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032SilmaradosSantosLima PDF
032SilmaradosSantosLima PDF
João Pessoa
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUIVOLOGIA
João Pessoa
2014
L732m Lima, Silmara dos Santos
Paleografia e manuscritos: do passado ao contemporâneo / Silmara
dos Santos Lima. João Pessoa, 2014.
76f. Il.
Orientadora: Profª. Drª. Joana Coeli Ribeiro Garcia
Monografia (Graduação em Arquivologia) – UFPB / CCSA.
Banca examinadora
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Dedico
AGRADECIMENTOS
A DEUS pelo dom da vida e por estar ao meu lado em todos os momentos.
Aos meus pais Sinval e Maria Ercília por me ensinarem o valor do caráter, da
honestidade e do respeito com os demais.
Aos meus irmãos Silvana, Suênia, Silmar e Silvano por serem pessoas importantes na
minha vida e por quem tenho grande afeto.
Ao meu noivo Dorivaldo pela paciência e compreensão pelos momentos que não puder
estar com ele.
A minha amiga Maria da Vitória Barbosa Lima, por sempre acreditar no meu trabalho e
por sempre me dar oportunidades no campo profissional e por me apresentar a
Paleografia que me apaixonei desde o primeiro contato.
A minha mestre Joana Coeli Ribeiro Garcia pelo esmero, paciência, dedicação e
compromisso com a pesquisa e por cumprir com responsabilidade seu papel de
orientadora a respeito do tema, bem como da elaboração de uma pesquisa de boa
qualidade. Ela é um exemplo de pessoa e profissional a ser seguida.
(Bartoli, 1978)
1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------ 14
3 METODOLOGIA --------------------------------------------------------------------- 50
REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------- 68
APÊNDICE ------------------------------------------------------------------------------- 71
14
1 INTRODUÇÃO
[...] estrutura formal dos atos escritos de origem governamental e/ou notarial.
Trata, portanto, dos documentos que, emanados das autoridades supremas,
delegadas ou legitimadoras (como é o caso dos notários), são submetidos,
para efeito de validade, à sistematização, imposta pelo direito. Tornam-se,
estes documentos, por isso mesmo, eivados de fé pública, o que lhes garante
a legitimidade de disposição e a obrigatoriedade da imposição, bem como a
utilização no meio sociopolítico regido por aquele mesmo direito.
A paixão pela Paleografia foi imediata. O primeiro contato foi feito através de
uma pesquisadora, Maria da Vitória Barbosa Lima, que me ensinou a ler e compreender
tais documentos manuscritos. E somente através dos estudos paleográfico foi possível a
realização de transcrições de documentos do período colonial brasileiro relacionado à
17
1.1 OBJETIVOS
Na metodologia foi abordado o tipo de estudo que se identifica como sendo uma
pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, utilizando a análise de conteúdo, onde o
universo da pesquisa foram os pesquisadores que realizaram ou realizam pesquisas em
documentos manuscritos, contendo ainda a coleta dos dados e por fim a organização dos
dados. Na análise dos dados foi feita uma análise das respostas dos pesquisadores, e por
fim as considerações finais, além das referências e apêndice.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
e a língua do Egito antigo), gótico e eslavo. Logo depois veio a escrita rúnica (escrita
antiga dos germânicos).
No final do século VII e início do século VI a.C surge a escrita latina, com
inscrições numa pedra negra do antigo fórum romano e da fíbula de ouro de Prenesta,
escritas para a direita e para a esquerda, mas a que prevaleceu foi a escrita para a direita.
Segundo Horcardes (2004, p. 24), “em 700 a.C o alfabeto latino aparece.
Descendente direto do grego arcaico, ainda era escrito da direita para a esquerda, da
esquerda para a direita e em boustrofedon (ziguezague)”.
documentos diversos; Capital Cursiva usada em documentos que não exigiam uma
escrita bem cuidada, como exemplo, cartas, poemas, etc.
Outra escrita deste período é a escrita Uncial, por volta do século IV ao VI, que
estados nacionais. São elas: a Visigótica, século V, usada na Península Ibérica pelos
visigodos; a Lombarda, século XII ao XIII, usada na Lombardia, norte da Itália (Milão)
e que deu origem a escrita Curial usada nos documentos papais; a Merovíngia usada na
região da Gália (França) pelos francos; e, a Irlandesa nas ilhas britânicas.
por cima ( ).
curto ( = s ou z, = s ou z).
