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Marcos P.

Caetano Sumário

Canto I.............................................................8
Canto II..........................................................14
Canto III........................................................20

Lágrimas da
Canto IV.........................................................28
Canto V...........................................................34

Chuva
Canto VI.........................................................46
Canto VII.......................................................52
Canto VIII......................................................60
Canto IX.........................................................68
Canto X..........................................................76
Glossário.....................................................84
Glossário de imagens.....................................85
Para Galdino, meu professor de literatura que me
apresentou às poesias épicas
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Canto I Governada por um rei


Seu nome era Jorge
Na Grécia antiga Agricultor desde criança
Uma pequena cidade havia existido Governava com confiança
Perto de Delos, próximo ao monte Convicto, forte e de maestria
Cinto Porém, o que tinha de menos era sabedoria
Onde Artemis e Apolo haviam nascido
Mas, por mais que lhe faltasse inteligência
Vivia de plantações
O carinho pela cidade era sua contingência
Uma cidade viva com amor
Mas cheia de tentações
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O rei tinha uma filha


Seu orgulho e alegria
A felicidade da filha era a sua felicidade
A mais bela de toda a Grécia
Atena a tinha criado pessoalmente
Como uma forma de invejar a grande Afrodite
Mas ela se apaixonou
Não havia coração que resistisse à bela Cynthia
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A cidade passava por uma época difícil


A falta de chuva complicava as plantações
Por que Zeus não lhes ajudava?
Clamava o grande rei
Os anos se passavam
Enquanto os nervos lhe tomavam
As plantações estavam destruídas com a seca
O povo gritava

“Ohh - Por que tu nos mata Apolo? Por quê?”


“Se meros servos somos a teu reinado...”
“...Por que nos deixaste em terreno queimado?”
O povo clama
O povo chora
À espera da escuridão aguardam
Enquanto em suas casas se guardam
O povo clama
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No dia de Apolo
Dionísio lhes traz o vinho e o pão
Todos se divertem
Enquanto tentam esquecer a desgraça dos deuses
O rei, bêbado, começa a balbuciar demais
Clama aos deuses com estupidez
Pelos infortúnios são culpados

Canto II Já que um trabalho bom não faziam

Diz sem inteligência que Zeus trepava


Com Hera se consagrava
Velha e sem vida seu útero era
Balbuciava Jorge, o tal do rei
Ódio pelos deuses
Morte aos deuses
Que Cronos volte
E traga as trevas que precisavam
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Xingas-me, culpas-me pelas desgraças”


“Porém, tuas orações eu não me lembro”
“Mas como queres tanto a chuva”
“Então a chuva terás”
“Mas a custo de teu orgulho”
“A chuva só virá quando as lágrimas de tua filha o solo tocar”
“E se ela parar por feliz estar”
“A seca irá retornar”
O céu fecha
Raios caem
Zeus o ouvira com o mesmo carinho
O teto se parte
A águia desce
O rei em alerta ficou
Sentado em seu trono aguardava
Para o alento final se preparava
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E assim a águia disse, se retirando do salão


Chuva e sol, juntos, nunca mais ficarão
O rei, petrificado, em seu trono estava
Olhava para a sua filha
sem saber o que pensar
Todos voltam a seus lares
Menos Cynthia, a bela
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Canto III
No monte Cinto aprisionada
Cynthia jamais sairá
Onde ninguém a perturbará
E lá ficará
Onde a felicidade jamais baterá
E assim portanto
Sua tristeza reinará
O sol se vai
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Os dias se passam Para as plantações não inundar


A chuva cai, as plantações crescem Cynthia, o rei tinha que visitar
Tudo volta ao normal Mas proibira a todos o monte subir
Menos Jorge Sozinha ela deveria ficar
Como rei, ficou louco E assim como o pai
Seu orgulho, agora, condenado Ela deveria pastar
Tratastes como verme seus deuses Sem dó, nem perdão
Como Cynthia, chorava Cynthia sofria com sua solidão

Os anos se passam
A loucura aumenta
Não suporta a dor
Mal consegue visitar
Rei não conseguia mais ser
Fazer escolhas era difícil
Más decisões eram feitas
O povo chora
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Adônis, um jovem belo


