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NOVA VERSÃO I N T E R N A C I O N A L

FAÇA UMA JORNADA VISUAL

ATRAVÉS DA V I D A E DOS

TEMPOS BÍBLICOS
I n t r o d u ç ã o a

AUTOR, LUGAR E DATA DA R E D A Ç Ã O


Nada se sabe do autor deste livro, o profeta Naum, a não ser que ele era natural de Elcós, aldeia de localização desconhecida. Baseados
em sua severa condenação a Nínive, alguns intérpretes acreditam que ele era uma espécie de profeta “superpatriota”, à semelhança de
Hananias, um falso profeta condenado por Jeremias (Jr 28). No entanto, essa informação é inútil, porque até Jeremias proferiu palavras
de julgamento contra outras nações (Jr 46— 51). Naum não se mostra alegre com a queda iminente de Nínive: apenas situou esse acon­
tecimento no contexto da teologia bíblica da justiça de Deus.
Naum 3 .8 -1 0 menciona a destruição de Tebas, no Egito, ocorrida em 66 3 a.C., e o livro de Naum prevê a queda de Nínive.
ocorrida em 612 a.C. Podemos presumir, então, que o livro foi escrito durante a segunda metade do século VII a.C. ou por volta de
63 0 a.C.

DESTINATÁRIO
Naum profetizou para o povo de Nínive, a capital dos cruéis assírios, e para a nação de Judá. Sua mensagem de destruição contra Nínrve
(cerca de cem anos após o breve arrependimento dos ninivitas sob o ministério de Jonas) era um conforto ao povo de Judá, que tinha visto
o Reino do Norte (Israel) ser derrotado e levado para o exílio pelos assírios e que agora sofria com a crueldade daquela nação. Naum lembfa
seus leitores de que Deus é justo e que as nações más do mundo não escaparão do juízo divino.

FATOS CULTURAIS E DESTAQUES


Naum profetizou a queda de Nínive, capital do Império Neoassírio no auge de seu poder (ver “Nínive”, em Na 1). A brutalidade dos assírios
era lendária, e o tratamento que dispensou a Israel e Judá fora cruel.

LINHA DO T E M P O

r
1400 A.C. 1300 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400

M inisté rio de M iqueias e Isaías e m Ju d á (ca. 7 4 2 -6 8 1 a.C.)

Exílio de Israel (7 2 2 a.C.)

M inisté rio de N aum (ca. 6 6 3 -6 1 2 a.C.)

M inisté rio de S ofonias em Ju dá (ca. 6 40 -6 21 a.C.)

Redação do livro de Naum (ca. 6 6 3 -6 0 9 a.C.)


M inisté rio de J e re m ia s e m Ju d á (ca. 6 2 6 -5 8 5 a.C.)

M inisté rio de H abacuque e m Ju dá (ca. 6 1 2 -5 8 8 a.C.)

Queda de Je rusalém (5 8 6 a.C.)

M inisté rio s de Ageu e Z a carias (ca. 5 2 0 -4 8 0 a.C.)


1

ENQUANTO VOCÊ LÊ
Preste atenção aos artifícios literários que Naum emprega neste livro poético e aprecie o vocabulário rico e as emoções intensas que
ele tenta evocar; o uso magistral de símiles e metáforas; as vividas figuras de linguagem; o uso eficaz das repetições; a tendência às
expressões concisas (ver, e.g., 3.1-3); as várias perguntas retóricas.
INTRODUÇÃO A NAUM 1495

VOCÊ SABIA?
• Era prática comum no mundo antigo as deidades serem identificadas como fenômenos naturais observáveis e impressionantes (1.3-6).
• O muro de Nínive, que tinha quase 13 quilômetros de comprimento e15 portas, estava rodeado por um fosso de quase 46 metros de
largura. 0 fosso devia ser preenchido antes que os invasores alcançassem 0 muro da cidade. A “linha de proteção” era um
grande escudo coberto de couro usado para desviar as pedras e as flechas (2.5).
• 0 leão é uma imagem apropriada para a Assíria, pois era conhecida por sua brutalidade. A própria Nínive continha numerosas esculturas
de leões (2.11).
• 0 rei assírio Salmaneser III gabava-se de ter erguido uma pirâmide de cabeças cortadas diante de uma cidade inimiga. Outros reis
assírios empilhavam cadáveres como lenha nas portas das cidades derrotadas (3.3).
• As atrocidades contra civis eram comuns nas guerras do mundo antigo: as crianças eram mortas, os líderes eram postos em grilhões e
sortes eram lançadas para determinar os prisioneiros de guerra que seriam levados ao exílio e os que seriam estabelecidos em outras
terras (3.10).
• A destruição de Nínive foi tão completa que a cidade dizimada jamais foi reconstruída. Alguns séculos depois, estava coberta com a
areia carregada pelo vento, não deixando nenhum rastro, exceto um monte que é conhecido hoje como Tell Kuyunjik, "0 monte de
muitas ovelhas” (3.19).

