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Seminários Técnicos 2003
Eletricistas e eTécnicos
Engenheiros Projetistas
Produtos e Sistemas Industriais,
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Módulo 6 ?? S
Dimensionamento
Proteção contra sobretensão
de instalação
de s
elétrica atmosféricas
origem pela demanda e de
para
consumo
raios
www.siemens.com.br
Assim como a NBR-5419:2001 estabelece um critério para decidir sobre a necessidade de proteção externa
de uma estrutura contra descargas atmosféricas, têm sido propostos vários critérios para fazer o mesmo
quando se trata de equipamentos ou aparelhos da tecnologia da informação instalados. Note-se que
atualmente quase todas as residências e escritórios têm esse tipo de equipamento.
No Brasil, se uma estrutura necessita de proteção externa, devemos pelo menos proteger as entradas dos
circuitos de força e de telefonia, como previsto nas NBR.5419:2001 e NBR -5410:1997. Estas normas
pedem a instalação de uma barra de equalização dos potenciais (TAP ou LEP) nas entradas das
instalações; estas barras devem receber os fios PE (terra, fio verde, fio verde-amarelo) e a elas devem estar
ligados os terminais terra dos protetores dos condutores de força. Dessas barras devem sair conexões ao
sub-sistema de aterramento da edificação (anel de aterramento ou aterramento pela fundação). A comissão
que está fazendo a revisão da NBR-5410 tem um grupo de trabalho (GT-4) dedicado exclusivamente à
proteção e está sendo prevista uma revisão radical em relação à norma atual.
(NBR 5419:1997) 6.4.2.4.1 Em qualquer instalação deve ser previsto um terminal ou barra de aterramento
principal e os seguintes condutores devem ser a ele ligados:
a) condutor de aterramento;
b) condutores de proteção principais;
c) condutores de equipotencialidade principais;
d) condutor neutro, se disponível;
e) barramento de equipotencialidade funcional (ver 6.4.8.5), se necessário;
f) condutores de equipotencialidade ligados a eletrodos de aterramento de outros sistemas (por
exemplo, SPDA).
NOTAS
1 O terminal de aterramento principal realiza a ligação equipotencial principal (ver 5.1.3.1.1).
2 Nas instalações alimentadas diretamente por rede de distribuição pública em baixa tensão, que utilizem o
esquema TN, o condutor neutro deve ser ligado ao terminal ou barra de aterramento principal diretamente
ou através de terminal ou barramento de aterramento local;
3 Nas instalações alimentadas diretamente por rede de distribuição pública em baixa tensão, que utilizem o
esquema TT, devem ser previstos dois terminais ou barras de aterramento separados, ligados a eletrodos
de aterramento eletricamente independentes, quando possível, um para o aterramento do condutor neutro e
o outro constituindo o terminal de aterramento principal propriamente dito.
4 Os condutores de equipotencialidade destinados à ligação de eletrodos de aterramento de SPDA devem
ser dimensionados segundo a NBR 5419.
Em alguns países, como a França, a concessionária obriga o consumidor a instalar pelo menos os
protetores na entrada da instalação.
Na Alemanha, as companhias de seguro é que exigem essa proteção: se o usuário quiser fazer seguro de
seus equipamentos, terá que fazer a proteção.
Nos EUA, a ANSI recomenda um critério baseado em medições e cálculos das correntes e tensões em
várias partes (denominadas categorias) e na estimativa (até um certo ponto subjetiva) da exposição da
estrutura e das linhas de alimentação de suas instalações, às descargas atmosféricas.
Na IEC foi proposto um projeto que leva em conta uma análise dos riscos, que embora matematicamente
correto, é de trabalhosa aplicação.
A coordenação da isolação
São necessárias inicialmente algumas definições:
Coordenação da isolação
É a classificação das características dos equipamentos elétricos, considerando as condições do micro-
ambiente e outros esforços importantes.
