero, o pacote é descartado. Isso impede que os pacotes
permaneçam infinitamente em loop.
• Protocol – Indica que protocolo de camada superior, por exemplo, TCP ou UDP, receberá os
pacotes de entrada após a conclusão do processamento IP; oito bits.
• Opções – Permite que o IP suporte várias opções, como segurança; tamanho variável.
• Enchimento – Zeros adicionais são adicionados a este campo para assegurar que o
cabeçalho IP seja sempre um múltiplo de 32 bits.
Um roteador é um dispositivo de camada de rede que usa uma ou mais métricas para
determinar o caminho ideal pelo qual o tráfego da rede deve ser encaminhado. Métricas de roteamento
são valores usados para determinar a vantagem de uma rota sobre a outra.
Os protocolos de roteamento usam várias combinações de métricas para determinar o
melhor caminho para os dados.
O roteador executa uma função parecida com aquela do comutador de nível mais alto no
exemplo do telefone.
A Figura 388 mostra as tabelas ARP para o endereços MAC da camada 2 e as tabelas de
roteamento para o endereços IP da camada 3. Cada interface de computador e de roteador mantém
Os protocolos usados na camada de rede que transferem dados de um host para outro
através de um roteador são chamados protocolos roteados ou roteáveis. Os protocolos roteados
transportam dados através de uma rede. Os protocolos de roteamento permitem que os roteadores
escolham o melhor caminho para os dados, da origem ao destino.
O Internet Protocol (IP) e o Internetwork Packet Exchange (IPX) da Novell são exemplos de
protocolos roteados. Outros exemplos incluem DECnet, AppleTalk, Banyan VINES e Xerox Network
Systems (XNS).
Os roteadores usam protocolos de roteamento para trocar tabelas de roteamento e
compartilhar informações de roteamento. Em outras palavras, os protocolos de roteamento permitem
que os roteadores direcionem protocolos roteados.
O processo a seguir é usado durante uma determinação do caminho para cada pacote
roteado:
• O roteador compara o endereço IP do pacote que ele recebeu com as tabelas IP que tem.
• A máscara da primeira entrada da tabela de roteamento é aplicada ao endereço de destino.
• O destino com a máscara é comparado à tabela de roteamento.
• Se houver correspondência, o pacote é encaminhado à porta associada a essa entrada da
tabela.
• Caso contrário, é verificada a próxima entrada da tabela.
• Interface de saída – A interface na qual os dados devem ser enviados, para que cheguem ao
destino final.
Os roteadores comunicam-se uns com os outros para manter suas tabelas de roteamento
através da transmissão de mensagens de atualização de roteamento. Alguns protocolos de roteamento
transmitem mensagens de atualização periodicamente; outros as enviam somente quando há
alterações na topologia da rede. Alguns protocolos transmitem toda a tabela de roteamento em cada
mensagem de atualização; outros transmitem somente as rotas que sofreram alteração. Analisando as
atualizações de roteamento dos roteadores vizinhos, um roteador constrói e mantém sua tabela de
roteamento.
• Simplicidade e economia – Quanto mais simples o algoritmo, mais eficientemente ele será
processado pela CPU e pela memória no roteador. Isso é importante para o dimensionamento
da rede em grandes proporções como, por exemplo, a Internet.
• Atraso – O tempo necessário para mover um pacote em cada link da origem até o destino. O
atraso depende da largura de banda de links intermediários, do volume de dados que podem
ser armazenados temporariamente em cada roteador, do congestionamento na rede e da
distância física.
• Contagem de saltos – O número de roteadores pelos quais um pacote deve trafegar antes de
chegar ao destino. Cada roteador pelo qual os dados devem passar é igual a um salto. Um
caminho que tem contagem de saltos quatro indica que os dados que trafegam por esse
caminho devem passar por quatro roteadores antes de chegar ao seu destino final. Se vários
caminhos estiverem disponíveis para um destino, o preferido será aquele com o menor número
de saltos.
• Ticks – O atraso em um link de dados que usa clock ticks (pulsos do relógio) do PC IBM. Um
tick corresponde a aproximadamente 1/18 de segundo.
Os protocolos de roteamento podem ser classificados como IGPs ou EGPs, o que descreve
se um grupo de roteadores está ou não sob uma única administração. Os IGPs podem ser mais
detalhadamente categorizados como protocolos de vetor de distância ou de estado de link.
