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Dimensionamento de Condutores

Elétricos
Tópicos a serem abordados

1. Introdução
2. Fios e Cabos Condutores
3. Sistemas de Distribuição
4. Circuitos de Baixa tensão
1. Introdução

 Fatores Básicos de dimensionamento

• Tensão Nominal;
• Freqüência Nominal;
• Potência ou corrente da carga a ser suprida;
• Fator de potência da Carga;
• Tipo de sistema: Monofásico, Bifásico ou Trifásico;
• Método de instalação dos Condutores;
• Natureza de Carga: Iluminação, Motores, Capacitores,
Retificadores, etc;
• Distância da Carga ao ponto de Suprimento;
• Corrente de Curto-Circuito;
• Sistemas de Proteção associados (sobrecargas, sobrecorrentes)
2. Fios e Cabos Condutores

Material
 A maioria absoluta das instalações residenciais,
comerciais e industriais emprega o cobre como elemento
condutor dos fios e cabos elétricos.
2. Fios e Cabos Condutores

 Definições Básicas:

a) Condutor Isolado (dotados de uma camada isolante, sem


capa de proteção)

Cabo Superastic (Fonte: www.prysmian.com.br)


2. Fios e Cabos Condutores (Definições básicas)

b) Cabo unipolar (são denominados os condutores que possuem


uma camada isolante, protegida por uma capa, normalmente
constituída de material PVC)
c) Cabo multipolar (possui sob a mesma cobertura dois ou mais
condutores isolados)

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Cabo Sintenax (Fonte: www.prysmian.com.br)
2. Fios e Cabos Condutores

 Classificação segundo o tipo de composto isolante:

a) PVC (Cloreto de Polivinila) > NBR 7288 ou NBR 8661

b) EPR (Etileno-propileno) > NBR 7286

c) XLPE (Polietileno-reticulado) > NBR 7287

Cabo Voltalene (Isolação XLPE) (Fonte: www.prysmian.com.br)


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3. Sistemas de Distribuição

3.1 Sistema de Condutores Vivos:

3.1.1 Sistema monofásico a dois condutores (F-N)

Ex.: instalações residenciais isoladas e em prédios comerciais e residenciais com


um número reduzido de unidades de consumo e de pequena carga

Sistema Monofásico
www.eletro tecnica.ufc.br a dois condutores (F-N)
3. Sistemas de Distribuição
3.1 – Sistema de Condutores Vivos

3.1.2 Sistema monofásico a três condutores


Ex.: pequenas instalações residenciais e comerciais onde há carga de iluminação
e motores.

Sistema Monofásico a três condutores


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3. Sistemas de Distribuição
3.1 – Sistema de Condutores Vivos

3.1.3 Sistema trifásico a três condutores (3F)


Ex.: instalações industriais onde os motores representam a carga preponderante
do sistema.

 Y
Sistema
www.eletro tecnica.ufc.br trifásico a três condutores
3. Sistemas de Distribuição
3.1 – Sistema de Condutores Vivos

3.1.4 Sistema trifásico a quatro condutores (3F-N)


Ex.: instalações comerciais e industriais de pequeno porte.

Sistema trifásico a quatro condutores em Y


3. Sistemas de Distribuição
3.1 – Sistema de Condutores Vivos

3.1.5 Sistema trifásico a cinco condutores (3F-N-T)


Ex.: instalações industriais de médio e grande porte.

Sistema
www.eletro tecnica.ufc.br trifásico a cinco condutores em Y
3. Sistemas de Distribuição

3.2 Sistema de Aterramento

** Classificação da NBR-5410/2004
a) Primeira Letra: Situação da Alimentação em relação à Terra
• T – Um ponto diretamente aterrado;
• I – isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou
aterramento de um ponto através de uma impedância;

b) Segunda Letra: Situação das Massas em relação à Terra


•T – Massas diretamente aterradas, independentemente do
aterramento eventual de um ponto de alimentação;
•N – Massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação, sendo
que em corrente alternada o ponto de aterramento normalmente é
o ponto neutro;
3. Sistemas de Distribuição

3.2 Sistema de Aterramento

** Classificação da NBR-5410/2004
c) Outras letras(eventuais): disposição do condutor neutro e do
condutor de proteção:

•S – Funções de neutro e de proteção asseguradas por


condutores distintos;
•C – Funções de neutro e de proteção combinadas em um único
condutor (PEN).
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento

3.2.1 Sistema TN (Têm um ponto diretamente aterrado, no qual


as massas são ligadas a este ponto através de condutores de
proteção
a) Sistema TN-S (Condutor neutro e de proteção são distintos)
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento (3.2.1) Sistema TN

*** Características de um Sistema TN-S


Todas as massas de uma instalação devem ser ligadas ao
condutor de proteção;
Todas as massas de um sistema TN-S devem ser equalizadas por
um condutor de proteção, que deve ser interligado ao ponto de
alimentação aterrado;
Os dispositivos de proteção e as seções dos condutores devem ser
escolhidos de forma que, ocorrendo em qualquer ponto uma falta
de impedância desprezível entre o condutor de Fase e o condutor
de proteção ou uma massa, o seccionamento ocorra
automaticamente em um tempo máximo igual ao especificado;
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento (3.2.1) Sistema TN

b) Sistema TN-C (Condutor neutro e de proteção são combinados)

OBS: Para a utilização do Sistema TN-C, a NBR 5410 estabelece


que a seção mínima do condutor em cobre é de 10mm2, não
permitindo ainda o uso de dispositivos DR!!!
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento (3.2.1) Sistema TN

c) Sistema TN-C-S (Condutor neutro e de proteção são combinados


num único condutor em uma parte do sistema)
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento

