Você está na página 1de 9

15.03.

2016

Teoria tradicional

Resolução tem efeitos equiparados a invalidado de negócios jurídicos.


Automaticamente se conclui que a penalização tem que ser pelo interesse contratual
negativo. Inerente a ideia a resolução está colocar o credor na mesma situação que
estaria se o contrato não tivesse sido celebrado. Credor podia automaticamente optar
pela resolução e indemnização por interesse contratual positivo era incompatível. Está
e a argumentação tradicional. A indemnização compatíveis com a resolução e a
interesse contratual negativo e mais nada. Artigo 400 e tal mas não consegui ouvir.

Argumentos contrários (argumentam que são compatíveis):

Temos que ver se os danos são aqueles que se dão por ter realizado o contrato ou
aqueles que vai ter por o contrato não se ter realizado.
Interesse negativo a única coisa que pode e ser colocado na situação que estaria se
não tivesse celebrado o contrato. O grande argumento da teoria tradicional e ser um
argumento lógico.
Aqui temos que ponderar 3 coisas pá interesse positivo

1.Ao contrário do que é tradicionalmente afirmado do regime legal da resolução não


resulta necessariamente que o ordenamento jurídico lide com a resolução como uma
destruição total do contrato. O 433 que para efeitos entre partes equipara a resolução
de negócio jurídico na falta de disposição especial. Este admite que para determinar as
questões nós tenhamos uma consequência da resolução que não passam
necessariamente pela sua equiparação a invalidado do negócio jurídico. Da mesma
afirma 434.1 salvo se a retroatividade.... mais uma vez a propósito da resolução em
geral o legislador deixa aberta a possibilidade da resolução ter outra consequências
que não a retroatividade da resolução. A primeira coisa a dizer, essa conclusão
imediata e automática e apressada porque toma como critério de decisão aqueles que
são os efeitos gerais da resolução mas sem ponderar que a própria lei admite soluções
específicas pá problemas concretos. Nos só podemos assentar nesta ideia na medida
em que antes tenhamos chegado à conclusão que não estamos aqui perante aqueles
casos especiais a que a lei faz referencia, a finalidade da resolução apenas ter como
finalidade a destruição daquele contrato como se não estivesse existido. O regime da
resolução admite outras soluções. Temos de esgotar a finalidade e ver se aqui não se
refere a outras possibilidades. E esse caminho que falta a esta doutrina fazer. Esta
doutrina não tem correspondência exata com aquilo que legislador diz. 432 ss são
relevantes pá resolver problema mas ao contrário do que diz a tradicional não são
suficientes. Depois temos de ir ver a face de outras normas se a razão da doutrina
tradicional se confirma, não podendo prescindir desta análise.

2.em que norma em geral está prevista a resolução associada ao incumprimento dos
contratos.? 432 diz quando a resolução e admitida. Se perguntarem indicar qual é a
base legal pra nós dizermos que um contrato incumprimento pode ser resolvido 801.2
para as situações de incumprimento total, pás de incumprimento parcial pó 802. O
nosso regime de incumprimento tem que ser objecto de várias interpretações
extensivas pois o código civil não prevê todas as situações de incumprimento. Prevê no
801 ss as de incumprimento culposo. Mas o 801 e 802 não são aplicáveis Todos os
casos de responsabilidade culposa mas sim a todos os casos de incumprimento
definitivo. Um dos casos e aquele em que o devedor de forma culposa torna
cumprimento impossível. Aplicam.se a todos os casos de incumprimento definitivo
independente do que possa ter levado ao incumprimento. Não tem a ver com a
impossibilidade mas com a incumprimento definitivo. O 801 e 802 tem uma extensão
que vai muito além da letra. Estes são a base legal para o direito de resolução
associado ao incumprimento dos contratos bilaterais. Se ponderarmos está base legal
fundamental do direito de resolução retiramos reforçam ideia de que as 2 questões
são independentes, a questão da resolução e indemnização. Pode resolver
independentemente da indemnização a que tem direito 801.2. Aqui o legislador diz
que são 2 coisas diferentes. Está formulação não é decisiva mas é estranha pra quem
diz que a resolução e necessariamente associada a uma determinada indemnização,
como se fossem a mesma questão mas não é segundo este artigo. Também se pode
fazer o mesmo juízo apartar do 802. Quando a lei nos diz que o credor mantém ao
direito de indemnização diz que as opções que tomou antes não afetam esse direito a
indemnização. Os da tradicional não podem dizer que o direito a resolução se mantém
igual depois de resolvido. Não só são problemas distintos como problemas
independentes. O que retiramos do regime de resolução e que não podemos retirar
dele automaticamente conclusões, o que retiramos do 801, 802 e que são problemas
distintos e não podem ser tratados conjuntamente.

