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APRESENTAÇÃO
Como você explicaria o fato de animais da mesma espécie apresentarem tantas diferenças em
relação à inteligência, beleza, elegância, docilidade, versatilidade, rusticidade e resistência? A
resposta para esta pergunta está nesta Unidade de Aprendizagem. Seja bem-vindo ao mundo do
DNA.
Bons estudos.
DESAFIO
Células-tronco são células que ainda não se diferenciaram. Isso significa que estas células
seriam capazes de se diferenciarem e se tornarem qualquer outra célula do nosso corpo. Muitas
das células em um adulto são terminalmente diferenciadas, e não são capazes de se dividirem
mais. Órgãos do corpo que estão funcionando mal, devido a uma doença, ou algum membro que
foi perdido por acidente, não terão seus tecidos prontamente substituídos. A maioria das células,
devido a processos de regulação ou até mesmo devido à perda do DNA genômico, não são
facilmente reprogramadas.
Os transplantes de órgãos é uma alternativa que vem sendo utilizada com frequência. No
entanto, a taxa de sucesso é baixa, devido a vários fatores, como a rejeição aos órgãos e a
escassez de doadores. Esses problemas seriam evitados se o nosso corpo fosse capaz de se
autorregenerar. Diante disso, o maior objetivo de pesquisas com células-tronco é a utilização
para o tratamento de doenças.
As células-tronco podem ser obtidas de tecidos, por exemplo, do cordão umbilical ou da medula
óssea. No caso da medula óssea, as células já estão mais especializadas e dariam origem apenas
a outras células, que formariam alguns tecidos. As células-tronco embrionárias, obtidas durante
a mórula (uma bola de células totipotentes), teriam a capacidade de se diferenciarem de qualquer
célula do corpo.
Uma grande polêmica é gerada em torno das pesquisas com células-tronco. O motivo é que,
para as células-tronco embrionárias serem utilizadas, elas precisariam ser retiradas do embrião,
que seria então destruído.
Seu desafio será escrever um argumento crítico sobre o uso de células-tronco embrionárias. Para
desenvolver o seu desfaio você deve pensar nas questões éticas que envolvem esse assunto.
Você deve apresentar algumas vantagens e desvantagens da utilização de células-tronco
embrionárias e sugerir alternativas para os problemas gerados. Bom trabalho!
INFOGRÁFICO
CONTEÚDO DO LIVRO
Boa leitura.
Obra originalmente publicada sob o título
Biology, 8th Edition
ISBN 9780805368444
Authorized translation from the English language edition, entitled BIOLOGY, 8th Edition, by NEIL A. CAMPBELL and JANE B. REECE,
published by Pearson Education, Inc., publishing as Benjamin Cummings, Copyright © 2008. All rights reserved. No part of
this book may be reproduced or transmitted in any form or by any means, electronic or mechanical, including photocopying,
recording or by any information storage retrieval system, without permission from Pearson Education, Inc.
Portuguese language edition published by Artmed Editora, Copyright © 2010.
Tradução autorizada a partir do original em língua inglesa da obra intitulada BIOLOGY, 8ª EDIÇÃO, de autoria de NEIL A. CAMPBELL
e JANE B. REECE, publicado por Pearson Education, Inc., sob o selo de Benjamin Cummings, Copyright © 2008. Todos os direitos
reservados. Este livro não poderá ser reproduzido nem em parte nem na íntegra, nem ter partes ou sua íntegra armazenada
em quaisquer meios, seja mecânico ou eletrônico, inclusive fotocópia, sem permissão da Pearson Education, Inc.
A edição em língua portuguesa desta obra é publicada por Artmed Editora, Copyright © 2010.
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SÃO PAULO
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IMPRESSO NO BRASIL
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A Base
Molecular da
Hereditariedade
CONCEITOS-CHAVE
16.1
16.2
16.3
16
O DNA é o material genético
Diversas proteínas atuam juntas na replicação e no
reparo do DNA
Um cromossomo consiste em uma molécula de DNA
empacotada com proteínas
VISÃO GERAL
Figura 16.1 Como a estrutura do DNA foi determinada?
moniae, a bactéria que causa pneumonia em mamíferos. Griffith mortas era responsável por essa alteração hereditária, embora a
possuía duas cepas (variedades) da bactéria, uma patogênica (que identidade dessa substância não fosse conhecida. Griffith chamou
causa a doença) e uma não patogênica (inofensiva). Ele se surpre- esse fenômeno de transformação, atualmente definido como uma
endeu ao perceber que ao matar as bactérias patogênicas com calor alteração no genótipo e no fenótipo causada pela assimilação pela
e misturá-las com algumas bactérias vivas da cepa não patogênica, célula de DNA externo. (Esse uso da palavra transformação não
algumas células vivas se tornavam patogênicas (Figura 16.2). Além deve ser confundido com a conversão de célula animal normal em
disso, a nova característica de patogenicidade recém-adquirida era célula cancerosa, discutida no Capítulo 12.)