3.2.2 Sistema TT (Têm um ponto de alimentação da instalação


diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a eletrodos de
aterramento independentes do eletrotodo da alimentação)
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento
3.2.3 Sistema IT (O ponto de alimentação da instalação não
está diretamente aterrado)
 Isoladas da terra ou aterradas por uma impedância
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento (3.2.3) Sistema IT

***OBS: Deve-se prever no sistema IT um dispositivo de supervisão


de isolamento (DSI) que tem por finalidade indicar a ocorrência do
primeiro defeito entre fase e massa e entre fase e terra, devendo o DSI
atuar sobre um dispositivo sonoro ou visual, de forma a alertar o
responsável pela operação;
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento (3.2.3) Sistema IT

Exemplos de sistemas DSI:

Série DSICDT20-D6 Série DSIVDS-502


(Fabricante: RDI-Bender) (Fabricante: RDI-Bender)
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento (3.2.3) Sistema IT

>> A utilização do sistema IT deve ser restrita a casos


específicos (NBR 5410/04), tais como:
Em Instalações industriais de processo contínuo, com tensão
de alimentação igual ou superior a 380V, desde que;
- a continuidade de operação seja essencial;
- a manutenção e a supervisão da instalação estejam a cargo
de pessoa habilitada de acordo com as características BA4 e
BA5;
- exista um sistema de detecção permanente de falta à terra;
- o condutor neutro não seja distribuído.
3. Sistemas de Distribuição
3.2 – Sistema de Aterramento (3.2.3) Sistema IT

>> A utilização do sistema IT deve ser restrita a casos


específicos (NBR 5410/04), tais como:
Em Instalações alimentadas por transformador de separação
com tensão primária inferior a 1000V, desde que verificadas as
seguintes condições:
- a instalação é utilizada apenas para circuito de comando;
- a continuidade de alimentação de comando seja essencial;
- a manutenção e a supervisão estão a cargo de pessoa
habilitada, de acordo com as características BA4 e BA5;
- exista um sistema de detecção permanente de falta à terra.

Circuitos com alimentação separada, de reduzida extensão,


em instalações hospitalares, onde a continuidade de alimentação
e a segurança dos pacientes sejam essenciais;
Instalações exclusivamente para alimentação de fornos a
arco.
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4. Circuitos de Baixa Tensão

>>> Compreende-se por condutores secundários aqueles


enquadrados nas seguintes condições:

 Dotados de isolação de PVC para 750V, sem cobertura;


Dotados de isolação de PVC ou EPR para 0,6/1,0kV, com
capa de proteção em PVC;
Dotados de isolação XLPE para 0,6/1,0kV, com capa de
proteção em PVC;
4. Circuitos de Baixa Tensão

Tipos de condutos elétricos


Conduto é o elemento de linha elétrica destinado a
conter condutores elétricos:
⚫ ABERTO

Bandeja Escada para cabos (leito) Perfilado sem tampa

⚫ FECHADO

Canaleta de parede Eletroduto Eletrocalha


33
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4. Circuitos de Baixa Tensão

Regra geral de instalação das linhas elétricas

Bandeja Escada para cabos (leito) Perfilado sem tampa


CABOS UNI E MULTIPOLARES
=
CONDUTOS ABERTOS E
Canaleta de parede Eletroduto Eletrocalha FECHADOS.

Canaleta de parede Eletroduto Eletrocalha CONDUTORES ISOLADOS


=
CONDUTOS FECHADOS
wwwDir.eeitolserterseorvtaedocsnHiic
lo
a .u f c .b r
t nM or e no Co nsulting 34
4. Circuitos de Baixa Tensão

>>> Para a determinação da seção dos condutores de um circuito em


cabos isolados é necessário conhecer:
 Tipos de linhas elétricas (NBR 5410/04, pág. 90);
 Métodos de Referência (NBR 5410/04, pág. 99).
Tabela: Métodos de Referência (Fonte: NBR 5410/04)
Referência Descrição
A1 condutores isolados em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante;

A2 cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante;

B1 condutores isolados em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira;

B2 cabo multipolar em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira;

C cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede de madeira;

D cabo multipolar em eletroduto enterrado no solo;

E cabo multipolar ao ar livre;

F cabos unipolares justapostos (na horizontal, na vertical ou em trifólio) ao ar livre;

G
www.elet cabos unipolares espaçados ao ar livre.
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4. Circuitos de Baixa Tensão

Amostra da Tabela: Tipos de Linhas Elétricas (NBR 5410/2004), Pág. 90


4. Circuitos de Baixa Tensão

4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos


Condutores de Fase

 Devem-se satisfazer simultaneamente aos três critérios seguintes:


Capacidade de Condução de Corrente, ou simplesmente
ampacidade;
 Limites de Queda de Tensão;

Capacidade de condução de corrente de curto-circuito por tempo


limitado;
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

 As isolações dos condutores apresentam um limite máximo de


temperatura em regime de serviço contínuo.
 Conseqüentemente, o carregamento dos condutores é limitado a
valores de corrente que são função do método de referência e que,
nestas conduções e em serviço contínuo, proporcionarão
temperaturas não superiores àquelas estabelecidas na tabela abaixo
(NBR 5410/04):
Tabela: Temperaturas características dos Condutores (Fonte: NBR 5410/04)

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4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


Objetivo: Determinar a corrente máxima, que percorrerá o condutor e, de acordo
com o método de instalação, procurar nas Tabelas de Capacidade de Condução, em
função dos métodos de referência (NBR 5410/04)

Amostra da Tabela: Capacidades de Condução de Corrente (NBR 5410/2004),


Pág. 101, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.1 – Circuitos para Iluminação e Tomadas (Força)

São compreendidos: Circuitos Terminais para Iluminação e Tomadas como o


circuito de distribuição que alimentam os Quadros de Distribuição (QD);

PROCEDIMENTO

Conhecimento da Carga a ser Instalada Demanda Resultante

!!! Lembrando a aplicação dos Fatores de Demanda !!!