3.Pra que serve a resolução associada ao incumprimento 801.2 contratos bilaterais. A


resolução tem uma finalidade específica associada ao incumprimento que é
precisamente constituir um instrumento através do qual a parte cumpridora se pode
desvincular da prestação a que ele estava obrigado. É um instrumento que se usa
numa situação específica para atingir uma finalidade específica. Utiliza.se nos bilaterais
em situação de incumprimento definitivo e para que a parte cumpridora possa
desvincular.se da obrigação que pra ela emergia daquele contrato. 434 neste caso a
finalidade da resolução e só está, parte cumprido diz o que quer fazer a prestação
devida. 801.2 aquilo que o credor pode fazer relativamente a sua prestação. Se
realizou desvincula.se dela e pede restituição se não realizou desvincula.se dela. O
mesmo no 802. Mais uma vez a lei centra.se na sua própria prestação. O que ele pode
fazer e reduzir a sua contra prestação. Naturalmente para reduzir não pode resolver o
contrato por isso é que no 802 a resolução e redução estão ligados ao contrário. Do faz
sentido reduzir se mantiver contrato. Do ponto de vista substancial a resolução
responde a um problema é a indemnização responde a um diferente. Não havendo
relação de necessidade directa entre um problema é outro ou entra as respostas dadas
aos 2.

A questão de fundo e pensar, incumprimento definitivo, contrato bilateral, temos 2


obrigações e duas partes A para B e de B para A. (Eles são credores e devedores os 2).
Em caso de incumprimento temos de ver se há incumprimento definitivo ou se é um
atraso. Está e a primeira pergunta. As consequências jurídicas da mora e do
incumprimento definitivo são completamente diferentes. Em segundo lugar é preciso
saber, falando do regime geral das obrigações, tem que haver características do
incumprimento, se é total ou parcial. Isto é aquilo que é preciso saber logo. Sem saber
isto não podemos saber consequências do incumprimento. Depois de saber isto, as
outras questões que se colocam, neste caso ao credor, são que quer fazer com a sua
obrigação, com a obrigação que lhe é devia e que indemnização quer. São 5 perguntas
e a resposta está no cruzamento da resposta de todas. Se todo o regime se encontra
nestas 5 perguntas e nas suas respostas, a resolução e uma resposta possível pá 3
pergunta e a indemnização, positivo ou negativo é uma resposta possível pó 5.
Estamos a tratar de problemas diferentes. A dificuldade do regime do incumprimento
são encontrar as várias respostas possíveis pá estas questões que tem de ser coerentes
entre si. O regime do incumprimento em geral resume.se num quadro – ver aulas do
prof antes.

