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Nível de vida - É a capacidade de um indivíduo possuir, com o seu rendimento, um determinado

conjunto de bens e de serviços. O seu poder de compra é, portanto, determinado pela relação
existente entre o rendimento de que dispõe e o preço dos bens de consumo que podem ser
adquiridos com esse rendimento.

Bem estar - Prende-se com nível de realização pessoal e passa pela integração
social, segurança, autorrealização, reconhecimento social.

Qualidade de vida - É ter maior ou menor autonomia para aceder a bens e serviços
indispensáveis, tais como saúde, educação, cultura, emprego, lazer.

PIB (Produto Interno Bruto): É igual à soma de todos os bens e serviços produzidos num país
por qualquer empresa, seja nacional ou não. Se dividirmos este valor pelo nº de habitantes
obtemos o PIB/habitante (PIB per capita).

PNB (Produto Nacional Bruto): Soma de todos os bens e serviços, produzidos pelas empresas
nacionais onde quer que elas se encontrem. Se dividirmos o PNB por habitante temos o
PNB/habitante (PNB per capita).

3 modelos políticos nos Países desenvolvidos:

 Crescimento económico – aparece com a revolução industrial até à 2ª guerra mundial (1750-
1950)
 Desenvolvimento económico – desde os anos 60-90 – dá-se ênfase ao ser humano
 Desenvolvimento sustentável – existe na atualidade

1ª modelo: Crescimento económico

Objetivos: produzir cada vez mais e enriquecer o país e as pessoas, de modo a aumentar o nível
de vida através dos melhores salários e do aumento do poder de compra.

Desvantagens: Poluição atmosférica, da água e dos solos; desigualdades sociais; delapidação dos
recursos naturais.

2ª modelo: Desenvolvimento económico

Objetivo: promover o bem-estar das pessoas e os governos tiveram que dar uma maior ênfase
às condições básicas do ser humano: habitação, saúde e educação.

Ação do governo para promover o bem-estar:

 Criação dos bairros sociais para dar às pessoas melhores condições de habitabilidade
 Criação de rede de esgotos e água canalizada em muitas casas
 A escolaridade obrigatória: do 1º ciclo ao 2º ciclo, depois o 9º ano e agora 12º ano, com 18
anos.
 Criação de centros de saúde, permitir os cuidados básicos mais importantes

Estas medidas permitem que todos tenham as mesmas oportunidades, independentemente da


condição social.
O maior problema deste modelo foi não tratarem do ambiente e, por isso, optou-se pelo 3º
modelo.

Crescimento económico ≠ Desenvolvimento económico

Preocupação com a riqueza, preocupação com o nível de vida


salários e nível de vida +
bem-estar e qualidade de vida
preocupação com o ser humano

3º modelo: Desenvolvimento sustentável

Objetivo: utilizar os recursos de uma forma mais moderada para que as gerações futuras os
possam usufruir.

Ação para proteger o ambiente:

 Criação de ecopontos (para diminuir o lixo, a poluição e poupar os recursos da terra)


 Criação de aterros sanitários em vez de lixeira a céu aberto
 Criar energias secundárias para não poluir e não gastar

Os objetivos do milénio surgem para se resolver os problemas do mundo e para que todos os
povos consigam ter qualidade de vida/ bem-estar de cordo com o modelo de desenvolvimento
sustentável.

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio são um conjunto de metas a atingir e que visam


sobretudo a dimensão social e a pobreza. Até 2015, as metas deverão ser atingidas por todos
os países membros da ONU, de acordo com o compromisso firmado na Declaração do Milénio
no ano de 2000. Os objetivos de Desenvolvimento do Milénio são oito:
- Erradicar a pobreza extrema e a fome;
- Atingir o ensino básico e universal;
- Promover a igualdade entre os sexos e valorização da mulher;
- Reduzir a mortalidade infantil;
- Melhorar a saúde materna;
- Combater a sida, a malária e outras doenças;
- Garantir a sustentabilidade ambiental;
- Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

Comentário sobre o filme “A cidade fantasma”

A China continua a ser um País em Vias de Desenvolvimento, com um forte crescimento


económico, cuja preocupação é aumentar o PIB, a produção do país e, para tal, constroem, em
média, dez cidades por ano e preocupam-se em passar uma boa imagem para os outros países,
mas, na realidade, não há boas condições de vida em todas as cidades.

A qualidade de vida está muito aquém do desejado, devido:

 Muita gente não consegue ter uma casa digna, vivendo em fracas condições de
habitabilidade
 Há muitas desigualdades sociais
 Grande poluição atmosférica nas cidades - smog
 Falta de democracia e falta de liberdade

Conclusão: A China ainda está no 1º modelo – crescimento económico e ainda está longe de
alcançar o 3º modelo.