TEMAS
0 livro de Naum inclui os seguintes temas:
1. Julgamento. De acordo com 0 profeta, 0 instrumento da destruição de Nínive seria 0próprio Deus (1.2,3,8,14,15). Os ninivitas deixaram
de viver à luz de seu arrependimento anterior e, sem dúvida, transitório. Naum utiliza amplamente 0tema do guerreiro divino, a imagem de
Deus como figura militar que guerreia contra os que resistem a ele. Naum ensina que Deus castiga a violência (2.12; 3.1,4), a idolatria
(1.14), as práticas comerciais desumanas (3.16), 0 materialismo (2.9; 3.4) e a crueldade (3.19).
2. Libertação. A profecia de Naum anuncia 0juízo com a intenção de trazer esperança ao povo de Judá, que sofrerá maus-tratos dos assírios
por muitos anos. Deus se importa com seu povo e castigará os que os maltratam. Ele os protegerá (1.7), libertará da opressão (1.13,15) e
restabelecerá (2.2).

SUMÁRIO
I. O Senhor como Juiz de Nínive (1)
A. A ira do Senhor contra Nínive (1.2-8)
B. 0 julgamento de Deus sobre Nínive e a vitória de Judá (1.9-15)
II. A queda de Nínive (2)
A. 0 cerco (2.1-10)
B. A desolação (2.11-13)
III. A aflição de Nínive (3)
A. Os pecados de Nínive (3.1 -4)
B. A destruição iminente de Nínive (3.5-19)
14 9 6 N A U M 1. 1

A dvertência3 c o n tra N ínive.b Livro d a visão de N aum , de Elcós. 1.1 ais 13.1; 19.1
J r 23.33,34;
1 » J n 1 .2 ;N a 2 £
A Ira do Senhor contra Nínive Sf 2.13

2O S e n h o r é Deus zeloso0 e vingador! O S e n h o r é vingador!11 1 .2 cÊx20.5;


Seu furor é terrível! dDt 32.41; Sl 94 '

O Senh or executa vingança contra os seus adversários


e manifesta o seu furor contra os seus inimigos.
3 O Senhor é muito paciente,e m as o seu poder é imenso; 1.3 «Ne 9.17;
<Êx34.7;9SI1(>±i
o Se nh o r não deixará impune o culpado.*
O seu cam inho está no vendaval e n a tem pestade,
e as nuvensfl são a poeira de seus pés.
4 Ele repreende o m a r e o faz secar, 1 .4 hls33.9
1 5 'Ê x19 .18 ;
faz que todos os rios se sequem . )M q1.4
Basã e o Carmelohse desvanecem
e as flores do Líbano murcham.
5 Q uando ele se aproxim a, os m ontes trem em '
e as colinas se derretem .)
A te rra se agita n a sua presença,
o m undo e todos os que nele vivem.
6 Q uem pode resistir à sua indignação? 1 .6 W I 3.2;
•Jr 10.10;
Q uem pode su p o rtark "1 Rs 19.11
o d esp ertar de sua ira?
O seu furor se d erra m a com o fogo,1
e as rochas se despedaçam m diante dele.
7 O S e n h o r é b o m ,n 1 .7 U r 33.11;
°S11.6
um refugio em tempos de angústia.
Ele protege0os que nele confiam,
8 m as com u m a enchente devastadora
d ará fim a Nínive;
expulsará os seus inim igos
p ara a escuridão.
9 O Senh or acabará com tudo
o que vocês planejarem contra ele3;
a tribulação não precisará vir
u m a segunda vez.
10 E m bora estejam entrelaçados com o espinhosP 1 .1 0 P 2 S m 2 3£
Pis 5.24; Ml 4.1
e encharcados de bebida com o bêbados,
serão consum idos com o a palha m ais seca.í
11 Foi de você, ó Nínive,
que saiu aquele que tram a perversidades,
que planeja o m al contra o Sen h o r .
12Assim diz o Sen h o r : 1.121S 10.34
Sls 54.6-8;
“A pesar de serem fortes e num erosos, Lm 3.31,32
serão ceifadosr e destruídos;
m as você, Judá, em bora eu a tenha afligido,
não a afligirei m ais.s
a 1 .9 Ou O que vocês planejam contra o Senhor?.

1.1 Ver “Oráculos do mundo antigo”, em H c 1; ver também “Nínive”, 1.3 -6 Era prática comum no mundo antigo as deidades serem iden­
em N a 1. Aqui a capital representa todo o Império Assírio. tificadas como fenômenos naturais observáveis e impressionantes '-rr
O texto informa que Naum é natural de Elcós. Jerônim o, teólogo “Deuses da tempestade, imagem e teofania da tempestade”, em Sl IS
do século III/IV d.C., declarou que uma cidade na Galileia chamada 1 .4 Basã, Carmelo e Líbano eram conhecidos pela sua fertilidade, cor:
de Elcós fora mostrada a ele. O nestorianismo localizou a cidade e o suas vinhas, árvores e animais (ver notas em C t 7 .5; Is 2.13; 55 ~
sepulcro do profeta perto do Tigre, ao norte de Mosul, no Iraque. Ez 39.18).
Outra tradição situa Elcós “além do Jordão”, porém algumas edições 1.11 “Aquele” pode ser o rei assírio Assurbanipal (669-627 a.C.), o u -
desse texto e outras considerações levam alguns a acreditar que a cidade timo grande rei assírio, cujas expedições no Ocidente obtiveram êxr:
ficava mesmo no sul de Judá. em subjugar o Egito e a quem o rei Manassés teve de se submeter eocrc
vassalo (ver 2C r 33.11-13; Ed 4 .9,10; ver também “O selo de
sés”, em 2Rs 21).
NAUM 1.13