herdada por todos os descendentes das bactérias transformadas. O trabalho de Griffith foi a centelha para uma pesquisa de
Claramente, algum componente químico das células patogênicas 14 anos realizada pelo bacteriologista americano Oswald Avery,
em busca da identidade da substância transformadora. Avery se
concentrou em três candidatos principais: DNA, RNA (o outro
Figura 16.2 Pesquisa ácido nucleico) e proteínas. Avery rompeu as bactérias patogê-
Uma característica genética pode ser transferida nicas mortas por calor e extraiu os componentes celulares. Em
entre diferentes cepas de bactérias? amostras separadas, utilizou tratamentos específicos para ina-
EXPERIMENTO Frederick Griffith estudou duas cepas da bactéria tivar cada um dos três tipos de moléculas. Então testou cada
Streptococcus pneumoniae. Bactérias da cepa S (do inglês smooth, “suave”) amostra tratada quanto à habilidade de transformar bactérias
podem causar pneumonia em camundongos; são patogênicas pois pos- vivas não patogênicas. Apenas quando o DNA foi mantido ativo,
suem uma cápsula que as protegem do sistema imune do animal. As bacté-
rias da cepa R (do inglês rough, “rugosa”) não possuem essa cápsula e não
as células não patogênicas foram transformadas. Em 1944, Avery
são patogênicas. Para testar a característica patogenicidade, Griffith injetou e seus colaboradores, Maclyn McCarty e Colin MacLeod, anun-
as duas cepas de bactérias em camundongos, conforme abaixo: ciaram que o agente transformador era o DNA. A descoberta foi
recebida com interesse, mas também com considerável ceticis-
Mistura de
Células S mortas células S mortas mo, em parte pela convicção de que as proteínas eram melhores
Células S vivas Células R vivas com calor com calor e candidatas ao papel de material genético. Muitos biólogos não
(controle) (controle) (controle) células R vivas
estavam convencidos de que os genes das bactérias seriam seme-
lhantes em composição e em função aos genes dos organismos
mais complexos. Mas a principal razão para a dúvida persistir era
o pouco conhecimento sobre o DNA.
Nas amostras de
sangue, foram
encontradas células Segmento
S vivas capazes de da cauda
se reproduzir, gerando
mais células S. Fibras da
cauda
CONCLUSÃO Griffith concluiu que as bactérias R vivas foram trans- DNA
formadas em bactérias patogênicas S por uma substância hereditária des-
100 nm
E SE...? De que modo este experimento elimina a possibilidade de as Figura 16.3 Vírus infectando célula bacteriana. T2 e outros fa-
células R terem simplesmente utilizado as cápsulas das células S mortas gos relacionados se ligam à célula hospedeira e injetam material genético
para se tornarem patogênicas? através da membrana plasmática, enquanto cabeça e partes caudais se
mantêm na superfície externa da bactéria (MET colorido).
B i o l o gi a 307
tetor composto com frequência simplesmente por proteínas. Para De alguma forma, o T2 conseguia programar a célula hospedeira
se reproduzir, o vírus precisa infectar uma célula e tomar conta para produzir vírus. Mas qual dos componentes virais – proteína
da maquinaria metabólica dessa célula. ou DNA – era o responsável?
Os fagos tiveram ampla utilização como ferramentas pelos Hershey e Chase responderam a essa questão por meio de
pesquisadores na área da genética molecular. Em 1952, Alfred um experimento que mostrou que só um dos dois componentes
Hershey e Martha Chase realizaram experimentos mostrando do fago T2 entra realmente nas células de E. coli durante a in-
que o DNA é o material genético do fago conhecido como T2, fecção (Figura 16.4). No experimento, eles utilizaram isótopos
um dos muitos fagos que infectam as células de Escherichia coli radioativos de enxofre para marcar as proteínas em uma série, e
(E. coli), bactéria que normalmente vive no intestino dos mamífe- isótopos radioativos de fósforo para marcar o DNA na segunda
ros. Naquela época, os biólogos já sabiam que o T2, assim como série. Como as proteínas contêm enxofre e o DNA não contém,
muitos outros fagos, é composto quase inteiramente por DNA os átomos de enxofre radioativo foram incorporados apenas pe-
e proteínas. Também sabiam que o fago T2 podia transformar las proteínas dos fagos. De modo similar, os átomos de fósforo ra-
rapidamente uma célula de E. coli numa máquina de produção de dioativo marcaram apenas o DNA, e não as proteínas, pois prati-
fagos T2, liberando muitas cópias quando a célula era rompida. camente todos os átomos de fósforo estão no DNA dos fagos. No
RESULTADOS Quando as proteínas foram marcadas (Série 1), a radioatividade se mantém fora das células; mas quando o DNA é marcado (Série 2), a
radioatividade foi observada no interior das células. As células bacterianas com DNA radioativo dos fagos liberam novos fagos com certa quantidade de fósfo-
ro radioativo.
CONCLUSÃO O DNA dos fagos entra nas células bacterianas, mas as proteínas dos fagos, não. Hershey e Chase concluíram que as moléculas de DNA e
não as proteínas atuam como material genético do fago T2.