Os condutores devem ser identificados no momento de sua


instalação (Cores e/ou anilhas):
 Fase: Quaisquer cores (Exceto Neutro e Proteção);
 Neutro: Cor Azul-Clara
 Condutores de Proteção (PE): Verde-amarelada ou cor verde;
Cond. Neutro/Proteção (PEN): Azul Claro com anilhas verde-
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amareladas nos pontos visíveis.
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.1 – Circuitos para Iluminação e Tomadas

a) Circuitos Monofásicos
Com o valor da demanda calculada, a corrente de carga é dada por:

Dc Dc - Demanda da carga, em W;
Ic  V fn - Tensão fase e neutro, em V;
V fn cos( ) cos() - Fator de potência da carga;

b) Circuitos bifásicos simétricos (F-F-N)


* Deve ser considerado como sendo o resultado de dois circuitos
monofásicos quando as cargas estão ligadas entre fase e neutro;
** Para a carga ligadas entre as fases, considerar o valor da tensão
fase-fase;
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.1 – Circuitos para Iluminação e Tomadas

c) Circuitos Trifásicos (Três fios: 3F ou a Quatro Fios: 3F + N)


 Considerando que os aparelhos estejam ligados equilibradamente
entre fases ou entre fases e neutro, pode-se determinar, a corrente de
carga como:

Pcar Pcar -Potência ativa demandada da carga, considerada


Ic  equilibrada em W;
3 V ff  cos( ) V ff - Tensão entre fases, em V;

cos() - Fator de potência da carga;


4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.2 – Circuitos Terminais para ligação de Motores

a) Instalação de um motor/agrupamento de motores


 A capacidade mínima de corrente do condutor deve ser igual ao
valor da corrente nominal, multiplicado pelo fator de serviço
correspondente, se houver:
Ic  Fs(1)  Inm(1)  Fs(2)  Inm(2)  ... Fs(n)  Inm( n)
I nm(1) , I nm(2) , I nm(3) ,....I nm(n) -Correntes nominais dos motores, em A (Tabela de Especificação
dos motores);
Fs(1) , Fs(2) , Fs(3) ,....Fs(n) -Fatores de serviço correspondentes (Quando não tiver,
considerar igual a 1;

!!!OBS!!! Quando os motores possuírem fatores de potência muito diferentes, o


valor de IC deverá ser calculado levando-se em consideração a soma vetorial
dos componentes ativo e reativo desses motores.
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4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.2 – Circuitos Terminais para ligação de Motores

a) Instalação de um motor/agrupamento de motores


 Outras considerações:
•Quando o motor apresentar mais de uma potência e ou velocidade, a
seção do condutor deve ser dimensionada de forma a satisfazer a maior
corrente resultante;
•No caso de partida prolongada, com tempo de aceleração superior a
5s, deve-se levar em consideração o aquecimento do condutor durante a
partida;

•Os condutores que alimentam motores que operam em regime de


funcionamento que requeiram partidas constantes, tal como elevadores,
devem ter seção transversal adequada ao aquecimento provocado pela
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elevada corrente de partida.
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.3 – Circuitos Terminais para ligação de Capacitores
 A capacidade mínima de corrente do condutor é dada por:

I c  1,35 I nc Inc - Corrente nominal do capacitor ou banco;

•Ex.: Calcular a seção dos condutores com isolação em PVC/750V em eletroduto


aparente para alimentar um banco de capacitores de 40kvar, 380V, 60Hz

40 103
Inc 
Pnc
  60, 7 A I c  1,35 60,7  81,9A
3 V ff 3 380
Tabela 33, Pág. 90 (NBR 5410/04)
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.3 – Circuitos Terminais para ligação de Capacitores
• Continuação Ex.: Isolação em PVC/750V em eletroduto aparente (Ic=81,9A)

Tabela 36, Pág. 101 (NBR 5410/04) • Especificação: Sc = 3# 25mm2

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4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.4 – Fatores de Correção de Corrente

 Quando os condutores estão dispostos em condições diferentes


das previstas nos métodos de referência estabelecidos nas tabelas
de capacidade de condução de corrente (NBR 5410/04)

 É necessário aplicar sobre os mencionados valores de corrente


um fator de correção que mantenha o condutor em regime
contínuo, com a temperatura igual ou inferior aos limites
estabelecidos;

 Verificar as condições particulares de instalação do cabo,


tais como:
-Temperatura ambiente;
-Solos com resistividade térmica diferente daquela prevista;
-Agrupamento de circuito;
www.e-Outras condições...
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4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.4 – Fatores de Correção de Corrente (4.1.1.4.1 Temperatura ambiente)
 Segundo a (NBR 5410/04), os valores da capacidade de condução
de corrente dos condutores prevista nas tabelas correspondentes são
referidos a: 20oC (no solo) para linhas subterrâneas e 30oC para linhas
não-subterrâneas

 Portanto, se os condutores forem instalados em ambiente cuja


temperatura difira dos valores indicados nas tabelas para 20 e 30
graus, sua capacidade de condução de corrente deve ser
determinada com a aplicação dos fatores de correção dados na
tabela 40 (NBR 5410/04).
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.4 – Fatores de Correção de Corrente (4.1.1.4.1 Temperatura ambiente)
 Tabela de fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes
de 20oC para linhas subterrâneas e de 30oC para linhas não-subterrâneas
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.1 – Critério da Capacidade de Condução de Corrente


4.1.1.4 – Fatores de Correção de Corrente (4.1.1.4.1 Temperatura ambiente)
!!!OBS(1) !!! Quando os fios e cabos são instalados num percurso ao longo do qual
as condições de resfriamento (dissipação de calor) variam, as capacidades de
condução de corrente devem ser determinadas para a parte do percurso que
apresenta as condições mais desfavoráveis.
(4.1.1.4.2 Resistividade térmica do solo)
 As capacidades de condução de corrente indicadas nas tabelas para cabos
contidos em eletrodutos enterrados no solo correspondem à resistividade térmica
do solo de 2,5K.m/W. Para outros solos aplicar: (NBR 5410/04, pág. 107)
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores)