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

NÍNIVE
NAUM 1 Situada em Mosul, no •f Outros registros mencionam
Iraque, Nínive (Mapas 8a e 8b) Manassés, rei de Judár-que
era uma cidade antiga habita­ forneceu os materiais de
da desde o VII milênio a.C. A construção para o palácio
proeminência dessa cidade na de Esar-Hadom, em Nínive,
Bíblia, entretanto, deve-se à e tropas para a invasão de
sua distinção como uma das Assurbanipal no Egito.4
cidades mais importantes do • f Um dos achados mais signi­
Império Assírio,1 que dominou ficativos foi a biblioteca de As­
o antigo Oriente Médio na maior surbanipal. Continha cerca de
parte do período entre 900 e 612 1.500 textos diferentes, alguns
a.C. Nínive chegou à plenitude de com cópias múltiplas, inclusive
seu poder sob o governo dos reis tabletes de arquivo, de literatura,
assírios Senaqueribe, Esar-Hadom de mágicas, de medicina, de adivi­
e Assurbanipal. Diversos achados nhação e de rituais.5
arqueológicos importantes de Ní­ O livro de Naum, e também
nive provêm do período em que Sofonias 2.13-15, prediz a derrota e
esses reis governaram. Atiradores assírios atacam uma cidade, a destruição de Nínive. Essas profe­
num painel assírio (ca. 700 a.C.) cias foram cumpridas quando uma
Os muros da cidade, com quase
Preserving Bible Times; © Dr. James C. Martin
13 quilômetros de comprimento, coalizão de babilônios, medos e
abrangendo uma área que cobre •í* A cidade ostentava grande número de citas conquistaram a cidade, em
cerca de 7 quilômetros quadrados. parques e jardins irrigados, que podem ser a 612 a.C., conforme relatado nas Crônicas
• f Partes do palácio, que cobria três gran­ explicação da menção às águas, em Naum 2.8. babilônicas.
des quarteirões da cidade, foram escavadas. 0 registro de Senaqueribe sobre a con­
As paredes eram revestidas com relevos quista de Judá, em 701 a.C. (2Rs 18.13— W e r o Glossário na p. 2 080 para as definições das
pintados e esculpidos, que descrevem as fa­ 19.36), foi encontrado nesse sítio. Ezequias palavras em n e g rito . 2V er "Os relevos de Láquis",
em 2Rs 18. 3Ver "0 prism a de S enaqueribe",
çanhas de Senaqueribe, inclusive sua derrota é mencionado pelo nome na versão de em 2Cr 32. 4Ver " 0 selo de Manassés", em 2Rs
em Láquis, em 701 a.C. (2Rs 18.14,17).2 Senaqueribe.3 21. 5Ver "A coroação de A ssurbanipal", em SI 72.

Arqueiros assírios em Láquis, Judá


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1 4 98 NAUM 1.13

13 A gora v ou qu eb rar o jugo* do seu pescoço 1.13% 9.4


e arrancar as suas algemas”.
1 4 O S e n h o r decreta o seguinte a seu respeito, ó rei de Nínive: i . i 4 »is 14 .22;

“Você não terá descendentes "* 23222.23


que perpetuem 0 seu nome.u
Destruirei as imagens esculpidasv
e os ídolos de m etal do tem plo dos seus deuses.
Prepararei 0 seu túmulo,"
porque você é desprezível”.
15Vejam sobre os montes i.i5«is 40.9;
os pés do que anuncia boas notícias*
e proclama a paziv
Celebre as suas festas,2ó Judá,
e cumpra os seus votos.
Nunca mais 0 perverso a invadirá;3
ele será completamente destruído.

A Queda de Nínive

2 0 destruidor6avança contra você, Nínive!


Guarde a fortaleza!
2.1 » jr 51.20

Vigie a estrada!
Prepare a resistência!
Reúna todas as suas forças!
2 0 S e n h o r restaurará00 esplendo^ de Jacó; 2.2«z37.23;
restaurará o esplendor de Israel, i|s6015
embora os saqueadores
tenham devastado e destruído
as suas videiras.
3Os escudos e os uniformes 2J € z 23.14.15
dos soldados inimigos são vermelhos.15
Os seus carros de guerra reluzem
quando se alinham para a batalha;
agitam-se as lanças de pinho.'2
4Oscarrosdeguerraf 2,4Ur4.i3
percorrem loucamente as ruas
e se cruzam velozmente
pelos quarteirões.
Parecem tochas de fogo
e se arremessam como relâmpagos.
5As suas tropas de elite são convocadas, 25nr46.12
mas elas vêm tropeçando;S
correm para a muralha da cidade
para form ar a linha de proteção.
6As comportas dos canaishsão abertas, 2.6 >Na 3.13
e 0 palácio desaba.
“ 2 .3 A Septuaginta e a Versão Siríaca dizem os cavaleiros correm de um lado para outro.