A designação dos aterramentos dos sistemas é feita sempre por duas letras:
a
A 1 indica como o neutro da fonte é ligado à terra:
• T (ligação direta a um eletrodo ou malha, ou
• I (isolado ou através de resistência de alto valor)
a
A 2 Representa a ligação das massas à terra:
• T (ligação à terra a um eletrodo que não o da fonte)
• N (ligação à terra através do condutor Neutro)
Possuem dois eletrodos (ou malhas) separados, com resistências de aterramento de alguns Ohms (10-20);
As correntes de curto circuito são relativamente baixas, da ordem de dezenas de ampères;
Existe o risco de produzir tensões de toque elevadas (> 50 V , ou > 25 V) que podem levar ao choque fatal.
Este sistema obrigatoriamente necessita de proteção através de dispositivo diferencial residual (DR). (NBR
5410:1997, item 5.1.3.1.5, b).
1
2
3
PEN
1
2
3 Carga
N
PE
1
2
3
Carga
PEN PE
N
O esquema de aterramento IT
Neste esquema a corrente de curto fase-terra é muito pequena, portanto não há atuação do DPCC;
• Deve haver um controle da impedância para terra com uso de DSI, Dispositivo Supervisor da Isolação.
• A tensão de toque é muito pequena
• Em caso de falta à terra (F – T), a tensão das fases sãs para terra passa ser a tensão de linha (F-F). por
isso os DPSs devem ser dimensionado para a tensão F.F.
• As correntes de curto F-F são muito altas.
1
2
3
Carga
N
Pulsos elétricos
• ESD - pulsos gerados por descargas eletrostáticas ou indução eletrostática.
Tensão disruptiva
É a máxima tensão atingida antes do DPS começar a conduzir corrente (válida para os DPS que têm gaps).
Tensão residual
É a máxima tensão atingida depois do DPS começar a conduzir corrente (válida para qualquer DPS).
Nível de proteção
O maior dos dois valores acima.
Avalanche térmica
Um varistor quando submetido a descargas elevadas ou a muitas descargas começa a conduzir uma
corrente de fuga elevada o que aumenta sua temperatura e reduz sua resistência. Isto causa um aumento
da corrente de fuga e da temperatura chegando esta a valores tão altos que pode causar a explosão ou
queima do varistor com risco de incêndio.
e = p.α.h.E
Onde:
E - campo elétrico na altura da linha (kV/m)
h - altura média da linha (m)
α - coeficiente dependente da forma de descarga da nuvem
p - coeficiente dependente da existência de condutor aterrado (neutro ou cabo de guarda)
Os surtos induzidos são causados por ondas eletromagnéticas que se propagam pelo ar quando da
ocorrência de uma descarga atmosférica. Se considerarmos uma linha de transmissão / distribuição, onde :
d x
Onde:
di/dt = a taxa de crescimento da corrente
µo = a permeabilidade do ar = 0,4л x 10-6 (Ω.s/m)
h = a altura média da linha (m)
Para descarga diretas há uma redução ao longo da linha, pois o pulso é naturalmente dividido por 2. ( 50%
da corrente para cada lado da mesma).
Outros fatores atenuantes são o efeito corona, a descarga de contorno dos isoladores e a atuação dos DPS.
Sendo assim podemos dizer que via de regra os pára – raios de média tensão, são geralmente submetidos
a tensões entre 100 e 150kV; esses pára-raios reduzem esta tensão para níveis da ordem de 30 a 40kV.
Na baixa tensão, em função da capacitância primário / secundário do transformador, estas tensões serão
reduzidas em 6 a 20 %, significando valores em torno de 6 a 8 kV.
Contudo, se considerarmos as linhas BT numa rede de longa de distribuição rural, estas tensões poderão
ser da ordem de 20kV ou mais.
Portanto deveremos considerar um NBI – Nível Básico de Isolamento para as linhas BT conforme sua forma
de instalação. Para linhas externas 25 a 50kV, para linhas internas 6 a 8kV.