Vindo de família nobre
Explorador, gosta de se aventurar
Habilidoso, grande guerreiro
Criado por Hefesto como presente para Afrodite
Seu amor e paixão o inspiraram
Mal sabia que ela o traía
Com o deus da guerra ela se consumia
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Muito curioso Adônis era


Ouvira falar da beleza da princesa
Tão bela quanto Artemis diziam
Subir ele queria
Nikolas o havia alertado
Era muito amigo de Nikolas Somente dor e sofrimento ali encontraria
Grande agricultor Mas teimosia ele tinha e nada o seguraria
Dono de muitas alegorias Ele sobe
Não gostava do rei
Clamava que sua época já havia passado
Gostava de Atenas e sua democracia
Homem do povo ele era
Mas poder ele somente queria
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Uma casinha velha ele encontrara


Escura e fria
A chuva era mais forte no monte
Ele entra na casa
A princesa ele encontra
Seu coração palpita

Canto IV Até em suas lágrimas havia beleza


Nada podia descrevê-la

Eles conversam
Adônis entendia seu sofrimento
Mas assistir a uma beleza sem igual
Naquela tristeza descomunal
O coração lhe partia
Muito tempo não podia ficar
Tinha que ser rápido
Seu retorno é prometido
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Adônis havia se tornado o próprio Hélio


O sol retornava uma vez na semana
Se Zeus não os ouvia
Então, quem seria?
Seria Apolo ouvindo o povo? O povo feliz estava
O povo estranha, mas não nega Mas Jorge, o rei, aquilo estranhava
Aquilo bom era Como o sol retornava se ele o monte não subia?
Seriam os deuses visitando sua filha?
Não, ele dizia
Jorge indagado estava
Alguém o havia traído
Era hora de subir o monte
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Num dia de sol ele sobe
Estava forte
Apolo estava de bom humor
Era possível ver toda a cidade do alto do monte
Linda ela era
Próximo a casa ele chega
Cheia de rosas ela estava
À felicidade aquilo cheirava

Cynthia, a princesa, com uma rosa estava A semana passa


“Quem fez isso?” Adônis volta
O rei pergunta Cynthia explica o que acontecerá se o pegarem lá
Não sabia responder Ela é relutante enquanto aos seus encontros
Era Afrodite que havia plantado Mas não consegue segurar
Para Adônis dar a Cynthia como um presente encantado O cavalheiro lhe afirma
Ele repreende a filha e a proíbe de sair de lá “Afrodite ao nosso lado está”
Pois sem chuva, a cidade não podia ficar “ Não temas meu amor, pois sozinhas não ficarás”
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Canto V
Adônis fala sobre o que acontece com Nikolas
Ele o repreende
Avisa-o das consequências
Pede para que não volte lá
Mas desobediente o rapaz era
Ouvir os mais velhos ele não sabia
E portanto, em seu amor proibido
Ao monte ele já havia subido -

O sol reluz cada vez mais


Dias com sol demais
Ele traz a seca junto consigo
Cynthia estava muito feliz
Algo estava muito errado
Rosas por si, eram fracas
Não tinham tanto poder
Sua filha, feliz, não podia ser
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Ele sobe ao monte junto a seus guardas
Sua fúria era comparável a de Zeus
Algo estava errado
Afinal, a chuva não vinha há uma semana
Sua mente, pela loucura, estava tomada
Nada o pararia
Até que sua filha, chorando, não visse
Seus olhos vermelhos ficam Ele encontra Adônis junto a Cynthia
Seu grito, pela cidade é ouvido
Ele quer matar o rapaz
Mas não pode
Cynthia o segura
Louco estava
Mas algo deve acontecer
Pois traição vil, não será perdoada
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Adônis é punido e seu rosto mutilado
Um jovem belo não era mais
Nunca mais retornar a sua vida poderia
E sua família?
Morta pelo rei
Sofrer por toda vida ele deveria
Pois culpado da seca ele era
E preso ficaria

Adônis sente raiva


Ele clama aos deuses para que o ajudem
Afrodite que o abençoara, também chorava
A Zeus confrontara
Como pode o amor negar?
Mas pequena perto dele ela era
Adônis clama em prantos
“Por que minha deusa? Por quê?”
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Dias se passam Mas Nikolas estava furioso