FONTE A.D. Hershey e M. Chase, Independent functions of viral protein and nucleic acid in growth of bacteriophage, Journal of General Physiology, 36:39-56 (1952).
ção das bases do DNA varia de um organismo para o outro. Por Açúcar (desoxirribose) N
H
Extremidade 3’ H
exemplo: 30,3% dos nucleotídeos do DNA humano apresentam a Guanina (G)
base A, ao passo que o DNA da bactéria E. coli apresenta apenas
26% de A. Essa prova da diversidade molecular entre as espécies, Figura 16.5 A estrutura da cadeia de DNA. Cada monômero de
nucleotídeo é composto por uma base nitrogenada (T, A, C ou G), pelo
que se presumia ausente no DNA, tornou o DNA o candidato açúcar desoxirribose (azul) e por um grupo fosfato (amarelo). O fosfato de
mais plausível ao papel de material genético. um nucleotídeo está ligado ao açúcar do próximo, formando um “esquele-
Chargaff também chamou a atenção para a regularidade pe- to” com alternância de grupos fosfato e de açúcares, de onde se projetam
culiar da proporção dos nucleotídeos numa mesma espécie. No as bases. A cadeia polinucleotídica tem orientação da extremidade 5’ (com
grupo fosfato) para a extremidade 3’(com grupo –OH). 5’ e 3’ são aos nú-
DNA de cada espécie estudada, o número de adeninas e timinas meros designados aos átomos de carbono do anel do açúcar.
era aproximadamente o mesmo; e o número de guaninas e citosi-
nas era aproximadamente o mesmo. No DNA dos humanos, por das ligações covalentes nos polímeros de ácidos nucleicos estava
exemplo, as quatro bases estão presentes nas seguintes porcenta- bem estabelecido (ver Figura 16.5), e os pesquisadores se concen-
gens: A ⫽ 30,0% e T ⫽ 30,3%; G ⫽ 19,5% e C ⫽ 19,9%. A equiva- traram no descobrimento da estrutura tridimensional do DNA.
lência observada em qualquer espécie entre o número de bases A Entre os cientistas trabalhando na resolução desse problema es-
e T e entre o número de bases G e C se tornou conhecida como a tavam Linus Pauling, no Instituto de Tecnologia da Califórnia,
regra de Chargaff. A fundamentação para essa regra permaneceu e Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, no King’s College de
inexplicada até a descoberta da dupla-hélice. Londres. Os primeiros a oferecer a resposta correta, no entanto,
foram dois cientistas relativamente desconhecidos na época – o
Construindo um modelo estrutural para o DNA: americano James Watson e o inglês Francis Crick.
Pesquisa Científica Essa breve, mas célebre, parceria que resolveu o quebra-ca-
Assim que a maior parte dos biólogos se convenceu de que o beça da estrutura do DNA teve início logo após a ida de Watson
DNA era o material genético, o desafio passou a ser determinar para a Universidade de Cambridge, onde Crick estudava a estru-
de que modo sua estrutura cumpria o seu papel na transmissão tura de proteínas por meio de uma técnica chamada de cristalo-
das informações hereditárias. No início dos anos 1950, o arranjo grafia por difração de raios X (ver Figura 5.25). Enquanto visitava
B i o l o gi a 309
G C Extremidade 5'
O
T OH
A P Ponte de hidrogênio
-O Extremidade 3'
O
T A OH
H2C O
T A
1 nm
O O CH2
O
G C P O
-O O-
3,4 nm O
C G O
P
H2C O O
A T G C
O O CH2
C G O
P O
-O O-
O P
H2C O
O O
C G
T A O
O
O CH2
T A P O
-O O-
O P
A T H2C O
O O
A T
A T O CH2
OH
O
Extremidade 3' O-
P
HO
G C O
0,34 nm
A T Extremidade 5'
(a) Principais características da estrutura do DNA. (b) Estrutura química parcial. (c) Modelo de preenchimento espacial.
Figura 16.7 A dupla-hélice. (a) As “fitas” neste diagrama representam o esqueleto açúcar-fosfato das duas cadeias de DNA. A hélice é dextrógira,
enrolando-se para a direita. As duas cadeias são unidas por pontes de hidrogênio (linhas pontilhadas) entre as bases nitrogenadas, que se pareiam no interior
da dupla-hélice. (b) Para maior clareza, as duas cadeias de DNA são mostradas desenroladas nesta estrutura química parcial. Fortes ligações covalentes ligam
as unidades de cada cadeia, enquanto pontes de hidrogênio fracas ligam uma cadeia à outra. Note que as cadeias são antiparalelas, ou seja, tem orientações
opostas. (c) O empacotamento dos pares de bases fica claro no modelo computadorizado. As forças de van der Waals entre os pares de bases adjacentes de-
sempenham importante papel na manutenção da unidade molecular (ver Capítulo 2).