Indicadores:

 Demográficos: esperança média de vida; mortalidade infantil; natalidade; densidade


populacional
 Económicos: PIB; PNB; consumo de energia
 Socioculturais: taxa de alfabetização; acesso a água potável
 Políticos: respeito pelos direitos humanos; grau de liberdade das pessoas; demografia
do país

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

Indicador conjunto que faz a média de 3 indicadores:

 Esperança média de vida


 PIB
 Taxa de alfabetização

Escala do IDH

|_________________|_________|________|_________|_________|
0 0,5 | 0,8 | 1
IDH baixo IDH médio IDH alto

Importância do IDH

Mede os países com a ajuda de três indicadores: 1 económico, 1 demográfico e 1 cultural,


indicando o grau de desenvolvimento. Coloca os países do mundo por ordem, indicando-nos o
ranking.

Assimetrias no PNB/PIB

O PIB depende dos setores de atividade I, II e III.

O PIB nos PVD é baixo:

 Setor I é arcaico, trabalha muita gente, pois a população não tem estudos, mas produzem
pouco, devido à falta de técnicas (não há mecanização).
 Setor II está pouco desenvolvido por falta de técnicos, não há inovação nem indústrias de
ponta
 Setor III existem poucas profissões. Não há técnicos superiores e poucas inovações.
O PIB nos PD é alto:

 Setor I é desenvolvido, trabalha pouca gente, pois a população tem estudos, produzem
muito pois há técnicas (há mecanização)
 Setor II está muito desenvolvido, há muitas técnicas e inovação e indústrias de ponta.
 Setor III existem muitas profissões; há técnicos superiores e grandes inovações.

O PIB é um indicador incompleto porque é composto (VER NO LIVRO)

Os países como Nepal são PVD, pois a riqueza está mal distribuída.

Mortalidade infantil

A mortalidade infantil é elevada nos PVD:

 A maioria dos partos não é assistido por um médico num hospital ou centro de saúde,
faltando a higiene e se há complicações, morre a mãe e o filho
 Falta um plano de vacinação que iria reduzir outras doenças
 Muitas mães são analfabetas e têm dificuldade em tratar dos filhos
 Muitas mães, por não terem uma alimentação variada, produzem um leite que não tem
nutrientes suficientes para alimentar o bebé nem que os protegem de doenças fatais. Este
bebé nasce, muitas vezes, subnutrido que terá muitas dificuldades em sobreviver.

Nos PD as pessoas têm acesso à saúde com facilidade, uma vez que os hospitais estão bem
equipados, têm centros de saúde, médicos em número suficiente para tratar as pessoas (1
médico para 400 pessoas), existe uma medicina preventiva e comparticipação de medicamentos
para os mais carenciados.

Nos PVD os hospitais são de fraca qualidade e há poucos médicos (1 médico para 40 mil
habitantes), dificultando a medicina preventiva e a eficácia médica; o acesso a antibióticos e
vacinas também é mais difícil.

As desigualdades na higiene e água potável

A áfrica subsariana é a região do globo mais carenciada no acesso ao saneamento básico e água
potável. A mulher tem a tarefa diária de ir buscar água que, por vezes, fica a vários quilómetros
de distância e que nem sempre é potável, mas sim um veículo de transmissão de doenças.

A falta de saneamento básico provoca a forte poluição dos recursos de água, originando uma
proliferação de bactérias e a propagação de doenças. Deste modo, a esperança média de vida e
a natalidade diminuem.

Causas económicas

Devido à pobreza extrema muitas crianças são obrigadas a trabalhar a partir dos 4/5 anos.
Muitas são vendidas pelos pais, originando escravatura infantil, onde vivem em más condições
e são sujeitas a maus tratos.
Causas políticas

Os países mais pobres não investem em infraestruturas por falta de dinheiro, diminuindo as
capacidades de aprendizagem.

Os governos não têm políticas educativas, a escolaridade obrigatória até à 4ª classe está muito
longe de ser alcançada (objetivo do milénio).

Relacionar o PIB com a taxa de escolaridade e a Esperança Média de Vida

O PIB da Etiópia é muito baixo uma vez que há pouca percentagem de pessoas no ensino
secundário (28%), o que significa no futuro haverá poucas técnicas para inovar e melhorar os
setores de atividade, permitindo uma maior produção. Por outro lado, a Esperança Média de
Vida é baixa (52%).

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