 De acordo com a NBR 5410/04, devem ser seguidas as seguintes prescrições:

Os fatores de correção são aplicáveis a grupos de condutores isolados, cabos


unipolares ou cabos multipolares com a mesma temperatura máxima para serviço
contínuo;

Para grupos contendo condutores isolados ou cabos com diferentes


temperaturas máximas para serviço contínuo, a capacidade de condução de
corrente de todos os cabos ou condutores isolados do grupo deve ser baseada na
menor das temperaturas máximas para serviço contínuo de qualquer cabo ou
condutor isolado do grupo afetado do valor de correção adotado;

Se, devido às condições de funcionamento conhecidas, um circuito, ou cabo


multipolar, for previsto para conduzir não mais que 30% da capacidade de
condução de corrente de seus condutores, já afetada pelo fator de correção
aplicável, o circuito ou cabo multipolar pode ser omitido para efeito de obtenção
do fator de correção do restante do grupo
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores), Continuação


OBS (1)  A aplicação dos fatores de agrupamento de circuitos depende do
método de referência adotado no projeto:
Tabela 42 (Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe
(em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano,
em camada única), Pág. 108 (NBR 5410/04)

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4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores), Continuação


Tabela 43 (Fatores de correção aplicáveis a agrupamentos consistindo em mais
de uma camada de condutores Métodos de referência C (tabelas 36 e 37 da
NBR 5410), E e F (tabelas 38 e 39 da NBR 5410), Pág. 109 (NBR 5410/04)
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores), Continuação


Tabela 44 (Fatores de agrupamento para linhas com cabos diretamente
enterrados), Pág. 109 (NBR 5410/04)
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores), Continuação


Tabela 45 (Fatores de agrupamento para linhas em eletrodutos enterrados),
Pág. 110 (NBR 5410/04)
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores), Continuação


Tabela 45 Continuação (Fatores de agrupamento para linhas em eletrodutos
enterrados), Pág. 110 (NBR 5410/04)
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores), Continuação

!!! OBS !!! (1) Aos fatores de correção estabelecidos nas tabelas
anteriores são aplicáveis a grupos de cabos semelhantes e
igualmente carregados.

EXEMPLO: Sejam quatro circuitos trifásicos constituídos por cabos


tripolares, um por circuito, justapostos em uma camada única, sobre
uma prateleira. Se os cabos tiverem suas seções no intervalo de três
seções normalizadas sucessivas
(por exemplo, de 16 mm2, 25mm2 e 35 mm2) o fator, obtido da Tabela 42 (NBR
5410), será 0,75.
Se, isso não ocorrer (por exemplo, um dos cabos for de 50 mm2), o fator será:
1
ƒ = = 0,5
4
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores), Continuação

!!! OBS !!! (1) Aos fatores de correção estabelecidos nas tabelas
anteriores são aplicáveis a grupos de cabos semelhantes e
igualmente carregados.

!!! OBS !!! (2) A aplicação do fator de agrupamento sobre a


capacidade nominal da corrente dos condutores, estabelecida nas
tabelas apresentadas, compensa o efeito Joule que resulta na
elevação de temperatura provocada no interior do duto pela
contribuição simultânea de calor de todos os cabos;

!!! OBS !!! (3) A conseqüência da aplicação do fator de correção é


que a capacidade de condução das correntes nos condutores fica
reduzida, implicando na especificação de um cabo de seção
superior, considerando-se inalterado o valor da carga.
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4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente (4.1.1.4 – Fatores de Correção)

4.1.1.4.3 – Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores), Continuação


!!! OBS !!! (4) Deve-se considerar a Tabela 46 (NBR 5410/04, pág. 112)
para definir o número de condutores carregados citados nas tabelas de
condução de corrente dos condutores.
!!! OBS !!! (5) Num circuito trifásico com Neutro, que alimenta cargas
desequilibradas, como, por exemplo, a alimentação de QDLs, o condutor
neutro deve ser considerando como condutor carregado e, portanto,
sujeito ao fator de correção de agrupamento que a norma NBR 5410/04
considera igual a 0,86, independentemente do método de instalação
adotado;
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente

4.1.1.5 – Condutores em Paralelo (Considerações)

 Os condutores devem ter aproximadamente o mesmo


comprimento;
 Os condutores devem ter o mesmo tipo de isolação;
 Os condutores devem ser do mesmo material condutor;
 Os condutores devem ter a mesma seção nominal;
 A corrente conduzida por qualquer condutor não deve levar o
mesmo a uma temperatura superior à sua temperatura máxima para
o serviço contínuo;
 Devem ser tomadas todas as medidas para garantir que a
corrente seja dividida igualmente entre os condutores;
 Os condutores não devem conter derivações;
......
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente

4.1.1.5 – Condutores em Paralelo (Considerações)

!!! OBS !!! Os desequilíbrios de corrente se devem à diferença


entre às indutâncias mútuas dos cabos e que podem chegar a
valores expressivos, da ordem de 30%, entre o condutor mais
carregado e menos carregado da mesma fase.