A abordagem de roteamento pelo vetor de distância determina a distância e a direção (,-
vetor), para qualquer link na internetwork. A distância pode ser a contagem de saltos até o link. Os
roteadores que usam algoritmos de vetor de distância enviam periodicamente todas ou parte das suas
entradas da tabela de roteamento para roteadores adjacentes. Isso acontece mesmo que não haja
alterações na rede. Recebendo uma atualização do roteamento, um roteador pode verificar todas as
rotas conhecidas e alterar sua tabela de roteamento. Esse processo também é conhecido como
roteamento por "rumor". A compreensão que um roteador tem da rede baseia-se na perspectiva do
roteador adjacente na topologia da rede.
Exemplos de protocolos de vetor de distâncias incluem:
• Routing Information Protocol (RIP) – O IGP mais comum na Internet, o RIP usa a
contagem de saltos como única métrica de roteamento.
• Interior Gateway Routing Protocol (IGRP) – Este IGP foi criado pela Cisco para atacar
problemas associados ao roteamento em redes grandes e, heterogêneas.
• Enhanced IGRP (EIGRP) – Este IGP exclusivo da Cisco inclui muitos dos recursos de um
protocolo de roteamento de estado de link. Por isso, ele recebeu o nome de protocolo
híbrido balanceado mas é, na verdade, um protocolo avançado de roteamento de vetor de
distância.
Os protocolos de roteamento de estado de link foram criados para superar as limitações dos
protocolos de roteamento de vetor de distância. Os protocolos de roteamento de estado de link
respondem rapidamente a alterações da rede, enviando atualizações de disparo somente quando
ocorre uma dessas alterações. Os protocolos de roteamento de estado de link enviam atualizações
periódicas, conhecidas como atualizações de estado de link em intervalos maiores, como, por
exemplo, a cada 30 minutos.
Quando uma rota ou um link muda, o dispositivo que detectou a alteração cria um link-state
advertisement (LSA, anúncio de estado de link) relativo a esse link. O LSA é, então, transmitido a todos
os dispositivos vizinhos. Cada dispositivo de roteamento pega uma cópia do LSA, atualiza seu banco
de dados de estados de link e encaminha esse LSA a todos os dispositivos vizinhos. Essa inundação
de LSAs é necessária para garantir que todos os dispositivos de roteamento criem bancos de dados
que reflitam exatamente a topologia da rede antes de atualizar suas tabelas de roteamento.
Os algoritmos de estado de link normalmente usam seus bancos de dados para criar
entradas de tabelas de roteamento que preferem o caminho mais curto. Exemplos de protocolos de
estado de link incluem Open Shortest Path First (OSPF) e Intermediate System-to-Intermediate System
(IS-IS).
As classes de endereços IP oferecem uma faixa de 256 a 16,8 milhões de hosts, conforme já
foi discutido anteriormente neste módulo. Para que se gerencie com eficiência um grupo limitado de
endereços IP, todas as classes podem ser subdivididas em sub-redes menores. A Figura 45 fornece
uma visão geral da divisão entre redes e hosts.
Para criar a estrutura de sub-redes, os bits do host devem ser reatribuídos como bits da sub-
rede. Esse processo é freqüentemente chamado “’pedir emprestado”’ bits. No entanto, um termo mais
preciso seria “’emprestar”’ bits. O ponto de partida para este processo é sempre o bit do host mais à
esquerda, aquele mais próximo ao último octeto da rede.
A máscara de sub-rede é criada com o uso de 1s binários nas posições dos bits relativos à
rede. Os bits da sub-rede são determinados com a adição do valor às posições dos bits tomados por
empréstimo. Se tivessem sido tomados três bits, a máscara para um endereço de classe C seria
255.255.255.224.
Essa máscara também pode ser representada, no formato de barras, como /27. O
número após a barra é o total de bits usados para a parte da rede e da sub-rede.
Para determinar o número de bits a serem usados, o projetista da rede precisa calcular
quantos hosts a maior sub-rede requer e o número necessário de sub-redes. Por exemplo, a rede
precisa de 6 sub-redes com 25 hosts cada. Uma maneira de determinar a quantidade de bits que
devem ser emprestados é através da tabela de sub-redes.