O povo sabe Não podia aceitar tal tragédia
Como pode o rei castigar e matar? O amigo na cela ele visita
De tal forma que ninguém o questionara? Adônis pedia ajuda
Família morta e rosto mutilado Ele queria vingança
Se seu único erro foi amar Nêmesis o ouvia
O povo estava estarrecido Logo sua vingança se consumaria
Jorge, o rei louco, como era conhecido Mas uma consequência o aguardava
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Nikolas entende o sentimento do amigo Um homem astuto, inteligente e do povo


Ele via que Jorge já não reinava Todos o amavam
Estava louco Ambicioso ele era
Uma oportunidade ele via Queria vingança pelo amigo
Sua ganância crescera Mas poder também queria
Hades se preparava Sua cabeça em egoísmo caiu
Almas viriam aos montes Acreditava poder ser rei
Nikolas mostraria sua face O rei dos reis

Um plano ele criou


Ao monte subiria
À princesa envenenaria
Em sono profundo cairia
E Jorge, culpado, seria
Mas de ajuda precisaria
Onde algo do gênero conseguir?
Só uma cidadã sabia
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Uma bruxa visita Ela lhe dá o elixir mais poderoso que existia
Horrenda ela era Há um alerta
Pede-lhe um líquido para sono profundo Muito poderoso o elixir era
A bruxa indagada pergunta para quem Em sono profundo cairia
O mal ela sentia Se pouco fosse dado à pessoa
Ser rei ele queria Só o antídoto resolveria
Ele responde que à princesa envenenaria Mas se muito fosse dado
E com o povo, o poder tomaria Só com um sacrifício digno acordaria
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Canto VI
O monte agora era guardado
Preparado ele tinha que estar
Uma campanha precisaria
Junta homens leais
Ao dinheiro oravam
Armados estavam
Os mais bravos de toda cidade
Mercenários eles eram

Uma noite, eles sobem


Matam os guardas sem muita euforia
E enquanto a bela Cynthia dormia
Ele coloca o veneno em sua boca e a faz engolir
Dormir para sempre ela iria
Ou até o antídoto ela tomar
A chuva parou
Estava na hora de se preparar
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Ela dormia, mas a tudo ouvia O que fazer?
Estava feliz em seus sonhos Os guardas estavam mortos
Dias se passam e o sol reluz Quem teria feito isso?
Jorge sabe que algo está errado Ao monte ele desceu furioso
Ao monte ele deve subir Alguém estava tramando alguma coisa
Felicidade não pode reinar A cidade estava quieta
A cidade já havia sofrido Estava ficando mais louco
O que seria dele, sem seu reinado conciso Ele queria sangue

Ele sobe ao monte


E vê sua bela filha, deitada
Ela não acordava
Ele chorava
Sentia seu pulso
Viva estava
Mas desacordada
Quem de tamanha maldade teria feito aquela atrocidade?

Cynthia podia ouvir o choro de seu pai enquanto sonhava


Queria dizer ao pai que estava tudo bem
Naquele mundo em que ela estava
Bem ficaria
Ela entendia o pai
Mesmo depois de tudo aquilo
Em seu coração, a raiva não era permitida
Ela estava feliz
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Nikolas espalha que o rei envenenou a própria filha


E convoca o povo para a luta
Como pode um rei fazer tal atrocidade?
Mas ele cuidado tomava
Sabia que Jorge, o culpado, procurava
Em silêncio se preparava
A revolução pelo povo viria
A chuva voltaria
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Canto VII
Nikolas visita Adônis
Conta-lhe sobre Cynthia
Adônis fica furioso
Pede que o liberte
Ajudar no golpe ele iria
Nikolas pede calma
Não seria tão fácil assim
Nikolas promete a cabeça do rei

O tempo se passa
Jorge está louco
Em sua fúria ele se faz ditador
Ninguém seria livre até o culpado achar
Mas mal sabia
Que Hades o esperava
E Nêmesis o queria
O povo estava vindo
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Jorge, em seu palácio, vê uma multidão se aproximando E com isso
Seu final ele via O povo ataca o palácio
Nikolas acompanhado do povo perto chegava As portas não aguentam
Armados todos estavam Sua guarda não podia protegê-lo
Seria este seu fim? Jorge avista Nikolas
Ele prepara os guardas Se ele o queria tanto, que o venha buscar
As portas devem ser reforçadas Nikolas estava com medo
Nikolas proclama sua revolução Ele luta com Jorge