 A fim de evitar os desequilíbrios nas posições plana e trifólio, os


condutores devem estar dispostos conforme as Figuras que se
seguem:
De De De

R S T T S R R S T

Fig. Condutores
.br em Posição Plana
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
1. – Critério da Capacidade de Condução de Corrente

4.1.1.5 – Condutores em Paralelo (Considerações)


De
T T T

R S S R R S

2 x De 2 x De

Fig. Condutores em Trifólio


4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão


 Limites da Queda de Tensão (NBR 5410/2004)

Queda de Tensão (%)


Item Tipo da Instalação Início da Instalação
da Tensão Nominal
Instalações alimentadas através de Terminais secundários do
a 7%
subestação própria transformador de MT/BT
Terminais secundários do
Instalações alimentadas através de
transformador de MT/BT,
b transformador da companhia 7%
quando o ponto de entrega
distribuidora de energia elétrica
for aí localizado
Instalações alimentadas através da
c rede secundária de distribuição da Ponto de Entrega 5%
companhia distribuidora de energia
Instalações alimentadas através de Terminais do Grupo
d 7%
geração própria (Grupo gerador) Gerador

!!! OBS !!! Em nenhum dos casos a queda de tensão nos Circuitos
AG PROJETOS E INSTALAÇÕES - (85)981691801
Terminais pode ser superior a 4%
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4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão

 Outras recomendações a serem seguidas:


Para o cálculo da Queda de Tensão em um Circuito, deve ser
utilizado a corrente de carga ou a corrente de projeto;
Nos circuitos onde circulam componentes harmônicas, devem ser
considerados os valores das correntes de diferentes ordens;
Nos circuitos de motor, deve ser considerada a corrente nominal do
motor vezes o fator de serviço, quando houver;
Nos circuitos com capacitores, deve ser considerado 135% da
corrente nominal do capacitor ou banco;
Nos casos (a), (b) e (d) da tabela anterior, quando as linhas
principais da instalação tiverem um comprimento superior a 100m,
as quedas de tensão podem ser aumentadas em 0,005% por metro de
linha superior a 100m (máximo 0,5%);
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4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão

 Outras recomendações a serem seguidas:


Quedas de tensão superiores aos valores indicados na Tabela
anterior, podem ser aplicados para equipamentos com correntes de
partida elevados, durante o período de partida, desde que permitidos
dentro de suas respectivas normas;
A queda de tensão nos terminais do dispositivo de partida dos
motores elétricos durante o acionamento não deve ser superior a 10%
da tensão nominal;
Podem ser toleradas quedas de tensão superiores a 10% desde que
não afetem as demais cargas em operação;
Para o cálculo da queda de tensão durante o acionamento de um
motor, considerar o fator de potência igual a 0,30;
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão
4.1.2.2 – Queda de tensão em sistema Trifásico (3F ou 3F-N)

 A Fig. Abaixo mostra o ponto inicial do circuito a partir do qual


devem ser consideradas as quedas de tensão regidas por norma.
C
Secundário do
Trafo
QGF

CCM Motores
C

V1% V2% V3%

Vc - Tensão nominal fase-fase Vff, em V.


c.br
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão
4.1.2.2 – Queda de tensão em sistema Trifásico (3F ou 3F-N)

 A queda de tensão no circuito trifásico, na sua fórmula mais


completa, pode ser obtida através de:

3  I c  Lc  (R  cos   X  sen )
Vc  (%)
10 N cp V ff
Onde,
Ncp - Número de condutores em paralelo por fase;
R - Resistência do condutor, em mΩ/m;
Lc - Comprimento do circuito, em m;
Ic - Corrente no circuito, em A;
X - Reatância do condutor em mΩ/m;
V ff - Tensão entre fases, em V;
 - Ângulo do fator de potência da carga.
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4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão

4.1.2.2 – Queda de tensão em sistema Trifásico (3F ou 3F-N)

 Os valores de resistência e reatância dos condutores estão


determinados na Tabela abaixo, considerando algumas condições:
Tabela 3.29 - Resistência e reatância dos condutores de PVC/70° C (valores médios)

Impedância de seqüência positiva Impedância de seqüência zero


Seção (mOhmlm) (mOhmlm)
Resistência Reatância Resistência Reatância
1,5 14,8137 0,1378 16,6137 2,9262
2,5 8,8882 0,1345 10,6882 2,8755
4 5,5518 0,1279 7,3552 2,8349
6 3,7035 0,1225 5,5035 2,8000
10 2,2221 0,1207 4,0222 2,7639
16 1,3899 0,1173 3,1890 2,7173
25 0,8891 0,1164 2,6891 2,6692
35 0,6353 0,1128 2,4355 2,6382
50 0,4450 0,1127 2,2450 2,5991
70 0,3184 0,1096 2,1184 2,5681
95 0,2352 0,1090 2,0352 2,5325
120 0,1868 0,1076 1,9868 2,5104
150 0,1502 0,1074 1,9502 2,4843
185 0,1226 0,1073 1,9226 2,4594
240 0,0958 0,1070 1,8958 2,4312
300 0,0781 0,1068 1,8781 2,4067
400 0,0608 0,1058 1,8608 2,3757
500 0,0507 0,1051 1,8550 2,3491
630 0,0292 0,1042 1,8376 2,3001
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão

Exemplo de Aplicação 3

Calcular a seção do condutor que liga um QGF ao CCM, sabendo-se


que a carga é composta por dez motores de 10cv, IV pólos, 380V,
fator de serviço unitário, e o comprimento do circuito é de 150m.
Adotar o condutor unipolar isolado em PVC, instalado no interior de
canaleta não ventilado. (Considerar FP = 0,80 e = 91%)
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão

Exemplo de Aplicação 4

Um motor de indução trifásico, 220V – 7,5cv, FS = 1,25, acha-se a


28 metros do quadro de distribuição. Admitindo uma queda de
tensão de 1% neste ramal, qual deverá ser a seção dos condutores a
empregar? O valor de cos = 0,85 e de  = 0,90.
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão

Exemplo de Aplicação 5

Determinar a seção do condutor do circuito mostrado abaixo,


sabendo-se que serão utilizados condutores unipolares isolados em
XLPE, dispostos no interior de canaleta ventilada construída no piso.
A queda de tensão admitida será de 4%.