1.13 O jugo era um símbolo comum de submissão política no anti­ O muro de Nínive, que tinha quase 13 quilômetros de com prim cr:
go Oriente Médio. Aqui o estado de sujeição de Judá como vassalo da e 15 portas, estava rodeado por um fosso de quase 4 6 metros de Iarr_n.
Assíria. O fosso devia ser preenchido antes que os invasores alcançassem o nxm
1.14,15 Deus usou os babilônios e os medos para destruir Nínive em da cidade, porque depois disso os aríetes (máquinas de guerra com ojc
612 a.C. Sobre o cumprimento dessa profecia, ver Ez 32.22,23. se derrubavam as muralhas ou as portas das cidades sitiadas) podfran
2.1 — 3 .9 Nabopolassar foi o primeiro governante do Império Neobabi- avançar (ver “Cerco de guerra”, em 2Sm 17). A “linha de proteção” era _=
lônico (626-605 a.C.). Aliando-se com os medos e os citas, ele subverteu grande escudo coberto de couro usado para desviar as pedras e as flechas.
o Império Assírio, destruindo Nínive em 61 2 a.C., como profetizado 2 .6 As “comportas dos canais” podem ser as represas do rio Khoser r _
nessa passagem e em S f 2.13-15. corria através da cidade para o rio Tigre (ver “Os rios Tigre e Eufrara
2.1 O “destruidor” refere-se à aliança entre os medos liderados por em lC r 18). As represas já estavam construídas no lugar ou eram rapi­
Ciáxares e os babilônios liderados por Nabopolassar. damente construídas para conter a água do rio. Eram então libercca
2 .5 “Suas tropas” é uma referência ao rei da Assíria ou a Nabopolassar. de repente para que a inundação danificasse os muros da cidao-
NAUM 3.3 1 4 99

2.7 'Is 59.11; 7 Está decretado:


«S 32.12
A cidade irá para o exilio; será deportada.
As jovens tomadas como escravas batem no peito;'
seu gemer) é como o arrulhar das pombas.
8 Nínive é como um açude antigo
cujas águas estão vazando.
“Parem, parem”, eles gritam,
mas ninguém sequer olha para trás.
9 Saqueiem a prata! Saqueiem o ouro!
Sua riqueza não tem fim;
está repleta de objetos de valor!
10Ah! Devastação! Destruição!
Desolação!
Os corações se derretem, os joelhos vacilam,
todos os corpos tremem e o rosto de todos empalidece!k
11 Onde está agora a toca dos leões?1
O lugar em que alimentavam
seus filhotes, para onde iam o leão, a leoa
e os leõezinhos, sem nada temer?
12 Onde está o leão que caçavam
o bastante para os seus filhotes,
estrangulava animais para as suas leoas
e enchia as suas covas de presas e as suas tocas de vítimas?
2 .1 3 "Jr 21.13; 13 “Estou contra11você”,
Na 3.5; «Sl 46.9
declara o S e n h o r dos Exércitos;
“queimarei no fogo
os seus carros de guerra,0
e a espada matará os seus leões.
Eliminarei da terra a sua caça,
e a voz dos seus mensageiros
jamais será ouvida.”

Lamentação por Nínive


Ai da cidade sanguinária,P
3
3.1 PEz 22.2;
Mq=3.10
repleta de fraudes e cheia de roubos,
sempre fazendo as suas vítimas!
2 Ah, o estalo dos chicotes,
o barulho das rodas,
o galope dos cavalos
e o sacudir dos carros de guerra!
3.3 « R s 19.35; 3 Cavaleiros atacando,
Is 34.3
espadas reluzentes e lanças cintilantes!
Muitos mortos,
montanhas de cadáveres,
corpos sem conta,
gente tropeçando por cima deles!')

Um historiador antigo (autor das Crônicas babilônicas) menciona uma 2.1 1 O leão é uma imagem apropriada para a Assíria, pois era conhecida
inundação que derrubou algumas paredes, facilitando a entrada dos in­ por sua brutalidade (ver notas em 3.1; 3.3). A própria Nínive continha
vasores na cidade. numerosas esculturas de leões.
2 .7 As jovens tomadas como escravas ocupavam o degrau mais baixo na 2 .1 2 Nínive estava repleta de despojos, produto da vitória nas guerras
ordem social (ver “Leis sobre escravidão e trabalho no antigo Oriente contra várias nações.
Médio”, em Êx 21). 3.1 Os assírios eram notáveis por sua crueldade e brutalidade. Cometiam
2.8 Alguns pensam que esse versículo se refere ao Tigre e aos rios me­ atrocidades terríveis: muitas de suas vítimas eram decapitadas, empaladas
nores que podem ter cercado ou passado através da cidade ou a algum ou queimadas.
sistema de represas construídas para tornar a cidade mais segura (ver nota 3 .3 O rei assírio Salmaneser III gabava-se de ter erguido uma pirâmide
no v. 6). de cabeças cortadas diante de uma cidade inimiga. Outros reis assírios
2.1 0 As Crônicas babilônicas confirmam que uma grande quantidade empilhavam
de cadáveres como lenha nas portas das cidades derrotadas.
despojo foi levada.
1500 NAUM. 3.4

