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FUNÇÃO EXEMPLO
Manutenção da
todas as proteínas, particularmente a albumina
pressão osmótica
renina
Enzimas
factores de coagulação
Inibidores da
α1-antitripsina (actua nas proteases)
protease
Aumento num curto espaço de tempo (e não recebeu proteínas por via
endovenosa) - devido a uma diminuição do volume de distribuição
(desidratação)
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Proteínas plasmáticas - Introdução
A determinação das proteínas plasmáticas fornece informações sobre o
estado de hidratação do paciente.
AUMENTO DIMINUIÇÃO
MASSA CONCENTRAÇÃO
CLASSE PROTEÍNA MOLECULAR SÉRICA APROXIMADA
(D) (g/L)
P é lb i
Préalbumina 76000 0,25
0 25
Albumina
Albumina 66300 40
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Proteínas plasmáticas - Albumina
ALBUMINA
Proteína mais abundante no plasma
Proteína de fase aguda negativa
Sintetizada no fígado
Contribui para o equilíbrio da pressão osmótica coloidal
Determina a distribuição do fluído extracelular entre os espaço vascular e
extravascular
Transporta: hormonas, medicamentos, ác. gordos livres, bilirrubina não
conjugada e iões
A interpretação das variações patológicas têm que ser cuidadosas uma vez
que são muitos os processos patológicos que causam alterações nas
concentrações plasmáticas.
Causas de hipoalbuminemia
p
Diminuição da síntese: má nutrição, má absorção e doença hepática
α1-GLOBULINAS
α1-ANTITRIPSINA
Inibidor as protease
É uma proteína de fase aguda. A sua concentração aumenta em estados de
inflamação aguda.
Constitui cerca de 90% das α1-globulinas
Forma activa: MM
Deficiências hereditárias de α1-antitripsina podem originar:
hepatite neonatal que se pode transformar, no adulto, em cirrose (o
Risco aumentado defeito é devido na substituição de um aminoácido por outro que
leva à proteína formar agregados que não podem ser secretados do
em deficiências
fígado e causam danificação do tecido hepático)
Homozigóticos (ZZ)
e efisema (devido à falta do inibidor natural da enzima elastase, que
resulta em mudanças destrutivas no pulmão) - risco aumentado em
pessoas que fumam
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Proteínas plasmáticas - α -globulinas
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α1-FETOPROTEÍNA
Sintetizada pelo fígado fetal
Detectada no soro materno até ao 7 ou 8 mês de gravidez
Pensa-se que protege o feto do ataque imunológico materno (após o
nascimento desaparece do soro. Está aumentado, por exemplo, em
carcinomas)
i )
Valores elevados: - alterações do tubo neural
- espinha bífida
- sofrimento fetal, parto prematuro ou gémeos
- tirosinose (aminoacidopatia)
- doença hemolítica do recém-nascido
- hepato-carcinoma
- tumores das gonadas nos adultos
α1-GLICOPROTEÍNA ÁCIDA
Sintetizada pelo fígado (existe na membrana das plaquetas)
Homologia com imunoglobulinas e haptoglobulina (podem ter resultado de
uma proteína comum)
Função: - interfere no metabolismo das hormonas esteróides, na coagulação
e formação
f ã de d colagénio
l é i
- transporta hormonas esteróides
Valores elevados: - inflamação
- gravidez
- cancro
- pneumonia
- artrite reumatóide
Valores baixos: - problema hepático grave
Banda α1-globulinas:
Os seus níveis estão elevados nas doenças inflamatórias agudas e crónicas,
neoplasias, após traumas ou cirurgias e durante a gravidez ou
estrogenioterapia. Nos hepatocarcinomas, a elevação pode acontecer pelo
aumento da alfa-fetoproteína.
