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Teve um caso durante vários anos com Lou Andreás-Salomé, psicanalista de filha de
um general russo.
Casou, mas o casamento durou muito pouco. Teve uma filha.
Trabalhou como secretário do escultor Auguste Rodin.
Possui uma obra original, provocava uma reflexão existencialista. Apresenta marcas
do expressionismo.
A sua obra influenciou muitos escritores por diversas partes do mundo.
Rilke fala acerca da sexualidade ideal, aquela em que o homem e a mulher, libertados
de todos os sentimentos falsos, se deveriam procurar como irmão e vizinhos.
A sexualidade ideal, ressaltada por Rainer Maria Rilke, seria aquela em que os dois
sexos gradualmente se apagam:
As Cartas a um Jovem Poeta são, na verdade, uma espécie de manual para se viver
no início do século XX. As mentalidades, que oscilavam em uma cidade que crescia,
estavam confusas, não se sabia para onde olhar, pensar e agir. Ao fim, uma dica final
para Kappus: não observar demais. É isso, quanto mais se olha, mais se vê e mais se
sofre. Rilke, nesse ponto, já era moderno.
O livro não faz o meu género, achei-o muito “pesado”, mesmo tendo poucas páginas, porque
Rilke aborda temas pelos quais não me interesso muito, especialmente a arte. Contudo, há
alguma frases chamativas e metáforas bonitas. É um bom livro para quem gosta de escrever
poesia ou percebe de arte, ou para quem está triste com a vida. Como não é o meu caso, não
gostei muito da obra, apesar da escrita de Rilke ser prolífera e complexa.
“Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade. Nesse caráter de origem está o seu
critério – o único existente. Também, meu prezado senhor, não lhe posso dar outro conselho
fora este: entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra a sua vida; na fonte desta é
que encontrará a resposta à questão de saber se deve criar. Aceite-a tal como se lhe
apresentar à primeira vista sem procurar interpretá-la. Talvez venha a significar que o senhor é
chamado a ser um artista. Nesse caso, aceite o destino e carregue-o com seu peso e sua
grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora. O criador, com
efeito, deve ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si e nessa natureza que se
aliou.
Mas talvez se dê o caso de, após essa descida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o
senhor de renunciar a se tornar poeta. (Basta, como já disse, sentir que poderia viver sem
escrever para não mais se ter o direito de fazê-lo.) Mesmo assim, o exame de consciência que
lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos
próprios. […]”