O que fazer a O que fazer a Que indemnização


prestação devida ao prestação devida pretende
credor pelo credor
Mora Pode insistir no 428 ele pode 804.1 indemnização
cumprimento da atrasar a por danos causados
obrigação. Aqui se o realização. pelo contrato, sendo
devedor quiser indemnização por
cumpri.la a qualquer interesse contratual
momento ele tem que positivo residual
aceitar porque senão porque o
incorre em mora do ordenamento
credor 813. jurídico parte do
pressuposto que
nesta fase a
prestação ainda será
realizada por isso a
indemnização só vai
tapar o buraco que a
realização da
prestação não
preencher.
Incumprimento Aqui o caso muda de Aqui no caso de 1.Se ele desistir das
definitivo figura porque o credor incumprimento 2 pode pedir por
não tem que aceitar. total pode desistir interesse contratual
Aqui o devedor perde de cumprir a sua negativo ou positivo
a faculdade de poder com a resolução porque o direito a
cumprir a obrigação ou insistir na indemnizar e
cumprindo apenas se realização da sua independente do
o credor quiser contraprestação. direito a resolver.
aceitar, mudando Qualquer uma
assim quem decide dessas é compatível
destino da prestação. com a desistência da
Se for total 801 o prestação e da
credor pode dizer que contraprestação. No
já não aceita prestação interesse contratual
ou continua a insistir. positivo a situação
Aqui ele pode executar hipotética que
a prestação da forma vamos reconstruir
prevista no código civil era tinha + a
e no código do prestação e – a
processo civil. se for contraprestação. Na
parcial 802.2 danos situação real ele não
alternativas. Temos de tem a prestação e
distinguir se a parte tem a
em falta contraprestação
(caso ainda não
1.tem escassa tenha cumprido).
relevância para o Aqui é a deduziria
credor – aqui o credor indemnização o
pode exigir o que falta, valor da
aqui não pode resolver contraprestação
– na falta dos 10 pressupondo que
recusar os 90. Sendo ele estaria melhor
que assim a outra com o cumprimento
opção é desistir do do que se o contrato
que falta não podendo não se tivesse
resolver o contrato produzido.
como um todo. 763
aplica.se a obrigações 2.Se ele desiste na
indivisíveis.. prestação e insiste
Determinada pessoa na realização da
obrigada a realizar contraprestação só
determinada obra e pode pedir
não faz instalação de indemnização pelo
determinado interesse contratual
equipamento. Está positivo porque se
numa situação de ele opta por salvar
incumprimento efeito do contrato
imparcial (pra não então a
falar nas situações de indemnização só
cumprimento pode ser pela
defeituoso) e colocação do credor
compatíveis com na situação em que
obrigações divisíveis e estaria caso o
indivisíveis.analisar contrato fosse
artigo. A possibilidade pontualmente
de desistir do que falta cumprido (grande
é bloqueado pelo indemnização). Aqui
763.2 se o devedor na situação
oferecer mesmo assim hipotética ele teria
o cumprimento total. +prestação -
O que seria contraprestação
incompatível com a mas a situação real
leitura do 802 que diz ele tem – prestação
que pode desistir da e – contraprestação
parte que falta. A – aqui o contrato faz
forma de com que o credor
compatibilizar estas esteja na posição
duas normas. As duas mais desfavorecida,
normas não são haja um
contraditórias se desequilíbrio logo
fizermos uma leitura aqui a indemnização
763.2 só se aplica até tem de compensar
o momento que o isto.
devedor perde o Caso ainda ele
destino da prestação queira insistir em
que deve, até ao que odevedor
momento em que está cumpra ele deve
em situação de cumprir também,
incumprimento mesmo que vá
definitivo. Quando adiando 438 pela
passa a estar nessa excepção de não
situação, que já tenha cumprimento. Aqui
realizado parte da a. Indemnização a
prestação não pode que ele tem direito e
liquidar a contratual positivo
remanescente. São residual.
incompatíveis porque
o 763 deixa de ser
aplicável apartar do
momento em que o
802 se aplica, ou seja
quando passar a
incumprimento
definitivo parcial. Aqui
o credor pode exigir o
que falta, tendo então
que cumprir também a
sua contraprestação
por inteiro – aqui pode
pedir indemnização
por interesse
contratual positivo
residual porque
indemnização só vem
reparar o que a
realização da
prestação e da
contraprestação não
reparou por si.; ou
pode desistir do que
falta mas realiza por
inteiro
contraprestação – aqui
pode pedir
indemnização pelo
interesse contratual
positivo residual (aqui
considera.se os danos
do atraso e a parte da
prestação em falta) – a
situação hipotética
encontra.se com a real
mas não no momento
certo, sendo apenas
em momento
posterior, que é a
reparação deste atraso
que a indemnização
vem pedir; ou reduzir
a prestação e, em igual
medida, a
contraprestação
802.1., sendo que aqui
todo o contrato é
reduzido – aqui pode
pedir pelo interesse
contratual positivo
residual, aqui o valor
da redução vai reduzir
o valor da
indemnização, pra não
ficar enriquecido com
a parte da
constraprestacao que
também não realizou
em virtude da
redução. Ele aqui pode
também optar pela
indemnização
contratual negativo
residual e pedir para
ser colocado na
mesma situação em
que estaria se o
contrato tivesse sido
logo realizado sem
uma parte.

2.nao tem escassa


relevância aplica.se
tudo isto é além disto
o credor pode desistir
de toda a prestação.
Se ele demonstrar que
para o sei interesse a
parte em falta e
relevante ele pode:
A.querer que seja
feita;
B.prescindir dela;
C.desistir da prestação
integral 802.1.2.
Aqui tem apenas mais
uma alternativa. Se ele
optar por desistir de
toda a prestação faz.se
o mesmo que a
propósito do
incumprimento total
podendo insistir ou
desistir da sua
contraprestação,
dizendo o 802 que
esta desistência passa
pela resolução.