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Proteínas plasmáticas - α -globulinas2
α2-GLOBULINAS
HAPTOGLOBULINA
Sintetizada nos hepatócitos e nas células do sistema reticuloendotelial
(pequena quantidade)
É constituída por dois tipos de cadeias (duas α e duas β). A cadeia β contém
o local de ligação para a hemoglobina (cadeia α)
Impede a perda da hemoglobina e do ferro na urina
Valores elevados: - estados inflamatórios
- doenças reumáticas
- queimaduras
- síndrome nefrótico
Valores baixos: doença hemolítica do recém-nascido e após transfusões -
serve para avaliar o grau de hemólise
CERULOPLASMINA
Sintetizada no fígado
Contém 6 a 8 átomos de cobre (ligados à apoceruloplasmina)
Tem actividade enzimática: histaminase, cobre e ferro oxidase
As mulheres apresentam valores mais elevados
Valores elevados: gravidez, estados inflamatórios, doenças malignas,
contraceptivos
Valores baixos: doença de Wilson (defeito na incorporação de Cu na
ceruloplasmina que fica menos estável diminuíndo a sua concentração),
síndrome nefrótico, dieta pobre, síndrome de má absorção
α2-MACROGLOBULINA
Sintetizada pelo fígado
Inibidor de proteases
Transportador de moléculas (IL-6, IL-2, insulina, factores de crescimento)
As mulheres apresentam valores mais elevados
Valores elevados: - contraceptivos, lesão hepática e diabetes
α2-globulinas
Incluem a haptoglobina, a alfa-2-macroglobulina e a ceruloplasmina.
Raramente se encontram alterações nesta banda eletroforética, já que a
diminuição de um componente é compensada pelos demais
demais.
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Proteínas plasmáticas - β-globulinas
β-GLOBULINAS
TRANSFERRINA
Sintetizada pelo fígado, sistema reticuloendotelial (em pequena quantidade),
contém dois iões férricos
Proteínas de fase aguda negativa
Tempo de semi-vida de 7 dias
Funções: - transporte de ferro - para os locais que armazenam ferro
(apoferritina-ferritina) e para a medula óssea (hemoglobina)
- impede a perda do ferro pelo rim
- impede a deposição de ferro nos tecidos
Diagnóstico diferencial das anemias e monitorização do tratamento
Um aumento de ferro ligado à transferrina – hemocromatose
COMPLEMENTO
Conjunto de proteínas que participam na reacção imune
Circulam na forma de precursores não funcionais
Valores elevados: estados inflamatórios
Valores baixos: - má nutrição
- lupus eritomatoso
- coagulopatias intravasculares disseminadas
Beta-lipoproteínas (LDL)
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Proteínas plasmáticas - β-globulinas
B-globulinas
Elevações
ç causadas provavelmente
p p
pelo aumento dos componentes
p do
complemento podem ocorrer em hipertensão maligna, doença de Cushing,
poliarterite nodosa e carcinomas.
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Proteínas plasmáticas - γ-globulinas
IMUNOGLOBULINAS (cont.)
HIPERGAMAGLOBULINEMIA
- causas fisiológicos: infecção aguda ou crónica
- causas patológicas: doenças autoimunes (doença reumatóide e lupus
eritomatoso sistémico) e doenças hepáticas graves (algumas
tendo por base uma doença autoimune)
PARAPROTEÍNAS
É uma imunoglobulina produzida por um único clone de células da série
dos linfócitos (normalmente plasmócitos). São moléculas idênticas
(aparece um pico discreto na electroforese)
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Proteínas plasmáticas - γ-globulinas
IMUNOGLOBULINAS (cont.)
PARAPROTEÍNAS (cont.)