310 C a mpbel l & Col s .
direções opostas (ver Figura 16.7). Você pode imaginar esse arranjo H
como uma escada de cordas com degraus rígidos. As cordas nas
N H O CH3
laterais são equivalentes aos esqueletos açúcar-fosfato, e os degraus N
representam os pares de bases nitrogenadas. Agora imagine que
uma das extremidades da escada permanece fixa enquanto a outra N
é torcida, formando uma espiral. Os dados de difração de raios X de N H N
Franklin indicavam que a hélice fazia um giro completo a cada 3,4 Açúcar N N
nm ao longo do seu comprimento. Com as bases dispostas a 0,34
O Açúcar
nm umas das outras, existem dez camadas de pares de bases, ou
degraus na escada, a cada giro completo da hélice. Adenina (A) Timina (T)
As bases nitrogenadas da dupla-hélice estão pareadas em com-
binações específicas: adenina (A) com timina (T), e guanina (G) H
com citosina (C). Foi principalmente por tentativa e erro que Wat-
N O H N
son e Crick chegaram a essa característica fundamental do DNA.
Inicialmente, Watson imaginou que as bases formassem pares por
semelhança – por exemplo, A com A e C com C. Mas esse modelo N
N H N
não se encaixava nos dados obtidos pela difração de raios X, que
sugeriam que a hélice possuía diâmetro uniforme. Por que essa ca- Açúcar N N
racterística é inconsistente com o pareamento de bases por seme-
N H O Açúcar
lhança? Adenina e guanina são purinas, bases nitrogenadas com
dois anéis orgânicos. Em contraste, citosina e timina pertencem à H
família de bases nitrogenadas conhecidas como pirimidinas, que Guanina (G) Citosina (C)
possuem apenas um anel. Assim, as purinas (A e G) têm aproxima-
damente o dobro da largura das pirimidinas (C e T). Um par puri- Figura 16.8 Pareamento de bases no DNA. Os pares de bases ni-
trogenadas em uma cadeia de DNA são unidos por pontes de hidrogênio,
na-purina é muito largo, e uma par pirimidina-pirimidina é muito representadas pelas linhas pontilhadas em cor-de-rosa.
estreito para os 2 nm de diâmetro da dupla-hélice. O pareamento
purina-pirimidina, no entanto, resulta em um diâmetro uniforme: cleotídeos ao longo da cadeia de DNA. A sequência linear das
quatro bases pode ser variada de maneiras incalculáveis, e cada
Purina + purina = muito largo gene possui uma ordem, ou sequência de bases, sem paralelo.
Em abril de 1953, Watson e Crick surpreenderam a comuni-
dade científica com um artigo sucinto, de uma página, na revista
Pirimidina + pirimidina = muito estreito britânica Nature.* O artigo descreve o modelo molecular para a
dupla-hélice do DNA, que desde então se tornou símbolo da bio-
logia molecular. A beleza do modelo reside no fato de que a estru-
Purina + pirimidina: largura consistente tura do DNA sugere os mecanismos para a sua replicação.
com os dados de difração de raios X
REVISÃO DO CONCEITO
Watson e Crick ponderaram que devia haver uma especificida- 1. Uma mosca apresenta a seguinte porcentagem de nu-
de adicional no pareamento, determinado pela estrutura das bases. cleotídeos no DNA: 27,3% de A, 27,6% de T, 22,5% de G e
Cada base possui grupos químicos laterais que podem formar pon- 22,5% de C. Como esses números demonstram a regra de
tes de hidrogênio com o par apropriado: adenina pode formar duas Chargaff?
pontes de hidrogênio com timina e só com a timina; guanina forma 2. Como o modelo de Watson e Crick explica a base da regra
três pontes de hidrogênio com citosina e só com citosina. Em resu- de Chargaff?
mo, A pareia com T e G pareia com C (Figura 16.8). 3. E SE...? Se não houvesse ocorrido a transformação no
O modelo de Watson e Crick explica a base da regra de Char- experimento de Griffith, que resultados seriam observa-
gaff. Sempre que uma fita da molécula de DNA apresentar uma dos? Explique.
A, a fita complementar apresentará uma T. E uma G numa fita
Ver as respostas sugeridas no Apêndice A.
estará sempre pareada com uma C na fita complementar. Assim,
no DNA de qualquer organismo, a quantidade de adenina será
igual à quantidade de timina, e a quantidade de guanina será igual
à quantidade de citosina. Apesar de a regra de pareamento de ba-
ses determinar a combinação de bases nitrogenadas que formam
os “degraus” da dupla-hélice, ela não restringe a sequência de nu- * J.D. Watson e F.H.C. Crick, Molecular structure of nucleic acids: a structure for
deoxyribose nucleic acids, Nature 171:737-738 (1953).