8m 10m 6m 14m 11m


380V
I1 I2 I3 I4 I5
7,9A 26A 28,8A 11,9A 28,8A

M M M M M
5cv 15cv 20cv 7,5cv 20cv
Fp=0,83 Fp=0,75 Fp=0,86 Fp=0,81 Fp=0,83
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão

Exemplo de Aplicação 5
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.2 – Critério do Limite da Queda de Tensão

Exemplo de Aplicação 5

Determinar a seção do condutor do circuito mostrado abaixo,


sabendo-se que serão utilizados condutores unipolares isolados em
XLPE, dispostos no interior de canaleta ventilada construída no piso.
A queda de tensão admitida será de 4%.

8m 10m 6m 14m 11m


380V
I1 I2 I3 I4 I5
7,9A 26A 28,8A 11,9A 28,8A

M M M M M
5cv 15cv 20cv 7,5cv 20cv
Fp=0,83 Fp=0,75 Fp=0,86 Fp=0,81 Fp=0,83
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase

4.1.3 Critério da Capacidade de Corrente de Curto Circuito

 Com base na corrente de curto-circuito, podem-se admitir dois


critérios básicos para o dimensionamento da seção do condutor:
a) Limitação da Seção do Condutor para uma Determinada corrente de
curto-circuito;
b) Limitação do Comprimento do circuito em função da corrente de
curto-circuito;
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.3 – Critério da Capacidade de Corrente de Curto-Circuito

a) Limitação da Seção do Condutor para uma Determinada corrente


de curto-circuito;
/// É compreensível que os condutores que foram dimensionados para
transportar as correntes de carga em regime normal tenham grandes
limitações para transportar as correntes de curto-circuito, que podem
chegar a 100 vezes as correntes de carga ///

 Os gráficos que seguem permitem determinar:

 a máxima corrente de curto-circuito admissível num cabo;


a seção do condutor necessária para suportar uma condição
particular de curto-circuito;
o tempo máximo que o condutor pode funcionar com uma
determinada corrente de curto-circuito sem danificar a isolação;
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.3 – Critério da Capacidade de Corrente de Curto-Circuito

a) Limitação da Seção do Condutor para uma Determinada corrente de


curto-circuito;
 Logo, a seção mínima do condutor pode ser determinada para uma
corrente de curto-circuito particular, através da equação:
𝑡𝑎 . 𝐼𝑐 𝑐 𝑡𝑎 . 𝐼𝑐 𝑐
𝑆𝐶𝑢 = 𝑚𝑚7 𝑆𝐴𝑙 = 𝑚𝑚7
234 + 𝑇4 228 + 𝑇4
0,340 . 𝑙𝑜𝑔 0,221 . 𝑙𝑜𝑔
234 + 𝑇5 228 + 𝑇5

Onde,
Ics - Corrente simétrica de curto-circuito, em kA;
te - Tempo de eliminação de defeito, em s;
Tf -Temperatura máxima de curto-circuito suportada pela isolação do
condutor, em oC;
Ti -Temperatura máxima admissível pelo condutor em regime normal de
operação, em oC;
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4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.3 – Critério da Capacidade de Corrente de Curto-Circuito

a) Limitação da Seção do Condutor para uma Determinada corrente de


curto-circuito;
 OBS(1): Lembrando que:
Tabela: Temperaturas características dos Condutores (Fonte: NBR 5410/04)
4. Circuitos de Baixa Tensão
1. – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.3 – Critério da Capacidade de Corrente de Curto-Circuito
Exemplo de Aplicação 5

Considerando-se que na situação do exemplo anterior foi utilizado o


cabo de 25mm2 / XLPE 90oC, o tempo de eliminação do defeito
realizado pelo fusível foi de 0,5s para uma corrente simétrica de
curto-circuito de 4,0kA no extremo do circuito, determinar a seção
mínima do condutor.
Critério de curto-circuito: 1o Método (analítico)
te  I cs
Sc 
 234  T f 
0,34 log 
234  T 
 i 

 Logo, o condutor de 25mm2 satisfaz a esta condição de curto


circuito.
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.1 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima dos Condutores de Fase
4.1.3 – Critério da Capacidade de Corrente de Curto-Circuito
Tabela 3.29 - Resistência e reatância dos condutores de PVC/70° C (valores médios)

Impedância de seqüência positiva Impedância de seqüência zero


Seção (mOhmlm) (mOhmlm)
Resistência Reatância Resistência Reatância
1,5 14,8137 0,1378 16,6137 2,9262
2,5 8,8882 0,1345 10,6882 2,8755
4 5,5518 0,1279 7,3552 2,8349
6 3,7035 0,1225 5,5035 2,8000
10 2,2221 0,1207 4,0222 2,7639
16 1,3899 0,1173 3,1890 2,7173
25 0,8891 0,1164 2,6891 2,6692
35 0,6353 0,1128 2,4355 2,6382
50 0,4450 0,1127 2,2450 2,5991
70 0,3184 0,1096 2,1184 2,5681
95 0,2352 0,1090 2,0352 2,5325
120 0,1868 0,1076 1,9868 2,5104
150 0,1502 0,1074 1,9502 2,4843
185 0,1226 0,1073 1,9226 2,4594
240 0,0958 0,1070 1,8958 2,4312
300 0,0781 0,1068 1,8781 2,4067
400 0,0608 0,1058 1,8608 2,3757
500 0,0507 0,1051 1,8550 2,3491
630 0,0292 0,1042 1,8376 2,3001
4. Circuitos de Baixa Tensão

4.2 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do


Condutor de Neutro

 Conforme a NBR 5410/04, os critérios básicos para o


dimensionamento do condutor neutro são:
 Não pode ser comum a mais de um circuito;
O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seção do
condutor de fase;
 A seção do condutor neutro de um circuito com duas fases e neutro não deve
ser inferior à seção dos condutores de fase, podendo ser igual à dos condutores
de fase se a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos não for superior a 33%;
 Quando, num circuito trifásico com neutro ou num circuito com duas fases e
neutro, a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for superior a 33%, pode
ser necessário um condutor neutro com seção superior à dos condutores de
fase;
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.2 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor Neutro

