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ADMINISTRATIVO
AGENTES PÚBLICOS
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Sumário
1. Conceito4
2. Classificação4
a) Agentes políticos4
b) Servidor estatal4
3. Acessibilidade/Admissão6
- Requisitos do Concurso7
- Psicotécnico10
- Prazo de Validade11
- Nomeação12
- Estabilidade14
- Sistema Remuneratório16
Teto Remuneratório18
Subtetos19
4. Seguridade Social22
2.1 Proventos26
3. Aposentadoria Voluntária34
4. Aposentadoria Especial34
5. Regime Complementar43
3. Cargo público55
4. Emprego público57
5. Função57
8. Formas de Provimento60
9. Direitos66
1. Remuneração e vencimento66
2. Vantagens75
2.1. Indenizações76
3. Férias79
4. Licenças80
5. Afastamentos81
AGENTES PÚBLICOSi
1. Conceito
Todo aquele que exerce função pública, com ou sem remuneração, seja de forma
temporária ou permanente.
2. Classificação
a) Agentes políticos
Aqueles que manifestam a vontade do Estado. Estão no comando de cada um dos
poderes. Comando do poder executivo, legislativo e judiciário. Ex. Prefeito e vice, Governador e
Vice, auxiliares imediatos do poder executivo (Ministros de Estado, Secretário estaduais e
municipais). Poder Judiciário – magistrados, membros do MP. STF diz que são agentes políticos
não pelas escolhas, mas pela manifestação da vontade estatal. Há divergência doutrinária.
Ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas. Agente político é titular de cargo público, por
isso estão no regime jurídico administrativo (chamado de regime legal e também de regime
estatutário) – não significa dizer que vão seguir a lei 8112, mas que há previsão em lei (ex.
LOMAN, Executivo - CF).
b) Servidor estatal
É todo aquele que atua no Estado, seja na administração direta ou indireta. Se ele presta
serviço em pessoa jurídica de direito público é servidor público. Se atua em pessoa jurídica de
direito privado (EP/SEM) é chamado de servidor de ente governamental de direito privado.
Dispensa – imotivada, diferentemente do servidor público. TST súmula 390 – não tem
estabilidade art. 41. OJ 247. ECT dispensa motivada. STF () – esses empregados não tem
realmente estabilidade do art. 41, mas se a EP/SEM for prestadora de serviço público, elas terão
regime híbrido – concurso público – dispensa motivada (processo administrativo). Se entro com
impessoalidade e isonomia, saio da mesma forma.
Dica:
# regime legal, regime jurídico administrativo, estatutário = cargo público =
PJDPúblico.
# regime contratual, regime trabalhista, celetista = emprego = PJDPúblico* e
PJDPrivado**.
Categorias:
3. Acessibilidade/Admissão
* Exceções ao concurso:
→ mandatos eletivos;
→ cargos em comissão – livre nomeação e exoneração;
→ contrato temporário – excepcional interesse público (art. 37, IX, CF);
→ agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias (art.
198, CF);
→ hipóteses expressas na CF:
* Ministro do STF (Nomeação de Cunho Político);
* Cargos nos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE);
* Quinto Constitucional;
* Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas;
1
A prova do TRF4/2016 considerou correta a seguinte alternativa em sede de concurso público: “Os candidatos em
concurso público não têm direito à prova de 2ª (segunda) chamada, nos testes de aptidão física, em razão de
circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, salvo contrária disposição editalícia”.
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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público? Não é o que tem prevalecido. O que prevalece é que, de fato, não se trata de concurso,
mas processo seletivo.
*#DIZERODIREITO
O art. 236, § 3º, da CF é uma norma constitucional autoaplicável. Logo, mesmo antes da edição
da Lei nº 8.935/94, ela já tinha plena eficácia e o concurso público era obrigatório como
condição não apenas para ingresso na atividade notarial e de registro, como também nos casos
de remoção ou permuta. As normas estaduais que admitem a remoção na atividade notarial e
de registro independentemente de prévio concurso público, são incompatíveis com o art. 236, §
3º, da Constituição, razão pela qual não foram por essa recepcionadas. O prazo decadencial de
5 anos, de que trata o art. 54 da Lei nº 9.784/99, não se aplica à revisão de atos de delegação
de serventias extrajudiciais editados após a CF/88, sem o atendimento das exigências
prescritas no seu art. 236. Assim, se uma pessoa assumiu uma serventia notarial ou registral
sem concurso público após a CF/88, este ato poderá ser anulado mesmo que já se tenham
passado mais de 5 anos. A decisão que anula o ato de investidura em serventia notarial e
registral sem concurso público não viola o direito adquirido nem a segurança jurídica. STF. 1ª
Turma. MS 29415/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em
27/09/2016 (Info 841).
- Requisitos do Concurso:
Deve haver previsão na lei da carreira;
Compatibilidade com as atribuições do cargo;
Previsão no edital.
Súmulas:
Limite de Idade = é possível limitação de idade para fins de concurso público, conforme
art. 7°, XXX, da CF, além de compatibilidade com a natureza das atribuições do cargo (Súmula
683, STF). Saliente-se que o art. 7°, XXX, da CF, prevê que a limitação da idade deve estar
prevista em lei.
Repercussão Geral – RE 600885: a discussão tinha como base o art. 142, §3°, X, da CF,
que exige que os requisitos devem estar previstos em lei, enquanto a Lei n. 6.880/80 prescreve
que os requisitos devem estar previstos em regulamento. O STF decidiu que a referida lei não foi
recepcionada pela nova norma constitucional. Contudo, o STF modulou os efeitos da decisão da
não recepção da lei, com manutenção dos concursos fundados em regulamento (art. 10, da Lei
n. 6.880) até o dia 31 de dezembro de 2011.
Súmula nº 683, STF: o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em
face do art. 7º, XXX, da CF, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo
a ser preenchido.
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*Súmula 552-STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência
para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. STJ. Corte Especial.
Aprovada em 04/11/2015.
*#OUSESABER: A CF/88, sobre o tema da previsão de reserva de vagas para pessoas com
deficiência, dispõe: Art. 37 (...) VIII — a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos
para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
No âmbito federal, foram estabelecidas regras no art 5º, parágrafo segundo, da Lei 8.112/90 e do
art. 37 do Decreto 3.298/99. Cumpre à cada Estado editar normas também para assegurar tal
reserva de vagas para as pessoas com deficiência. Quanto ao enquadramento portador de
surdez unilateral nas vagas para deficientes, a súmula do STJ foi editada com base no Decreto
3.298/99, editado para regulamentar a Lei 7.853/99, a qual dispõe sobre a Política Nacional para
a Integração das Pessoas com Deficiência. Em seu art. 4º, o Decreto assim define a deficiência
auditiva: Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes
categorias: II — deficiência auditiva — perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;
(Redação dada pelo Decreto nº 5.296/2004). Pelo fato, então, de o decreto estabelecer que deve
ocorrer a perda bilateral, e não apenas a unilateral, e em razão do princípio da legalidade,
não deve o portador de surdez unilateral concorrer nas vagas reservadas às pessoas com
deficiência, segundo o STJ.
*#OUSESABER: O STF entendeu que: “não há qualquer violação a direito líquido e certo por
parte da autoridade coatora em selecionar os candidatos melhores classificados em número
razoável, como ocorreu no presente caso, para prosseguimento nas demais fases do certame,
não se observando, no caso, qualquer afronta o percentual de 5% legalmente previsto, para
reserva de vagas destinadas aos portadores de deficiência. (Ag.Reg. em MS 30.195/DF).
Resumidamente, é plenamente possível haver a imposição de cláusula de barreira para
prosseguimento em fases subsequentes de concurso público, ainda que se trate de
candidatos portadores de necessidades especiais.
Súmula nº 685, STF: é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo
que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Súmula nº 266, STJ: o diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido
na posse e não na inscrição para o concurso público.