4 Tudo por causa do desejo desenfreado 3 .4 1s 47.9;


sls 23.17;
de uma prostituta sedutora, Ez 16.25-29
mestra de feitiçariasr
que escravizou nações
com a sua prostituiçãos
e povos com a sua feitiçaria.
5 “Eu estou contra* você”, 3.5 >Na 2.13;
"Jr 13.22; I s 4 7 i
declara o S e n h o r dos Exércitos;
“vou levantar o seu vestidou
até a altura do seu rosto.
Mostrarei às nações a sua nudezv
e aos reinos, as suas vergonhas.
6 Eu jogarei imundície sobre você,w 3.6 WJÓ 9.31;
<1 Sm 2.30;
e a tratarei com desprezo;* J r5 1 .3 7 ;H s 1 i- ;
farei de você um exemplo.y
7 Todos os que a virem fugirão, dizendo: 3 .7 'Na 1.1;
« J r 1 5 . 5 ;* b 5 T ;
‘Nínive2 está arrasada!
Quem a lamentará?’3
Onde encontrarei quem a console?b”

8 Acaso você é melhor0 do que Tebas*,'1 3 .8 'Am 6.2;


■Ur 46.25;
situada junto ao Nilo,e «Is 19.6-9
rodeada de águas?
O rio era a sua defesa;
as águas, o seu muro.
9 A EtiópiaMe o Egito 3.9 <2Cr 12.3;
eram a sua força ilimitada; 1on r a if iir n s o p •Ez 27.10; “E z 3 C í

Fute9 e a Líbiah
estavam entre os seus aliados. n ábeqaa i; 9
10Apesar disso, ela foi deportada,' 5} s b is ifir a n iilH
3 .1 0 ^ 20.4;
levada para o exílio. ?, e o b s o y í ; 9 ils 13.16; Os 13.1:

Em todas as esquinas
as suas crianças foram massacradas j
Lançaram sortes para decidir
o destino dos seus nobres;
todos os poderosos foram acorrentados.
11 Você também ficará embriagada;k 3.11 Ns 49.26;
'Is 2.10
irá esconder-se,1
tentando proteger-se do inimigo.
12 Todas as suas fortalezas
são como figueiras
carregadas de figos maduros;
basta sacudi-las,
e os figosmcaem em bocas vorazes.

0 3 . 8 Hebraico: No Am on.
b 3 . 9 Hebraico: Cuxe.

3 .4 Nínive era uma cidade de luxo, riqueza e feitiçaria (ver “Adivinhação queda como evidência de que um tempo de desolação também chegaria
na Acádia”, em D t 18). para a grande Nínive.
3.5 Desgraça e humilhação pública eram um castigo comum para as 3 .9 Para mais informações sobre a Etiópia (Cuxe) e Fute, ver nota em
prostitutas e as adúlteras. Jr 46.9.
3.8 No Amon (ver nota da NVT), mais conhecida por seu nome grego, 3 .1 0 As atrocidades contra civis eram comuns nas guerras do mundo
Tebas, era a grande capital do alto Egito (sul). A cidade foi destruída antigo (ver nota em SI 137.9; ver também “A guerra no mundo antigo",
pelos assírios em 663 a.C. (ver “Tebas”, em Ez 30). Localizada 7 2 6 qui­ em SI 144; e “Cerco de guerra”, em 2Sm 17): as crianças eram mortas, os
lômetros ao sul do Cairo, é agora conhecida pelos nomes Carnaque e líderes eram postos em grilhões, e sortes eram lançadas para determinar
Luxor e é famosa por sua imensa necrópole (cemitério grande e elabora­ os prisioneiros de guerra que seriam levados ao exílio e os que seriam
do) no lado ocidental do Nilo. Amon, divindade egípcia, é ligado a essa estabelecidos em outras terras (ver “Lançando sortes”, em Jó 6). O rei
cidade no AT. Durante o período das Dinastias de Tebas (desde 1991 assírio Assurbanipal deu esta descrição do tratamento que dispensou a
a.C.), Amon tomou-se o deus estatal do Império Egípcio. Sua cidade e um líder capturado: “Coloquei uma corrente de cachorro nele e o fiz
seu sacerdócio tornaram-se tão famosas que Naum pôde recordar sua ocupar um canil no portão oriental de Nínive”.
NAUM 3.13 1501