 Quando, num circuito trifásico com neutro, a taxa de terceira


harmônica e seus múltiplos for superior a 15%, a seção do condutor
neutro não deve ser inferior à dos condutores de fase, podendo ser
igual à dos condutores de fase se essa taxa não for superior a 33%;
Quando a seção dos condutores fase de um circuito trifásico com
neutro for superior a 25mm2, a seção do condutor neutro pode ser
inferior à seção dos condutores fase (ver Tab. 48(NBR5410),pág.115),
quando as três condições forem simultaneamente satisfeitas:
- O circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço normal;

-A corrente das fases não contiver uma taxa de terceira harmônica e


seus múltiplos superior a 15%;
- O condutor Neutro for protegido contra sobrecorrente;
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.2 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor Neutro

 Tabela 48 (NBR 5410/04), Pág. 115:


4. Circuitos de Baixa Tensão
4.3 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor de Proteção

 A seção mínima do condutor de proteção pode ser dada em função da seção dos
condutores fase do circuito, de acordo com a Tabela 58 (NBR5410, pág. 150)

OBS(1) : A temperatura inicial considerada é de 30oC

OBS(2) : Os condutores de proteção nunca devem ser seccionados !!!


4. Circuitos de Baixa Tensão
4.3 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor de Proteção

Demonstração de um sistema de Aterramento Industrial


Condutor de
Proteção

QGF QDL
Condutor de Proteção
Principal

Barra de Proteção M1(Motor)


de Terra
Condutor de Aterramento Condutor de Proteção
CCM
M2(Motor)

Cabo da
Malha de Haste de Terra
Terra

Malha de Terra
4. Circuitos de Baixa Tensão
4.2 – Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor de Neutro

Exemplo de Aplicação 8

Determinar o condutor de proteção de um circuito de distribuição


que liga o QGF ao CCM, sabendo-se que os condutores de fase são
de 70mm2, isolados em PVC 70oC.

 Da Tabela 58 (NBR 5410/04)

S p  0,5 S f  0,5 70  35mm 2


4. Circuitos de Baixa Tensão

Dimensionamento de Eletrodutos
6.2.11.1.1 É vedado o uso, como eletroduto, de produtos que não
sejam expressamente apresentados e comercializados como tal.
NOTA – Esta proibição inclui, por exemplo, produtos caracterizados
por seus fabricantes como “mangueiras”.

6.2.11.1.2 ... Só são admitidos eletrodutos não propagantes de


chama.
4. Circuitos de Baixa Tensão

Dimensionamento de Eletrodutos
[6.2.11.1.6.b]

FASES DENTRO DE INTERVALO DE 3 SEÇÕES


NORMALIZADAS
(1,5 / 2,5 / 4) ; (4 / 6 / 10)...
[6.2.10.2.a] (todos condutos fechados)
4. Circuitos de Baixa Tensão

Dimensionamento de Eletrodutos

[6.2.11.1.6.a]
4. Circuitos de Baixa Tensão

Perfilados
6.2.11.4.1 Admite-se o uso de condutores isolados em canaletas ou
perfilados sem tampa ou com tampa desmontável sem auxílio de
ferramenta, ou em canaletas ou perfilados com paredes perfuradas, com
ou sem tampa, desde que estes condutos:

a)sejam instalados em locais só acessíveis a pessoas advertidas (BA4)


ou qualificadas (BA5), conforme tabela 18; ou
b) sejam instalados a uma altura mínima de 2,50 m do piso.

2,5 m
4. Circuitos de Baixa Tensão

Proximidade de outras linhas elétricas

6.2.9.5 Circuitos sob tensões que se enquadrem uma(s) na faixa I e


outra(s) na faixa II definidas no anexo A não devem compartilhar a
mesma linha elétrica.

Sinal, telefonia, fibra


óptica, rede, etc.

energia

Exceção: se forem instalados em compartimentos separados ou em


eletrodutos separados.
Exercício
Considerar o diagrama unifilar que segue:
Exercício
Determinação da seção dos condutores: Ampacidade
a) Potências e correntes de projeto
• No quadro de distribuição QD2
10.5.0,736
𝑃𝑀(𝑘𝖶) = = 48,4 𝑘 3
0,76

𝑐𝑜𝑠∅ = 0,88 → 𝑠9𝑛∅ = 0,475 → 𝑡𝑔∅ = 0,54

=𝑀(𝑘𝑣𝑎𝑟) = 48,4.0,54 = 26,1 𝑘𝑣𝑎𝑟

48,4
𝐼𝑇𝑀 = = 144 𝐴 (Corrente total dos motores)
3. 220.0,88

144 (Corrente de um motor)


𝐼𝑀 = = 14,4 𝐴
10
Exercício
Determinação da seção dos condutores: Ampacidade
a) Potências e correntes de projeto
• No quadro de distribuição QD3
𝑃Q𝐷$(&𝖶) = 32 𝑘 -

𝑐/𝑠∅ = 0,9 → 𝑠6𝑛∅ = 0,436 → 𝑡𝑔∅ = 0,48

=Q𝐷$(&𝑣𝑎𝑟) = 32.0,48 = 15,4 𝑘𝑣𝑎𝑟

32
𝐼𝐵$ = = 93,3 𝐴 (Corrente total das cargas do QD3)
3. 220.0,9
Exercício
Determinação da seção dos condutores: Ampacidade
a) Potências e correntes de projeto
• No quadro de distribuição QD1
𝑃(k𝖶) = 𝑃𝑀 + 𝑃)𝐷+