- Prazo de Validade
Prazo de validade é de até 02 anos, prorrogável por uma única vez, e por igual
período. A prorrogação deve ser dar durante o prazo de validade. A decisão de prorrogação é
discricionária (conveniência e oportunidade do interesse público).
Não há direito adquirido à prorrogação do prazo de validade. Assim, o STF decidiu
que a prorrogação pode ser revogada, desde que o prazo não tenha começado a fluir.
O mero surgimento de vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo não gera
direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado fora do número de vagas, cabendo a ele
demonstrar, de forma inequívoca, que houve preterição arbitrária e imotivada por parte da
administração pública. No caso concreto, o STF entendeu que isso não ficou comprovado.
Assim, para o Tribunal, a situação não se enquadra nas hipóteses previstas no RE 837311/PI.
STF. 1ª Turma. RMS 31478/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Edson
Fachin, julgado em 9/8/2016 (Info 834).
- Estabilidade
Aquisição
03 anos de exercício
Obs.: estabilidade para emprego público é uma matéria divergente. Contudo, prevalece
o entendimento de que somente titulares de cargos efetivos possuem estabilidade, ou seja, a
partir da EC n. 19/98 os empregados públicos perderam o direito a adquirir estabilidade.
Perda
* Estágio Probatório
*O art. 19 do ADCT da CF/88 previu que os servidores públicos que estavam em exercício há
pelo menos 5 anos quando a Constituição Federal foi promulgada, deveriam ser considerados
estáveis, mesmo não tendo sido admitidos por meio de concurso público. Desse modo, quem
ingressou no serviço público, sem concurso, até 05/10/1983 e assim permaneceu, de forma
continuada, tornou-se estável com a edição da CF/88. É inconstitucional Constituição estadual
ou lei estadual que amplie a abrangência do art. 19 do ADCT e preveja estabilidade para
servidores públicos admitidos sem concurso público mesmo após 05/10/1983 (5 anos antes da
CF/88). STF. Plenário. ADI 1241/RN, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2016 (Info 840). O
STF decidiu, contudo, modular os efeitos da decisão. A Lei 6.697/94, do RN, foi declarada
inconstitucional. Logo, como consequência dessa decisão, todos os servidores públicos que
estivessem nessa situação deveriam ser exonerados imediatamente. Ocorre que o STF
entendeu que isso iria gerar graves consequências para o funcionamento da Administração
Pública estadual que, de uma hora para outra, ficaria privada de centenas de servidores. Diante
disso, a Corte decidiu que a decisão somente teria eficácia a partir de 12 meses contados da
data da publicação da ata de julgamento. Nesse período, haverá tempo hábil para a realização
de concurso público, nomeação e posse de novos servidores, evitando-se, assim, prejuízo à
prestação do serviço público de ensino superior na URRN. Além disso, o STF ressalvou dos
efeitos da decisão os servidores que já estejam aposentados e aqueles que, até a data de
publicação da ata do julgamento, tenham preenchido os requisitos para a aposentadoria. Em
outras palavras, se a pessoa se aposentou (ou reuniu os requisitos para se aposentar com base
na Lei 6.697/94), ela terá direito de continuar aposentada (ou se aposentar) mesmo essa lei
tendo sido declarada inconstitucional.
- Sistema Remuneratório
→ Polícias
*#SELIGANAJURISPRUDÊNCIA: O art. 39, § 4º, da Constituição Federal não é incompatível
com o pagamento de terço de férias e décimo terceiro salário. Os agentes políticos, como é
o caso dos Prefeitos e Vice-Prefeitos, não devem ter um tratamento melhor, mas também não
podem ter uma situação pior do que a dos demais trabalhadores. Se todos os trabalhadores em
geral têm direito a um terço de férias e têm direito a décimo terceiro salário, não se mostra
razoável que isso seja retirado da espécie de servidores públicos (Prefeitos e Vice-Prefeitos).
STF. Plenário. RE 650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso,
julgado em 1º/2/2017 (repercussão geral) (Info 852).
Obs.: é possível o pagamento fora do subsídio das verbas indenizatórias (diárias, ajuda
de custo, transporte) e as verbas do art. 39, §3°, CF2 (art. 7°, CF).
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§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão
quando a natureza do cargo o exigir.
Exceções:
i) Congresso Nacional fixa por meio de Decreto Legislativo a remuneração dos seus
membros, do Presidente e Vice Presidente da República e Ministros de Estados (art. 49, CF).
ii) Câmara Municipal fixa por meio de Decreto Legislativo a remuneração dos seus
membros.
Teto Remuneratório
O teto remuneratório foi inserido pela EC n. 19/98. Criou, porém, apenas o teto
geral que é o valor recebido pelos ministros do STF.
A discussão voltou a surgir com a EC n. 45/04 (art. 114, I, CF). Contudo, na ADI 3395, o STF
reafirmou que o estatutário é da justiça comum e celetista da justiça do trabalho. E os contratos
temporários? O STF (Repercussão Geral – RE 573.202) decidiu que os contratos temporários
são regidos por regime jurídico administrativo especial. Logo, a competência para julgamento é
da justiça comum.
*Não é possível a acumulação de dois cargos públicos quando a soma da carga horária referente
aos dois cargos ultrapassar o limite máximo de 60 horas semanais. STJ. 2ª Turma. REsp
1.565.429-SE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 24/11/2015 (Info 576).
*#OUSESABER: A acumulação de cargos públicos remunerados pode resultar em jornada
superior a 60h semanais? A proibição de acumulação de cargos públicos remunerados e suas
exceções estão postas na CF: Art. 37. XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o
disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98) a) a de
dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de
dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Pergunta: e se essa acumulação resultar em jornada superior a 60h semanais, seria
possível a acumulação? Consoante entendimento do STJ, MS 19.336-DF, e inclusive
modificando entendimento anterior, é vedada a acumulação de cargos públicos quando a soma
da carga horária referente aos dois cargos ultrapassar o limite máximo de sessenta horas
semanais. Razões: 1) Necessidade de interpretação de modo restritivo da acumulação; 2)
Atendimento ao princípio da eficiência; 3) Necessidade de manutenção da higidez física e
mental do servidor.
Aposentado + Aposentado= hipóteses da atividade.
Aposentado + Atividade
a) hipóteses da atividade;
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b) mandato eletivo;
c) cargo em comissão
d) anterior EC 20/98 – direito adquirido para acumulação interior
Atividade + Mandato Eletivo
4. Seguridade Social
*A licença que exceder a 120 dias no período de 12 meses, a contar do primeiro dia de
afastamento, é preciso ser analisada por junta médica.
*#IMPORTANTE: O art. 210 da Lei nº 8.112/90, assim como outras leis estaduais e municipais,
prevê que o prazo para a servidora que adotar uma criança é inferior à licença que ela teria caso
tivesse tido um filho biológico. De igual forma, este dispositivo estabelece que, se a criança
adotada for maior que 1 ano de idade, o prazo será menor do que seria se ela tivesse até 1 ano.
Segundo o STF, tal previsão é inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: Os prazos
da licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo
valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é possível
fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada. STF. Plenário. RE 778889/PE,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/3/2016 (repercussão geral) (Info 817). “Não existe
fundamento constitucional para tratar de forma desigual a mãe gestante e da mãe adotante,
assim como não há razão para diferenciar o adotado mais velho do mais novo. Desse modo, se
a Lei prevê o prazo de 120 dias de licença-gestante, com prorrogação de mais 60 dias, tal
prazo (inclusive com a prorrogação) deverá ser garantido à mulher que adota uma
criança (não importando a idade).”
