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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Veterinária

Licenciatura em Ciências e Tecnologia de Alimentos

Cadeira de Habilidades para Vida

Tema: Combate a Violência Contra a Rapariga e a Mulher

Discentes:

Elisa Andrade Mambo

Docente: Dr

Maputo, aos 2 de Abril de 2016

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ÍNDICE
Introdução ............................................................................................................................... 3

Objectivo Geral....................................................................................................................... 4

Objectivos Específicos ........................................................................................................... 4

Violência................................................................................................................................. 5

Tipos de Violências ................................................................................................................ 5

Violência Sexual ..................................................................................................................... 5

Violência Física ...................................................................................................................... 6

Violência Psicológica ............................................................................................................. 6

Causas da Violência contra a Mulher e a Rapariga ................................................................ 7

Consequências da Violência Contra a Mulher e a Rapariga .................................................. 8

Estratégias de combate a violencia a contra mulher e a rapariga ........................................... 9

Conclusão ............................................................................................................................. 10

Bibliografia ........................................................................................................................... 11

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Introdução

Milhões de Mulher e Raparigas em África e no mundo vêm os seus direitos violados todos os dias,
sem oportunidade de se expressarem nem de serem ouvidas ou porque são crianças ou pelo simples
facto de serem mulheres e consequentemente devem ser submissas ao homem e a sociedade.

A violência contra a mulher e a rapariga é um problema mundial e constitui uma das principais
barreiras ao esforço da humanidade, na construção de um mundo de harmonia, amor, fraternidade
e respeito pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, num contexto de famílias estáveis,
que sejam de facto, bases sólidas que promovem e sustentam o desenvolvimento dos países.

Como resultado de uma consciencialização crescente sobre a gravidade do fenómeno da violência


contra a mulher e a rapariga, registam-se já a nível universal, um amplo movimento e diversas
medidas e acções com vista a prevenir e combater este fenómeno, levando as sociedades para uma
convivência de paz , progresso e justiça social.

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Objectivo Geral
 Combater a violência contra Mulher e a Rapariga.

Objectivos Específicos
 Descrever a violência contra mulher e a rapariga.
 Identificar os problemas que causas a violência.
 Propor medidas de mitigação da violência.

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Violência

Segundo Organização Mundial da Saúde, (2002), a violência é tida no geral como o uso intencional
da força física ou do poder, real ou ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um
grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte,
dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.

A violência caracteriza – se pela acção corrupta impaciente e baseada na ira, que convence ou busca
convencer o outro e simplesmente, o agride.

A violência contra a mulher e rapariga são todos os actos perpetrados, ou que sejam capazes de
causar danos físicos, sexuais, psicológicos e outros, incluindo a ameaça de tais actos, a imposição
de restrições ou a privação arbitrária das liberdades fundamentais na vida privada e pública.

Tipos de Violências contra a mulher e a rapariga

Em termos conceptuais existe uma diversidade de percepções sobre este fenómeno, mas todas elas
possuem pontos comuns no que se refere ao essencial, que consiste no reconhecimento de que toda
e qualquer violência é um mal social que deve ser eliminado da sociedade. Os principais tipos de
violência contra a mulher e a rapariga mais frequentes são a física, doméstica, sexual e psicológica.

Violência Sexual

A violência sexual compreende uma variedade de atos ou tentativas de relação sexual sob coação
ou fisicamente forçada, no casamento ou em outros relacionamentos. A violência sexual é cometida
na maioria das vezes por autores conhecidos das mulheres envolvendo o vínculo conjugal (esposo
e companheiro) no espaço doméstico, o que contribui para sua invisibilidade. Esse tipo de violência
acontece nas várias classes sociais e nas diferentes culturas. Diversos actos sexualmente violentos
podem ocorrer em diferentes circunstâncias e cenários. Dentre eles:

 Estupro dentro do casamento ou namoro;


 Estupro cometido por estranhos;
 Investidas sexuais indesejadas ou assédio sexual, inclusive exigência de sexo como
pagamento de favores;

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 Abuso sexual de pessoas mental ou fisicamente incapazes;
 Abuso sexual de crianças;
 Casamento ou coabitação forçados, inclusive casamento de crianças;
 Negação do direito de usar anticoncepcionais ou de adotar outras medidas de proteção
contra doenças sexualmente transmitidas;
 Prostituição forçada e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual;
 Estupro sistemático durante conflito armado como qualquer acto sexual, tentativa de obter
um acto sexual, comentários ou investidas sexuais indesejados, ou actos direccionados ao
tráfico sexual, ou de alguma forma, voltados contra a sexualidade de uma pessoa usando a
coação, praticados por qualquer pessoa independentemente de sua relação com a vítima,
em qualquer cenário, inclusive em casa, no trabalho, mas não limitado a eles..

Violência Física

Violência Física é toda a acção ou omissão com objectivo de ferir que produza um dano a
integridade corporal das mulheres. Sao comuns tapas, agressões com diversos objectos e
queimaduras. A violência fisica pode ser agravada quando o agressor está sob o efeito de álcool ou
quando possui destruibo mental. Esta violência pode se manifestar de várias formas:

 Tapas ,empurrões, socos, mordidas, chutes, cortes e queimaduras;


 Estrangulamentos;
 Lesões por armas ou objetos;
 Obrigar a tomar medicamentos desnecessários ou inadequados, álcool, drogas ou outras
substâncias, inclusive alimentos;
 Tirar de casa à força, amarrar, arrastar, arrancar a roupa
 Abandonar em lugares desconhecidos.

