Você está na página 1de 5

BOLETIM TÍTULO: INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA ATERRAMENTO DAS DATA: Nov/21

TÉCNICO UNIDADES EXTERNAS VRF PÁGINA: 1/5

OBJETIVO
Informar as boas práticas para aterramento dos sistemas VRF.

DESCRIÇÃO:
Buscando manter a qualidade e vida útil de seus produtos, a Johnson Controls Hitachi apresenta um guia de boas
práticas para instalação de sistema de aterramento para as unidades condensadoras VRF.

Tópicos:
1 – Introdução.
2 – Instalações elétricas.
3 – Componentes da instalação elétrica e verificações gerais.
4 – Dispositivo de proteção contra sobretensões (DPS).
5 – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).
6 – Instalação de unidades externas em estrutura metálicas.

Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil Ltda. BT VRF 045 T


BOLETIM TÍTULO: INFORMAÇÃO SOBRE BOAS PRÁTICAS EM ATERRAMENTO DATA: Nov/21
TÉCNICO NA INSTALAÇÃO DE UNIDADES CONDENSADORAS VRF PÁGINA: 2/5

1 – Introdução.
Não apenas a concessionária é responsável pela qualidade da energia, mas também o usuário pode poluir o sistema
elétrico com a injeção de harmônicos de corrente. Cargas não lineares, como conversores de frequência para
acionamento de motores, Chaves Soft Starters, Lâmpadas eletrônicas ou fluorescentes, microprocessadores, relés
programados, computadores, entre outras cargas, geram correntes distorcidas que podem promover a distorção
da onda de tensão, estendendo o problema da qualidade para toda a instalação.
As descargas atmosféricas diretas e indiretas também provocam um intenso e variável campo magnético, fazendo
com que o efeito deste campo induza correntes nos circuitos de equipamentos.

2 – Instalações elétricas.
É necessário que o local possua suprimento de energia elétrica trifásica, na tensão nominal exigida, bem como,
potência disponível para atender a demanda de energia dos equipamentos de ar-condicionado.
A tensão (V) e potência (kW) a serem supridas devem estar de acordo com as especificadas nas etiquetas de
identificação dos equipamentos.
Caso sua instalação não atenda aos pré-requisitos da fonte de alimentação, a entrada de energia da edificação deve
ser corrigida. Contate a companhia local de fornecimento de energia elétrica para providenciar a adequação
necessária.
É importante que a fonte de alimentação de energia elétrica seja estabilizada e as cargas balanceadas.

Tabela 1 – Fonte de Alimentação Estabilizada

Tensão de Alimentação 90 a 110% da Tensão Nominal


Desequilíbrio da Dentro de um desvio de 3% de cada Fase no Terminal Principal da Unidade
Tensão Externa
Tensão de Partida Maior que 85% da Tensão Nominal

Tabela 2 – Configuração de Alimentação

Tensão de alimentação Unidade Externa Unidade Interna


220 V 3 Fases + Terra 2 Fases + Terra
380 V 3 Fases + Neutro + Terra 1 Fase + Neutro + Terra

Condutor Neutro (N): é o condutor que está em um potencial próximo a zero volt e, por isso, serve como referência
de tensão para os outros condutores da instalação. A cor azul claro é a utilizada para a identificação desse
condutor.

Condutor de Fase (F): é o condutor que está em um potencial diferente de zero volt, como 127 ou 220 volts em
relação ao neutro. Para esse condutor a escolha de cores é livre desde que não sejam usadas aquelas que são
especificadas para os condutores neutro e terra.

Condutor de proteção (PE): é o condutor da instalação elétrica popularmente conhecido como Fio Terra. Ele deve
estar ligado ao eletrodo de aterramento principal ou a um barramento equipotencial de aterramento principal. As
cores verde ou verde com listras amarelas são exclusivas para a identificação do condutor de proteção.

Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil Ltda. BT VRF 045 T


BOLETIM TÍTULO: INFORMAÇÃO SOBRE BOAS PRÁTICAS EM ATERRAMENTO DATA: Nov/21
TÉCNICO NA INSTALAÇÃO DE UNIDADES CONDENSADORAS VRF PÁGINA: 3/5

3 – Componentes da instalação elétrica e verificações gerais.


Todos os componentes elétricos selecionados, disjuntores, cabos, eletrodutos, seccionadores, quadros etc.,
devem estar em conformidade com a norma NBR 5410 e com os padrões técnicos exigidos pela distribuidora de
energia elétrica local.
A fonte de alimentação deve atender modelos em 220V, trifásico, 60hz ou modelos em 380V, trifásico, 60Hz. Utilize
alimentação elétrica independente para cada unidade externa, derivada da fonte de energia elétrica
(quadro elétrico geral).
Para seccionamento e proteção contra sobrecorrente e sobrecarga instale na origem de cada circuito
alimentador um disjuntor termomagnético dimensionado para a corrente de carga do circuito e a corrente de
curto-circuito da instalação.
Os dispositivos de proteção devem estar dispostos e identificados de forma que seja fácil reconhecer os
respectivos circuitos protegidos. Identifique os condutores R, S, T, em todos os pontos de seccionamento, desde a
origem até os equipamentos, com fitas nas cores adotadas pela distribuidora de energia elétrica local. Em geral,
utiliza-se vermelho para a fase R, azul escuro para a fase S, e branco para a fase T.