. /

I Ü Jl l Ê Ê «fl* P O V O S . T E R R A S F. G O V E R N A N T E S A N T I G O S

A Assíria até o Período Assírio Médio


NAUM 3 A região central da Assíria localiza- conseguiu manter o impé­
-se numa área pequena ao norte da Meso- rio do pai. Hamurabi,
potâm ia, concentrada no rio Tigre. Várias da Babilônia, con­
aldeias estavam estabelecidas nesse local quistou Mari e
em 7000 a.C., embora os rastros de atividade Assur, enquan­
humana apareçam desde milhares de anos to os hurritas4
antes. Entre as maiores cidades da Assíria, invadiam pelo
estavam Assur (fundada em ca. 2700 a.C.), nordeste. Sobre
Nínive1 (fundada em ca. 3000 a.C.) e Kalhu os quatrocentos
(a Calá bíblica e a Ninrode moderna; fundada anos seguintes, não há
em ca. 878 a.C.; mapa 8b). Embora a Assíria praticamente nenhuma docu­
fosse dominada inicialmente pela Babilônia, mentação das cidades assírias, à
ela se tornou o império mais poderoso no exceção da lista de reis assírios.5
antigo Oriente Médio. Sua história foi de ex­ 0 reinado de Assur-Ubalit I (1364-
pansão e retração ininterruptas. 1329 a.C.), que unificou e consolidou as
cidades-Estado da Assíria numa entidade
Período Assírio Antigo política estável, marcou o início da Assíria
Inscrição que relaciona os povos conquista­
dos por Tiglate-Pileser I, da Assíria
(ca. 2334-1275 a.C.) como Estado político. Cartas descobertas Preserving Bible Times; © dr. James C Martin; usado com permissão
No início de sua história, a Assíria era um em A m am a6 demonstram que ele se do Museu Britânico

grupo de cidades independentes. 0 império de correspondeu com A m enotepe IV do -Ninurta, que relocou hititas da Síria para a
Sargão, da Acádia (ca. 2334-2279 a.C.), exer­ Egito. Embora o rei babilônio considerasse região central da Assíria como recurso de mão
ceu autoridade sobre a Assíria, e diz-se que Assur-Ubalit I seu vassalo, este exerceu de obra. Tukulti-Ninurta também estabeleceu
um rei na linhagem de Sargão, Manishtushu considerável influência sobre a Babilônia uma nova capital à margem oriental do Tigre
(ca. 2269-2255 a.C.), construiu um templo em quando sua filha foi dada em casamento ao — e foi assassinado em seu novo palácio.
Nínive. Com o colapso do poder da Acádia, a rei babilônico. 0 filho dessa união sucedeu o Com a derrocada do Império Hitita,8
Assíria esteve sob outro poder da Mesopotâmia, pai no trono da Babilônia. outros povos começaram a se deslocar.
a III Dinastia de Ur (ca. 2112-2004 a.C.). Algum Grande parte da literatura e da ciência ba- Os mushkis (provavelmente os frígios) mi­
tempo depois, Assur conquistou sua indepen­ bilônicas foi exportada para a Assíria, prática graram para a Anatólia, e os arameus (sírios)
dência e começou a estabelecer colônias de que os monarcas assírios posteriores continua­ pressionaram a Assíria no Ocidente, enfra­
comércio na Anatólia. Milhares de documen­ ram. Os sucessores de Assur-Ubalit perderam quecendo o controle assírio. Na instabilidade
tos cuneiformes da cidade de Anatólia de influência na Babilônia; contudo, eles (par­ subsequente, a Babilônia conseguiu recupe­
Kanish (a Kultepe moderna) providenciaram ticularmente Hadade-Nirari I) conseguiram rar sua independência, e o controle assírio
informações detalhadas sobre as prósperas avançar para o Ocidente, na direção de M ita- sobre outras áreas também enfraqueceu.
colônias mercantis da Assíria, de 1900 a 1750 ni7 e até Carquemis (mapa 8b), estendendo a Assur-Resha-lshil (ca. 1133-1116a.C.) res­
a.C., aproximadamente. base para a construção do império. tabeleceu e reunificou a região central da
Ao mesmo tempo, tribos amoritas do Assíria, e Tiglate-Pileser I (ca. 1115-1077 a.C.)
oeste começaram a invadir a Mesopotâmia. Período Assírio Médio construiu sobre essa base, ampliando o im­
Um governante amorreu, Shamshi-Adade I (ca. 1274-935 a.C.) pério em todas as direções. Ele empreen­
(ca. 1814-1782 a.C.), dominou a maior parte 0 império assírio emergiu sob os dois deu campanha bem-sucedida contra os
da área central da Assíria, inclusive Assur. reis seguintes, Salmaneser I (ca. 1274-1245 mushkis e os arameus no Ocidente, trazendo
Estabeleceu seus filhos como governadores a.C.) e Tukulti-Ninurta I (ca. 1244-1208 a.C.). toda a Síria e a Anatólia ao sul para o domí­
de M ari,2 no rio Eufrates, e Ekalatum, ao Filho de Assur-Ubalit, Salmaneser I fez uma nio assírio. Também marchou ao sul, para a
sul de Assur, às margens do Tigre.3 0 próprio campanha no Ocidente contra os hititas e Babilônia, capturando cidades importantes.
Shamshi-Adade aventurou-se a oeste, estabe­ também contra os hurritas de Mitani. Tukulti- A cultura assíria surgiu sob a prosperidade
lecendo um vasto império que se expandia -Ninurta continuou as expedições militares do resultante dessas conquistas militares. Com a
sobre o norte da Mesopotâmia até o interior pai, até conquistar o controle temporário da morte de Tiglate-Pileser, entretanto, a opu­
da Síria. Depois de sua morte, em 1781 a.C., Babilônia. A primeira deportação registrada lência da Assíria decaiu mais uma vez até o
o filho de Shamshi-Adade, Ishme-Dagan I, não aconteceu durante o reinado de Tukulti- reinado de Assur-Dan II (ca. 934-912 a.C.).