As letras u e v são confundidas, devido a seu traçado.
As sílabas, como par, per, por, ter, entre outras formas, são usadas com as duas
últimas letras trocadas.
Isso nos mostra a grande importância que a escrita teve e tem até hoje, passando
por grandes transformações. E somente a Paleografia pode nos dar a compreensão dessa
evolução.
1
Site responsável por umas das definições de manuscritos. Disponível em:
<http://tipografos.net/glossario/manuscrito.html>.
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enfraquecendo desse modo o papel. A deterioração ácida conhecida como “fogo Lento”
pode ser acompanhada pela descoloração amarelada ou marrom, uma circunstância causada
pelo uso de compostos como os agentes de cola que geram o ácido sulfúrico quando a
umidade atmosférica está normal. O uso de celulose de baixo padrão e de fibras de madeira
impuras ao invés de polpa quimicamente purificada é outro fator na deterioração de papel
moderno.
Contudo o que vemos nos arquivos realmente, também são documentos mal
acondicionados, sem qualquer tratamento específico realizado por especialista da área
(restaurador). Muitas vezes se recebem tratamento, este é realizado por profissionais das
instituições sem experiência o que acaba por danificar ainda mais os documentos
contidos na instituição.
2.4 Paleografia
2.4.1 Definições
como:
Estudo das escritas antigas e afirma que, modernamente, ela tem finalidade
tanto teórica quanto pragmática. Teórica porque se preocupa em entender
como se constitui sócio-historicamente o sistema de escrita. Pragmática
porque visa capacitar os leitores modernos a avaliarem a autenticidade de um
documento com base na sua escrita, além de interpretar de maneira adequada
as escritas antigas.
De acordo com Cunha (2008) a Paleografia é definida como uma “ciência que
estuda as escritas antigas e procura decifrá-las e interpretá-las”. Para Spina (1977 apud
TONIAZZO, 2009), referindo-se a etimologia da palavra Paleografia que é “originária
do grego e significa palaios = antigo e graphien = grafia.
A Paleografia em si surgiria logo após, como veremos. A sua história pode ser
dividida em dois períodos: o de formação (fins do século XVII e primeiro quartel do
século XVIII) e o de afirmação (daí até nossos dias).
Na Obra de Mabillon, ainda não aparece o termo Paleografia, mas surge pela
primeira vez, ao final do século XVII, na obra de Maurino Bernard de Montfaucon,
intitulada Paleographia graeca sive de ortu et processu litterarum graecarum (Paris,
1708).
Após o final da primeira metade do século XX, a Paleografia passou a ser vista
como uma técnica, com fins mais pragmáticos e objetivos, cada vez mais incorporada
aos currículos universitários, deixando de ser uso exclusivo e domínio de poucos.
a) antiga;
b) medieval;
c) moderna.
a) a Epigrafia, que trata das inscrições em matérias não brandas (pedra, mármore,
osso, madeira, metais). Tanto a Epigrafia como um apêndice da Paleografia;
b) a Numismática, que cuida de moedas, medalhas que costumam ter datas, fatos
escritos, estabelecendo comparações;
c) a Sigilografia: que estuda sinetes, selos, lacres onde existe informação escrita. É
sinônimo de Esfragística;
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A Paleografia é auxiliada por algumas ciências que ao mesmo tempo ela também
lhes presta serviços. São elas:
a) a Diplomática, que nasceu junto com a Paleografia, mas que dela se separou,
mais tarde, mantendo, entretanto, com ela, inúmeras relações de
interdependência;
b) a Filologia, que estuda a evolução da escrita das línguas juntamente com
Linguística;
c) a História que, sem o concurso da Paleografia, não poderia reconstituir registros
e fatos de diferentes períodos históricos, sobretudo os mais antigos.
b) Quanto à tinta
Vocabulários arcaicos:
Grafia arcaica
- cappa: capa;
- foy: foi;
- he, hera: é, era;
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- hir: ir;
- pay, paj: pai;
- phthysica: tísica;
- te, té, the, athe, athé, atthé: até;
- sappato: sapato;
- thio: tio;
- amarão: amaram;
- assynei: assinei;
- cessenta: sessenta;
- dino: digno;
- exegar: e chegar;
- fassa: faça;
- onrroza: honrosa;
- pessuio: possuo;
- sumiterio: cemitério;
- vaqua: vaca;
- pesso: peço;
- lanxa: lancha;
- instroçõens: instruções;
- disgrassa: desgraça;
- suçeço: sucesso;
- feé: fé;
- boaz: boas;
- emgenheiro: engenheiro;
Abreviaturas
- M = Maria;
- q = que;
- MM = Meritíssimo;
- AA = Augustos;
- I.N.R.I. = Iesus Nazareno Rex Iudeorum;
- t = Teresa;
- Э = Emília;
- Ɉ = Fernanda.