Violência Psicológica

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Violência Psicológica é toda a acção ou omissão cujo propósito seja degradar ou controlar as
acções, comportamentos, crenças, direitos ou decisões das mulheres, através de intimidação,
discriminação, desrespeito, manipulação, ameaça directa ou indirecta, humilhação, isolamento,
encerramento ou qualquer outra conduta ou omissão que implique um dano a saúde psicológica,
ao desenvolvimento integral ou a sua auto determinação. Violência essa que não deixa marcas
corporais visiveis, mas emocionalmente provoca cicatrezes para toda vida. Violência psicológica
é tida como a que mais ocorre, pois que antes de ocorrência de qualquer uma das violências, ocorre
primeiro a violência psicológica.

Na maioria dos casos, as vítimas de violência não apresentam queixa nos órgãos de justiça e não
aceitam a instauração do processo-crime contra os perpetradores deste mal social. Quando metem
a queixa procuram somente a reposição da ordem no casamento. Em geral, a maioria das mulheres
procuram a solução dos seus problemas ao nível comunitário, com recurso aos familiares, vizinhos,
padrinhos de casamento e aos anciões.

Causas da Violência contra a Mulher e a Rapariga

Não existe uma explicação acabada sobre as causas da violência, no entanto, o ciúme e a suspeita
de infidelidade conjugal, em parte, constituem grandes factores de risco para a ocorrência de
comportamento de violência física contra a mulher nos diferentes meios de convivência.

Acredita-se que a violência contra a mulher e a rapariga seja resultado da crença historicamente
fomentada em muitas culturas, de que o homem é superior e deve ser detentor de mais direitos nos
diferentes meios de convivência social. Por outro lado, é censo comum que a violência contra a
mulher resulta de um desequilíbrio de poder entre mulheres e homens, com base nas relações
sociais desiguais, sustentadas por um sistema hierárquico a que se pode chamar de patriarcado.

Portanto, ainda não existe uma explicação única para as causas da violência contra a mulher.
Contudo, algumas das causas que têm sido frequentemente apontadas, justificando a ocorrência de
vários tipos de violência contra a mulher são:

 Aspectos culturais (hábitos e crenças intimamente ligados a desigualdade sexual, crenças


de que a mulher é inferior ao homem);

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 Ciúmes - ciúme como causa da violência contra a mulher, manifesta-se através do
comportamento controlador do parceiro íntimo (suspeitas de infidelidade e tendências
obsessiva de controlar a mulher pelo parceiro íntimo);
 Antecedentes de violência na família – manifesta-se quando os perpetradores cresceram
em ambientes familiares em que a violência era praticada;
 Dependência económica da mulher - vista na perspectiva de falta de recursos para a
satisfação das necessidades básicas que degenera em conflitos;
 Seropositividade: quando um dos cônjuges toma conhecimento da infecção do seu
parceiro ou obrigar a parceira a manter relações sexuais sem o uso do preservativo,
 Desigualdades nas relações de poder entre mulheres e homens, sendo estes últimos
detentores de um maior poder, através de estruturas e sistemas sociais, culturais,
económicas e políticas que historicamente lhes têm favorecido.

Consequências da Violência Contra a Mulher e a Rapariga

A violência contra a mulher tem resultados muito negativos em todos os níveis e domínios da
vida. Directa ou indirectamente o impacto da violência contra a mulher e rapariga tem também
implicações económicas no seio da família e na economia nacional. Consequências da violência
contra a mulher e rapariga:

 Danos físicos, psicológicos;


 Contaminação por doenças de transmissão sexual (alta incidência de ITS’s e infecção
de HIV/SIDA nas comunidades);
 Influência negativa no rendimento na escola ou no local de trabalho e no
desenvolvimento da criança;
 Redução de auto estima;
 Estigmatização;
 Conflitos e desintegração familiar;
 Uso abusivo de álcool e droga;
 Desordem social como a marginalidade, criminalidade e crianças da rua;
 Constante estado de stress e medo;
 Agressão ou assassínio dos intervenientes;

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 Distúrbios comportamentais nas raparigas.
Com o presente plano espera-se a construção de uma sociedade moçambicana em que
a mulher e o homem têm uma convivência mais harmoniosa, através do conhecimento,
reconhecimento e respeito mútuo dos seus direitos, deveres e obrigações sociais de
formas a promover o respeito aos direitos da mulher.

Estratégias de combate a violencia a contra mulher e a rapariga

Para resolver estes problemas e permitir às raparigas a as mulheres e às comunidades melhor,


devem denunciar e reagir aos incidentes de violência e maus tratos nas escolas, no seio familiar e
áreas adjacentes. riação de mecanismos de resposta nas comunidades ligados a prestadores de
serviços públicos oficiais é crucial para melhorar o acesso aos serviços jurídicos e ao
aconselhamento às vítimas de violência.

O uso da Lei sendo uma ferramenta para a prodoção de uma nova ordem igualitária, o direito capaz
de produzir uma mudança significativa no ámbito da desigualidade de gênero.

Sensibilização dos direitos das mulheres e raparigas à protecção, a facilitação de laços mais
estreitos entre comunidades, polícia, serviços jurídicos e sociais e o reforço de mecanismos com a
realização de campanhas e trabalho com os meios de comunicação.

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Conclusão

As sociedades ainda têm sobre o poder do homen e a superioridade dele em relação à mulher factor
inicial a existência de violência. A mulher e o homem devem ter uma convivência mais harmoniosa,
através do conhecimento, reconhecimento e respeito mútuo dos seus direitos, deveres e obrigações
sociais de formas a promover o respeito aos direitos da mulher para sociedade melhor, nada
justifica a violência contra a mulher e a rapariga porque conversando é que a gente se entende.

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Bibliografia
Plano Nacional de Acção para Prevenção e Combate á Violência contra Mulher(2008-2012).Moc.

https//www.unric.org.mulheres

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