Consultando a linha "Sub-redes Utilizáveis", a tabela indica que para ter seis sub-redes são
necessários 3 bits adicionais na máscara de sub-rede. A tabela mostra que desta forma são criados 30
hosts utilizáveis por sub-rede, o que irá satisfazer os requisitos deste esquema. A diferença entre hosts
utilizáveis e total de hosts resulta do uso do primeiro endereço disponível como ID e do último
endereço disponível como broadcast para cada sub-rede. Tomar emprestado o número apropriado de
bits para acomodar o número necessário de sub-redes e de hosts por sub-rede pode ser resultado de
(23) – 2 = 6
Número de hosts utilizáveis = dois elevado ao número de bits restantes menos dois
(endereços reservados para ID da sub-rede e broadcast da sub-rede)
(2 núm. de bits restantes) – 2 = hosts utilizáveis
(25) – 2 = 30
Uma vez estabelecida a máscara de sub-rede, ela pode ser usada para criar o esquema de
sub-redes.
Os roteadores usam máscaras de sub-rede para determinar a sub-rede de origem para nós
individuais. Esse processo é chamado ANDing lógico. O ANDing é um processo binário pelo qual o
roteador calcula a ID de sub-rede para um pacote enviado.
TESTE
Conforme o nome sugere, a camada de transporte TCP/IP transporta dados entre aplicativos
em dispositivos de destino. Para a compreensão das redes de dados modernas, é essencial um
entendimento completo da operação da camada de transporte. Este módulo descreverá as funções e
serviços desta camada crítica do modelo de rede TCP/IP.
Muitas das aplicações de rede encontradas na camada de aplicação TCP/IP são familiares
até mesmo aos usuários ocasionais de redes. HTTP, FTP e SMTP, por exemplo, são acrônimos
comumente vistos por usuários de navegadores Web e clientes de correio eletrônico. Este módulo
também descreve a função desses e de outros aplicativos, usando como base o modelo de redes
TCP/IP.
Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de:
À medida que a camada de transporte envia segmentos de dados, ela procura garantir que
eles não sejam perdidos. Um host receptor que não consiga processar dados com a mesma rapidez
com que chegam, pode causar perda de dados. O host receptor é, então, forçado a descartá-los. O
controle de fluxo evita que um host transmissor sobrecarregue os buffers de um host receptor. O TCP
fornece o mecanismo para controle de fluxo, permitindo a comunicação entre os hosts de envio e de
recepção. Os dois hosts, então, estabelecem uma taxa de transferência de dados satisfatória para
ambos.
Várias conversas simultâneas da camada superior podem ser multiplexadas sobre uma
única conexão. A funcionalidade de transporte é realizada segmento-por-segmento. Em outras
palavras, diferentes aplicações podem enviar segmentos de dados de acordo com a política primeiro a
chegar, primeiro a ser servido (First-come, first-served). O segmento que chegar primeiro será servido
primeiro. Esses segmentos podem então ser roteados para o mesmo destino, ou para diferentes
destinos.
Uma função da camada de transporte é estabelecer uma sessão orientada à conexão entre
dispositivos similares na camada de aplicação. Para que a transferência de dados comece, as
aplicações de envio e de recebimento informam aos
respectivos sistemas operacionais que será iniciada
uma conexão. Um nó inicia uma conexão que deverá
ser aceita pelo outro. Os módulos do software de
protocolo nos dois sistemas operacionais comunicam-
se enviando mensagens pela rede, para verificar se a
transferência está autorizada e se ambos os lados
estão prontos.
A conexão é estabelecida e a transferência
de dados começa após ter ocorrido toda a
sincronização. Durante a transferência, as duas
máquinas continuam a se comunicar com seu software
de protocolo, para verificar se os dados estão sendo
recebidos corretamente.
A Figura 414 mostra uma conexão típica
Figura 416 - Estabelecendo Conexão
com um Sistema Par entre os sistemas de envio e de recebimento. O
primeiro handshake solicita sincronização. O segundo e o terceiro confirmam a solicitação de
Ao final da transferência de dados, o host transmissor envia um sinal que indica o final da
transmissão. O host receptor na extremidade da seqüência de dados confirma o fim da transmissão e a
conexão é encerrada.
1. O host (A) inicia uma conexão enviando um pacote SYN para o host (B) indicando que o seu
ISN = X:
2. B recebe o pacote, grava que a seq de A = X, responde com um ACK de X + 1, e indica que
seu ISN = Y. O ACK de X + 1 significa que o host B já recebeu todos os bytes até ao byte X e
que o próximo byte esperado é o X + 1:
11.2.5 Janelamento
Os pacotes de dados devem ser enviados ao receptor na mesma ordem em que foram
transmitidos, para que haja uma transferência de dados confiável, orientada à conexão. O protocolo
falha se algum pacote for perdido, danificado, duplicado ou recebido em ordem diferente. Uma solução
fácil é fazer com que o receptor confirme o recebimento de cada pacote antes do envio do pacote
seguinte.