'Ver "Nínive", em Na 1. 2Ver "Mari", em Gn 31. 3Ver "Os rios Tigre e Eufrates”, em 1Cr 18. 4Ver "Hurritas", em Gn 34. 5Ver "Listas de reis assírios",
em 2Cr 27. 6Ver "Os tabletes de Amama e os habirus", em Jz 2. Afer "Mitani", em Dt 2. 8Ver "A Anatólia e os hititas", em £x 33.
02 NAUM 3.13

A lh ii f 4
POVO S: TERRAS F GOV FRN AN TES AN T1GÕT

A Assíria do Período Assírio Médio em diante


NAUM 3 (ver 2Cr 28.19-21). Quando Damasco e Sa­ tra a Assíria, com o apoio da força egípcia, gue
maria se rebelaram, Tiglate-Pileser suprimiu ressurgia. 0 Egito, entretanto, foi derrotado
Período Assírio Médio (ca. 934-612 a revolta, tornando-os estados vassalos (ver por Senagueribe, gue então começou a pres­
a.C.) 2Rs 15.30). Estabeleceu um rei na Babilônia e sionar Ezeguias. Jerusalém, apesar de sitiada,
Assur-Dan II devolveu a estabilidade para depois assumiu o trono ele próprio. escapou miraculosamente da derrota (2Rs 18 e
a Assíria e recuperou os territórios ocidentais Durante o curto reinado de Salmaneser V 19). Senaqueribe destruiu a Babilônia em 689
perdidos para os arameus. Os dois reis se­ (726-722 a.C.), Samaria foi sitiada. Os registros a.C., mas foi assassinado por dois de seus filhos
guintes consolidaram e ampliaram outra vez assírios atribuem a capitulação de Samaria a e sucedido por outro, Esar-Hadom.5
o Estado. Postos militares avançados foram Salmaneser V ou a Sargão II (722-705 a.C.). Sob a liderança de Esar-Hadom (680-669
estabelecidos por todo o império a fim de
a.C.), o exército egípcio foi derrotado, e o
reabastecer as tropas em campanha.
Egito passou a ser regido por governadores
Assurnasirpal II (884-859 a.C.) construiu
nomeados pela Assíria. Com a maior parte
a nova capital em Calá (mapa 8a) — mais
da Siro-Palestina sob controle, Esar-Hadom
tarde denominada Ninrode. Marchou rumo
reconstruiu a Babilônia e administrou um
ao norte, para a cordilheira de Zagros, e para í >*v- - X V’ trabalho extensivo em Nínive, Assur e Calá.
o Ocidente, até a SiroPalestina, exigindo tri­
butos e sujeitando povos indefesos a traba­ Antes de sua morte, em 669 a.C., ele exigiu
lhos forçados em Calá. Seu filho Salmaneser gue seus oficiais jurassem submissão ao seu
III (859-824 a.C.) continuou a expandir o filho Assurbanipal.6 Esar-Hadom, entretanto,
império para o norte e para o Ocidente. Seus passou o trono da Babilônia a outro filho,
anais registram um conflito gue envolveu í v -x’vr Shamash-Shuma-ukin.
uma coalizão de dez reis, entre eles Acabe, Assurbanipal concentrou-se no Egito,
de Israel, gue forneceu 2 mil carruagens
e milhares de soldados para a batalha de
IU ! gue tentava recuperar sua independência.
Embora Mênfis e Tebas7 tivessem sido cap­
Qargar, em 853 a.C.1 Salmaneser, incapaz turadas em 663 a.C., o Egito foi liberto da
de derrotar a coalizão, firmou paz com essas dominação assíria guando problemas sur­
nações nos anos subseguentes. Finalmente, gidos em outras partes do império exigiram
Jeú, de Israel, pagou tributos ao rei assírio, a atenção de Assurbanipal. Uma guerra civil
como registra o obelisco Negro de Salmane­ teve início entre Assurbanipal e seu irmão
ser III.2 Liderando a batalha no sul, Salma­ Shamash-Shuma-ukin, em 652 a.C. Assurbani­
neser ajudou o rei babilônico a dispersar os pal saiu-se vitorioso guatro anos mais tarde,
invasores arameus. após um longo cerco à Babilônia.
No final do reinado de Salmaneser, a
Inscrição real de Sargão II, da Assíria;
Embora a Assíria emergisse como vitorio­
Assíria entrou em decadência, enfraguecida
Ninrode, ca. 710 a.C. sa, jamais se recuperou do esgotamento de
por revoluções internas. Nos oitenta anos © The Schayen Collection; cortesia do sr. Martin Scheyen seu exército e de seus recursos. Os sucessores
após a morte de Salmaneser, os reis assírios
Provavelmente, a gueda de Samaria foi inevi­ de Assurbanipal não puderam restabelecer a
tentaram manter o controle sobre os territó­
tável depois que Salmaneser foi assassinado grandeza do império. Nabopolassar, da Ba­
rios periféricos. A famosa rainha Semíramis
e Sargão II usurpou o trono, em 722 a.C.4 bilônia, retomou grande parte do território
governou a Assíria durante a menoridade
Seguiiam-se deportações em massa de israe­ durante a parte final do século VII a.C., e os
de seu filho, Hadade-Nirari III (810-782 a.C.),
litas para a Assíria, e Sargão II conquistou o babilônios e os medos invadiram a região
gue por sua vez subjugou Damasco. Recebeu
tributo de reis vizinhos, entre eles Joás, de controle da Siro-Palestina, derrotando uma central, capturando Assur em 614 a.C.
Israel, e a Assíria foi reconhecida como sobe­ coalizão de sírios e egípcios em Qargar, em 720 Em 612 a.C., Nínive, a capital assíria caiu,
rana pelas tribos da Caldeia.3 a.C. De 720 a 710 a.C., também lutou contra o após um cerco de curta duração. Embora
Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) fortale­ rei babilônico Marduk-apalidina (Merodaque- Assur-Ubalit II tentasse governar um Estado
ceu a autoridade real e recuperou os territó­ -Baladã, Is 39.1) e por fim o derrotou. assírio independente em Arã, não era um
rios perdidos da Síria. Continuou sua marcha 0 filho de Sargão, Senaqueribe (705-681 rival à altura da Babilônia e seus aliados.
pela Síria e Palestina até o Egito, recebendo a.C.), é famoso pelo cerco a Jerusalém. Eze- 0 Império Assírio, uma vez formidável, havia
tributo de Damasco, Biblos, Tiro e Samaria quias, de Judá, foi encorajado a se rebelar con­ chegado ao fim.

