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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS – CCAA

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CAMPUS IV - CHAPADINHA

RELATÓRIO DE GENÉTICA:
TÉCNICA CASEIRA DE ISOLAMENTO DE DNA

CHAPADINHA – MA

2017
ANA LÚCIA ESTEVAM DOS SANTOS
BÁRBARA RODRIGUES DOS SANTOS
LUIZA COSTA CARDOSO CALDAS
LUCAS GABRIEL PEREIRA VIANA
VALQUIRIA GOMES CARNEIRO

RELATÓRIO DE GENÉTICA:
TÉCNICA CASEIRA DE ISOLAMENTO DE DNA

Relatório apresentando à disciplina


Genética Básica, do Curso de Ciências
Biológicas, da Universidade Federal do
Maranhão, como requisito para obtenção
de nota parcial.

CHAPADINHA – MA
2017
INTRODUÇÃO

Os ácidos nucleicos são constituídos, basicamente, de nucleotídeos. Estes,


possuem três componentes: uma base nitrogenada, um açúcar e um fosfato (LEWIN,
2009). O ácido desoxirribonucleico (DNA) é um polímero de desoxirribonucleotídeos.
Os nucleotídeos dele são formados por um açúcar, a desoxirribose; uma base
nitrogenada ligada ao carbono 1’ da pentose; e um ou até três grupos fosfato ligados ao
carbono 5’ da pentose através de uma ligação glicosídica β (SCHRANK, 2001). O
DNA, assim como o RNA, possui quatro tipos de bases nitrogenadas. As bases púricas,
adenina e guanina e as bases pirimídicas, citosina e timina (LEWIN, 2009).
De acordo com o modelo formulado por Watson e Crick, a molécula de DNA é
constituída por duas fitas enroladas para a direita, formando a dupla hélice. A ligação do
açúcar-fosfato ocorre de modo que a posição 3’ da molécula de açúcar liga-se ao
grupamento fosfato que, por sua vez, liga-se à posição 5’ da molécula de açúcar
subsequente (RAMALHO, 2008).
A diversidade de informações é determinada pela sequência de bases
nitrogenadas, as quais, podem ocorrer em qualquer ordem linear em uma das fitas
(RAMALHO, 2008).
Esse tipo de isolamento é uma etapa importante na análise da estrutura e
organização do genoma de plantas (EMBRAPA, S/D).
O DNA, em sua forma original de dupla fita, apresenta alta estabilidade e é
muito resistente e se mantém inalterado em várias condições de meio. A extração deste
inclui basicamente dois procedimentos principais: a lise das células presentes na
amostra e a purificação do DNA. Após a lise das células, o DNA deve ser separado dos
restos celulares e das proteínas, precipitado e suspenso em volume adequado de água
ultrapura ou soluções-tampão adequadas. As amostras de DNA podem também ser
submetidas a processos de concentração e de purificação, com a finalidade de se obter
melhores resultados nas amplificações. Para cada tipo de amostra, vários protocolos
podem ser testados, adaptados e otimizados, de maneira a se conseguir DNA de boa
qualidade (EMBRAPA, 2007).

OBJETIVO
O presente relatório tem como objetivo isolar o DNA vegetal utilizando
reagentes químicos “caseiros”.
MATERIAS E MÉTODOS

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a adição do álcool gelado, foi possível verificar no tubo de ensaio em que
estava contida solução, a precipitação dos ácidos nucléicos. Os mesmos mostraram-se
com um aspecto de uma massa filamentosa esbranquiçada, em forma de fiapos (Figura
1).

Figura 1. Massa filamentosa (DNA) precipitando-se.