B i o l o gi a 311
16.2 Diversas proteínas atuam juntas near de bases pode ser determinada através da fita mostrada, com a
aplicação das leis de pareamento. As duas fitas são complementares,
na replicação e no reparo do DNA cada uma armazena a informação necessária para a reconstrução da
A relação entre estrutura e função pode ser observada na du- outra. Quando a célula copia uma molécula de DNA, cada cadeia
pla-hélice. A ideia do pareamento específico das bases nitrogena- serve de molde para o ordenamento de nucleotídeos em uma nova
das do DNA foi a inspiração que levou Watson e Crick à estrutura fita complementar. Os nucleotídeos se alinham ao longo da fita mol-
correta da dupla-hélice. Ao mesmo tempo, eles perceberam o sig- de de acordo com as regras de pareamento e são ligados para formar
nificado funcional das regras de pareamento de bases. Eles finali- novas fitas. Onde havia uma molécula de DNA fita-dupla no início
zaram ser artigo com esta afirmação: “Não fugiu à nossa percep- do processo, haverá duas, cada uma sendo a cópia exata da molécu-
ção o fato de que o pareamento específico por nós postulado logo la “parental”. O mecanismo de cópia é análogo ao uso de negativos
sugere um possível mecanismo de cópia para o material genético”. fotográficos para a obtenção de uma fotografia, que pode ser então
Nesta seção, vamos aprender o princípio básico da replicação do utilizada para produzir outro negativo e assim sucessivamente.
DNA, assim como alguns detalhes importantes desse processo. Esse modelo para a replicação do DNA permaneceu sem tes-
tes por diversos anos depois da publicação da estrutura do DNA.
O princípio básico: pareamento de bases com Os experimentos necessários eram conceitualmente simples,
fita molde mas de dif ícil execução. O modelo de Watson e Crick previa que
quando uma molécula de DNA se replicasse, cada molécula-filha
Em um segundo artigo, Watson e Crick levantaram uma hipótese possuiria uma fita antiga, derivada da molécula parental, e uma
de como o DNA é replicado: fita nova, recém-sintetizada. Esse modelo semiconservativo
Nosso modelo para os ácidos desoxirribonucleicos é, de fato, pode ser distinguido do modelo conservativo de replicação, onde
um par de moldes, um complementar ao outro. Imaginamos que
as duas fitas parentais, de alguma forma, permanecem juntas
antes da duplicação as pontes de hidrogênio são rompidas, e as
após o processo (ou seja, a molécula parental é conservada). Em
duas cadeias destorcidas e separadas. Cada cadeia pode então
um terceiro modelo, chamado de modelo dispersivo, as quatro
servir de molde para a formação de uma nova cadeia comple-
fitas de DNA resultantes da replicação apresentam uma mistura
mentar, de modo que no fim são obtidos dois pares de cadeias
de DNA antigo e novo (Figura 16.10, na próxima página). Em-
onde antes havia apenas uma. Além disso, a sequência de pares
bora os mecanismos para a replicação conservativa ou dispersiva
de bases terá sido duplicada com exatidão.*
do DNA não sejam fáceis de conceber, esses modelos permane-
A Figura 16.9 ilustra a ideia básica de Watson e Crick. Para
ceram como possibilidades até que puderam ser testados. Após
uma melhor compreensão, mostramos apenas uma pequena seção
dois anos de trabalhos preliminares, no final dos anos 1950, Mat-
da dupla-hélice, na forma não helicoidal. Observe que se uma das
thew Meselson e Franklin Stahl elaboraram um inteligente ex-
duas fitas de DNA for omitida na Figura 16.9a, a sua sequência li-
perimento capaz de distinguir os três modelos. O experimento
* F.H.C. Crick e J. D. Watson. The complementary structure of deoxyribonucleic
deles corroborou o modelo semiconservativo de replicação do
acids, Proceedings of Royal Society of London A 223:80 (1954). DNA, conforme proposto por Watson e Crick, e é amplamente
A T A T A T A T
C G C G C G C G
T A T A T A T A
A T A T A T A T
G C G C G C G C
(a) A molécula parental possui duas fitas (b) A primeira etapa da replicação é a (c) Os nucleotídeos complementares se
complementares de DNA. Cada base está separação das duas fitas. Cada fita alinham e são ligados para formar o
pareada por meio de pontes de parental serve agora de molde para esqueleto açúcar-fosfato das novas fitas.
hidrogênio com a base complementar determinar a ordem dos nucleotídeos ao Cada molécula-filha de DNA é composta
específica, A com T e G com C. longo da nova fita complementar. por uma fita parental (azul-escuro) e por
uma fita nova (azul-claro).
Figura 16.9 O modelo para replicação do DNA: o conceito básico. Nesta ilustração simplificada, um pequeno segmento de DNA foi desenrolado
em uma estrutura que lembra uma escada. Os corrimões da escada correspondem ao esqueleto açúcar-fosfato das duas fitas de DNA; os degraus são os
pares de bases nitrogenadas. Formas simples simbolizam os quatro tipos de bases. As fitas em azul escuro correspondem à molécula de DNA parental, e as
fitas em azul-claro correspondem às cadeias de DNA recém-sintetizadas.