- Imp = Imperador;
- drt = Direito;
- cjt = conjunto;
- Chr = Cristo;
- Tb = também.
- Sr. = Senhor;
- Dr. = Doutor;
- gla. = glória;
40
- bta. = beata.
- aqa = água
- Xo = Cristo
Sinais especiais: são sinais que se colocam no início, meio ou fim da palavra,
significando uma sílaba ou ausência de uma letra:
- Ds = Deus
- ÷ ou % = est (é)
- ᵱ = per
- q = quem;
- tbem = também;
- ɿpaña = companhia;
- Filiɿ = filius;
- Alz’: Álvares;
- Cappes: capitães;
- do: dito;
- liça, lissa: licença;
- Lx: Lisboa;
- Glz: Gonçalves;
- mss: manuscritos;
- mto: muito;
- Po: Pedro;
- Pra: Pereira;
- Rego: Registro;
- S. Payo: Sampaio;
- Servo: serviço;
- ttas: testemunhas;
- Fta e Rgda: Feita e Registrada;
- Cr: criadas;
- dezo: desembro;
- Sa: Silva;
- XPINA: Cristina;
- Roriz: Rodrigues;
- Mqes: Marques;
- Cta: Costa
Berwanger e Leal (2008) revelam a história da criação das normas técnicas para
transcrição e edição de documentos manuscritos. Segundo estes autores, foram durante
o I Encontro Nacional de Normatização Paleográfica e de Ensino de Paleografia,
realizado em São Paulo, nos dias 28 e 29 de novembro de 1990, foram preconizadas as
normas técnicas para transcrição e edição de documentos manuscritos. Na ocasião tais
normas foram elaboradas por Antonio Houaiss (da Academia Brasileira de Letras),
Heloisa Liberalli Bellotto (do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São
Paulo), Jaime Antunes da Silva (do Arquivo Nacional), João Eurípedes Franklin Leal
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(da Universidade do Rio de Janeiro), Maria Helena Ochi Flexor (da Universidade
Federal da Bahia), Roseli Santaella Stella (Faculdade Cruzeiro do Sul de São Paulo e
Yêda Dias Lima) (do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo).
a) Grafia
Os sinais de restos de taquigrafia e notas tironianas serão vertidos para a forma que
representam, grifados.
b) Convenções
As palavras ilegíveis para o transcritor serão indicadas com a palavra ilegível entre
colchetes e grifada: [ilegível].
c) Assinaturas
d) Documentos mistos
f) referências
g) Apresentação gráfica
A transcrição dos documentos poderá ser linha por linha ou de forma corrida.
h) Observações
Toda edição de documentos deverá ser precedida de um texto preliminar em que
se especificará o objetivo da publicação, remetendo-a, quanto aos critérios e
convenções, para as Normas Técnicas para Transcrição e Edição de
Documentos Manuscritos.
10) Os sinais de resto de taquigrafia e notas tironianas serão vertidos para a forma que
representam, em itálico ou grifados;
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11) O sinal de nasalização ou til será mantido, desde que represente o valor m ou n, sem
desdobramentos;
12) As entrelinhas e notas marginais autógrafas serão inseridas no texto, no seu devido
lugar, entre barras oblíquas opostas <...>. Caso não sejam autógrafas, serão
indicadas em nota de rodapé;
13) As anotações à margem serão transcritas em seu devido lugar como texto
individualizado;
14) As letras ou palavras de leitura duvidosa serão transcritas entre colchetes seguidas
de interrogação [........?];
17) As letras ou palavras corroídas por razões técnicas serão indicadas entre colchetes
pela palavra corroído em grifos [corroído]. Caso o dano seja extenso, pode-se-á
acrescentar, ainda em colchetes, a dimensão do mesmo, explicitando o número de
palavras ou linhas comprometidas [corroído, 7 linhas] ou [ilegível, 2 linhas].