Apenas concursos federais! As pessoas que tenham participado de operações bélicas durante
a Segunda Guerra Mundial, assim como seus dependentes, possuem direito a uma pensão
especial prevista no art. 53, II e III, do ADCT da CF/88 e na Lei 8.059/90.A pensão especial é
devida ao ex-combatente. Quando ele morre, a pensão é revertida para os seus dependentes
(art. 6º da Lei). O art. 5º da Lei 8.059/90 prevê o rol de dependentes que têm direito ao benefício
e nele não inclui o menor sob guarda. Mesmo com essa omissão, o STJ entendeu que, na
hipótese de morte do titular de pensão especial de ex-combatente, o menor de 18 anos que
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estava sob sua guarda deve ser enquadrado como dependente para efeito de recebimento da
pensão especial. Isso porque o art. 33, § 3º do ECA prevê que a guarda confere à criança ou
adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive
previdenciários. Além disso, dispensa-se o exame de eventual dependência econômica, visto ser
presumida por força da guarda do menor pelo instituidor do benefício. STJ. 1ª Turma. REsp
1.339.645-MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 3/3/2015 (Info 561). STJ. 2ª Turma. REsp
1.550.168- SE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 15/10/2015 (Info 572).
*A CF/67 e a CF/88 (antes da EC 20/98) não proibiam que o militar reformado voltasse ao
serviço público e, posteriormente, se aposentasse no cargo civil, acumulando os dois proventos.
Ex: João foi reformado como Sargento do Exército em 1980. Voltou ao serviço público e se
aposentou como servidor da ABIN (órgão público federal), concedida em 1995. Essa acumulação
de proventos é possível. O art. 11 da EC 20/98 proibiu, expressamente, a concessão de mais de
uma aposentadoria pelo regime de previdência dos servidores civis. No entanto, este dispositivo
não vedou a cumulação de aposentadoria de servidor público com proventos de militar. Sendo
possível a cumulação de proventos, é também permitido que o dependente acumule as duas
pensões. Ex: Em 1996, João faleceu e Maria, sua esposa, passou a receber duas pensões por
morte, uma decorrente de cada vínculo acima explicado. STF. 2ª Turma. MS 25097/DF, Rel. Min.
Gilmar Mendes, julgado em 28/3/2017 (Info 859)
Obs.: os notariais são particulares que colaboram com o Estado. Assim, não perdendo a
qualidade de particular, recebem apenas delegação de função (art. 236, CF), e, portanto, se
aposentam pelo RGPS. Estão fora, inclusive, da aposentadoria compulsória.
*Não se aplica a aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da CF aos
titulares de serventias judiciais não estatizadas, desde que não sejam ocupantes
de cargo público efetivo e não recebam remuneração proveniente dos cofres
públicos. STF. Plenário. RE 647827/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
15/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).
*O servidor que trabalhou como "aluno-aprendiz" pode utilizar este período como tempo
de serviço para fins de aposentadoria? Sim, no entanto, para isso é necessário que ele
apresente certidão do estabelecimento de ensino frequentado. Tal documento deve
atestar a condição de aluno-aprendiz e o recebimento de retribuição pelos serviços
executados, consubstanciada em auxílios materiais diversos. Com a edição da Lei nº
3.353/59, passou-se a exigir, para a contagem do tempo mencionado, a demonstração de
que a mão de obra foi remunerada com o pagamento de encomendas. O elemento
essencial à caracterização do tempo de serviço como aluno-aprendiz não é a percepção
de vantagem direta ou indireta, mas a efetiva execução do ofício para o qual recebia
instrução, mediante encomendas de terceiros. Como consequência, a declaração emitida
por instituição de ensino profissionalizante somente comprova o período de trabalho caso
registre expressamente a participação do educando nas atividades laborativas
desenvolvidas para atender aos pedidos feitos às escolas. STF. 1ª Turma. MS 31518/DF,
Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 7/2/2017 (Info 853).
A redação originária do art. 192, I, da Lei nº 8.112/90 previa que o servidor público
federal, ao se aposentar, deveria receber, como proventos, a remuneração da classe
superior a que pertencia. Esse art. 192 foi revogado em 1997 pela Lei nº 9.527.
2.1 Proventos
→ EC n. 20∕98
A EC n. 20∕98 substituiu o tempo de serviço, passando a tratar como requisitos para
aposentadoria o limite de idade e o tempo de contribuição.
Instituiu o regime contributivo de repartição simples. Ou seja, todos contribuem para
a mesma conta, e, todos retiram da mesma conta.
Obs.:
Os servidores que na data da emenda n. 20/1998 já preenchiam os requisitos para
aposentadoria foi reconhecido a eles o direito adquirido de se aposentar pela regra antiga.
Por outro lado, os servidores que entraram no serviço público após a EC 20/98 devem se
aposentar de acordo com a regra nova (idade + tempo de contribuição).
É importante salientar que a regra nova também atinge quem entrou no serviço antes da
EC n. 20/98, mas na data desta não tinha atingido os requisitos para aposentadoria – não há
direito adquirido a regime legal. Com efeito, foi criada uma regra de transição (facultativa) para
estes servidores (art. 8, da EC n. 20).
Aplicável, facultativamente, aos servidores que entraram antes da EC n. 20/98, mas que
não preenchiam os requisitos da regra velha.
Proventos integrais:
35 anos de contribuição, homens; 30 anos de contribuição, mulher.
Pedágio: 20% do que faltava para o servidor se aposentar na data da emenda.
Ex.: servidor do sexo masculino que na data da emenda já tinha contribuído por 15 anos.
Faltavam 20 anos de contribuição. O pedágio corresponde a 04 anos (20% sobre 20 anos de
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contribuição). Assim, para se aposentar o servidor precisará ter 53 anos e 39 anos de
contribuição (35 anos de contribuição + 04 anos de pedágio).
Proventos proporcionais:
30 anos de contribuição, homem; 25 anos de contribuição, mulher.
Pedágio: 40 % sobre o tempo que faltava para o servidor se aposentar.
Ex.: servidor do sexo masculino que na data da emenda já tinha contribuído por 15 anos.
Faltavam 15 anos de contribuição. O pedágio corresponde a 06 anos (40% sobre 15). Assim,
para se aposentar o servidor precisa ter 53 anos e 36 anos de contribuição.
Tem natureza de isenção de contribuição e foi concedido aos servidores que na data da EC n.
20/98 já preenchiam os requisitos, mas continuaram trabalhando. Evitar a debandada geral.
Modalidades de Aposentadoria3
3
1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus
proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos
75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de
2015)
*Os efeitos financeiros das revisões de aposentadoria concedida com base no art. 6º-A da EC
41/2003, introduzido pela EC 70/2012, somente se produzirão a partir da data de sua
promulgação (30/3/2012). STF. Plenário. RE 924456/RJ, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o ac.
Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 (Info 860).
Atenção: não confundir direito a proventos integrais com direito à integralidade: Quando
se diz que o servidor tem direito a proventos integrais, o que se está afirmando é que esse
benefício não será calculado com base no tempo de contribuição do servidor. Se a
aposentadoria é com proventos proporcionais, significa dizer que no cálculo incidirá uma fórmula
matemática que consiste no número de anos de contribuição efetivamente cumpridos dividido
pelos anos de contribuição exigidos para se aposentar com proventos integrais. Isso fará com
que a aposentadoria com proventos proporcionais seja inferior à aposentadoria com proventos
integrais. Vale ressaltar, no entanto, que dizer que a aposentadoria será com proventos integrais
não significa afirmar que o valor do benefício será igual à remuneração que era recebida pelo
servidor na atividade. Quando se fala em direito à integralidade, ou princípio da integralidade, aí
sim o que se está afirmando é que o servidor terá direito a 100% da remuneração da ativa, ou
seja, o benefício será igual ao que ele recebia na atividade.
Como se vê, portanto, a EC 41/2003 endureceu o tratamento para os servidores que se
aposentarem por invalidez, mesmo que decorrente de doença grave. Os proventos, mesmo
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco
anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de
contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de
1998)
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
4
A prova do TRF4/2016 considerou correta a seguinte alternativa: “É taxativo o rol de doenças graves na Lei do Regime
Jurídico Único para efeito de aposentadoria por invalidez permanente com proventos integrais.”
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sendo "integrais" (e não proporcionais), devem ser calculados com base na média aritmética dos
80% dos maiores salários de contribuição. Isso faz com que o servidor, a depender do caso,
tenha uma grande diminuição no momento da aposentadoria. Viram como proventos integrais é
conceito diferente de integralidade?