“Este homem, em sua loucura, envenenou a própria filha” Jamais lutara antes
“Uma coitada à tristeza condenada” O que fazer?
“Pelo pai desobedecer” Como fazer?
“A envenena pela chuva eterna” Treinando pouco havia
“Mas o sol subiu” Ele ora a Ares
“E a seca veio junto” Promete-lhe sangue de rei
“Vós quereis este rei?” Uma chama interna ele sente
“Um vil insano que a Zeus desafia?” Um golpe certeiro ele dá
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Ferido Jorge está


Atacar não pode mais
Mas Nikolas não acabou
Os deuses não estavam felizes
Queriam mais
Nêmesis esperava vingança
Ares queria mais sangue
Nikolas o decepa

Assustado e nervoso
Olha para o sangue de sua arma
Olha para a cabeça do rei
O ex-rei
Ele venceu
Ele pega a cabeça e a levanta
“Vejais este o vosso rei!”
O povo o aclama
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A guarda, agora, ele comanda
Todos param e o admiram
Um novo rei na cidade
Esperança para todos ele deixa
O povo o aclama
O povo o ama
Finalmente o que tanto buscava ele conseguiu

Poder
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Canto VIII

Após a tomada O amigo, ele abraça


Ele ao amigo retorna Vingança lhe foi dada
Em sua cela se encontrava O amor o esperava
O rei estava a caminho Mesmo na desgraça
Liberdade para aquele que é seu amigo A esperança o acatava
“Eu o vinguei meu caro amigo, eu o vinguei” Nikolas era sábio
Adônis estava feliz Algo escondia
Adônis estava livre Uma surpresa ele revelaria
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“Sua amada acordará” Ao monte eles sobem
“O antídoto eu possuo” Veem a bela Cynthia deitada
A felicidade a Adônis pairava “Agora é contigo”
Certo era o futuro Adônis põe o antídoto na boca da jovem
Aos deuses agradecia Ela engole
Afrodite lhes esperava Eles esperam
Com uma rosa ao meio-dia Mas nada acontece
Sua amada voltaria O desespero bate
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E agora?
O que fazer?
Adônis nervoso fica
Muito cedo agradecido tinha
Afrodite não lhes esperava
Algo estava errado
Estava viva, mas desacordada
Será que o antídoto estava errado?

A tristeza lhe bate


Nikolas começa a ficar nervoso
Aquilo certo não era
Seu plano falhado havia
A bruxa havia mentido
Em busca dela ele vai
“Resolverei esta atrocidade meu caro!”
“Não temas, voltes e descanses”
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O monte eles descem


Em busca de respostas Nikolas iria
A bruxa pagaria
Pelo quê?
Se o culpado de tudo ele havia sido
Não havia tempo
Correr ele devia
A bruxa o aguardava

Adônis o vê correndo
Perguntava-se onde o amigo havia conseguido o tal antídoto
Nada daquilo fazia sentido
Discreto devia ser
Do amigo suspeitava
Nikolas entra numa casa
Velha e maltrapilha
À bruxa pertencia
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Canto
Canto IX

Nikolas clama à bruxa Pensativo ele ficou


O antídoto não funcionou Só algo a salvaria
Ela o lembra Um digno sacrifício
Se muito do elixir fosse dado Mas quem matar?
Só um sacrifício digno a acordaria Quem seria digno o bastante à pobre Cynthia para ser sacrificado?
Seu coração para Ele sabia quem
Errado ele havia A única pessoa que a amara
Muito do elixir dado ele tinha O jovem Adônis
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Mas poderia?
Deveria?
Pelo povo e seu amigo ele havia feito aquilo
Mas agora ele era o rei
O povo vinha primeiro
Ele deveria sacrificar, em nome de Cynthia, seu amigo Adônis
Mas como fazer isso?
Ele não podia demorar

A seca já destruía as plantações


Tinha que ser rápido
Mas Adônis era seu amigo
Precisava de coragem
Sabia que Adônis lutaria
Adônis era um hábil espadachim
Algo precisava ser feito
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Indagado, ao palácio retornaria


