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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE MAQUINAS

Análise energética de sistemas

Análise energética da máquina de Carnot


Pratica virtual 3

Discentes:
Azarias Francisco Mandlate

Nicolau Armando Cuinhane

Docente:

Dr. Carlos Alejandro

Maputo,2018
RESUMO

O presente relatório visa fazer uma análise energética de máquina de Carnot. Apresenta
detalhadamente os pressupostos práticos inerentes ao Ciclo de Carnot. Diante disto, uma
máquina que apresenta a máxima eficiência de conversão de calor em trabalho é conhecida
como máquina de Carnot. A máquina de Carnot consiste de um fluido aprisionado em um
cilindro provido de pistão, de cujo movimento sem fricção se extrai trabalho em uma
operação cíclica (ciclo de Carnot). A análise termodinâmica deste ciclo torna-se mais eficiente
com ajuda de ensaios laboratoriais que, em concordância com os processos que ocorrem neste
ciclo, oferecem valores exaustivos que ajudarão na interpretação minuciosa dos mesmos de
modo a garantir a efetividade das operações nas máquinas que funcionam à base do Ciclo de
Carnot, neste caso, as maquinas térmicas.

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INTRODUÇÃO

O presente relatório insere-se no módulo de perspectiva de género de análise energética de


sistemas, onde tem como tema a análise energética da máquina de Carnot, dentro do qual se
fará uma abordagem diversificada no que tange o tema em estudo.
Pois o trabalho tem como objectivo geral fazer uma análise energética da máquinas de Carnot
e como objectivos específicos, simular o ciclo na pratica virtual, Determinar a eficiência e
compara-lo com o motor funcionando com as máximas temperaturas extremas.
Como forma de alcance dos pressupostos citados inicialmente pôde-se envolver instrumentos
de recolha de dados, como manuais de ensino e artigos científicos electrónicos.
Portanto o presente trabalho encontra se estruturado da seguinte forma: um título, fala-se de
diversos conceitos acerca do tema em questão.

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Ciclo de Carnot

Os estados indicados por a e b, o sistema realiza uma expansão isotérmica à temperatura 𝑇1 .


A partir de b, o sistema continua se expandindo, mas sem trocar calor com o ambiente, isto é,
de uma forma adiabática. Nesta expansão adiabática, ele se resfria até atingir a temperatura
T2 (estado c). Ao atingir essa temperatura, o sistema entra de novo em contato com um
reservatório térmico e agora trabalho é feito sobre ele de maneira a comprimi-lo
isotermicamente até que ele atinja o estado d. Deste estado ele retorna ao estado inicial a de
uma forma adiabática, continuando a se comprimir sem trocar calor com o ambiente.

Considerar que o sistema que realiza o ciclo de Carnot é formado por uma amostra de gás
ideal monoátomico e a axperiência é feita com os seguintes dados:

𝑃𝑎 = 25 atm;

T1 = 500K

T2 = 200K

Va = 2 l

Vb = 8 l

Nota: T1 = Ta = Tb , T2 = Tc = Td , Va < Vb

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Processo a-b: Expansão isotérmica

Processo b-c: Expansão adiabática

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Processo c-d: compressão isotérmica

Processo d-a: compressão adiabática

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Resultados obtidos obtidos na experiência

Nome das grandezas físicas Unidade das grandezas físicas Gás

monoatômico

Processo A-B (Isotérmico)

Variação da energia interna ∆U 0.0 atml

Trabalho W 41.7 atml

Calor Q 41.7 atml

Processo B-C (Adiabático)

Variação da energia interna ∆U -27.1 atml

Trabalho W 27.1 atml

Calor Q 0.0 atml

Processo C-D (Isotérmico)

Variação da energia interna ∆U 0.0 atml

Trabalho W -16.7 atml

Calor Q -16.7 atml

Processo D-A (Adiabático)

Variação da energia interna ∆U 27.0 atml

Trabalho W -27.0 atml

Calor Q 0.0 atml

Wn Q abs + Q ced Q ced


η= = =1+
Q abs Q abs Q abs

Q ced −16.7
η=1+ =1+ = 0.599 = 59.9%
Q abs 41.7

T1 − T2
ηc =
T1

T1 − T2 500 − 200
ηc = = = 0.60 = 60%
T1 500

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Para os mesmos parâmetros do exercício anterior, considerando o gás ideal diatómico, teremos:

Processo a-b: Expansão isotérmica

Processo b-c: Expansão adiabática

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Processo c-d: compressão isotérmica

Processo d-a: compressão adiabática

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Resultados obtidos obtidos na experiência

Nome das grandezas físicas Unidade das grandezas físicas Gás

Diatômico

Processo A-B (Isotérmico)