Posteriormente, foi editada a EC 70/2012 prevendo que: - se o servidor ingressou no serviço
público antes da EC 41/2003 e - tornou-se inválido após a EC 41/2003 - ele terá novamente
direito à integralidade (terá direito de receber a aposentadoria no mesmo valor da última
remuneração em atividade). Importante chamar a atenção para o fato de que a EC 70/2012
restabeleceu o direito à integralidade, mas não de forma geral e sim apenas para aqueles
servidores que ingressaram antes da EC 41/2003. Assim, o que ela fez foi prever uma regra de
transição: Para aqueles que ingressaram no serviço público até a EC 41/2003: foi restabelecido
o direito à integralidade, ou seja, a aposentadoria por invalidez, em caso de doença grave, será
igual ao valor da última remuneração em atividade (não importando quando ocorreu a invalidez).
Para aqueles que ingressaram no serviço público após a EC 41/2003: continuam sem ter direito
à integralidade. Os proventos serão calculados com base na média dos 80% dos maiores
salários de contribuição. Essa previsão do art. 2º da EC 70/2012 que proibiu o pagamento
retroativo é válida? SIM. A retroatividade não é possível sem a indicação de uma fonte de custeio
para fazer frente aos novos gastos, pois pode representar um desequilíbrio atuarial com
implicações negativas no pacto federativo. É proibida a aplicação retroativa de norma
previdenciária sem fonte de custeio. Trata-se do chamado princípio da contrapartida, que tem por
objetivo garantir a situação econômico-financeira do sistema de Previdência. Esse princípio
vincula tanto o legislador quanto o administrador público, responsável pela aplicação das regras.
Dessa forma, a regra prevista na parte final do art. 2º da EC 70/2012 é válida e deverá ser
aplicada.
#ATUALIZAÇÃOLEGISLATIVA
Qual é a idade da aposentadoria compulsória no serviço público?
ANTES DA EC 88/2015:
70 anos (para todos os casos).
DEPOIS DA EC 88/2015:
Essa parte final do inciso II é norma constitucional de eficácia limitada, dependendo de lei para
produzir todos os seus efeitos.
• EXCEÇÃO 2: para os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM) e do
TCU a idade da aposentadoria compulsória já é agora 75 anos mesmo sem Lei Complementar.
A regra já está produzindo todos os seus efeitos.
Veja o art. 100 que foi acrescentado no ADCT da CF/88 pela EC 88/2015:
Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da
Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do
Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos
de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal.
PLS 274/2015
Com o objetivo de regulamentar essa parte final do inciso II do § 1º do art. 40 da CF/88 (acima
transcrito), o Senador José Serra (PSDB/SP) propôs projeto de lei complementar (PLS 274/2015)
ampliando para 75 anos a aposentadoria compulsória de todos os servidores públicos.
O projeto foi votado e aprovado pelo Congresso Nacional, tendo sido encaminhado para sanção
da Presidente da República.
DERRUBADA DO VETO
Em 01/12/2015, o Congresso Nacional decidiu rejeitar (derrubar) o veto, nos termos do art. 66, §
4º da CF/88.
Como vimos acima, o projeto que deu origem à LC 152/2015 foi vetado pela Presidente da
República em 23/10/2015, tendo o veto sido rejeitado e a LC 152/2015 publicada em
04/12/2015. Diante disso, indaga-se: os servidores que foram obrigados a se aposentar
compulsoriamente aos 70 anos depois do veto (23/10/2015) e antes da LC (04/12/2015)
poderão pedir para retornar ao serviço público sob o argumento de que o veto foi
derrubado?
A LC 152/2015 é uma lei editada pelo Congresso Nacional. Ela poderia ter tratado sobre a
aposentadoria de servidores dos Estados, do DF e dos Municípios?
SIM. A Lei Complementar mencionada pelo art. 40, § 1º, II, da CF/88 (com redação dada pela
EC 88/2015) deveria ser realmente, como o foi, uma lei complementar nacional, ou seja, editada
pelo Congresso Nacional.
O STF possui entendimento consolidado no sentido de que, embora a competência para legislar
sobre a previdência dos servidores públicos (RPPS) seja concorrente, a União tem a
competência para editar a lei complementar que funcionará como norma de caráter nacional para
regulamentar a matéria.
4. Aposentadoria Especial
Obs.: a matéria está disciplinada na Lei n. 11.301∕2006. A questão foi objeto de controle
de constitucionalidade (ADI 3772). Consolidou-se a constitucionalidade de que o professor não
perde a exclusividade quando exerce também atividades dentro da escola (ex. diretor,
coordenador).
→ EC n. 41∕03
31 de dezembro de 2003.
Tramitava ao mesmo tempo a PEC paralela para emendar a EC n. 41/03.
Manteve o sistema contributivo de repartição simples.
Acrescentou a contribuição dos inativos.
Inserção de forma expressa do princípio da solidariedade – art. 40, caput, da CF5.
Cotização dos entes.
* Revogação do princípio da integralidade.
Inserção do princípio da média da vida laboral (art. 40, §1º, 3º e 17°).
Obs.: o período de remuneração utilizada para média da vida laboral apenas será
contabilizado quando houver incidência de contribuição. Assim, se houver isenção em
determinado período, este não será utilizado para cálculo da média da vida laboral.
* O princípio da paridade (princípio do espelho) foi substituído pelo princípio da
preservação do valor real (conservação do valor aquisitivo).
5 Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e
solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
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Assim, apesar da previsão do teto já existir, a sua aplicação estava condicionada à criação
de regime complementar, que foi instituído, por sua vez, pela Lei n. 12.618/2012 (ordinária).
Vale salientar que o regime complementar depende da criação de fundações.
Obs.: o legislador criou o regime complementar por lei ordinária, bem como seu
regramento. Assim, já há discussão no STF (ADI 4893) acerca da sua constitucionalidade, pois,
muitos ensinam que correta está a criação por lei ordinária, mas o seu regramento deveria ser
realizado por lei complementar – suposta violação do art. 40, §15º e 202, CF.
Obs.: como dito acima a contribuição atinge os aposentados antes e depois da EC, pois
não há direito adquirido a regime legal (ADI 3105).
Trouxe uma nova transição (alternativa) para quem entrou antes da EC n. 20/98.
Criou a aposentadoria especial (deficiente, atividade de risco e atividades que coloquem
em risco a integridade e saúde) – essa matéria depende de LC que ainda não foi regulamentada.
Assim, os servidores que desenvolvem atividade em condições especiais discutem essa
questão e levam a matéria ao STF. O STF discutiu essa matéria no MI 721 e 758 esclarecendo
que enquanto a matéria não for disciplinada, deve ser aplicada para tais servidores a lei do
regime geral de previdência social (Art. 57, §3º, da Lei n. 8.213/916).
Porém, o administrador não tem como aplicar aregra, pois não está adequada a Lei n.
8.213
.
→ EC n. 70
Cenário Atual –
Regras de Transição
1. Regra Velha (Art. 8º, da EC n. 20/98) – serve para aqueles que entraram antes da EC
20/98.
2. Regra Nova – serve para aqueles que entraram após a EC n. 20/98.
3. Regra de Transição
a) art. 8, da EC n. 20/98.
b) art. 2º, da EC n. 41/2003 - servidores que entraram antes da EC n. 20/98.
Revogou o art. 8, da EC 20.
Idade:
Redutor constitucional:
A cada ano que o servidor antecipar na idade (60/55 anos) sofrerá desconto na
remuneração (até 2005 – desconto de 3,5% por ano, a partir de 2006 – desconto de 5% por
ano).
Obs.: o servidor pode garantir integralidade e paridade mesmo com mudança de cargo
desde que não haja interrupção.
Logo, com exceção dos professores, a CF/88 exige a edição de uma LEI COMPLEMENTAR
definindo os critérios para a concessão da aposentadoria especial aos servidores públicos. A Lei
deverá, inclusive, elencar as carreiras que se encontram em situação de risco ou cujas
atividades prejudiquem a saúde ou integridade física.