• Utilize cabos flexíveis de cobre com isolação de PVC (Policloreto de vinila) 70°C para tensões até 750 V,
especificado pela norma NBR NM247-3. No caso de condutores com método de instalação enterrado no
solo, a isolação dos condutores deve ser de 0,6/1,0 kV.
• Selecione os cabos considerando a capacidade de condução de corrente máxima para cabos instalados em
eletrodutos (até 3 condutores carregados) de acordo com a NBR5410.
• No caso de circuitos relativamente longos é necessário levar em conta a queda de tensão admissível.
Redimensione a seção dos condutores de acordo com a norma NBR5410.

4 – Dispositivo de proteção contra sobretensões (DPS).


Para proteção contra surtos de tensão de alta frequência como de descargas atmosféricas, que chegam pela
rede de energia, deve ser instalado, na origem da instalação elétrica, um conjunto de dispositivos de proteção
contra sobretensões, do tipo não curto- circuitante (DPS).
No esquema TN, o DPS deve ser ligado entre os condutores fase e o barramento de aterramento principal,
conforme a norma NBR 5410.
Utilize DPS monopolar ou tripolar, com varistores. Dimensione o DPS em função do nível de proteção contra
descargas atmosféricas da edificação.
Caso sejam utilizados vários DPS ao longo do circuito, deve existir seletividade entre eles. O DPS de maior
capacidade deve ser instalado na origem da instalação e o de menor capacidade junto ao equipamento.

A figura ao lado ilustra fisicamente o DPS.


Deve ser utilizado 1 DPS por fase, como por exemplo para um RAS8FSNS5B1 (220V) com
fase R / S / T, deve utilizar 3 DPS onde interligar 1 por fase.

Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil Ltda. BT VRF 045 T


BOLETIM TÍTULO: INFORMAÇÃO SOBRE BOAS PRÁTICAS EM ATERRAMENTO DATA: Nov/21
TÉCNICO NA INSTALAÇÃO DE UNIDADES CONDENSADORAS VRF PÁGINA: 4/5

5 – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).


Os surtos de tensão de alta frequência, originados por descargas atmosféricas, são as principais causas de queima
de componentes de equipamentos eletrônicos.
Os surtos de tensão podem ser decorrentes de uma descarga atmosférica direta ou indireta, que é aquela de
acontece próxima das instalações elétricas.

Embora os surtos de descargas diretas tenham maior potencial de destruição, os surtos devidos a descargas
indiretas são os que causam a maior parte dos problemas. Uma descarga atmosférica de 30kA caindo a 200m de
uma instalação elétrica com 6m de altura pode induzir uma tensão de surto de mais de 30kV.
O SPDA sistema de proteção de estruturas contra descargas atmosféricas é normatizado pela NBR 5419 e tem o
objetivo de proteger edificações e estruturas contra a incidência direta de raios, mas não garantem a proteção
de equipamentos elétricos ou eletrônicos situados no interior das zonas protegidas contra os efeitos indiretos
causados pelos raios como, interferências em equipamentos ou queima de seus componentes causados por
transferências de potencial devidos à indução eletromagnética.

Observação: Em hipótese alguma o sistema de SPDA deve estar conectado ao Gabinete (carcaça metálica) dos
equipamentos VRF, sob risco de avarias em componentes elétricos.

Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil Ltda. BT VRF 045 T


BOLETIM TÍTULO: INFORMAÇÃO SOBRE BOAS PRÁTICAS EM ATERRAMENTO DATA: Nov/21
TÉCNICO NA INSTALAÇÃO DE UNIDADES CONDENSADORAS VRF PÁGINA: 5/5

6 – Instalação de unidades externas em estrutura metálica.


A instalação de unidades externas em estrutura metálica modifica o sistema de aterramento do ponto de vista dos
fenômenos de alta frequência.
Como os equipamentos são fixados na estrutura metálica, existirão vários pontos de aterramento para cada
equipamento. Isto não é um problema considerando os fenômenos de baixa frequência, mas é um complicador
para fenômenos de alta frequência.
Muitas conexões de baixa impedância entre os condutores PE, múltiplos caminhos de alta impedância e as
impedâncias dos condutores cria um sistema de aterramento complexo com uma rede de impedância, e as
correntes que fluem através dele, provocam diferentes potenciais de terra nas interligações, em vários pontos
desta rede. Isto potencializará os efeitos de interferência eletromagnética e perturbações no funcionamento dos
equipamentos. A figura exemplifica esta situação.

Neste caso é necessário transformar o aterramento multipontos em um aterramento de ponto único. Portanto, a
medida a ser tomada é a de isolar os vários aterramentos (equipamentos e estrutura metálica) e conectá-los de
forma individual ao barramento de equipotenciação local BEL (Quadro Elétrico de Distribuição) conforme figura.

6.1 – Fixação das unidades em estrutura metálica.


Para a instalação das unidades condensadoras em estruturas metálicas alguns cuidados devem ser levados em
consideração, como a aplicação de uma manta isolante entre o equipamento e a estrutura metálica.

A ilustração acima indica como deve ser realizado a isolação do equipamento.


Observação: Na fixação do equipamento em uma estrutura metálica o elemento de fixação deve ser do tipo não
condutivo como por exemplo parafusos de Nylon.

Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil Ltda. BT VRF 045 T

Você também pode gostar