'Ver "Acabe e a batalha de Qarqar", em 1Rs 22. 2Ver "Jeú/o obelisco Negro de Salmaneser lll", em 2Rs 10. !Ver "Os caldeus", em Dn 9. 4Ver"Os anais de Sargão II",
em Is 10. 5Ver "A morte de Senaqueribe", em 2Rs 19. 6Ver "A coroação de Assurbanipal", em Sl 72. 7Ver "Mênfis", em Jr 46; e "Tebas", em Ez 30.
NAUM 3.19

3 .1 3 "ls 19.16; 13 Olhe bem para as suas tropas:


Jr 50.37; «Na 2.6;
PlS 45.2 não passam de mulheres!11
As suas portas0 estão escancaradas
para os seus inimigos;
o fogo devorou as suas trancas.P
3 .1 4 l2 C r 32.4; 14 Reserve água para o tempo do cerco!1!
■Na 2.1
Reforce as suas fortalezas!r
Entre no barro, pise a argamassa,
prepare a forma para os tijolos!
15 Mesmo assim o fogo consumirá você;
a espada a eliminará,
e, como gafanhotos devastadores, a devorará!
Multiplique-se como gafanhotos devastadores,
multiplique-se como
gafanhotos peregrinos!s
16 Você multiplicou os seus comerciantes,
tornando-os mais numerosos
que as estrelas do céu;
mas como gafanhotos devastadores,
eles devoram o país
e depois voam para longe.
17 Os seus guardas são como gafanhotos peregrinos;*
os seus oficiais, como enxames de gafanhotos
que se ajuntam sobre os muros
em dias frios; mas, quando o sol aparece, eles voam,
ninguém sabe para onde.

3.18"SI 76.5,6; 18 0 rei da Assíria, os seus pastores0 dormem;u


'Is 56.10;
"1 Rs 22.17 os seus nobres adormecem.v
O seu povo está espalhado™ pelos montes
e não há ninguém para reuni-lo.
3 .19\Jr 30.13; 19 Não há cura para a sua chaga;*
Mq 1.9; >JÓ 27.23; a sua ferida é mortal.
Lm 2.15; Sf 2.15
Quem ouve notícias a seu respeito
bate palmasy pela sua queda,
pois, quem não sofreu por
sua crueldade sem limites?

3 .1 8 O u governantes.

3.13 Comparar tropas a mulheres era um insulto, porque insinuava que Durante séculos, ninguém sabia onde a antiga Nínive se situava. Seus
os soldados eram fracos e incapazes de se opor aos invasores. restos foram finalmente descobertos por arqueólogos em 1845.
As “trancas” são as das portas da cidade. 3.18 Sin-Shar-Ishkun era o rei da Assíria quando aconteceu a queda de
3.14 Eliminar a água era uma prática normal de preparação para um Nínive.
cerco (ver “Cerco de guerra”, em 2Sm 17). 3.19 A destruição de Nínive foi tão completa que a cidade dizimada
3 .15 A história e a arqueologia confirmam que Nínive foi queimada. jamais foi reconstruída. Alguns séculos depois, estava coberta com a
O rei da Assíria (cf. v. 18) morreu nas chamas do próprio palácio. areia carregada pelo vento, não deixando nenhum rastro, exceto um
3.16 A Assíria, naquele tempo, administrava diversos empreendimentos monte que é conhecido hoje como Tell Kuyunjik, “o monte de muitas
comerciais. ovelhas”.
3.17 Os agricultores do antigo Oriente Médio temiam os gafanhotos,
porque eles vinham em enxames imensos e devoraram tudo pelo cami­
nho (ver “Gafanhotos no antigo Oriente Médio”, em Jl 2).

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