Diante disso, o STF, ao julgar o Mandado de Injunção n.° 721/DF (e vários outros que foram
ajuizados depois), determinou que, enquanto não for editada a LC regulamentando o art. 40, §
4º, III, da CF/88, deverão ser aplicadas, aos servidores públicos, as regras de aposentadoria
Assim, se o servidor público exerce suas atividades em condições insalubres, poderá requerer
aposentadoria especial e a Administração Pública deverá analisar o requerimento com base nos
requisitos do RGPS trazidos pelo art. 57 da Lei n.° 8.213/91. Veja o que diz a referida Lei:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao
segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a
lei.
§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa renda
mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.
Logo, os servidores públicos que exerçam atividades sob condições especiais que prejudiquem a
sua saúde ou integridade física (art. 40, § 4º, III da CF/88) terão direito de se aposentar com
menos tempo de contribuição que os demais agentes públicos.
Ex: a CF/88 prevê que o servidor homem possa se aposentar, voluntariamente, com 60 anos de
idade e 35 anos de contribuição (art. 40, § 1º, III, a da CF/88). No entanto, se o servidor público
tiver trabalhado durante 25 anos sob condições insalubres, poderá ter direito à aposentadoria
especial, nos termos do art. 40, § 4º, III da CF c/c o art. 57 da Lei nº 8.213/91.
Vale ressaltar que a SV 33-STF somente trata sobre a aposentadoria especial do servidor
público baseada no inciso III do § 4º do art. 40 da CF/88 (atividades sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física), não abrangendo as hipóteses do incisos I
(deficientes) e II (atividades de risco).
Espero que eu tenha conseguido me desincumbir do dever de ser claro e que você tenha
entendido, mas reconheço que não é um assunto fácil.
Agora, se você quiser/precisar aprofundar um pouco mais o tema, continue lendo abaixo. Faço,
porém, um alerta: vai ficar mais difícil.
APROFUNDANDO O TEMA:
As regras do RGPS aplicam-se aos servidores públicos apenas “no que couber”
A SV 33-STF afirma expressamente que as regras do RGPS sobre aposentadoria especial
aplicam-se ao servidor público, no que couber. Em outras palavras, nem todas as normas do
RGPS serão cabíveis para a aposentadoria especial do servidor público.
No exemplo que demos acima, Maria trabalhou 20 anos (7.300 dias) em atividades especiais e 6
anos (2.190 dias) em atividade comum. Logo, não conseguirá a aposentadoria especial (que
exige 25 anos de atividade especial).
Maria irá, então, somar os períodos para ver se consegue a aposentadoria comum (não
especial).
Os 7.300 dias trabalhados irão virar 8.760 dias.
Dessa forma, ela irá somar 8.760 + 2.190 = 10.950 dias (30 anos) para fins de aposentadoria.
Em outras palavras, para o STF, o art. 40, § 4º, III não garante necessariamente aos servidores
este direito à conversão com contagem diferenciada de tempo especial em tempo comum. O que
este dispositivo garante é apenas o direito à “aposentadoria especial” (com requisitos e critérios
diferenciados).
Dessa feita, não se pode aplicar as regras de conversão do tempo especial em tempo comum,
previstas para os trabalhadores em geral (RGPS), para os servidores públicos, considerando que
a lei que vier a ser editada regulamentando o art. 40, § 4º, III da CF/88 não estará obrigada a
conceder este fator de conversão aos servidores. Foi assim que decidiu o STF. Confira:
(...) A concessão do mandado de injunção, na hipótese do art. 40, § 4º, da Lei Fundamental,
reclama a demonstração pelo Impetrante do preenchimento dos requisitos para a aposentadoria
especial e a impossibilidade in concrecto de usufruí-la ante a ausência da norma
regulamentadora.
2. O alcance da decisão proferida por esta Corte, quando da integração legislativa do art. 40, §
4º, inciso III, da CRFB/88, não tutela o direito à contagem diferenciada do tempo de serviço
prestado em condições prejudiciais à saúde e à integridade física.
3. Não tem procedência injuncional o reconhecimento da contagem diferenciada e da averbação
do tempo de serviço prestado pelo Impetrante em condições insalubres por exorbitar da
expressa disposição constitucional. Precedentes. (...)
STF. Plenário. MI 3788 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 24/10/2013.
Daí, o enunciado da SV 33 dizer, corretamente, que aplicam-se ao servidor público, no que
couber, as regras do RGPS.
Em princípio, o regime jurídico da LC 142/2013 não se aplicaria aos servidores públicos, porque
a referida Lei é restrita ao RGPS (trabalhadores em geral, filiados ao regime administrado pelo
INSS). No entanto, como a Lei Complementar de que trata o art. 40, § 4º, I, da CF/88 ainda não
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foi editada, o STF, em um mandado de injunção, reconheceu que o Presidente da República está
em “mora legislativa” por ainda não ter enviado ao Congresso Nacional o projeto de lei para
regulamentar o art. 40, § 4º, I da CF/88 (aposentadoria especial para servidores deficientes).
Com base nisso, determinou que sejam aplicadas aos servidores públicos portadores de
deficiência os critérios e condições previstos nesta LC 142/2013. Nesse sentido: STF MI 5126-
DF, DJe 02/10/2013.
5. Regime Complementar
Inserido pela Lei n. 12.618/2012.
O teto de proventos passa a ser aplicado para os servidores que entraram no
serviço após a criação das fundações do regime complementar.
O teto somente será aplicado aos servidores que entrarem a partir da criação da
fundação do regime complementar – 11% sobre o teto do RGPS. Se ele quiser receber mais do
que o teto, contribuirá para o regime complementar.
A contribuição pelo servidor para o regime complementar não tem limite.
Por sua vez, o ente público também contribui para o regime complementar, porém,
com o limite de 8,5% sobre a parcela que exceder o teto.
Os servidores anteriores ao regime complementar podem aderir ao este no prazo
de 24 meses da criação.
Possuem caráter de fundação pública com regime jurídico de direito privado. A ADI 4893
discute a natureza das entidades.
Cada Poder terá a sua fundação. Contudo, por ato conjunto das autoridades, os Poderes
podem reunir os servidores. Ex.: fundação do executivo e legislativo no âmbito federal.
Essas fundações compõem a administração indireta.
O quadro de pessoal das fundações é de empregado (CLT + Concurso).
Possuem Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal.
A gestão é feita pela Diretoria Executiva (composta por representantes dos poderes e
servidores ocupantes de cargos efetivos escolhidos pelos pares)
A sede dessa fundação para o âmbito federal é o DF.
Ex.: FUNPRESP (Executivo) e FUNPRESP (Judiciário).
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1. Agente público
Dois são os requisitos para a caracterização do agente público: um, de ordem objetiva,
isto é, a natureza estatal da atividade desempenhada; outro, de ordem subjetiva: a investidura
nela. (C.A)
Agente público é aquele que exercefunção pública, seja de forma temporária ou
permanente, com ou sem remuneração, independentemente do tipo de vínculo.
Na classificação dos agentes públicos temos:
Celso Antônio não inclui magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de
Contas na categoria dos agentes políticos; também não o faz José dos Santos Carvalho Filho,
que os chama de servidores especiais; R.F. já os integra.
“Apesar das divergências doutrinárias, entendo acertado o posicionamento de Hely, para
quem os agentes políticos são os componentes do governo nos seus primeiros escalões, no
exercício de atribuições constitucionais. Em tal categoria se enquadram os Chefes do Executivo
e seus auxiliares diretos, os membros do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e dos
Tribunais de Contas, bem como os representantes diplomáticos. Celso Antônio e Maria Sylvia
adotam uma posição mais restrita, incluindo como agentes políticos apenas os Chefes do
Executivo e seus auxiliares diretos, além dos membros do Legislativo” - extraído do roteiro de
estudo n. 8, de autoria do Des. Luiz Alberto Gurgel de Faria.