A banana deve ser macerada para facilitar que a parede das células sejam
rompidas. É nessa fase do procedimento que ocorre seu rompimento. Como um dos
principais constituintes da membrana plasmática são os lipídios, a adição de detergente,
que é um composto anfipático, fez com a membrana fosse quebrada, liberando, assim
seus conteúdos celulares, inclusive o DNA.
Já a adição de sal proporcionou ao DNA um ambiente favorável. A carga
negativa do DNA foi neutralizada pelos íons positivos Na+ que neutralizaram a carga
negativa do DNA, assim fazendo com que ele se precipitasse.
O álcool gelado tem a função de facilitar a precipitação e isolamento do DNA, já
que O DNA extraído das células da banana encontra-se na fase aquosa da mistura, ou
seja, dissolvido na água. Na presença de álcool e de concentrações relativamente altas
de Na+ (fornecidas pelo sal de cozinha) o DNA sai de solução, isto é, ele é precipitado.
Ainda assim, não é possível visualizar a dupla-hélice de DNA, que, apesar de serem
moléculas longas, possuem um diâmetro muito pequeno e não podem ser vistas a olho
nu. O que vimos é um emaranhado formado por milhares de moléculas de DNA.
A técnica de extração de DNA adotada não possibilita obtê-los sem quebras
mecânicas e/ou químicas. É quase impossível obtê-los com a conformação original, pois
são moléculas longas demais.

CONCLUSÃO
Através desta aula prática foi possível a realização do experimento que possibilitou a
extração do material genético (DNA) de uma Banana (Musa spp.). Com o experimento foi
possível a visualização dos ácidos nucleicos isolados, através de substâncias usadas que
possibilitaram lise da membrana, a precipitação salina e o isolamento do DNA.
REFERÊNCIAS

LEWIN, B. Genes IX. Porto Alegre: Artmed, 2009.

RAMALHO, M. A. P; SANTOS, J. B dos; PINTO, C. A. B. P. Genética na


agropecuária. – Lavras: Ed. UFLA, 2008.

SCHRANK. I. S.; SILVA. S. C. Replicação do DNA. In: ZAHA. A. A Biologia


molecular básica. Porto Alegre: Mercado aberto, 2001. Cáp. 5, pág. 93-115.

ROMANO, E; BRASILEIRO, A. C. M. Extração de DNA de plantas. CERNAGEN/


Embrapa Recursos genéticos e Biotecnologia. S/D. Disponível em:
<http://www1.uefs.br/disciplinas/bot859> Acesso em 25 de JUN de 2017.

OLIVEIRA, M. C. de S. Fundamentos teórico-práticos e protocolos de extração e de


amplificação de DNA por meio de reação em cadeia de polimerase. – São Carlos:
Embrapa Pecuária Sudeste, 2007. Disponível em: <http:
//www.cppse.embrapa.br/serviços/publicaçãogratuita/e-books/LVFundDNA.pdf>
Acesso em: 25 de JUN de 2017.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS – CCAA

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CAMPUS IV - CHAPADINHA

RELATÓRIOS DE GENÉTICA:
MITOSE VEGETAL

CHAPADINHA – MA

2017
ANA LÚCIA ESTEVAM DOS SANTOS
BÁRBARA RODRIGUES DOS SANTOS
LUIZA COSTA CARDOSO CALDAS
LUCAS GABRIEL PEREIRA VIANA
VALQUIRIA GOMES CARNEIRO

RELATÓRIOS DE GENÉTICA:
MITOSE VEGETAL
Relatório apresentando à disciplina
Genética Básica, do Curso de Ciências
Biológicas, da Universidade Federal do
Maranhão, como requisito para obtenção
de nota parcial.