18) A existência de sinais públicos, rubrica, selo, sinete, estampilha, espaço em branco
etc. será indicada entre colchetes e em grifo [selo real].
Respeitar o texto: o que está escrito, pois: “Nunca podemos olhar um documento do
passado com os olhos do presente” (João E. Franklin Leal);
Conhecer a língua em que o documento foi escrito (época);
Utilizar o método comparativo;
Transcrever e reproduzir em uma folha todas as letras que aparecerem no texto; e
Fazer o que é fácil no momento para, depois, fazer o resto.
Podemos apresentar como síntese dos diversos estudos aqui apresentados sobre a
Paleografia, o mapa conceitual produzido por Riesco Terrero (2004), como aparece na
figura 14. Este mapa revela que a paleografia estuda a evolução da escrita, as técnicas
de escrita, os modos de produção do escrito e a produção escrita que podem ser livros,
documentos oficiais, inscrições gráficas e escritos privados.
Esta ciência e disciplina permite saber o que está escrito, quando foi escrito,
onde foi escrito, como foi escrito, quem o escreveu e por que foi escrito. Para isso, fez-
se necessário a criação da Paleografia de Leitura para que se faça a leitura correta do
documento; a Paleografia de análises, que implica em conhecer a datação, localização e
os tipos gráficos; e a História social da cultura escrita. As duas primeiras disciplinas são
tidas como auxiliares da História, Filologia, Codicologia, Diplomática, etc.; enquanto a
última tornou-se uma disciplina autônoma que estuda as práticas de escrever e de ler.
3 METODOLOGIA
Logo, esse trabalho foi fundamental para podemos identificar e elaborar o nosso
universo da pesquisa, coletar os dados e organizá-los.
1) a pré-análise;
2) a exploração do material;
3) o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação
3.2 Universo
com pesquisadores que trabalharam e/ou trabalham com esse tipo de documento. A
partir desses sujeitos estabelecemos o nosso campo de estudo.
Além desse universo tivemos que gerar uma amostra, que segundo Gil (1999, p.
100), é definido como:
Nesta etapa fizemos uma pré-análise das respostas dos questionários para
identificá-los, depois executamos a exploração do material coletado e por último
realizamos o tratamento dos resultados, chegando a sua interpretação com base em
pesquisas anteriores.
Logo, este capítulo é caracterizado pela análise dos dados onde estão
compreendidos a caracterização dos pesquisados (sexo, faixa etária e área de atuação) e
a caracterização dos dados de conteúdo (utilização da paleografia como método de
leitura e transcrição, importância da paleografia, necessidade de profissional habilitado
ou especializado (paleógrafo) e facilidades e dificuldades na leitura e transcrição de
documentos manuscritos), onde foram analisados as respostas dos pesquisados.
ARQUIVOS RECORRÊNCIAS
Arquivo Eclesiástico da Paraíba – AEPB 5
Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP 4
Arquivo Histórico Waldemar Bispo Duarte 3
Arquivo da Paróquia de Nossa Senhora dos Milagres – São 2
João do Cariri / PB
UFPB (Arquivo Histórico Ultramarino – Lisboa) 2
Acervo José Simeão Leal 2
Arquivo Privado Pessoal Maurílio Augusto de Almeida 1
Arquivo da Associação Comercial 1
Arquivo do Fórum Cível da Capital 1
Arquivo do Fórum de Guarabira 1
Arquivo do Cartório Monteiro da Franca 1
Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional 1
(NDIHR/UFPB)
Fonte: Pesquisa direta, 2014
O Quadro 1 revela que quanto a natureza são públicos como Arquivo Histórico
Waldemar Bispo Duarte (antigo Arquivo Histórico da Paraíba); Universidade Federal da
Paraíba (Projeto Resgate com a documentação do Arquivo Histórico Ultramarino –
Lisboa); Núcleo de Informação Histórico Regional; Arquivo do Fórum Cível da Capital;
Arquivo do Fórum de Guarabira; e privados institucionais, tais como o Arquivo
Eclesiástico da Paraíba – AEPB; Arquivo da Paróquia de Nossa Senhora dos Milagres –
São João do Cariri / PB; Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP; Arquivo da
56
Documentos religiosos
maioria dos pesquisados procuram utilizar esse método para leitura e transcrição de
documentos manuscritos, conforme se depreende do Quadro 3.