312 C a mpbel l & Col s .
Primeira Segunda
Célula parental replicação replicação Figura 16.11 Pesquisa
(a) Modelo conservativo. A replicação do DNA segue o modelo
As duas fitas parentais conservativo, semiconservativo ou dispersivo?
se associam novamente EXPERIMENTO
após servirem de No instituto de Tecnologia da Califórnia, Matthew
moldes para a Meselson e Franklin Stahl cultivaram E. coli por diversas gerações em meio
síntese das fitas contendo precursores de nucleotídeos marcados com isótopos pesados de
novas, restaurando nitrogênio, 15N. Os cientistas então transferiram as bactérias para um meio
a dupla-hélice parental. contendo apenas o isótopo mais leve, 14N. Duas amostras de DNA foram
colhidas deste frasco, uma após 20 minutos e outra após 40 minutos,
correspondendo à primeira e à segunda replicação, respectivamente. Me-
selson e Stahl conseguiram distinguir moléculas de DNA de diferentes
densidades por meio da centrifugação do DNA extraído das bactérias.
Modelo
conservativo
Origem de Fita parental (molde) Origem de replicação Molécula de DNA fita dupla
replicação Fita-filha (nova)
Fita parental (molde)
Forquilha de Fita-filha (nova)
Molécula replicação
de DNA
fita dupla Bolha de
replicação
Bolha Forquilha de replicação
Duas moléculas-
-filhas de DNA
0,25 μm
0,5 μm
(a) No cromossomo circular de E. coli, e em muitas outras bactérias, (b) Em cada cromossomo linear dos eucariotos, a replicação do DNA se
apenas uma origem de replicação está presente. As fitas parentais inicia quando bolhas de replicação se formam em diversos locais ao
se separam na origem, formando uma bolha de replicação com longo da molécula gigante de DNA. As bolhas se expandem
duas forquilhas. A replicação acontece em ambas as direções até conforme a replicação prossegue em ambas as direções.
que as forquilhas se encontrem no lado oposto do cromossomo, Finalmente, as bolhas se fundem e a síntese das moléculas-filhas
resultando em duas moléculas-filhas. A MET mostra um está completa. A MET mostra três bolhas de replicação ao longo de
cromossomo bacteriano com a forquilha de replicação. uma molécula de DNA de células de hamster chinês em cultura.
Figura 16.12 Origens de replicação em E. coli e em eucariotos. As setas DESENHE Na MET em (b) adicione setas correspondentes
vermelhas indicam o movimento das forquilhas de replicação e, portanto, a dire- à terceira bolha.
ção da replicação do DNA em cada bolha.
314 C a mpbel l & Col s .
Em cada extremidade da bolha de replicação está a forquilha enzimas DNA-polimerase já descritas até o momento; no entan-
de replicação, região em forma de Y em que as fitas de DNA to, os princípios gerais são os mesmos.
parental estão sendo desenroladas. Diversos tipos de proteínas A maior parte das DNA-polimerases requer a presença de um
participam desse processo de desenrolamento (Figura 16.13). As oligonucleotídeo iniciador e de uma fita de DNA molde, assim como
helicases são enzimas que desenrolam a dupla-hélice nas forqui- nucleotídeos de DNA complementares e alinhados à fita molde. Em
lhas de replicação, separando as duas fitas parentais e tornan- E. coli, a DNA-polimerase III (abreviada como DNA-pol III) adicio-
do-as disponíveis como fitas molde. Após a separação das fitas na um nucleotídeo de DNA ao oligonucleotídeo de RNA; em segui-
parentais, proteínas de ligação à fita simples ligam-se às ca- da, continua adicionando nucleotídeos de DNA complementares à
deias de DNA não pareadas, estabilizando-as. O desenrolamento fita molde de DNA parental na extremidade crescente da nova fita
da dupla-hélice leva ao aumento na torção da cadeia no trecho à de DNA. A taxa de elongação é de cerca de 500 nucleotídeos por
frente da forquilha de replicação. As topoisomerases ajudam a segundo em bactérias e 50 por segundo em células humanas.
aliviar esse aumento na tensão pela quebra, giro e religação das Cada nucleotídeo adicionado à fita crescente de DNA é oriun-
fitas de DNA. do de um nucleosídeo trifosfato, ou seja, um nucleosídeo (um
As seções desenroladas das fitas de DNA parental ficam en- açúcar e uma base) com três grupos fosfato. Já estudamos molé-
tão disponíveis para servirem de molde para a síntese das novas culas assim – o ATP (adenosina trifosfato, ver Figura 8.8). A úni-
fitas de DNA complementar. No entanto, as enzimas que sinteti- ca diferença entre o ATP do metabolismo energético e o dATP (o
zam o DNA não podem iniciar a síntese de um polinucleotídeo: nucleosídeo trifosfato que fornece o nucleotídeo adenina para o
podem apenas adicionar nucleotídeos às extremidades de uma DNA) é o açúcar; é uma desoxirribose nas unidades que compõem
cadeia já existente e pareada com a fita molde. A cadeia de nu- o DNA e uma ribose no ATP. Assim como o ATP, os nucleosídeos
cleotídeos inicial produzida durante a síntese de DNA, na ver- trifosfato utilizados na síntese de DNA são quimicamente reativos,
dade, é uma pequena porção de RNA, não de DNA. Essa cadeia em parte devido ao grupo trifosfato, que possui um conjunto de
de RNA, chamada de oligonucleotídeo iniciador (do inglês, cargas negativas. À medida que cada monômero se junta à extre-
primer), é sintetizada pela enzima primase (ver Figura 16.13). A midade crescente da fita de DNA, dois grupos fosfato são perdidos
primase inicia uma cadeia de RNA a partir de um único nucleotí- na forma de uma molécula de pirofosfato P – P i. A hidrólise sub-
deo de RNA, adicionando nucleotídeos de RNA um de cada vez, sequente do pirofosfato em duas moléculas de fosfato inorgânico
utilizando a fita de DNA parental como molde. O oligonucleotí- P i é uma reação exergônica acoplada que ajuda a impulsionar a
deo iniciador completo, geralmente com 5 a 10 nucleotídeos de reação de polimerização (Figura 16.14).