CHAPADINHA – MA
2017
INTRODUÇÃO

As células vegetais assemelham-se às células animais em inúmeros mecanismos


moleculares básicos, como a replicação de DNA, sua transcrição em RNA, síntese
proteica, transformação de energia via mitocôndrias e estrutura molecular das
membranas e das várias organelas. Diferem, porém, devido a uma diversificação
evolutiva caracterizada por dois eventos básicos: 1) a presença de uma parede celular
rígida; e 2) a fotossíntese, que lhes permite sintetizar compostos orgânicos, utilizando
CO2 e energia da luz solar.
O processo de divisão celular das células vegetais é muito parecido com o das
células animais em seu início, pois todo o processo de duplicação do material genético,
promovido pelo metabolismo de controle na interfase, é idêntico. Apresenta diferenças
em relação à das células animais pelo fato de a maioria das células vegetais não
apresentarem centríolos, a condição da mesma é definida como acentriolar. Outra
característica é a ausência das fibras do áster, que auxiliam na polarização e fixação dos
centríolos. Por esse motivo, a divisão é caracterizada como anastral. E, para finalizar, a
citocinese (fase da divisão que representa a divisão física da célula mãe em duas
células-filhas) ocorre de dentro para fora da célula, justificada pela força centrífuga. Daí
o nome: citocinese centrífuga (THOMAZINI, 2014).
Nas células vegetais, a falta de áster e centríolos determina o início da formação
dos microtúbulos nos centrômeros. Sobre os centrômeros de cada cromossomo
aparecem dois feixes de microtúbulos, cada um migrando para um pólo da célula. Estas
fibras do centrômero se associam às do fuso, proporcionando a orientação do
movimento dos cromossomos (THOMAZINI, 2014).
Os meristemas apicais são encontrados no ápice de todas as raízes e caules e
estão envolvidos, principalmente com o crescimento em comprimento do corpo da
planta. Portanto, o tecido meristemático é responsável pelas divisões celulares dos
ápices do caule e da raiz. Nele há intensa produção de células por mitose. Isso acontece
antes da diferenciação celular, que ocorre para a produção de outras estruturas vegetais
(RAVEN, 2007).

OBJETIVO
O objetivo desse trabalho é visualizar cromossomos mitóticos em raízes de
cebola.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Figura 2. Visualização em microscópio das células da raiz da cebola em processo


mitótico (prófase).

As fases constituintes da mitose são as seguintes, com suas respectivas descrições:

Prófase

Inicia-se a condensação dos cromossomos. Os filamentos, duplicados, estão unidos no


centrômero, e cada filamento recebe o nome de cromátide.

Os centríolos duplicados migram para os polos da célula e, em conjunto com fibras,


formam o áster. A partir da região que os centríolos estão localizados, denominada centro
celular ou centrossomo, será formado o fuso mitótico.

Os nucléolos desaparecem e inicia-se a fragmentação da carioteca. Em seguida, os


microtúbulos do fuso mitótico ligam-se ao cinetócoro (estrutura proteica localizada na região
do centrômero) e levam os cromossomos para a região mediana da célula. Seu término é
marcado pela chegada dos cromossomos no meio do caminho entre os polos celulares, ou
seja, no plano equatorial.
Metáfase

Aqui ocorre o grau máximo de condensação dos cromossomos. Os centríolos ocupam


os polos opostos da célula e o cinetócoro de cada cromátide continua ligado às fibras do fuso
mitótico. Dispostos na região equatorial da célula, os cromossomos formam a chamada placa
equatorial ou placa metafísica, e cada uma das cromátides-irmãs se volta para cada um dos
polos da célula.

Anáfase

Na anáfase, as cromátides de separam e passam a ser chamadas de cromossomos-


filhos ou cromossomos-irmãos. Com o encurtamento das fibras do fuso mitótico, são puxadas
para os polos opostos da célula.

Telófase

Nesta etapa, já nos polos celulares, os cromossomos se descondensam e inicia-se ao


redor de cada conjunto cromossômico a formação de novos envelopes nucleares,
reconstituindo dois novos núcleos. A telófase marca o término da mitose, antecedendo a
citocinese, processo pelo qual o citoplasma se divide e forma, por fim, duas células-filhas.

CONCLUSÃO
Com a realização desta aula prática e o uso do experimento, preparamos e utilizamos a
raiz da cebola para análise da mitose. A mitose é um processo de extrema importância para os
vegetais e animais, uma vez que lhe possibilita o seu crescimento e desenvolvimento. A
prática realizada possibilitou a visualização de uma de suas fases, a prófase, indicando que as
células da raiz eram jovens.
REFERÊNCIAS

THOMAZINI, M. Um novo olhar para o desenvolvimento dos conceitos de divisão celular:


trabalhando as relações de complexidade e racionalidade na aprendizagem. Curitiba, 2014.

RAVEN, P. H. 1936 – Biologia vegetal / Peter H. Haven, Ray F. Evert, Susan E. Eichhorn ;
[coordenação da tradução Jane Elizabeth Kraus ; revisão técnica Jane Elizabeth Kraus, Neuza
Maria de Castro ; tradução Ana Claudia de Macêdo Vieira... et al.]. – Rio de Janeiro :
Guanabara Koogan, 2007. 830 p.

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