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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Hugo Jorge Almeida Portugal


Luan Silva Oliveira
Lucas Dessoto Lima
Thayane Canuto de Araújo

MOVIMENTO UNIFORME

FEIRA DE SANTANA
2017
Hugo Jorge Almeida Portugal

MOVIMENTO UNIFORME

Relatório apresentado como requisito


parcial para obtenção de nota na
disciplina curricular de Física I (Prática)
referente ao desenvolvimento da aula
prática realizada em laboratório no dia 06
de novembro de 2017, do curso superior
de Engenharia Civil da UEFS, sob
orientação do professor Nazareno Getter
F. de Medeiros.

FEIRA DE SANTANA
2017
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
2- OBJETIVOS......................................................................................................... 6
3- DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO ...................................................................... 7
4- ANÁLISE DE DADOS.......................................................................................... 8
5- RESULTADOS .................................................................................................... 9
6- CONCLUSÕES .................................................................................................. 15
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 16
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1- INTRODUÇÃO

O Movimento Uniforme (M.U.) pode ser definido como qualquer tipo de


movimento no qual um corpo percorre as mesmas distâncias em intervalos de tempo
iguais em relação a um determinado referencial. Deste modo, em M.U., despreza-se
a forma em que o movimento é realizado, o importante é sua velocidade escalar
permaneça constante durante todo percurso.
Neste sentido, quando um móvel realiza um movimento do tipo uniforme, pode-
se observar a existência de duas propriedades importantes:
 A primeira diz que a aceleração desse móvel é nula, pois a aceleração é a
variação da velocidade em função do tempo, portanto, se não há variação na
velocidade, não existirá aceleração.
 A segunda afirma que a velocidade constante desse móvel coincide com sua
velocidade média.
Assim, podemos encontrar uma nova expressão matemática através da
manipulação da formula da velocidade média:
𝒗𝒎= 𝜟𝒙
𝜟𝒕

Lembrando que a aceleração é nula, a velocidade é constante, não-nula e


diferente de zero (v ≠ 0) e o tempo inicial é igual a zero.
𝒙 − 𝒙𝒐
𝒗= → 𝒙 − 𝒙𝒐 = 𝒗(𝒕 − 𝒕𝒐 ) → 𝒙 = 𝒙𝒐 + 𝒗𝒕
𝒕 − 𝒕𝒐
Função horária da posição
𝒙 = 𝒙𝒐 + 𝒗𝒕
Onde:
a. x é a posição final do móvel;
b. 𝐱 𝐨 é a posição inicial;
c. t é o tempo;
d. v é a velocidade

Em relação ao valor da velocidade, o movimento pode ser:


 Se v > 0, temos um movimento progressivo no qual o móvel caminha no
sentido positivo da trajetória, na qual sua posição cresce ao longo do
tempo.
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 Se v < 0, o movimento é retrógrado, aquele em que o móvel caminha em


sentido contrário ao da trajetória, sua posição decresce com o decorrer
do tempo.

Deste modo, este relatório irá abordar mais profundamente o Movimento


Uniforme, juntamente com as relações entre tempo, espaço e velocidade neste tipo
de movimento, assim como a análise e o tratamento dado aos erros sistemáticos
associados a estas últimas, processos estes que fazem uso de um tipo especifico de
derivadas denominadas “Derivadas Parciais”.
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2- OBJETIVOS

 Análise do movimento uniforme


 Obtenção de velocidade por cálculo direto e por meio do gráfico x x t
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3- DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO

ROTEIRO DOS PROCEDIMENTOS

 Medir o deslocamento, em intervalos de 5 em 5 cm, de uma bolha em um


tubo graduado;
 Cronometrar o tempo gasto para percorrer os intervalos acima.

DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS

 Tubo graduado com bolha: Aparato


graduado contendo um fluído viscoso e uma
bolha de ar

Figura 1- Fonte do Autor

 Cronômetro analógico: Um cronômetro, que é


uma forma de contador, é um relógio de precisão que
se usa para medir frações de tempo bastante
pequenas.

Figura 2- Fonte: Internet

 Calculadora: Dispositivo para a realização de


cálculos numéricos.