extensão, é pareado com a fita molde. A nova cadeia de DNA é
iniciada na extremidade 3’ do oligonucleotídeo de RNA. Elongação antiparalela
Conforme salientamos, as duas extremidades de uma fita de DNA
Sintetizando uma nova fita de DNA são diferentes. Isso confere um sentido para a fita; ela se torna
Enzimas chamadas DNA-polimerases catalisam a síntese do uma espécie de rua de mão única (ver Figura 16.5). Além disso, as
novo DNA pela adição de nucleotídeos a uma cadeia pré-exis- duas fitas de DNA em uma dupla-hélice são antiparalelas, ou seja,
tente. Em E. coli, existem diversas enzimas DNA-polimerases têm sentidos opostos uma em relação à outra, assim como uma
distintas, mas duas parecem desempenhar os papéis principais rua de mão dupla (ver Figura 16.4). Claramente, as duas novas fi-
na replicação do DNA: DNA-polimerase III e DNA-polimerase I. tas, formadas durante a replicação do DNA, também precisam ser
A situação em eucariotos é mais complicada, com pelo menos 11 antiparalelas em relação às suas fitas molde.
Açúcar A T A T
Base
Fosfato
C G C G
G C G C
OH
DNA-polimerase
Extremidade 3‘ A T A Figura 16.14 A incorporação de nucleotídeos
T na fita de DNA. A DNA-polimerase catalisa a adição
P P Pi OH de um nucleosídeo trifosfato à extremidade 3’ da fita
P Extremidade 3‘
P C Pirofosfato C crescente de DNA, com a liberação de duas moléculas
OH de fosfato.
Utilize este diagrama para explicar o que quere-
? mos
Nucleosídeo 2Pi
dizer ao falarmos que cada fita de DNA pos-
trifosfato Extremidade 5‘ Extremidade 5‘ sui um sentido.
Visão geral
Origem de replicação
3 A fita líder é sintetizada Fita líder Fita retardada
continuamente no sentido
2 Moléculas de 5’ → 3′, pela DNA- pol III.
proteína de ligação à
fita simples estabilizam o
DNA molde desenrolado.
Fita líder
Fita retardada
Sentido da
1 A helicase replicação
desenrola a
dupla-hélice
parental.
Fita líder
5′ DNA-pol III
3′
3′ Oligonucleotídeo
iniciador Primase
DNA parental 5′
3′
DNA-pol III Fita retardada
5′
DNA-pol I DNA-ligase
4 3′
5′
3
2 1 3′
4 A primase começa a
sintetizar o oligonucleotídeo 5′
iniciador de RNA para o
quinto fragmento de Okazaki.
5 A DNA-pol III está completando a síntese 6 A DNA-pol I remove o oligonucleotídeo 7 A DNA-ligase une
do quarto fragmento de Okazaki. Quando ela iniciador da extremidade 5' do segundo a extremidade 3' do
alcança o oligonucleotídeo iniciador de RNA fragmento, substituindo-o por nucleotídeos de segundo fragmento à
do terceiro fragmento, ela se dissocia da DNA que ela adiciona um a um à extremidade 3' extremidade 5' do
cadeia e se desloca até a forquilha de do terceiro fragmento. A substituição do ultimo primeiro fragmento.
replicação, onde então adiciona nucleotídeos nucleotídeo de RNA por DNA deixa o esqueleto
de DNA à extremidade 3' do oligonucleotídeo açúcar-fosfato com a extremidade 3' livre.
iniciador do quinto fragmento.
Figura 16.17 Um resumo da replicação de DNA em bactérias. O Tabela 16.1 Proteínas de replicação do DNA
diagrama detalhado mostra uma forquilha de replicação. Porém, conforme bacteriano e suas funções
indicado no quadro Visão geral (canto superior direito), a replicação em geral
ocorre simultaneamente nas duas forquilhas, uma em cada extremidade da Proteína Função
bolha de replicação. Observando cada fita filha em sua totalidade no quadro Helicase Desenrola a dupla-hélice parental na forquilha de
Visão geral, é possível perceber que metade é sintetizada continuamente, replicação.
constituindo a fita líder, e a outra metade (no lado oposto da origem de repli-
Proteína de ligação Liga e estabiliza cadeias de DNA fita simples, até
cação) é sintetizada em fragmentos, constituindo a fita retardada.
