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Torres (2006) propõe uma classificação prática com vistas à conduta a ser tomada,
propondo que se classifique o caso com os critérios da OMS por ocasião da alta do
paciente, com finalidade epidemiológica. A classificação proposta deverá ser feita ao se
atender um caso suspeito de dengue:
A– Caso febril
B– Caso com febre e prova do laço positiva ou petéquias (ou outro sangramento)
C– Caso com sinais de alarme
D– Caso com sinais de choque
Morbidade e Letalidade –
Diagnóstico diferencial –
Dengue clássica: as principais doenças a serem consideradas são: gripe, rubéola,
sarampo, e outras infecções virais e bacterianas exantemáticas.
Dengue hemorrágica: no início, o diagnóstico diferencial é semelhante àquele da
dengue clássica, a partir do 3° ou 4°dia, diferenciar do choque endotóxico por infecção
bacteriana ou meningococcemia, leptospirose, febre amarela, malária, hepatite
infecciosa, hantavirose, riquetsioses.
Diagnóstico Laboratorial –
Exames específicos: são utilizados dois métodos básicos para o diagnóstico de
infecção por dengue: detecção do vírus ou detecção de anticorpos.
Tratamento –
Após classificar o paciente de acordo com Torres (2006) (vide Manifestações Clínicas)
devem ser observados os seguintes procedimentos:
A – Caso febril
Um resultado negativo da prova do laço não permite descartar uma evolução para
dengue hemorrágica.
B – Caso com febre e petéquias ou prova do laço positiva (ou outro sangramento)
Deve ser pedida uma contagem de plaquetas e hematócrito (que devem ser repetidos
com a freqüência adequada para cada caso, mas pelo menos uma vez ao dia) e deve-
se manter o paciente sob observação. Contagem plaquetária com diminuição
progressiva e aumento do hematócrito são critérios para hospitalização. Os sinais vitais
devem ser acompanhados: pressão arterial, freqüência respiratória e freqüência
cardíaca, diurese, e, também o surgimento de sinais de alarme.
Deve-se estar preparado para prevenir o choque. Começar reidratação enérgica por via
endovenosa. Acompanhamento de perto do paciente com cuidados intensivos.
O treinamento de recursos humanos é a medida que traz mais retorno. Isto contempla
de modo prioritário o trabalho informativo-educativo com a população até que se
consiga sua participação ativa no autocuidado e que possa reconhecer oportunamente
os sinais que anunciam a possível gravidade do caso.
Referências Bibliográficas
Tiriba AC. Dengue. In: Lopes AC, Tratado de Clínica Médica. Vol III, pág 3867-
3873. ROCA, 2006.