Figura 3- Fonte: Internet


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4- ANÁLISE DE DADOS

Realizando os procedimentos citados anteriormente, foram coletados os dados


necessários para a realização dos cálculos requisitados. Em intervalos de cinco em
cinco centímetros, foram registradas, usando um cronômetro analógico, quanto
tempo, em segundos, uma bolha contida em um tubo com uma substância viscosa
levava para ir do início ao fim do intervalo estudado. Logo abaixo, pode-se ver uma
tabela com os dados obtidos:

x(cm) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
t(s) 0 2,7 4,8 7 10,5 12,7 14,3 16,3 18,3 20,6 22,6
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5- RESULTADOS
Apesar de ter de se obtido os valores acima, sabe-se que as medidas sempre
estão associadas à erros, estes que se acabam originando principalmente dos
próprios instrumentos de medição usado nos experimentos científicos. Deste modo,
para calcular os valores dos erros propagados, usa-se uma operação matemática
denominada de “Derivadas Parciais”.
Deste modo, o erro associado ao tubo graduado com a bolha é de 0,1. Já no
caso do cronômetro analógico, seu erro associado vai ser dado pela relação entre a
sua última casa decimal por 2. Assim, sabendo do erro do tubo e do erro do
cronômetro, é possível calcular o erro associado à velocidade usando o quinto caso
das derivadas parciais:

𝒙 𝟐 𝟐
5) Se f(x,y) = 𝒚 = σf = √[𝝈𝒙𝒙 ] + [𝝈𝒚
𝒚
]

Onde:
σx: erro do tubo graduado com a bolha
x: valor da posição (cm)
σy: erro do cronômetro analógico
y: valor do tempo (s)

a) Quando x = 0 e y = 0: Não existe erro associado

b) Quando x = 5 e y = 2,7

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟓
] + [ 𝟐,𝟕 ] ≅ 𝟎, 𝟎𝟐𝟕𝟐𝟓𝟕

c) Quando x = 10 e y = 4,8

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟏𝟎 ] + [ 𝟒,𝟖 ] ≅ 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟒𝟑𝟗

d) Quando x = 15 e y = 7

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟏𝟓 ] + [ 𝟕
] ≅ 𝟎, 𝟎𝟎𝟗𝟕𝟕𝟎
10

e) Quando x = 20 e y = 10,5

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟐𝟎 ] + [𝟏𝟎,𝟓] ≅ 𝟎, 𝟎𝟎𝟔𝟗𝟎𝟒

f) Quando x = 25 e y = 12,7

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟐𝟓 ] + [𝟏𝟐,𝟕] ≅ 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟔𝟏𝟐

g) Quando x = 30 e y = 14,3

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟑𝟎 ] + [𝟏𝟒,𝟑] ≅ 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟖𝟑𝟎

h) Quando x = 35 e y = 16,3

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟑𝟓 ] + [𝟏𝟔,𝟑] ≅ 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟏𝟗𝟏

i) Quando x = 40 e y = 18,3

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟒𝟎 ] + [𝟏𝟖,𝟑] ≅ 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟕𝟎𝟑

j) Quando x = 45 e y = 20,6

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟒𝟓 ] + [𝟐𝟎,𝟔] ≅ 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟐𝟗𝟎

k) Quando x = 50 e y = 22,6

𝟎,𝟏 𝟐 𝟎,𝟎𝟓 𝟐
𝝈𝒇 = √[ 𝟓𝟎 ] + [𝟐𝟐,𝟔] ≅ 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟗𝟖𝟐

Logo abaixo, é possível observar uma tabela reunindo todo os dados obtidos no
experimento, juntamente com seus erros associados:
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TABELA DE DADOS EXPERIMENTAIS


x(cm) σx (cm) t(s) σt (s) v(cm/s) σv (cm/s)
0 0 0 0 0 0
5 0,1 2,7 0,05 1,85185185 0,027257
10 0,1 4,8 0,05 2,08333333 0,014439
15 0,1 7 0,05 2,14285714 0,00977
20 0,1 10,5 0,05 1,9047619 0,006904
25 0,1 12,7 0,05 1,96850394 0,005612
30 0,1 14,3 0,05 2,0979021 0,00483
35 0,1 16,3 0,05 2,14723926 0,004191
40 0,1 18,3 0,05 2,18579235 0,003703
45 0,1 20,6 0,05 2,18446602 0,00329
50 0,1 22,6 0,05 2,21238938 0,002982

A partir dos dados acima, foi possível fazer a elaboração de gráfico do


deslocamento da bolha no tubo em função do tempo e o comparar com o gráfico do
deslocamento ideal em M.R.U.

