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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊ

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO


DISCIPLINA: PROJETO URBANO E AMBIENTAL IV
ALUNA: INGRID LORRANA FERREIRA SOBREIRA

RELATÓRIO:
SOBRE A DISCUSSÃO EM SALA DA INTRODUÇÃO DO LIVRO: IMAGENS DA
CIDADE: PATRIMONIALIZAÇÃO, CENÁRIOS E PRÁTICAS SOCIAIS DO AUTOR
JOVANKA BARACUHY CAVALCANTI E SOBRE O ELEVADO PRESIDENTE JOÃO
GOULART

O assunto mais debatido foi sobre o Elevado Presidente João Goulart


conhecido popularmente como Minhocão, que é uma via expressa elevada,
construída na cidade de São Paulo, a qual liga a região da Praça Roosevelt,
no centro da cidade, ao Largo Padre Péricles, em Perdizes. Esta via gera
discussões sobre seus impactos tanto na malha viária como na malha urbana,
um desses impactos iniciais e negativos foi a desvalorização do local, causando
um êxodo populacional diante do caos da poluição visual e sonora, com isso o
preço dos alugueis se tornaram mais barato, e uma população menos abastada
ocupou os apartamentos ao redor do minhocão. Depois de mais de 45 anos da
sua inauguração, o minhocão passa por um processo de desativação em prol do
desenvolvimento urbano e com isso a área tem alcançado gradualmente uma
valorização, com isso o mercado imobiliário toma proveito desta situação para
aumentar o preço dos alugueis e do custo de vista como um tal na região da via
expressa elevada, incentivando mais uma vez saída dessa população,
resultando numa troca de grupos sociais

O processo de gentrificação descrito por Jovanka, acontece em São


Paulo, nesse momento de desvalorização e valorização do espaço ao redor do
Elevado Presidente João Goulart, como o próprio autor afirma: Se faz necessário
que um espaço se desvalorize, para que depois se valorize”

No debate em sala, também foi comentado outros assuntos como a


insegurança pública, originada pela desvalorização de certos pontos da cidade,
que os tornam ociosos para a convivência social ou até mesmo o uso particular,
como também o crescimento da cidade pautada nos interesses particulares do
mercado imobiliário, os quais são autores de projetos de condomínios fechados
e grandes espigões, que torna a cidade mais ainda insegura e ociosa

O mercado imobiliário também provoca intencionalmente essa


desvalorização de certas áreas da cidade para mais tarde adquirir os bens
imóveis com um preço abaixo do mercado. Mas a população mais pobre tem se
ocupado desses imóveis abandonas nos centros urbanos para conseguir
melhores condições de vida, minimizar os custos e otimizar o tempo do percurso
de casa para o trabalho, configurando-se numa briga em interesses públicos e
privados.

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