Planejar ele deveria
Adônis, vê Nikolas saindo da casa da bruxa
Algo suspeito acontecia
Ele entra e avista a bruxa
Horrenda ela era
Eles conversam
E a verdade o abate Se já não bastasse o que o rei havia feito
Agora o seu amigo
Uma promessa ao deuses faz
O sangue de Nikolas
Sobre o acontecido ele fica sabendo Nêmesis terás
Agora tudo fazia sentido Esperto ele teria que ser
Nikolas havia envenenado Cynthia Ele queria Nikolas
E culpado o rei por isso E Nikolas o queria
Para o poder tomar
Mas muito havia sido dado
Somente um sacrifício digno a acordaria
Nêmesis sorri
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Para o sacrifício funcionar Nikolas sabe o que deve fazer


O corpo de Cynthia perto deve estar A cidade dele precisava
O plano era simples Mas ir atrás dele como, se perguntava
Ir ao monte Cinto Usar o amor ele iria
E esperar o inimigo Ir atrás de Cynthia devia
Preparar-se ele devia Uma emboscada faria
Sozinho o diabo não viria A guarda ele prepara
Ao monte ele subiu Um sacrifício o aguardava
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Canto X
Ao monte ele sobe
Assustado ele fica
Adônis sido mais rápido teria
Íris vermelhas
Suor escorrendo
Adônis uma promessa havia feito
O sangue de Nikolas o deixaria satisfeito
Só um viveria

O desafio é lançado
Mas Nikolas, rei, era
Outros por ele lutariam
E não se importariam
Seus guardas atacam
Adônis habilidoso era
E como vento ele passa
E os guardas ele rechaça
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Ferido Adônis estava


Só Nikolas restava
O medo dava para sentir
Nikolas fugir ele queria
Mas sangue foi prometido
E somente um vivo sairia Cynthia podia ouvir suas lâminas brandar
Ambos se preparam Adônis ferido estava
Eles lutam Ágil já não era mais
Mas Nikolas não o acompanhava
Em breve um deles cairia
Nikolas é ferido
A lâmina fria de Adônis o atinge
Seu sangue escorre
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Dedicada a sua bela amada aquela morte seria Por Cynthia ele clama
Trazê-la de volta ele queria “Meu sangue por ti minha dama”
Mas nada acontecera Ele se mata
Nikolas era sujo A lâmina o atravessa
Tal sacrifício não funcionara Seus olhos cheios de lágrimas
Ele não vê outra escapatória Seu sangue escorria
Mesmo depois de tudo isso A promessa é cumprida
Somente Adônis era digno Somente um vivo sairia
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“Vou caminhar ao Elísio e na próxima vida retornar”


“E por ti meu bem eu vou te achar”
“E felizes seremos, até onde a vida nos deixar”
Seus olhos fecham Cynthia acorda
O barqueiro o esperava O sacrifício funcionara
Aos portões do Elísio se dirigia Seu amado ela vê
Cynthia ouve suas palavras Ela chora
Ela sabe o que ele fez Suas lágrimas o solo tocam
Mas de felicidade elas eram
Ela sabe o que ele fez
Chuva e sol juntos, mais uma vez.

Fim
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Glossário Glossário de simbolos

Afrodite: Deusa grega do amor.


Apolo: Deus grego do sol, irmão de Artemis
Ares: Deus grego da guerra.
Artemis: Deusa grega da caça, irmã de Apolo.
Simbolo do Deus grego Hades.
Atena: Deusa grega da sabedoria, estratégia e da civilização.
Cronos: Titã grego e pai de Zeus, Poseidon e Hades.
Delos: Pequena ilha localizada no mar Egeu.
Dionísio: Deus das festas e do vinho.
Elísio: Paraíso grego, local onde os heróis eram
mandados após a morte.
Hades (Deus): Deus grego das trevas e cuidador do inferno Simbolo da Deusa grega Nêmesis.
grego.
Hades (local): Inferno grego onde todas as almas eram
mandadas e julgadas.
Hélio: Personificação do Sol na mitologia grega.
Hefesto: Deus grego, mais conhecido como ferreiro dos deuses.
Simbolo do Deus grego Ares.
Hera: Deusa do lar, do casamento e esposa de Zeus.
Monte Cinto: Monte localizado na pequena ilha Delos, onde os
irmãos Apolo e Artemis nasceram.
Nêmesis: Deusa grega da vingança.
Zeus: Deus grego dos céus, pai dos deuses e dos homens.

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