A designação ‘servidor público’, já hoje, tem alcance mais restrito do que dantes. Não é
mais adequada para abarcar também os empregados das entidades da Administração Indireta
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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de Direito Privado, porquanto sob a rubrica constitucional ‘Dos servidores públicos’ (que
substituiu, desde a Emenda Constitucional 19, de 4.6.98, a rubrica ‘dos servidores públicos
civis’), é visível que só estão considerados os integrantes de cargo ou emprego nas pessoas
jurídicas de Direito Público.
Apesar da divergência doutrinária, o STF, no RE 228.977, entendeu que eles são agentes
políticos.
ii. Servidor estatal: é todo aquele que atua na Administração Direta ou Indireta.
Subdivide-se em servidor público (atua em pessoa jurídica de direito público. pode ser estatutário
ou celetista) e servidor de ente governamental de direito privado (atua em pessoa jurídica de
direito privado – são titulares de emprego, com regime trabalhista, CLT). O empregado público
está excluído da incidência da Lei nº 8.112/90.
Tratando da Lei 9.962/00 – empregado público da ADM DIRETA: O contrato só pode ser
rescindido quando houver: 1) prática de falta grave, tal como relacionado no art. 482, da CLT; 2)
acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 3) necessidade de redução de
quadro, no caso de excesso de despesa, como previsto no art.169 da CF; 4) insuficiência de
desempenho apurada em processo administrativo. Essas regras indicam que não só ficou
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excluída a hipótese de resilição unilateral do contrato por parte do Estado-empregador, não
sendo assim aplicável nesse aspecto o art.479 da CLT, mas também que é vinculada à atividade
da União no que tange às hipóteses de desfazimento do vínculo: em nenhuma hipótese a
rescisão contratual poderá dar-se ao mero alvedrio da Administração Federal, decorrente de
valoração de conveniência e oportunidade.
A lei exclui da observância de tais exigências a extinção dos contratos de servidores
firmados com base na regra da autonomia da gestão, de que trata o art.37, §8º. CF. Significa
dizer que é mais frágil o vínculo trabalhista nesta hipótese e que, em relação a tais contratações,
será viável o exercício do direito à resilição unilateral do contrato pela União, ainda quando o
motivo tenha fundamento em razões de natureza discricionária.
O dirigente de empresa pública ou sociedade de economia mista (pessoas qualificadas
como de Direito Privado), ainda quando sejam elas meramente exploradoras de atividade
econômica, também podem ser enquadrados como ‘autoridade’ no que concerne a atos
expedidos para cumprimento de normas de Direito Público a que tais entidades estejam
obrigadas, como, ‘exempli gratia’, os relacionados às licitações públicas que promovem. (C.A).
Nesse sentido, temos a Súmula n. 333 do STJ: Cabe mandado de segurança contra ato
praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.
7 Servidores de empresas públicas e sociedades de economia mista, admitidos por concurso público,
não gozam da estabilidade preconizada no art. 41da CF, mas sua demissão deve ser sempre motivada. Essa
a conclusão do Plenário ao, por maioria, prover parcialmente recurso extraordinário interposto pela Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT contra acórdão do TST em que discutido se a recorrente teria o dever
de motivar formalmente o ato de dispensa de seus empregados. Na espécie, o TST reputara inválida a despedida
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obs. contratação por tempo determinado. Tratando do art. 37, IX, CF: IX - a lei
estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público; diz a Constituição que a lei estabelecerá os casos
de contratação desses servidores. Assim dizendo, só se pode entender que o constituinte
pretendeu caracterizar essa relação funcional como de natureza contratual. Não obstante essa
de empregado da recorrente, ao fundamento de que “a validade do ato de despedida do empregado da ECT está
condicionada à motivação, visto que a empresa goza das garantias atribuídas à Fazenda Pública” [...] o dever de
motivar o ato de despedida de empregados estatais, admitidos por concurso, aplicar-se-ia não apenas à
ECT, mas a todas as empresas públicas e sociedades de economia mista que prestariam serviços públicos,
em razão de não estarem alcançadas pelas disposições do art. 173, § 1º, da CF, na linha de precedentes do
Tribunal..
Funcionário de fato é aquele cuja investidura foi irregular, mas cuja situação tem
aparência de legalidade. Em nome do princípio da aparência, da boa-fé dos administrados, da
segurança jurídica e do princípio da presunção de legalidade dos atos administrativos reputam-
se válidos os atos por ele praticados, se por outra razão não forem viciados.
Note-se, porém, que o agente de fato jamais poderá usurpar a competência funcional dos
agentes públicos em geral, já que este tipo de usurpação da função pública constitui crime
previsto no art. 328 do Código Penal.Usurpação de função – se passar por um agente público –
ato inexistente.
O servidor Público trabalha na pessoa jurídica de direito público, especificamente, na
Administração Direta, autarquias e fundações públicas de direito público.
Regime estatutário
Pluralidade normativa – cada ente com o seu
Relação não contratual – não há direito à inalterabilidade da situação funcional
Iniciativa de lei de competência privativa do chefe do executivo
Desafia lei ordinária e não complementar
Competência da Justiça Comum – Estadual ou Federal
Regime Trabalhista
Unicidade normativa – todos os entes obedecem a CLT
Natureza contratual
Ocorrendo alteração para o regime estatutário (é opção do servidor), deve o ente
respeitar todos os direitos funcionais adquiridos pelo servidor sob o regime celetista.
Competência da Justiça do Trabalho
9 Crítica de Celso Antônio à Lei 8.112: Aliás, a sobredita lei não apenas instituiu tal regime como o geral,
aplicável a quaisquer servidores púbicos titulares de cargo público na órbita da União, mas, também, conforme
dantes se disse, inconstitucionalmente, colocou sob sua égide servidores não concursados que haviam sido
admitidos pela legislação trabalhista e transformou seus empregos em cargos públicos, independentemente do
tempo de serviço que tivessem (art.243 e §1º.) Nisto afrontou, à generala, tanto o art.37, II, da Constituição, que
exige o concurso público de provas ou de provas e títulos para acesso a cargos públicos, quanto ofendeu
ostensivamente o art.19 e §1º. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Este último conferiu estabilidade
à data da promulgação da Constituição, mas não autorizou mudanças em seu regime jurídico e muito menos
permitiu sua preposição em cargos públicos, pois, pelo contrário, estabeleceu que sua efetivação dependeria de
concurso público.
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*Lei que prevê hipóteses genéricas de contratação temporária é inconstitucional. Lei que autoriza
contratação temporária para projetos educacionais ordinários é inconstitucional. O STF afirmou
que, em tese, é possível a contratação temporária por excepcional interesse público (art. 37, IX,
da CF/88) mesmo para atividades permanentes da Administração (como é o caso de
professores). No entanto, o legislador tem o ônus de especificar, em cada circunstância, os
traços de emergencialidade que a justificam. As alíneas "a, b, c, d, e" preveem a contratação
temporária caso o titular se afaste para gozar de licenças ou para fazer cursos de capacitação. O
STF reputou que tais hipóteses são constitucionais já que elas descrevem situações que são
alheias ao controle da Administração Pública, ou seja, hipóteses que estão fora do controle do
*São inconstitucionais, por violarem o art. 37, IX, da CF/88, a autorização legislativa genérica
para contratação temporária e a permissão de prorrogação indefinida do prazo de contratações
temporárias. STF. Plenário. ADI 3662/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/3/2017 (Info
858).
3. Cargo público
4. Emprego público
5. Função
Obs. servidor que realiza outras funções não designadas para o seu cargo – desvio de
função
Também é utilizado para direção, chefia e assessoramento, podendo ser exercido por
qualquer pessoa, atendidos os requisitos mínimos. É cargo de livre nomeação e livre exoneração
(ad nutum). A Constituição reservou um número mínimo para que sejam nomeados os servidores
de carreira para garantir a continuação do serviço público.
8. Formas de Provimento
Formas de provimento:
Obs.disponibilidade
Formas de Deslocamento
Ficam dentro do mesmo quadro. Diferentemente do provimento derivado.