Devemos entender NBI como o impulso de tensão atmosférico que o equipamento deve suportar quando
novo (se for de material orgânico sua suportabilidade poderá cair 20 a 25%)
A Norma ANSI C62.41-1991 indica os valores esperados das tensões e correntes nos vários trechos
(categorias) da instalação.
Já a IEC 664-1980 fornece as tensões que os equipamentos devem suportar nas várias categorias da
instalação.
Alimentação
C B A
Então através de tabelas diagrama são fornecidos os valores de corrente e tensão esperados nas três
categorias, a forma de impulso de tensão e corrente e o Impulso de tensão para.
Forma dos pulsos em suas respectivas origens:
• Atmosférico: 1,2 / 50 µs
• Manobra: 250 / 2500 µs
• Senoidal amortecido: 0,5 µs, 100 kHz, atenuação 40%/ciclo (ring wave)
I
V
I/ V/
2
8 20 m 1,2 50 m
s s
Corrente: 8/20 ms Tensão: 1,2/50 ms
Impulsos de corrente
f= 100kHz
D = 40%
0,5ms
Essa Norma considera que essa onda (ring wave) é conseqüência do deslocamento da onda unidirecional
pelas indutâncias e pelas capacitâncias parasitas dos condutores
Valores dos parâmetros dos surtos pelas normas americanas (Onda Combinada)
Valores esperados nas diversas categorias e nos diversos níveis de exposição ( Locais). Esses valores
obtidos nas tabelas servirão para escolha dos DPS que deverão reduzir as tensões que aparecerem a
valores de no máximo (70 a 80%) dos suportáveis pelos equipamentos.
Na baixa tensão também usamos o termo tensão de grampeamento (clamping voltage) que é a maior
tensão que o DPS deixa passar, seja disruptivo, seja residual.
Alimentação IV III II I
( NBR 5410-1997) 5.4.3.1 A avaliação dos riscos provocados por sobretensões de origem atmosférica deve
levar em consideração:
I
0,8 -
Equipamento especialmente
protegido
II
1,5 -
Aparelhos eletrodomésticos
e eletroprofissionais
III
2,5 -
Circuitos de distribuição e
terminais
IV
6,0 1,5
Localizados na origem da
instalação
Se os equipamentos e/ou aparelhos não forem capazes de suportar os valores esperados, deverão ser
instalados DPS que reduzam as tensões a 70-80% dos valores suportáveis pelos equipamentos.
• Os DPS são escolhidos de acordo com a corrente na curva (8/20µs) que são capazes de descarregar e
com a queda de tensão produzida por essa corrente.
• É fixado o número de vezes que o DPS deve descarregar; 15 vezes.
i/3
Modo Diferencial
i
i u
Uma vez decidido que se deva fazer a proteção dos circuitos secundários, a escolha das características
nominais dos vários dispositivos à disposição deve ser feita de acordo com o grau de exposição da
instalação, com o nível cerâunico, com a posição do componente no circuito e com a suportabilidade do
equipamento que se deseja proteger.
(NBR 5410:1991) 5.4.3.2 Em instalações alimentadas por rede de distribuição em baixa tensão, situadas
em zonas expostas a raios (AQ2 e AQ3 conforme 4.3.1.11), se necessário, devem ser instalados, na origem
da instalação, dispositivos adequados de proteção contra sobretensões do tipo não curto-circuitante, tais
como pára-raios de resistência não linear de baixa tensão (pára-raios secundários).
5.4.3.3 Nos casos de serem as linhas elétricas de sinal constituídas por condutores metálicos, devem ser
instalados dispositivos de proteção contra sobretensões, do tipo curto-circuitante, tais como centelhadores,
no Ponto de Terminação da Rede - (PTR).
NOTA - Quando os cabos de sinal forem providos de proteção metálica, estas devem ser aterradas.
Nota: As correntes indicadas são as máximas (para uma operação) dos varistores; a nominal é a corrente
que ele deverá suportar suportar por 15 vezes; costuma-se escolher junto ao equipamento a corrente que
ele é capaz de escoar um número elevado de vezes ( 20 ou mais vezes, em qualquer caso, no mínimo 15
vezes).
Os valores recomendados correspondem à classificação ANSI C3 (no mínimo C2) para as entradas das
instalações de baixa tensão, B3 para os quadros de distribuição e A3 para as tomadas dos ETI.
6.3.5.1 Se, pela avaliação de 5.4, for necessária a instalação de proteção contra sobretensão, a sua seleção
deve respeitar os seguintes critérios:
a) quando utilizada a proteção em cascata, deve ser efetuada a coordenação adequada, entre os
vários estágios, da tensão nominal e da corrente de descarga dos dispositivos de proteção contra
sobretensões em geral, desde a origem da instalação até aos equipamentos a serem protegidos;
NOTA - Quando necessário podem ser instalados filtros ou impedâncias para efeito de coordenação
de tensão e corrente entre os estágios.
b) quando as características dos equipamentos o exigirem, devem ser instalados também dispositivos
de proteção contra sobretensões apropriados, tais como supressores entre as linhas;
c) a tensão nominal (ou máxima tensão de operação em serviço contínuo), dos dispositivos de
proteção contra sobretensões bem como tensão residual dos de tipo não curto-circuitante, devem ser
superiores à máxima tensão entre a terra da instalação, e os condutores de fase, ou de sinal;
d) no caso de dispositivos de proteção contra sobretensões cujas características não impeçam a sua
explosão, princípio de incêndio ou outros efeitos danosos, deve ser prevista a proteção do dispositivo
contra sobrecorrentes e/ou sobreaquecimento;
e) os dispositivos de proteção contra sobretensões devem ser de tipo não curto-circuitante para
proteger o sistema de energia;
NOTA - Excepcionalmente podem ser utilizados dispositivos do tipo curto-circuitante desde que haja
proteção contra sobrecorrente devidamente coordenada.
f) para os sistemas de sinal, os dispositivos de proteção contra sobretensões devem ser do tipo curto-
circuitante, quando externos ao equipamento.
NOTA – Para reduzir as impedâncias das ligações dos dispositivos de proteção contra sobretensões
as linhas devem estar o mais próximo possível do terminal de aterramento.
6.3.5.2 Os dispositivos de proteção contra sobretensões devem ser instalados na origem da instalação.
Devem ser ligados:
NOTAS
1 No caso de instalações alimentadas por rede de distribuição em baixa tensão, admite-se ligar os
dispositivos de proteção contra sobretensões entre cada condutor fase, inclusive o condutor PEN (esquema
TN), ou entre cada condutor ativo (esquema TT), e um terminal de aterramento local ligado ao eletrodo de
aterramento da origem da instalação distinto do da edificação, quando ligado ao terminal de aterramento
principal da edificação.
2 Não é aconselhável, em princípio, prever equipamentos de tecnologia da informação (ver 6.4.8) em
instalações com esquema TT ou IT.
3 Os dispositivos de proteção contra sobretensões devem ser instalados a jusante do dispositivo de
seccionamento, mas a montante do dispositivo DR.
4 Na eventualidade de serem os dispositivos de proteção contra sobretensões instalados a jusante de um
dispositivo DR, este dispositivo deverá ser tipo S.
NOTA - Os dispositivos de proteção contra sobretensões suplementares, devem ser ligados entre cada fase
e neutro e entre neutro e condutor de proteção, e/ou entre cada fase e o condutor de proteção e entre o
neutro e o condutor de proteção.
NOTAS
1 Para sistemas de baixa tensão de 60 Hz com até 127 V nominal à terra, devem utilizar-se dos dispositivos
de proteção contra sobretensões do tipo não curto-circuitante, como pára-raios secundários, com tensão
contínua/nominal 175 V, tensões de referência/proteção e residual com valor máximo de crista de 700V, e
corrente nominal de 10 kA (ou 20 kA nas áreas críticas).
6.3.5.6 Quando a distância entre a origem da instalação e o quadro de entrada da edificação ultrapassar 10
m, e a origem estiver fora da zona de influência da ligação equipotencial principal da edificação, a entrada
da edificação deve ser considerada como origem efetiva da instalação. Portanto, todas as considerações
referidas no seguimento devem ser aí efetuadas, sem entretanto deixar de as executar também na origem
formal da instalação, como um sistema independente.
6.3.5.7 O condutor de terra de proteção PE deve ser instalado junto com os condutores de energia
correspondentes, até aos pontos servidos, porém, para instalações extensas, o PE deve ser multi-aterrado
localmente às armações estruturais.
6.3.5.8 O condutor de proteção PE deve ser utilizado como a referência de potencial para aterramento dos
equipamentos e dos supressores de sobretensão locais, tanto para a instalação de energia como de sinal.
NOTA - Todas as ligações de aterramento, (incluindo as dos dispositivos de proteção contra sobretensões)
referentes a cada equipamento, devem ser tão curtas e retilíneas quanto possível e convergir num mesmo
ponto do PE.
6.3.5.9 Quando viável, é preferível utilizar equipamentos de tecnologia da informação alimentados entre
fases, em vez de entre fase e neutro. Neste caso os dispositivos de proteção contra de sobretensões do tipo
não curto-circuitante, se necessários, devem ser ligados entre cada fase e o condutor PE, ou entre cada
fase e o terminal "terra" do equipamento.
6.3.5.10 Quando os equipamentos de tecnologia da informação são alimentados entre fase e neutro, os
dispositivos de proteção contra sobretensões, se necessários, devem ser do tipo supressores de
sobretensão e ligados entre fase e neutro e entre o neutro e o condutor PE, ou entre o neutro e o terminal
de "terra", do equipamento.
6.3.5.14 Em uma instalação com edificações separadas, devem ser aplicadas as prescrições anteriores a
cada edificação.
NOTA – Quando existirem cabos de sinal interligando edificações os terminais de aterramento principal, ou
terminais de aterramento próximo ligados às armaduras de aço local da edificação, devem ser interligados
com condutores de eqüipotencialidade (cabo guarda) adequados que acompanhem o traçado dos cabos de
sinal.
Centelhador
Corta um pulso de tensão reduzindo muito rapidamente a tensão
Tensão disruptiva
Com o DPS energizado surge uma corrente para terra denominada Corrente Subsequente que tem os
seguintes aspectos:
Centelhador + Centelhador +
varistor de Sic varistor de ZnO
Portanto, um dispositivo de proteção contra sobretensões deve reduzir a sobretensão em uma linha
energizada sem causar interrupção do fluxo de corrente.
Dispomos dos seguintes tipos de componentes para, em associação ou não, construirmos um DPS:
• centelhador a gás
• centelhador a ar
• varistor de ZnO
• varistor de Sic
• pára-raios de expulsão
• pára-raios com centelhador
Centelhador a gás
E como desvantagens:
• Não pode ser usado em freqüência industrial com V > 110V
Tipos:
Bipolares Tripolares
Varistor de ZnO
Símbolo ou
Classificação dos DPS (depende ainda de aprovação na IEC e ABNT), a VDE admite utilização, e é a
base para a EN (européia).
Classe A
Pára-raios instalados em linhas aéreas onde eles não podem ser tocados; são testados com correntes da
forma 8/20µs.
Classe B
Pára-raios instalados com a finalidade de equalizar potenciais e controlar descargas diretas de raios; são
testados com correntes da forma 10/350µs. São instalados na entrada da instalação onde são esperadas
correntes muito elevadas.
Classe C
Instalados com o propósito de proteção contra surtos na área de distribuição. As tensões residuais precisam
ser seguramente controladas. Testados com correntes 8/20µs.
Classe D
Instalados para proteger contra surtos nas tomadas ou antes dos terminais. Testados com gerador híbrido
(Z = 2Ω)
1 – Ponta fusível
2 – Fita fusível
3 – Indicador
4 – Disco de SiC
5 – Centelhador
Características:
• Sem proteção contra contatos diretos
• Projetado para correntes induzidas, da forma 8/20µs
• Capacidade de descarga: 5 kA, 8/20µs
• O condicionamento: ensaios preliminares
• O ciclo de serviço: sob a tensão nominal em 60Hz deve, sem envelhecer, descarregar a corrente
nominal 15 vezes.
CLASSE B
Características:
• Instalado na entrada , (Categoria IV), junto ao TAP da edificação
• Possui proteção contra contatos diretos
• Projetado para correntes de raios diretos - forma 10/350µs
• Interface ZPR 0Aou 0b/ZPR1.
• Valor máximo da corrente: 100kA (nível 1)
• Tensão disruptiva/residual: 4 a 6 kV (máx.)
• Encapsulado / não encapsulado (em função da liberação de gases)
I = 200 kA,10/350 ms
50% para o
O envelhecimento
A proteção é feita por sensores tipo PTC que comandam o desligamento do DPS por um disjuntor. Como
isto deixa o equipamento sem proteção, alguns fabricantes oferecem DPS com reserva: cada varistor tem
um outro em paralelo. Quando um deles falha (aquele que começa a conduzir primeiro), ele é desligado e o
outro passa a oferecer a proteção. Esta operação é sinalizada para que o usuário troque o elemento
deteriorado.
Os locais com características mais severas, que possuam SPDA (sistema de proteção contra descargas
atmosféricas), e/ou onde as edificações forem extensas tanto vertical quanto horizontalmente, devem ser
divididos em zonas de proteção considerando as seções 5.4, 6.3.5.1 e 6.3.5.3. Devem ser levadas em
consideração as coordenações adequadas de tensão, corrente e energia (ver IEC 61312-1, IEC 61312-3,
IEC 61643-11 e IEC 61643-21), bem como as informações técnicas dos fabricantes dos DPSs instalados ao
longo da instalação, para que estes não sofram degradação prematura.
Conforme o caso, na categoria IV do sistema elétrico de energia, quando for considerada a possibilidade de
descarga direta e a instalação for desprovida de blindagem, condutor PEN ou outros condutores metálicos
aterrados externos a propriedade, malha de aterramento única, condutor PEN não aterrado no TAP
(esquema TT), recomenda-se utilizar DPSs mais robustos que atendam os testes IEC 61634-11, para
classe I da corrente nominal de descarga (In), e da corrente máxima de impulso (Iimp), que representa a
curva 10/350 µs.
A despeito da aplicação correta da coordenação, poderão ocorrer danos no equipamento terminal, quando o
DPS não for instalado no equipamento, ou próximo a esse. Portanto, deve ser considerada a existência ou
não da proteção integrada do equipamento terminal ( ver 4.3.1.10 e 6.1.3.2), conforme as informações do
fabricante.
o
Impulso da forma 10/350 µs (forma de onda do 1 raio)
I/2
10 350 Aplic
ação: transição da ZPR0A / ZPR1, ou na equalização no TAP da entrada da instalação
ZPR0A (106kV
ZPR1 (10s V)
ZPR2 (100s V)
ZPR0B
(100s kV) ZPR3
ET
(10s V) ETI C B A
ZPR0B I
D
TAP
DPS só com centelhadores podem entrar em curto circuito, dependendo da intensidade da corrente e do
tempo pelo que ela circular pelo dispositivo, deixando o condutor em curto-circuito com o aterramento. A
solução é instalar-se um DPCC (fusível ou disjuntor), como mostrado abaixo:
Posição do DPCC
Se instalado na linha de alimentação e antes do DPS causa o inconveniente de: ao atuar desligar toda a
instalação
Se instalado na derivação para o DPS causa o inconveniente de: ao atuar deixar a carga sem proteção para
a próxima sobretensão, até a substituição do DPS.
Carga
Posições
alternativas
para o
DP
Aplicações de dps nos vários esquemas de aterramento (T-T; TN-C; TN-S; TN-C-S; IT).
DPS NO SISTEMA TT
DPS
DPS
I∆ CLASSE
CLASSEL
W D
D
KWh
N
s
P
TAP
250 A PE
F4 F5 F6 gL/gG
DPS Os fusíveis F4 a F6
Classe B Só serão necessários
Se os fusíveis F1 a F3
Forem maiores que
250 A gL/gG
DPS
DPS
I∆
I∆ CLASSE
CLASSL
KW D
E
KWh
S N D N
PEN
PE PE
TAP
PEN
250 A gL/gG F4 F5 F6
DPS Os fusíveis F4 a F6
Classe B só serão necessários
se os fusíveis F1 a F3
forem maiores que
250 A gL/gG
TAP
PEN
F4 F5 F6 125 A gL/gG
DPS Os fusíveis F4 a F6
Classe C só serão necessários
se os fusíveis F1 a F3
forem maiores que
125 A gL/gG
TAP
PEN
F4 F5 F6
DPS Os fusíveis F4 a F6
Classe C
tripolar só serão necessários
se os fusíveis F1 a F3
forem maiores que
100 A gL/gG
TAP
O Terminal de Aterramento Principal (TAP ou LEP) além de estar ligado às barras de N e PE deve estar
ligado a toda tubulação metálica que entre na edificação e ao aterramento geral do edifício. À barra PE
serão ligadas as massas dos equipamentos; os terminais terra dos protetores devem ser ligados às massas
dos equipamentos. Os condutores neutro serão ligados à barra de neutro.
DPS
DPS
II CLASSE
CLASS L
KW D
KWh E
S N D N
PEN
PE P
TAP
DPS Os fusíveis F4 a F6
Classe B só serão necessários
se os fusíveis F1 a F3
forem maiores que
250 A gL/gG
TAP
PE
63 A F4 F5 F6
gL/gG
Os fusíveis F4 a F6
DPS só serão necessários
Classe C se os fusíveis F1 a F3
forem maiores que
63 A gL/gG
Todas as medidas para proteção pessoal devem ter prioridade sobre outras medidas de proteção.
Portanto :
Os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes(fusíveis e disjuntores), os DR’s, os dispositivos de
monitoração da isolação e os dispositivos de proteção contra falta de tensão, sempre devem estar
devidamente coordenados com os DPS.
É importante salientar que os DR devem suportar impulso de corrente para não serem danificados e devem
ser instalados após os DPS para não deixarem de atuar nos casos em que houver falha simultânea do
equipamento ou instalação e de um DPS. (NBR 5410:1997, item 6.3.5.2, nota 3)
Posicionamento do DR em relação aos DPS no esquema de aterramento TN-S. Neste caso o DR pode
atuar indevidamente, pois suporta impulsos de corrente de 250 A ou se for classe S, 3 kA..
Já para DPS e Equipamento defeituosos a jusante do DR, podemos afirmar que o DR não atuará
corretamente, pois é influenciado também pela corrente de retorno que passa pelo DPS defeituoso.
L
DR
L
L
N
DPS ETI
PE
Portanto a única forma correta de instalação do DPS é a montante do DR. Neste caso o DR fica entre o
DPS defeituoso e o equipamento. Como o equipamento estará a jusante do DR, em caso de defeito este
atuará sem problemas (dentro do nivel de suportabilidade de impulso já apresentado).
L1
L2
DR L3
N
DPS ETI
PE
Atualmente a revisão da NBR 5410 em seu item 5.4 propõe uma análise de risco para definição da
necessidade ou não da instalação dos DPS. Enquanto este método não é aprovado vale o item 5.4.3.1.da
versão atual (1997)
A Proposta de Rousseau
A seguir apresentamos uma proposta apresentada por Alain Rousseau na França, baseada em vários
parâmetros de maneira análoga à adotada para a proteção externa:
Cálculo de risco
O risco é considerado igual a Ro quando parte das linhas de BT e MT for aérea e igual a Ru quando a rde é
totalmente subterrânea.
• Ro = A.B.C.D [F ( 8E + 20)]
• Ru = A.B.C.D.G
Nota: A corrente Imáx é a corrente que o DPS pode suportar uma única vez e é o parâmetro normalmente
utilizado no Brasil. A IEC passou a utilizar a Inom que é a corrente que o DPS suporta 15 vezes, o que deverá
ser adotado também no Brasil, pela nova NBR-5410 / 2002 ( a ser editada).
6.3.5.12 As proteções metálicas dos cabos de sinal vindos do exterior da edificação devem ser interligadas,
podendo, em casos específicos como ocorrência de ruído excessivo na linha e/ou controle de corrosão
eletrolítica, a interligação ser efetuada através de dispositivos de proteção contra de sobretensões de tipo
curto-circuitante (centelhadores):
a) na origem da instalação, ao terminal de aterramento principal;
b) no caso mencionado em 5.4.3.1 e) ao terminal de aterramento próximo ligado às armaduras de aço
local da edificação.
NOTAS
1 Pode ser aplicado o mesmo procedimento contra ruídos nas interligações internas e externas da
edificação, apenas numa das extremidades dos cabos.
2 Para as proteções metálicas dos cabos de sinal, devem ser utilizados dispositivos de proteção do tipo
curto-circuitante, como centelhador, com tensão disruptiva entre 200V e 300 V, em corrente contínua, e
capacidade mínima de corrente de 10 kA (20 kA, nas áreas críticas) com onda de 8/20 µs e corrente mínima
de 10 A (ou 20 A nas áreas críticas) sob 60 Hz por 1 s.
6.3.5.13 Os equipamentos de sinal com circuito de baixa impedância para a terra, devem ser providos, além
de dispositivos de proteção contra sobretensões na origem da instalação, também de limitadores de
sobrecorrente adequados aos equipamentos, os quais podem estar instalados na origem da instalação ou
se constituir em parte integrante deste equipamento.
As centrais telefônicas eletrônicas têm uma suportabilidade muito mais baixa aos surtos que as antigas
centrais eletro-mecânicas. Embora diversas TELES do Brasil tenham especificado que os fabricantes das
centrais devam protegê-las internamente de modo que elas suportem 1kV na entrada isto não tem sido
satisfeito. Por esse motivo não se pode usar para protegê-las os tradicionais módulos que contêm somente
centelhadores a gás ou estes com bobinas térmicas, os quais reduzem os surtos a valores da ordem a
800V ou mais.
Para este tipo de central é essencial usar protetores híbridos com um centelhador e um varistor ou varistor e
diodo de surto (estes com nomes comerciais como Transzorb ou TAZ ou ainda Tranzil) ou ainda um Tiristor.
Os módulos MPH 160 (módulo de proteção híbrido) satisfazem às condições de proteção das centrais
eletrônicas, assim como também outros totalmente do estado sólido. A corrente nominal deve estar entre 10
e 15 kA e a tensão residual, inferior a 400V.
Para as linhas de dados a filosofia é a mesma: usam-se protetores híbridos mas aqui, com três
componentes, a saber: um centelhador para descarregar a maior parte da energia do surto, um varistor para
abaixar a tensão que o centelhador deixou passar e um diodo de surto para dar a proteção fina.
Como os componentes da tecnologia da informação trabalham com tensões baixas (5 a 25Volts) consegue-
se um nível muito bom de proteção fina (cerca de 10 % acima da tensão de operação).