Aparece, por exemplo:
- Mieloma múltiplo - proliferação maligna disseminada de células
plasmáticas (IgG e IgA)
- Leucemia linfática crónica (IgM)
- Fisiológico - aumenta com a idade
PESQUISA LABORATORIAL
- Electroforese de proteínas: essencial para a detecção de paraproteínas
- Pesquisa na urina: 20% dos mielomas, o tumor produz apenas as
cadeias leves que são rapidamente excretadas para a urina (não
detectadas no soro) - proteínas de Bence Jones
- As proteínas de Bence Jones precipitam a 45-60ºC, mas
redissolvem-se pela ebulição
Muito
complicado e
demorado
Mais usado
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Proteínas plasmáticas - Análise quantitativa e semiquantitativa
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Proteínas plasmáticas - Análise quantitativa e semiquantitativa
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Proteínas plasmáticas - Técnicas de separação de proteínas
Técnicas de separação de proteínas
ELECTROFORESE
Há separação das proteínas num suporte sólido (normalmente acetato de
celulose e agarose), de acordo com as suas características de carga eléctrica.
ap cação e migração
aplicação g ação
Colocar a ponte com a tira na Tina de electroforese (migração: - → +).
Lavar de imediato o aplicador (para o soro não secar nos pentes) mergulhando
os pentes na água do recipiente de lavagem e fazendo 5 a 10 aplicações em
papel absorvente ou lavar os pentes com água corrente e depois com água
destilada.
Deixar secar à temperatura ambiente. Lavar a base com os soros com água
destilada e secar com uma toalha.
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Proteínas plasmáticas - Técnicas de separação de proteínas
ELECTROFORESE (cont.)
coloração e transparentização
Após 20 minutos de separação, desligar a fonte de alimentação e seguir os
seguintes passos:
· Coloração: colocar a tira num recipiente com corante, deixando embebe-la
embebe la
primeiro na superfície e depois mergulha-la durante 10 minutos.
· Lavagem: efectuar 3 lavagens sucessivas da tira com solução de lavagem.
Deixar ficar cerca de 2 minutos + 2 minutos + 3 minutos em cada
recipiente de lavagem.
· Transparentização: colocar a tira num recipiente com o transparentizador
durante 3 minutos.
· Secagem: colocar a tira sobre uma lâmina de vidro, usando as mãos
protegidas com umas luvas
luvas. Com outra lâmina de vidro passar sobre
a primeira para retirar bolhas de ar e fixar melhor à lâmina, usando-a
também para cortar o excesso de tira. Levar à estufa a 80ºC durante
5-10 minutos.
Depois de retirar a lâmina da estufa, deixar arrefecer à temperatura ambiente.
Não por os dedos nem encostar nada às zonas de migração. Qualquer mancha
provoca erros de leitura.
Valores de referência:
Percentagem (%): Valor absoluto (g/L):
Albumina: 52 – 65 32 – 56
Alfa-1: 2,5 – 5,0 1–4
Alfa-2: 7,0 – 13,0 4 – 12
Beta: 8,0 – 14,0 5 – 11
Gama: 12,0 – 22,0 5 – 16
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Proteínas plasmáticas - Técnicas de separação de proteínas
Electroforese das proteínas no soro e correlação patológica
E:
- diminuição da capacidade de
sintetizar albumina e
aumento da excreção
- compensação dada pelo
aumento da gamaglobulinas
((manter a ppressão oncótica))
- continuidade entre β e γ
dada pela IgA
F:
- secreção feita pela
proliferação monoclonal de
plasmócitos
- normalmente sem estar
presente a quantidade
normal de Ac.
Ac policlonais
(células normais são
substituídas por um clone
maligno)
H:
- diminuição da maioria das
fracções (diminuição da
síntese e aumento da
excreção das proteínas de
baixo peso molecular)
- contudo a fracção α2 pode
estar relativamente
aumentada devido à
coexistência de uma
resposta de fase aguda
(haptoglobulina) ou
preferencialmente uma
retenção de moléculas
grandes (α2-macroglobulina)
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Proteínas plasmáticas - Técnicas de separação de proteínas
Outras técnicas de separação de proteínas
ELECTROFORESE E IMUNOFIXAÇÃO
FOCAGEM ISOELÉCTRICA
PRECIPITAÇÃO
SEPARAÇÃO EM COLUNA
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