1. Remoção: é o deslocamento do servidor de acordo com as necessidades do
serviço. Pode ser uma remoção de ofício ou a pedido (art. 36, da Lei nº 8.112/90);]
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação
aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas
federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os
referidos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado
na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
adotarão as seguintes providências: I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas
com cargos em comissão e funções de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
9. Direitos
1. Remuneração e vencimento
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX,
XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da
lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Irredutibilidade da remuneração (art. 37, XV, CF; art. 41, §3º - estendeu aos servidores
públicos regidos pela legislação trabalhista – emprego público). A remuneração não pode ser
reduzida, salvo para adequação ao teto. Não se incluem as gratificações e adicionais de caráter
transitório.
O art. 1º da Lei nº 10.698/2003 concedeu reajuste aos servidores públicos federais de todos os
Poderes, porém em percentuais diferentes. A diferença entre o maior e o menor reajuste foi de
13,23%. Os servidores que receberam o menor percentual alegaram que o mencionado art. 1º
representou uma revisão geral anual, tendo, no entanto, violado o art. 37, X, da CF/88,
considerando que foi feita com índices diferentes, o que não é permitido por esse dispositivo
constitucional. Diante disso, pediram que fosse concedida a incorporação dos 13,23% em sua
remuneração. A 1ª Turma do TRF1 (órgão fracionário do Tribunal) concedeu a incorporação
pedida. Para o STF, esta decisão violou as súmulas vinculantes 10 e 37. A 1ª Turma do TRF1,
mesmo sem dizer isso expressamente, fez um controle de constitucionalidade do art. 1º da Lei nº
10.698/2003 concluindo que este dispositivo incidiu em inconstitucionalidade por omissão parcial.
No entanto, como se trata de órgão fracionário do TRF, houve violação ao art. 97 da CF/88 e da
SV 10: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte." Além disso, houve violação da
SV 37: "Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de
servidores públicos sob fundamento de isonomia." STF. 2ª Turma. Rcl 14872, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 31/5/2016 (Info 828).
*O término da incorporação dos 11,98%, ou do índice obtido em cada caso, oriundo das perdas
salariais resultantes da conversão de cruzeiro real em URV, na remuneração do servidor, deve
ocorrer no momento em que a carreira passa por uma restruturação remuneratória. STJ. 3ª
Seção. EREsp 900.311-RN, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 22/2/2017 (Info 598).
2. Vantagens
Na verdade, não são vantagens. Não integram a remuneração. Não incide I.R. nem
contribuição social.
a) Ajuda de custo é a indenização paga ao servidor quando é deslocado no
interesse da Administração Pública. É paga durante o período de 03 meses. Restituir se
não se deslocar em 30 dias.
3. Férias
30 dias de férias, podendo ser acumulada por no máximo dois períodos, salvo casos
previstos em lei específica. Se o trabalho é realizado com Raio-X ou substâncias radioativas é
concedido 20 dias consecutivos de férias a cada seis meses, sendo vedada a acumulação.
O período aquisitivo é de 12 meses e o pagamento das férias deve ser feito com 2 dias de
antecedência do início do período de férias. O pagamento das férias também pode ser feito de
forma parcelada, em até três parcelas, a pedido do servidor e no interesse da Administração
Pública.
Em caso de exoneração, o servidor tem direito à indenização do período de férias,
recebendo proporcionalmente ao tempo trabalhado (1/12 para cada mês de exercício).
A interrupção das férias do servidor pode ocorrer por calamidade pública, por comoção
interna, para trabalhar no Júri, em caso de serviço militar, justiça eleitoral ou necessidade do
serviço declarada pelo chefe.
4. Licenças
5. Afastamentos
Concessões
a) Um dia de folga em caso de doação de sangue.
b) Dois dias de folga para o alistamento eleitoral.
c) Oito dias em caso de casamento ou de falecimento de cônjuge,
companheiro, pais, madrasta, padrasto, filhos, enteados, menor sob sua guarda, irmãos.
d) Direito a horário especial, previsto para o servidor estudante, com regime de
compensação de horas.
e) Direito a horário especial, previsto para o servidor portador de deficiência,
não sendo necessário o regime de compensação de horas.
f) Direito a horário especial quando o servidor tem cônjuge, filho ou dependente
deficiente, com regime de compensação de horas.
g) Direito a horário especial para servidor que participa de curso ou concurso
(instrutor, participante de banca examinadora ou fiscal).
h) O servidor tem direito à matrícula em instituição congênere, independente de
vaga, quando é deslocado por interesse da Administração Pública. Essa concessão se
estende ao cônjuge, aos filhos e enteados e ao menor sob sua guarda.
SIM
Será exigida
1) Servidor que for ESTUDANTE
compensação de
(deverá ser comprovada a incompatibilidade
horário, respeitada
entre o horário escolar e o da repartição)
a duração semanal.
NÃO
3) Servidor que tiver CÔNJUGE, FILHO
(novidade da
ou DEPENDENTE com DEFICIÊNCIA.
Lei 13.370/2016)
SIM
4) Servidor que atuar como INSTRUTOR em curso de Será exigida
formação, de desenvolvimento ou de treinamento compensação de
regularmente instituído no âmbito da administração horário a ser
pública federal. efetivada no prazo
de até 1 ano
SIM
5) Servidor que participar de BANCA EXAMINADORA
Será exigida
ou de comissão para exames orais, para análise
compensação de
curricular, para correção de provas discursivas, para
horário a ser
elaboração de questões de provas ou para julgamento
efetivada no prazo
de recursos intentados por candidatos.
de até 1 ano
Tempo de Serviço
A apuração é feita em dias, convertida em anos, sendo considerado um ano o período de
365 dias. Existem duas regras diferentes: a) período computado para todos os efeitos (exemplo:
exercício de uma vantagem); b) período computado apenas para fins de aposentadoria
(exemplo: algumas licenças; trabalho exercido na iniciativa privada; tiro de guerra). Art. 102 e
103, Lei nº 8.112/90.
É vedada a contagem cumulativa de serviço prestado no exercício de cargos distintos.
Direito de petição
É o direito de pedir e obter uma resposta. O prazo prescricional tem como termo inicial a
ciência do ato ou publicação da decisão e é de 05 anos no caso de demissão, cassação ou que
afetem direitos patrimoniais e créditos da relação de trabalho. Para os demais casos, o prazo é
de 120 dias.
Obs. se a ADM reconhece o débito após o prazo prescricional, considera-se como ato de
renúncia. Em consequência, o prazo prescricional conta do ato do reconhecimento–STJ/2012.
ALGUNS ACÓRDÃOS:
2. Tratando-se o caso dos autos de uma típica relação jurídica de trato sucessivo, estão
prescritas tão somente as parcelas anteriores ao quinquênio antecedente ao ajuizamento da
ação, nos termos da Súmula nº 85 do STJ.
2. Matéria do recurso foi devidamente analisada, com motivação clara e nítida. Questões
enfrentadas conforme as legislação e jurisprudência.
- "o colendo STJ, ao julgar o REsp nº 1244632/CE, Rel. Min. Castro Meira, DJe
13/09/2011, submetido ao regime do art. 543-C do CPC, decidiu que:
- 'o servidor aposentado do extinto DNER, ainda que passe a integrar o quadro de
inativos do Ministério dos Transportes, deve ter como parâmetro de seus proventos a retribuição
dos servidores ativos do DNER absorvidos pelo DNIT, pois esta autarquia é que é a sucessora
do DNER, não havendo razão jurídica para justificar qualquer disparidade. Precedentes;
- não é dado ao Poder Público criar subterfúgio para deixar de cumprir regramento
expresso existente no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da União (arts. 189
e 224) que impõe a paridade de vencimentos e proventos entre os servidores ativos e inativos e
pensionistas;
1. Apelado, escrivão da Polícia Federal, nomeado para exercer suas funções junto à
Superintendência Regional do Amapá, tendo tomado posse em 04 de junho de 1997. Esposa,
também servidora pública, lotada no Hospital da Universidade Federal do Ceará - UFC- desde
19 de janeiro de 1995, que não logrou ser liberada para acompanhá-lo, sob a justificativa de
carência de pessoal. O servidor então requereu, administrativamente, a sua remoção para a
Superintendência da Polícia Federal em Fortaleza/CE, o que foi negado. Impetrou, assim,
Mandado de Segurança, que tramitou na 8ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, tendo
sido concedida a liminar (em 1998), a qual culminou na sua remoção para a capital
Cearense.Em 2007, a liminar foi cassada, tendo sido determinado o seu retorno imediato ao
órgão de origem, o que ocorreu em 29 de agosto de 2007.