𝑃(k𝖶) = 48,4 + 32 = 80,4 𝑘 3

4 (k𝑣𝑎𝑟) = 4 𝑀 + 4 )𝐷+

𝑃(k𝖶) = 26,1 + 15,4 = 41,5 𝑘𝑣𝑎𝑟

41,5
𝑡𝑔∅ = = 0,516 → 𝑐C𝑠∅ = 0,89 → 𝑠i𝑛∅ = 0,456
80,4

80,4
𝐼𝐵 = = 237 𝐴 (Corrente total das cargas do QD1)
J 3. 220.0,89
Exercício
Determinação da seção dos condutores: Ampacidade
b) Seções dos condutores
Tabela 1
Circuito S (mm2) R (/km) X (/km)
Motor 2,5 8,89 -
CD2 70 0,322 0,0963
CD3 35 0,629 0,0980
CD1 120 0,184 0,0933

Informações retiradas de
catálogo de fabricante
Informações retiradas da
NBR 5410
Exercício
Determinação da seção dos condutores: Queda de
Tensão
Δ𝑉(𝑉) = 3. 𝐼. 𝐿. 𝑅. 𝑐𝑜𝑠∅ + 1 . 𝑠2𝑛∅

• No circuito de QD1

Δ𝑉4 = 3. 237.0,02. 0,184.0,89 + 0,0933.0,456 = 1,69𝑉

• No circuito de QD2

Δ𝑉? = 3. 144.0,05. 0,322.0,88 + 0,0963.0,475 = 4,10𝑉

• No circuito de QD3

Δ𝑉@ = 3. 93,3.0,07. 0,629.0,9 + 0,0980.0,436 = 6,89𝑉


Exercício
Determinação da seção dos condutores: Queda de
Tensão
Δ𝑉(𝑉) = 3. 𝐼. 𝐿. 𝑅. 𝑐𝑜𝑠∅ + 1 . 𝑠2𝑛∅

• No circuito de cada motor

Δ𝑉𝑀 = 3. 14,4.0,025. 8,89.0,88 = 4,88𝑉

• Como resultados as tensões ficam:


• A queda de tensão total até
𝑉== 220 − 1,69 = 218,3𝑉
cada motor será:
𝑉@ = 218,3 − 4,10 = 214,2𝑉
Δ𝑉 = 220 − 209,3 = 10,7𝑉
𝑉𝑀 = 214,2 − 4,88 = 209,3𝑉
𝑉A= 218,3 − 6,89 = 211,4𝑉 Correspondendo a 4,87%
Exercício
Queda de tensão durante a partida de motor
• Admitindo as correntes constantes, assim como a tensão no
secundário do transformador. Calcularemos a queda de tensão
com a partida direta de um dos motores (os demais já se
encontram em regime permanente de operação)
• Motor sob partida Na partida, tem-se:
𝐼𝑝 = 𝑅𝑐 𝑝 𝑚 . 𝐼𝑛 𝑚 𝑐𝑜𝑠∅ = 0,3 → 𝑠6𝑛∅ = 0,95

𝐼𝑝𝑚 = 6.14,4 = 86,4𝐴

Durante a partida, tem-se:


𝑃𝑀 = 3. 86,4.220.0,3 = 9,88 𝑘 >

? 𝑀 = 3. 86,4.220.0,95 = 31,3 𝑘𝑣𝑎𝑟


Exercício
Queda de tensão durante a partida de motor
• Quadro QD2
9.48,4
𝑃Q𝐷$ = 9,88 + = 53,4 𝑘 1
10
9.26,1
2 Q𝐷$ = 31,3 + = 54,8 𝑘𝑣𝑎𝑟
10

54,8
𝑡𝑔∅ = = 1,03 → 𝑐𝑜𝑠∅ = 0,70 → 𝑠@𝑛∅ = 0,71
53,4
53,4
𝐼𝐵$ = = 200 𝐴
3. 220.0,70
Exercício
Queda de tensão durante a partida de motor
• Quadro QD1
𝑃Q𝐷$ = 𝑃& + 𝑃( = 85,4 𝑘W

C Q𝐷$ = C& + C ( = 70,2 𝑘𝑣𝑎𝑟

70,2
𝑡𝑔∅ = = 0,82 → 𝑐𝑜𝑠∅ = 0,77 → 𝑠9𝑛∅ = 0,64
85,4
85,4
𝐼𝐵& = = 291 𝐴
3. 220.0,77
Exercício
Queda de tensão durante a partida de motor
• Quedas de tensão
No trecho de D1:
Δ𝑉# = 3. 291.0,02. 0,184.0,77 + 0,0933.0,64 = 1,78 𝑉

No trecho de D2:
Δ𝑉1 = 3. 200.0,05. 0,322.0,70 + 0,0963.0,71 = 5,08 𝑉

No trecho de D3: Não houve alteração


Δ𝑉3 = 6,89 𝑉
No trecho de Motor
Δ𝑉𝑀 = 3. 86,4.0,025. 8,89.0,3 = 9,98 𝑉
Exercício
Queda de tensão durante a partida de motor
• A queda de tensão total até cada motor será:

Δ𝑉 = 1,78 + 5,08 + 9,98 = 16,84𝑉

Correspondendo a 7,65%. Portanto, uma queda inferior ao


limite máximo (< 10%) que estabelece a NBR 5410/2004.
Referências Bibliográficas

Básicas
1 MAMEDE, João. Instalações Elétricas Industriais, 8aed., LTC,2010.
2 NISKIER, Julio. Instalações elétricas. 5a ed., Editora: LTC, 2008.
3 ABNT. NBR 5410. Instalações Elétricas de Baixa Tensão, 2004.
4COTRIM,AdemaroAlberto Machado Bittencourt. Instalações elétricas.
5a ed., Editora: Prentice-Hall, 2008.
5 MAMEDE, João. Manual de Equipamentos Elétricos, 3a ed., LTC,2005.
ISBN: 8521614365.

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