Se o remetente precisar esperar uma confirmação após enviar cada pacote, o throughput
será lento. Por isso, a maioria dos protocolos confiáveis, orientados à conexão, permite mais de um
pacote trafegando na rede por vez. Como há tempo disponível após o encerramento da transmissão de
dados pelo remetente e antes que o receptor termine o processamento de qualquer confirmação
recebida, esse intervalo é usado para transmitir mais dados. O número de pacotes de dados restantes
que o emissor tem permissão para ter sem ter recebido uma confirmação é conhecido como tamanho
da janela ou janela.
O TCP usa confirmações esperadas. A expressão "confirmações esperadas" significa que o
número da confirmação refere-se ao pacote esperado em seguida. A expressão "janelamento" refere-
se ao fato de o tamanho da janela ser negociado dinamicamente durante a sessão do TCP. O
janelamento é um mecanismo de controle de fluxo. O janelamento exige que o dispositivo de origem
receba uma confirmação do destino depois de transmitir uma determinada quantidade de dados. O
processo de recebimento TCP informa uma "janela" ao TCP de envio. Essa janela especifica o número
de pacotes, começando com o número da confirmação, que o processo TCP receptor está preparado
para receber no momento.
Com um tamanho de janela três, o dispositivo de origem pode enviar três bytes ao destino. O
dispositivo de origem deve, então, aguardar uma confirmação. Se o destino receber os três bytes, ele
enviará uma confirmação ao dispositivo origem, que poderá então transmitir mais três bytes. Se o
destino não receber os três bytes, devido a sobrecarga nos buffers, não enviará a confirmação. Por
não receber a confirmação, a origem saberá que os bytes deverão ser retransmitidos e que a taxa de
transmissão deverá ser diminuída.
Os tamanhos de janela do TCP são variáveis durante todo o tempo de vida de uma conexão.
Cada confirmação contém um anúncio de janela que indica o número de bytes que o receptor pode
aceitar. O TCP também mantém uma janela de controle de congestionamento. Essa janela tem,
normalmente, tamanho igual ao da janela do receptor. No entanto, ela é reduzida à metade quando um
pacote se perde, talvez como resultado de congestionamento na rede. Essa técnica permite que a
janela seja expandida ou reduzida conforme necessário, para gerenciar o espaço no buffer e o
processamento. Um tamanho de janela maior permite o processamento de mais dados.
Conforme mostra a Figura 418, o remetente envia três pacotes antes de esperar por um
ACK. Se o receptor puder lidar com um tamanho de janela de dois pacotes apenas, a janela descarta o
pacote três, especifica três como o próximo pacote e dois como novo tamanho de janela. O remetente
envia os próximos dois pacotes, mas ainda especifica três como tamanho de janela. Isso significa que
o remetente ainda esperará uma conformação de três pacotes do receptor. O receptor responde
solicitando o pacote cinco, novamente especificando dois como tamanho de janela.
11.2.6 Confirmação
A entrega confiável garante que um fluxo de dados enviado de um dispositivo seja, através
de um enlace de dados, entregue a outro dispositivo, sem duplicação ou perda de dados. A
confirmação positiva com retransmissão é uma técnica que garante a entrega confiável de dados. Ela
exige que um receptor se comunique com a origem e retorne uma mensagem de confirmação quando
os dados são recebidos. O remetente mantém registro de cada pacote de dados (segmento TCP)
enviado e espera uma confirmação. Ele também aciona um timer quando envia um segmento e
retransmitirá um segmento se o timer expirar antes que chegue uma confirmação.
Tanto o TCP quanto o UDP usam números de porta (soquete) para passar as informações
às camadas superiores. Os números de porta são usados para manter registro de diferentes
conversações que cruzam a rede ao mesmo tempo.
Os desenvolvedores de aplicações de software concordaram em usar números de porta
bastante conhecidos, emitidos pelo órgão Internet Assigned Numbers Authority (IANA).
Toda conversação destinada à aplicação FTP usa os números de porta padrão 20 e 21. A
porta 20 é usada para a parte de dados; a porta 21 é usada para controle. As conversações que não
envolvem uma aplicação com número de porta conhecido recebem números de porta aleatórios em um
intervalo específico acima de 1023. Algumas portas são reservadas no TCP e no UDP, embora possa
haver aplicações que não os suportem.