2. O servidor, mais uma vez, buscou administrativamente obter sua remoção definitiva
para a cidade de Fortaleza/CE, sob a alegação de necessidade de manter a unidade do núcleo
familiar, eis que durante os 10 (dez) anos que permeou a concessão da liminar e a sua
cassação, nasceram suas três filhas, crianças em idade escolar.
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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3. Pedido novamente indeferido pela Administração, o que motivou o casal a intentar a
presente ação, com base na manutenção da integridade do núcleo familiar, nos termos do art.
226 da Carta Magna e interpretação extensiva do art. 36, III, 'a', da Lei nº 8.112/90.
4. Inexistência de violação à coisa julgada, eis que a presente ação tem causa de pedir
diversa.
(...)
9. "Foi diante desse contexto que o STF, nos autos do MI 721/DF, reconheceu a
omissão do Parlamento na regulação do art. 40, parágrafo 4º, CF, impondo, neste caso, a
10. (...) "A matéria é pacífica, portanto. E, tratando-se de decisões plenárias da Suprema
Corte, a quem cabe dar a última palavra em matéria constitucional, é recomendável que o
entendimento seja prestigiado pelas instâncias inferiores do Poder Judiciário."
Seguridade Social
AUSÊNCIA DE ALEGAÇÕES FINAIS Após o relatório ter sido produzido pela comissão, ele
deverá ser apresentado ao servidor processado para que este possa impugná-lo? Existe
previsão na Lei nº 8.112/90 de alegações finais a serem oferecidas pelo servidor após o relatório
final ter sido concluído? NÃO. Segundo entende o STJ, NÃO é obrigatória a intimação do
interessado para apresentar alegações finais após o relatório final de processo administrativo
disciplinar. Isso porque não existe previsão legal nesse sentido. STJ. 1ª Seção. MS 18.090-DF,
Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 8/5/2013. (Info 523) IMPOSSIBILIDADE DE
APROVAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL POR SERVIDOR QUE PARTICIPOU DAS
INVESTIGAÇÕES O servidor que realizou a sindicância pode também determinar a instauração
de processo disciplinar, designando a comissão processante, e, ao final dos trabalhos, aprovar o
relatório final? NÃO. O STJ decidiu que o servidor que participou das investigações na
sindicância e concluiu que o sindicado havia cometido a infração disciplinar, tanto que
determinou a instauração do PAD, não pode, posteriormente, ser a autoridade designada para
aprovar o relatório final produzido pela comissão no processo administrativo, uma vez que ele já
formou seu convencimento no sentido da culpabilidade do acusado. STJ. 3ª Seção. MS 15.107-
DF, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 26/9/2012 (Info 505).
SERVIDOR JÁ PUNIDO NÃO PODE SER NOVAMENTE JULGADO PARA AGRAVAR SUA
PENA Depois do servidor já ter sido punido, é possível que a Administração, com base na
autotutela, anule a sanção anteriormente cominada e aplique uma nova penalidade mais
gravosa? NÃO. A decisão administrativa que põe fim ao processo administrativo, à semelhança
do que ocorre no âmbito jurisdicional, possui a característica de ser definitiva. Logo, o servidor
público já punido administrativamente não pode ser julgado novamente para que sua pena seja
agravada mesmo que fique constatado que houve vícios no processo e que ele deveria receber
uma punição mais severa. Assim, a anulação parcial do processo administrativo disciplinar para
adequar a penalidade aplicada ao servidor, consoante pareceres do órgão correspondente,
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
96
ensejando aplicação de sanção mais grave ofende o devido processo legal e a proibição da
reformatio in pejus. STJ. 3ª Seção. MS 10.950-DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em
23/5/2012 (não divulgado em Info). Tal posicionamento tem por base a Súmula 19 do STF, que
dispõe: “É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo em
que se fundou a primeira.” INTIMAÇÃO DO PROCESSADO Em processo administrativo
disciplinar não é considerada comunicação válida a remessa de telegrama para o servidor
público recebido por terceiro. STJ. 3ª Seção. MS 14.016-DF, Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura, julgado em 29/2/2012.
TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL Para que o prazo prescricional tenha início, é
necessário que a irregularidade praticada pelo servidor chegue ao conhecimento da autoridade
competente para instaurar o PAD ou o prazo já se inicia caso outras autoridades do serviço
público saibam do fato? O prazo de prescrição da pretensão punitiva estatal começa a fluir na
data em que a irregularidade praticada pelo servidor tornou-se conhecida por alguma autoridade
do serviço público, e não, necessariamente, pela autoridade competente para a instauração do
processo administrativo disciplinar. STJ. 1ª Seção. MS 20.162-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves
Lima, julgado em 12/2/2014 (Info 543).
ART. 170 DA LEI 8.112/90 É INCONSTITUCIONAL O art. 170 da Lei nº 8.112/90 é compatível
com a CF/88? NÃO. O art. 170 da Lei nº 8.112/1990 é INCONSTITUCIONAL. Para o STF, esse
dispositivo viola os princípios da presunção de inocência e da razoabilidade, além de atentar
contra a imagem funcional do servidor. STF. Plenário. MS 23262/DF, rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 23/4/2014 (Info 743).
Tema muito importante!!! Pode ser cobrado também na prova discursiva: Art. 170. Extinta a
punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor.
Não constitui requisito legal para a concessão de pensão por morte à companheira que a união
estável seja declarada judicialmente, mesmo que vigente formalmente o casamento. Assim, é
possível o reconhecimento de união estável de pessoa casada que esteja comprovadamente
separada judicialmente ou de fato, para fins de concessão de pensão por morte, sem
STJ: Não é nulo processo administrativo disciplinar – PAD conduzido por servidores que
não possuam estabilidade no atual cargo que ocupam, desde que já tenham adquirido a
estabilidade no serviço público. A Lei n. 8.112/1990, ao disciplinar o exercício do servidor em
estágio probatório (art. 20, §§ 3º, 4º e 5º, Lei n. 8.112/1990) não veda sua participação em
comissão de sindicância ou disciplinar. MS 17.583-DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho,
Rel. para acórdão Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 12/9/2012. 1ª SEÇÃO. INFO 504.
2. Por padecer de amparo legal e afrontar a Constituição da República, não pode prevalecer a
estipulação, pela União, de uma carga horária máxima de 60 (sessenta) horas semanais,
devendo ser analisado em cada caso se o exercício das atividades passíveis de serem
acumuladas na Administração Pública sofre o empecilho decorrente da incompatibilidade de
horários. (Precedentes do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e deste
Tribunal).
No caso em que o servidor público foi impedido irregularmente de acumular dois cargos públicos
em razão de interpretação equivocada da Administração Pública, o Estado deverá ser
condenado e, na fixação do valor da indenização, não se deve aplicar o critério referente à teoria
da perda da chance, e sim o da efetiva extensão do dano causado, conforme o art. 944 do CC.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.308.719-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 25/6/2013
(Info 530).
MATERIAL EXTRA:
FÓRMULA 85/95
i
Este material foi produzido pelos coaches com base em anotações pessoais de aulas,
referências e trechos de doutrina, informativos de jurisprudência, enunciados de súmulas, artigos
de lei, anotações oriundas de questões, entre outros, além de estar em constante processo de
atualização legislativa e jurisprudencial pela equipe do Ciclos R3.