à fita simples que estas possam ser utilizadas como fitas molde.
Os nucleotídeos malpareados podem, algumas vezes, escapar Topoisomerase Alivia a tensão na região anterior à forquilha de
do mecanismo de verificação da DNA-polimerase. No reparo de replicação, através da quebra, da torção e da reli-
gação das fitas de DNA.
malpareamento, enzimas removem e substituem nucleotídeos
Primase Sintetiza de um oligonucleotídeo iniciador de RNA
pareados erroneamente, resultantes de erros da replicação. Pes-
na extremidade 5’ da fita líder e em cada frag-
quisadores ressaltaram a importância dessas enzimas quando mento de Okazaki da fita retardada.
descobriram que um defeito hereditário em uma delas está as- DNA-pol III Utilizando o DNA parental como molde, sintetiza
sociado a uma forma de câncer de cólon. Aparentemente, esse uma nova fita de DNA através da ligação cova-
defeito permite que erros causadores de câncer se acumulem no lente de nucleotídeos na extremidade 3’ de uma
DNA em taxas maiores que o normal. cadeia de DNA preexistente ou de um oligonu-
cleotídeo iniciador de RNA.
Pareamentos incorretos ou nucleotídeos alterados podem
surgir também após a replicação. De fato, a manutenção da infor- DNA-pol I Remove os nucleotídeos de RNA do oligonucleotí-
deo iniciador, a partir da sua extremidade 5’, e os
mação genética codificada pelo DNA requer reparos frequentes substitui por nucleotídeos de DNA.
contra os diversos tipos de danos que podem ocorrem no DNA.
DNA-ligase Liga a extremidade 3’ do DNA que substitui o oli-
As moléculas de DNA são expostas continuamente a agentes quí- gonucleotídeo iniciador ao restante da fita líder e
micos e f ísicos potencialmente danosos, como iremos discutir no liga os fragmentos de Okazaki da fita retardada.
318 C a mpbel l & Col s .
5′
Extremidades Fita líder
das fitas de Fita retardada
DNA parental 3′
Figura 16.21
Nucleossomo
(10 nm de diâmetro)
Dupla-hélice
de DNA (2 nm
de diâmetro)
H1
Cauda das histonas
Histonas
Se espichado, o DNA de uma célula de E. coli teria cerca de 1 Cada cromossomo eucariótico contém uma única dupla-héli-
mm de comprimento, 500 vezes maior do que a célula. No inte- ce de DNA linear com em média 1,5 × 108 pares de nucleotídeos.
rior da bactéria, entretanto, devido à ação de algumas proteínas, Essa é uma enorme quantidade de DNA em relação à extensão
o cromossomo enrola-se e “superenrrola-se”, empacotando-se do cromossomo condensado. Se fosse completamente espichada,
densamente de forma a ocupar apenas parte do volume da célula. uma molécula de DNA alcançaria 4 cm de comprimento, milha-
Diferente do núcleo de uma célula eucariótica, essa região densa res de vezes o diâmetro do núcleo da célula – e isto sem conside-
onde o DNA está localizado na bactéria, chamada de nucleoide, rar os demais 45 cromossomos humanos!
não é delimitada por membrana (ver Figura 6.6). No interior da célula, o DNA eucariótico combina-se de modo
preciso com uma grande quantidade de proteínas. De maneira con-
Cromátide
(700 nm)
Fibra de 30 nm
Alças Suporte
Fibra de 300 nm
Cromossomo
replicado
(1.400 nm)
DNA-pol III sintetiza a fita 3’ 1. No seu trabalho com bactérias causadoras da pneumonia e com
líder continuamente 5’ camundongos, Griffith descobriu que
DNA a. o envelope proteico das células patogênicas era capaz de
parental DNA-pol III inicia a síntese na transformar as células não patogênicas.
extremidade 3’ do oligonucleotídeo
5’ iniciador e continua no sentido 5’ → 3’ b. as células patogênicas mortas por calor causavam pneumonia.
3’ A fita retardada é sintetizada
5’ c. alguma substância das células patogênicas era transferida
em pequenos fragmentos de
Okazaki, conectados mais para as células não patogênicas, tornando-as patogênicas.
tarde pela DNA-ligase d. o envelope de polissacarídeo da bactéria causa pneumonia.
A primase sintetiza um
pequeno oligonucleotídeo 3’ e. os bacteriófagos injetam DNA nas bactérias.
iniciador de RNA 5’
DICA DO PROFESSOR
Assista ao vídeo a seguir e confira como se deu a comprovação do DNA como material
genético.
EXERCÍCIOS
B) dos ribossomos.
C) das histonas.
D) de um dímero de timina.
E) do DNA satélite.
A) DNA polimerase.
B) DNA ligase.
C) nucleotídeos.
D) Fragmentos de Okazaki.
E) Primase.
A) o envelope proteico das células patogênicas era capaz de transformar as células não
patogênicas.
B) as células patogênicas mortas por calor causavam pneumonia.
C) alguma substância das células patogênicas era transferida para as não patogênicas,
tornando-as patogênicas.
NA PRÁTICA
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor: