Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OBJETIVO
Informar as boas práticas para aterramento dos sistemas VRF.
DESCRIÇÃO:
Buscando manter a qualidade e vida útil de seus produtos, a Johnson Controls Hitachi apresenta um guia de boas
práticas para instalação de sistema de aterramento para as unidades condensadoras VRF.
Tópicos:
1 – Introdução.
2 – Instalações elétricas.
3 – Componentes da instalação elétrica e verificações gerais.
4 – Dispositivo de proteção contra sobretensões (DPS).
5 – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).
6 – Instalação de unidades externas em estrutura metálicas.
1 – Introdução.
Não apenas a concessionária é responsável pela qualidade da energia, mas também o usuário pode poluir o sistema
elétrico com a injeção de harmônicos de corrente. Cargas não lineares, como conversores de frequência para
acionamento de motores, Chaves Soft Starters, Lâmpadas eletrônicas ou fluorescentes, microprocessadores, relés
programados, computadores, entre outras cargas, geram correntes distorcidas que podem promover a distorção
da onda de tensão, estendendo o problema da qualidade para toda a instalação.
As descargas atmosféricas diretas e indiretas também provocam um intenso e variável campo magnético, fazendo
com que o efeito deste campo induza correntes nos circuitos de equipamentos.
2 – Instalações elétricas.
É necessário que o local possua suprimento de energia elétrica trifásica, na tensão nominal exigida, bem como,
potência disponível para atender a demanda de energia dos equipamentos de ar-condicionado.
A tensão (V) e potência (kW) a serem supridas devem estar de acordo com as especificadas nas etiquetas de
identificação dos equipamentos.
Caso sua instalação não atenda aos pré-requisitos da fonte de alimentação, a entrada de energia da edificação deve
ser corrigida. Contate a companhia local de fornecimento de energia elétrica para providenciar a adequação
necessária.
É importante que a fonte de alimentação de energia elétrica seja estabilizada e as cargas balanceadas.
Condutor Neutro (N): é o condutor que está em um potencial próximo a zero volt e, por isso, serve como referência
de tensão para os outros condutores da instalação. A cor azul claro é a utilizada para a identificação desse
condutor.
Condutor de Fase (F): é o condutor que está em um potencial diferente de zero volt, como 127 ou 220 volts em
relação ao neutro. Para esse condutor a escolha de cores é livre desde que não sejam usadas aquelas que são
especificadas para os condutores neutro e terra.
Condutor de proteção (PE): é o condutor da instalação elétrica popularmente conhecido como Fio Terra. Ele deve
estar ligado ao eletrodo de aterramento principal ou a um barramento equipotencial de aterramento principal. As
cores verde ou verde com listras amarelas são exclusivas para a identificação do condutor de proteção.
• Utilize cabos flexíveis de cobre com isolação de PVC (Policloreto de vinila) 70°C para tensões até 750 V,
especificado pela norma NBR NM247-3. No caso de condutores com método de instalação enterrado no
solo, a isolação dos condutores deve ser de 0,6/1,0 kV.
• Selecione os cabos considerando a capacidade de condução de corrente máxima para cabos instalados em
eletrodutos (até 3 condutores carregados) de acordo com a NBR5410.
• No caso de circuitos relativamente longos é necessário levar em conta a queda de tensão admissível.
Redimensione a seção dos condutores de acordo com a norma NBR5410.
Embora os surtos de descargas diretas tenham maior potencial de destruição, os surtos devidos a descargas
indiretas são os que causam a maior parte dos problemas. Uma descarga atmosférica de 30kA caindo a 200m de
uma instalação elétrica com 6m de altura pode induzir uma tensão de surto de mais de 30kV.
O SPDA sistema de proteção de estruturas contra descargas atmosféricas é normatizado pela NBR 5419 e tem o
objetivo de proteger edificações e estruturas contra a incidência direta de raios, mas não garantem a proteção
de equipamentos elétricos ou eletrônicos situados no interior das zonas protegidas contra os efeitos indiretos
causados pelos raios como, interferências em equipamentos ou queima de seus componentes causados por
transferências de potencial devidos à indução eletromagnética.
Observação: Em hipótese alguma o sistema de SPDA deve estar conectado ao Gabinete (carcaça metálica) dos
equipamentos VRF, sob risco de avarias em componentes elétricos.
Neste caso é necessário transformar o aterramento multipontos em um aterramento de ponto único. Portanto, a
medida a ser tomada é a de isolar os vários aterramentos (equipamentos e estrutura metálica) e conectá-los de
forma individual ao barramento de equipotenciação local BEL (Quadro Elétrico de Distribuição) conforme figura.