Mais uma
interpretação
extensiva, ele deve
também ser aplicado
ao incumprimento
parcial qualitativo

A existir incompatibilidade é preciso ir além da consideração do mero regime legal. Os


2 artigos do incumprimento contratual parecem ir no sentido contrário dizendo que a
resolução e independente da indemnização. Do ponto de vista substancial a resolução
surge associada ao incumprimento de contratos bilaterais visando uma solução em
contrato, saber o que o credor pode fazer a prestação que ele próprio deve no
contexto em que o devedor está em incumprimento definitivo, podendo desvincular.se
do comprimento contratual no que a sua parte diz respeito. Os efeitos da resolução
dependem do momento em que a resolução ocorra. Se ocorrrer depois de realizada
prestação tem que ser restituída,caso contrário a resolução tem como consequencia a
extinção da prestação realizada. A resolução não influenciar decisivamente o direito a
indemnização porque a fonte do direito a ser indemnizado e o incumprimento. O facto
ilícito que gera a obrigação de indemnizar não é a decisão que o credor toma em
relação a sua prestação mas sim o comportamento que o devedor assumiu em relação
a prestação que ele próprio devia. Por outro lado temos de ter em conta que a
indemnização opera sempre como remédio de último recurso. Primeiro operam os
remédios contratuais stritu sensu, lidam directamente com o destino das prestações e
só depois opera a indemnização pá reparar o restante. As vezes os primeiros
proporcionam uma assimilação quase total entre a situação antes e depois. Há outros
casos em que as primeiras questões levam a existir um grande desequilíbrio assumindo
aqui uma grande posicao que doutra maneira será diminuta. Por isso não podemos
dizer que a indemnização não e influência pelos remédios em sentido estrito. A
medida de indemnização tem que ser definida tendo em conta quilo que foi decidido
anteriormente.
Por outro lado temos que ver qual o papel da indemnização e a relação entre ela e o
programa contratual inicialmente estabelecido. Sempre que a indemnização cumpre
uma função complementar em relação ao todo ou a parte do programa contratual a
indemnização só pode ser pelo interesse contratual positivo. Aqui salvamos parte dos
efeitos naturais do contrato (prestação ou contraprestação ou ambas). A indemnização
desempenha uma função de complementa em relação ao programa contratual, logo
será sempre pelo interesse contratual positivo residual. Aqui já damos por adquirido
que aqui o contrato produzir alguns efeitos. Como por vi das 2 primeiras questões já
vamos resolver algumas questões e como indemnização só vem salvar o que falta é
positiva. Pelo contrario vemos que existem situações que indemnização vem substituir
programa contratual porque não são salvos nenhuns efeitos práticos do contrato não
havendo prestação nem contraprestação. Indemnização compatível com a existência e
a inexistência do contrato. Aqui concluímos que a indemnização pode ser no sentido
do interesse positivo ou negativo. Aqui os outros remédios não impõe nenhuma
situação hipotética chegando a fase da liquidação da indemnização (não se salvando
prestação nem contraprestação). Pode pedir indemnização como contrato nunca
tivesse sido celebrado ou se tivesse sido cumprido. Aqui opta pela indemnização por
interesse contratual positivo. A única coisa que parece possível e chegar a fase da
liquidação da indemnização com alguma prestação salva e o credor querer ficar na
situação que estaria se o contrato não fosse celebrado. Ao fazer está opção, de salvar
prestações, determina o tipo de indemnização que pode pedir. Não é por optar por
resolução que veda o caminho ao interesse positivo. Aquilo que tem que se ver e
sempre qual é a função da indemnização : complementar ao programa contratual (tem
que ser positivo); se for substituição ao programa contratual (aqui pode ser positivo ou
negativo).
Só existe uma situação de aparente desvio: com escassa relevância e desistência da
prestação em falta – aqui e como se a parte do contrato não realizada não existisse
logo relativamente a ela pode ser pelo interesse contratual positivo ou negativo. O
princípio continua a ser o mesmo. Há uma parte realizada e não realizada. Mantemos a
realizada e deitamos fora a outra que é como se não existisse, logo era interesse
contratual negativo pá repor a situação que existiria se o contrato originalmente não
integrasse aquele parte (aqui diferente mesmo assim tomar atenção).

Pá próxima aula aplicação 564 a responsabilidade obrigacional se se aplica ou não, a


questão de saber se a indemnização pelo interesse contratual negativo pode ser
superior a positivo se e em que termos.

Bibliografia

Batista machado
Tese doutoralmente Paulo mota pinto
Texto antigo brandao Proença
Tese doutoralmente Joana fraz?

Você também pode gostar