Os sistemas finais usam números de portas para selecionar a aplicação correta. O host
origem atribui dinamicamente números de porta de origem gerados na própria origem. Esses números
são sempre superiores a 1023.
11.3.2 DNS
11.3.3 FTP
O FTP é um serviço confiável, orientado a conexão, que usa TCP para transferir arquivos
entre sistemas que suportam FTP. A finalidade principal do FTP é transferir arquivos de um
computador para outro, copiando e movendo arquivos dos servidores para os clientes e vice-versa.
Quando os arquivos são copiados de um servidor, o FTP primeiramente estabelece uma conexão de
controle entre o cliente e o servidor. Em seguida, é estabelecida uma segunda conexão, que é um link
entre os computadores através dos quais os dados são transferidos. A transferência de dados pode
ocorrer em modo ASCII ou binário. Esses modos determinam a codificação usada para arquivos de
dados que, no modelo OSI, é uma tarefa da camada de apresentação. Quando a transferência é
concluída, a conexão dos dados é finalizada automaticamente. Quando toda a sessão de cópia e
movimentação de arquivos é concluída, o link de comandos é fechado quando o usuário efetua logoff e
encerra a sessão.
O TFTP é um serviço sem conexão que usa o User Datagram Protocol (UDP). O TFTP é
usado no roteador para transferir arquivos de configuração e imagens Cisco IOS e para transferir
arquivos entre sistemas que suportam TFTP. O TFTP foi criado para ser pequeno e de fácil
implementação. Assim, não possui a maioria dos recursos do FTP. O protocolo TFTP pode ler ou
gravar arquivos de ou para um servidor remoto, respectivamente, mas ele não pode listar diretórios e
atualmente não incluem mecanismos para autenticar os usuários. Ele é útil em algumas LANs porque
ele opera mais rápido que o FTP e funciona bem em uma rede estável.
11.3.4 HTTP
O HyperText Transfer Protocol (HTTP) opera na World Wide Web, que é a parte da Internet
que tem crescido mais rapidamente e a mais usada. Uma das razões principais do extraordinário
crescimento da Web é a facilidade com que ela permite acesso às informações. Um navegador da
Web é uma aplicação cliente, o que significa que, para funcionar, exige um componente de cliente e
um componente servidor. Um navegador da Web apresenta os dados em formatos multimídia nas
páginas Web que usam texto, figuras, som e vídeo. As páginas Web são criadas com uma linguagem
de formato chamada Linguagem de marcação de hipertexto (HTML). A HTML direciona um navegador
da Web em uma determinada página da Web a produzir a aparência da página de uma maneira
específica. Além disso, a HTML especifica locais para a colocação de textos, arquivos e objetos que
serão transferidos do servidor Web para o navegador da Web.
Os hiperlinks facilitam a navegação na World Wide Web. Um hiperlink é um objeto, palavra,
frase ou figura em uma página da Web. Quando esse hiperlink é clicado, direciona o navegador para
uma nova página da Web. A página da Web contém, freqüentemente oculta em sua descrição HTML,
um local de endereço conhecido como Localizador Uniforme de Recursos (URL).
No URL http://www.cisco.com/edu/, a parte "http://" informa ao navegador que protocolo deve
ser usado. A segunda parte, "www", é o nome do host ou o nome de uma máquina específica em um
endereço IP específico. A última parte, /edu/, identifica o local específico na pasta do servidor que
contém a página da Web padrão.
Um navegador da Web normalmente abre uma página inicial ou "home page". O URL da
home page já foi armazenado na área de configuração do navegador da Web e pode ser alterado a
qualquer momento. Na página inicial pode-se clicar em um dos hiperlinks da página Web ou de digitar
uma URL na barra de endereços do navegador. O navegador da Web examina o protocolo para
determinar se ele precisa abrir outro programa e determina o endereço IP do servidor Web usando
DNS. Em seguida, as camadas de transporte, de rede, de enlace e física trabalham em conjunto para
iniciar uma sessão com o servidor Web. Os dados transferidos para o servidor HTTP contêm o nome
da pasta do local da página da Web. Os dados também podem conter um nome de arquivo específico
de uma página HTML. Se nenhum nome for fornecido, deve ser usado o nome default conforme
especificado na configuração do servidor.