Deslocamento da bolha em função do tempo


60

50

40
x (cm)

30
Deslocamento da bola em
20 função do tempo

10

0
0 5 10 15 20 25
t (s)
12

Deslocamento em função do tempo


ideal no M.R.U.
25

20
x (m)

15

10 Deslocamento ideal no
M.R.U
5

0
0 10 20 30 40 50 60
t (s)

Segundo a literatura, baseando-se num sistema ideal, esperava-se encontrar a


mesma velocidade em todas as etapas. Assim, comparando os dois gráficos, pode-
se observar que, apesar da velocidade não ser igual em todos os pontos, seus
valores sofrem pouca variação entre si, causando as discrepâncias visíveis na linha
que liga seus pontos. Assim, traçando uma reta que toca o máximo de pontos
possíveis, temos o seguinte gráfico:

Função Horária da Posição - M.R.U.


25

20
x (cm)

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60
t (s)

Essa reta é dada pela expressão:


𝒚 = 𝟐, 𝟐𝟏𝟐𝟏𝒕 − 𝟏, 𝟏𝟎𝟐𝟗

Na equação acima, o coeficiente angular, 2,2121, é uma aproximação da


velocidade inicial da bolha, dada em cm/s, que se mantém constante em todo a reta.
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Comparando o valor do coeficiente angular com a velocidade de quando a bolha


percorreu 5 cm, cerca de 1,85185185 cm/s, pode-se observar este valor é,
aproximadamente, 19,46% menor que o coeficiente angular, a maior diferença entre
os valores obtidos pelo valor ideal.
A menor diferença registrada foi obtida pela comparação da velocidade quando
a bolha percorreu 50 cm, cerca de 2,21238938 cm/s, sendo que este valor é cerca
de 0,0086% menor que o coeficiente angular, este que representa a velocidade nas
condições ideais propostas pelo Movimento Retilíneo Uniforme.
Além disso, a partir dos dados experimentais, foi possível fazer a elaboração
de gráfico sobre a variação da velocidade em relação ao tempo e o comparar com o
gráfico da aceleração ideal em M.R.U. Logo abaixo, pode-se ver o gráfico:

Velocidade da bolha em função do


tempo
5
4.5
4
3.5
v (cm/s)

3
2.5
2
1.5 Series2
1
0.5
0
0 5 10 15 20 25
t (s)

Aceleração ideal - M.R.U.


2.5
2
v (m/s)

1.5
1
0.5
0
0 5 10 15 20 25
t (s)

Series1
14

Comparando o gráfico da velocidade em função da bolha com o gráfico nas


condições, pode-se notar que, diferentemente do que se era esperado, o gráfico da
aceleração da bolha foi composto de uma leve concavidade para baixo e de uma
reta pouco acentuada para cima. Assim, traçando uma reta que toca o máximo de
pontos possíveis, temos o seguinte gráfico:

A reta horizontal que corta os pontos acima possui coeficiente angular igual a
2.
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6- CONCLUSÕES
Realizando uma análise mais objetiva e rigorosa dos dados experimentais,
percebe-se que, apesar de alguns fatores não poderem ser simplesmente
desprezados como os erros associados as medidas e das discrepâncias entre os
gráficos elaborados como os dados experimentais e os feitos seguindo os conceitos
teóricos ideais, foi possível observar o trabalho realizado por todos os grandes
cientistas que estudaram o movimento ao longo da história pode ser observado,
mostrando um resultado satisfatório, dentro dos erros admitidos.
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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONCEITO.DE. Disponível em: <https://conceito.de/cronometro>. Acesso em


10 de novembro de 2017.

ALFACONNECTION. Disponível em:


<http://www.alfaconnection.pro.br/matematica/limites-derivadas-e
integrais/derivadas/derivadas-parciais/>. Acesso em 10 de novembro de 2017.

EBAH. Disponível em:


<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhLI8AA/relatorio-pratica-2-movimento-
uniforme >. Acesso em 10 de novembro de 2017.

INFOESCOLA. Disponível em <https://www.infoescola.com/fisica/movimento-


uniforme-mu/>. Acesso em 10 de novembro de 2017.

BRASILESCOLA. Disponível em: <


http://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimento-uniforme.htm>. Acesso em 10 de
novembro de 2017.

MUNDOEDUCACAO. Disponível em: <


https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/cinematica-3-movimento uniforme-e-
uniformemente-variado.htm>. Acesso em 10 de novembro de 2017.

MUNDOEDUCACAO. Disponível em:


<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/movimento-uniforme.htm>. Acesso em
10 de novembro de 2017.

WIKIPEDIA. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Calculadora>.


Acesso em 10 de novembro de 2017.

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