Variação da energia interna ∆U 0.0 atml

Trabalho W 41.6 atml

Calor Q 41.6 atml

Processo B-C (Adiabático)

Variação da energia interna ∆U -13.6 atml

Trabalho W 13.6 atml

Calor Q 0.0 atml

Processo C-D (Isotérmico)

Variação da energia interna ∆U 0.0 atml

Trabalho W -16.7 atml

Calor Q -16.7 atml

Processo D-A (Adiabático)

Variação da energia interna ∆U 13.5 atml

Trabalho W -13.5 atml

Calor Q 0.0 atml

Wn Q abs + Q ced Q ced


η= = =1+
Q abs Q abs Q abs

Q ced −16.7
η=1+ =1+ = 0.598 = 59.8%
Q abs 41.6

T1 − T2
ηc =
T1

T1 − T2 500 − 200
ηc = = = 0.60 = 60%
T1 500

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Com os resultados obtidos pode se notar que o calor, trabalho e variação da energia interna
tem valores muito próximos tanto para o gás monoatómicos quanto para o diatómico para
processos isotérmicos e distam se nos processos adiabáticos. Ambos gases tem o mesmo
rendimento térmico para as máximas temperaturas extremas.
No processo da expansão, tanto isotérmica, quanto adiabático, o trabalho é realizado pelo gás
e na compressão é realizado por forças externas.
A máquina de Carnot tem uma eficiência máxima. Este facto constitui o Teorema de Carnot,
que pode ser enunciado da seguinte forma: “Nenhuma máquina térmica que opere entre duas
fontes pode ser mais eficiente do que uma máquina de Carnot operando entre as mesmas
fontes”

Vamos agora modificar alguns parâmetros tais como a temperatura cedida, pressão no sistema
e mantendo outros parâmetros em causa de modo a aumentar a eficiência do motor do ciclo de
Carnot.

Experiência feita com os seguintes dados:

P = 9 atm;

T1 = 500

T2 = 90

V1 = 2

V2 = 8

Para gás Diatómico teremos:

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Processo a-b: Expansão isotérmica

Processo b-c: Expansão adiabática

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Processo c-d: compressão isotérmica

Processo d-a: compressão adiabática

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Resultados obtidos obtidos na experiência

Nome das grandezas físicas Unidade das grandezas físicas Gás

Diatômico

Processo A-B (Isotérmico)

Variação da energia interna ∆U 0.0 atml

Trabalho W 25.0 atml

Calor Q 25.0 atml

Processo B-C (Adiabático)

Variação da energia interna ∆U -11.0 atml

Trabalho W 11.0 atml

Calor Q 0.0 atml

Processo C-D (Isotérmico)

Variação da energia interna ∆U 0.0 atml

Trabalho W -4.5 atml

Calor Q -4.5 atml

Processo D-A (Adiabático)

Variação da energia interna ∆U 11.0 atml

Trabalho W -11.0 atml

Calor Q 0.0 atml

Wn Q abs + Q ced Q ced


η= = =1+
Q abs Q abs Q abs

Q ced −4.5
η=1+ =1+ = 0.82 = 82%
Q abs 25.0

T1 − T2
ηc =
T1

T1 − T2 500 − 90
ηc = = = 0.82 = 82%
T1 500

Pode se facilmente observarse que a eficiencia teve um aumento.

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Conclusão
Com o presente trabalho pôde-se chegar a conclusão de que Tomando por base a obra original
de Carnot, foram revistos alguns aspectos importantes da concepção do ciclo ideal de Carnot.
Ressaltou-se a importância das transformações adiabáticas reversíveis em que a mudança de
temperatura resulta de uma variação de volume e não do contato de corpos a temperaturas
bem diferentes. Posto isto, a partir das tarefas de práticas virtuais pôde concluir-se que usando
o acessório de experiência que funciona através do programa Java e de fácil obtenção dos
resultados incluindo a rapidez na precisão que oferece e divulgação dos resultados de trabalho
(W), variação de energia interna (U) e calor (Q) o que seria difícil obter em um curto espaço
de tempo. O ciclo de Carnot sempre possui os mesmos quatro processos internamente
reversíveis: dois processos adiabáticos alternados com dois processos isotérmicos.

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Referências Bibliográficas
Anacleto, J. & Anacleto, A. (2007). On the first law of Thermodynamics. Heat and work
differentials, Quim. Nova., 30 (2), 488-490 (2007);
Corrêa, A. (2017). ”Construção de um Aquecedor solar de água e Análise de troca térmica
nas serpentinas”. Revista cientifica Multidisciplinar Núcleo do conhecimento. (5ª ed.) Vol. 1,
Julho de 2017 (em alínea) https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-
quimica/aquecedor-solar-de-agua

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