O servidor responde à solicitação enviando ao cliente da Web todos os arquivos de texto,
áudio, vídeo e de figuras especificados nas instruções HTML. O navegador cliente reagrupa todos os
arquivos para criar uma visualização da página da Web e, depois, termina a sessão. Se outra página
localizada no mesmo servidor ou em outro for clicada, o mesmo processo será executado novamente.
11.3.5 SMTP
Os clientes podem coletar sua correspondência de várias formas. Podem usar programas
que acessam os arquivos do servidor de correio diretamente ou coletar sua correspondência usando
um dos muitos protocolos de rede existentes. Os mais populares protocolos de correio para clientes
são o POP3 e o IMAP4, que usam o TCP para transportar dados. Embora os clientes de correio usem
esses protocolos especiais para coletar correspondência, eles quase sempre usam SMTP para enviá-
la. Como são usados dois protocolos diferentes e, possivelmente, dois servidores diferentes, para
enviar e receber correspondência, é possível que os clientes de correio possam executar uma tarefa
mas não a outra. Assim, normalmente é uma boa idéia resolver separadamente os problemas de envio
e de recepção de e-mail.
Ao examinar a configuração de um cliente de correio, verifique se as configurações de SMTP
e de POP ou IMAP estão corretas. Um bom modo para testar se um servidor de correio pode ser
alcançado é executar o Telnet na porta SMTP (25) ou na porta POP3 (110). O seguinte formato de
comando é usado na linha de comando do Windows para testar a capacidade de alcançar o serviço
SMTP no servidor de correio no endereço IP 192.168.10.5:
C:\>telnet 192.168.10.5 25
O protocolo SMTP não oferece muito em termos de segurança e não exige autenticação. Os
administradores freqüentemente não permitem que os hosts que não compõem sua rede usem seu
servidor SMTP para enviar ou retransmitir correspondência. impedir que usuários não autorizados
usem seus servidores como retransmissores de correspondência.
11.3.6 SNMP
• Dispositivos gerenciados: Dispositivos gerenciados são nós de rede que contêm um agente
SNMP e que residem em uma rede administrada. Os dispositivos gerenciados coletam e
armazenam informações de gerenciamento, disponibilizando-as para os NMSs que usam o
SNMP. Os dispositivos gerenciados, às vezes chamados elementos da rede, podem ser
roteadores, servidores de acesso, comutadores, bridges, hubs, computadores hosts ou
impressoras.
11.3.7 Telnet
O software cliente Telnet permite efetuar login em um host remoto da Internet que esteja
executando uma aplicação de servidor Telnet e, em seguida, executar comandos usando a linha de
comando. Um cliente Telnet é chamado host local. Um servidor Telnet, que usa um software especial
chamado daemon, recebe o nome de host remoto.
Para fazer conexão usando um cliente Telnet, deve ser selecionada a opção de conexão.
Uma caixa de diálogo normalmente solicita um nome de host e um tipo de terminal. O nome de host é
o endereço IP ou nome de DNS do computador remoto. O tipo de terminal descreve o tipo de
emulação de terminal que o cliente Telnet deverá realizar. O telnet não utiliza qualquer recurso de
processamento do computador que está transmitindo. O que ele faz é transmitir as teclas digitadas
localmente ao host remoto e enviar a saída na tela de volta ao monitor local. Todo o processamento e
o armazenamento ocorrem no computador remoto.
O Telnet atua na camada de aplicação do modelo TCP/IP. Assim, ele atua nas três camadas
mais altas do modelo OSI. A camada de aplicação lida com comandos. A camada de apresentação lida
com formatação, normalmente ASCII. A camada de sessão transmite. No modelo TCP/IP, todas essas
funções são consideradas parte da camada de aplicação.
Resumo do Módulo
TESTE
2) Quais dos seguintes protocolos utilizam o protocolo UDP da camada 4? (Escolha três).
SMTP;
SNMP;
FTP;
TFTP;
HTTP;
4) Um servidor Internet executa tanto serviços FTP com HTTP. Como o servidor sabe qual
destes aplicativos de processar um segmento que chegou?
O cabeçalho do pacote o identifica como pacote HTTP ou FTP;
Os dados do segmento são especialmente formatados para HTTP ou FTP;
O número da porta de destino do segmento identifica o aplicativo que deve processá-lo;
O número da porta de origem é associado a um destes aplicativos de servidor bem conhecidos;
6) Quais das seguintes alternativas são incluídas num cabeçalho TCP mas não em um
cabeçalho UDP?
Número de seqüência;
Porta de origem;
Tamanho da janela;
Dados;
Porta de Destino;
Número de confirmação;