Pesquisados Respostas
1 Pela prática tenho mais facilidade de ler fontes documentais do século XIX.
5 Não.
6 Não.
7 Sem resposta
8 Sim. principalmente se o documento manuscrito tiver uma grafia complicada
( uma letra difícil)
Pesquisados Respostas
1 Fundamental para ampliação do conhecimento sobre sociedades que viveram
no passado.
2 A Paleografia é importante porque ajuda a fazer leitura de forma mais
correta, pois a escrita dos séculos anteriores é um pouco diferente do nosso
tempo.
3 A Paleografia é fundamental, pois ela nos proporciona o conhecimento
estrutural e formal dos documentos arquivísticos, necessários para a
transcrição dos mesmos.
4 A Paleografia me auxiliou no sentido de detectar o estilo e a forma das letras
utilizadas na escrita colonial, contribuindo para o bom entendimento e
clareza do que estava sendo escrito no documento.
5 Aprofundar o conhecimento histórico
6 Sem a Paleografia, muitas fontes históricas importantíssimas seriam
descartadas.
7 É fundamental para o estudo de períodos em que os sinais gráficos são bem
diferenciados dos usados em tempos mais próximos.
8 Sem estudo sistemático da Paleografia é impossível ler documentos de outros
séculos
9 É a base e a fundamentação para entender os escritos.
Fonte: Pesquisa direta, 2014.
Pesquisados Respostas
1 Sim, quando não consigo decifrar/ler, solicito ajuda de especialistas,
geralmente colegas da área de História.
2 Sim, porque como o tempo para fazer a pesquisa é limitada, se faz necessário
a ajuda de profissionais que ajudem na leitura paleográfica dos documentos
para agilizar o processo da pesquisa.
3 Sim, sempre que não tenho tempo disponível para transcrever toda a
documentação que preciso para o meu estudo.
4 Sim, alguns documentos, como o do Arquivo Histórico Ultramarino, eu não
consegui transcrever, assim, busquei ajuda especializada para realizar essas
transcrições.
5 Não. Leciono a disciplina e treino e/ou inicio os pesquisadores
6 Não necessito em minhas pesquisas.
7 Quando tive necessidade de usar documentos do período colonial brasileiro
tive que contar com o apoio de colega que domina a Paleografia e já
aconselhei a instituição que precisava de leitura de documentos do início do
século XIX a contratar paleógrafo.
8 Sim. procuro primeiro ver o que consigo com a minha experiência, mas
depois quero que um especialista revise a transcrição.
9 Sim, quando não consigo entender o manuscrito.
Fonte: Pesquisa direta, 2014.
Pesquisados Respostas
1 Para facilitar a compreensão, realizo leituras do contexto e de livros
sobre a Administração Imperial.
2 Depende muito do estado de conservação do documento. Se for um
documento bem conservado, isso ajuda muito na leitura do documento.
3 Em um primeiro contato com o documento manuscrito pode-se pensar
que não há elementos facilitadores. Mas eles existem.
a) A escrita do escrevente pode ser um fator facilitador,
quando ele é um escrevente experiente a tendência é
caprichar na escrita para que ela se torne bastante legível.
b) A ausência de abreviaturas pode ser também um
elemento facilitador da decifração da escrita.
4 Devido a nunca ter feito transcrições, nem preparação ou curso de
Paleografia, o grau de facilidade foi praticamente anulado.
5 Os séculos trabalhados não oferecem dificuldade quanto a leitura em
si.
6 Prefiro pensar em grau de dificuldade. Há um estranhamento muito
grande, só depois de muitos estudos conseguimos nos habituar com a
escrita antiga. É como aprender uma nova língua.
7 A facilidade está mais no domínio dos sinais e da estrutura. Ser uma
forma de escrita com a qual nos identificamos, por sermos usuários
desde os primeiros tempos de vida e de alfabetização.
8 A facilidade vem do conhecimento paleográfico prévio de
abreviaturas, do tipo do documento ou gênero, de um bom livro de
Paleografia e de ter um bom orientador/profissional da área para tirar
as dúvidas. Tudo isto se a grafia do autor for boa.
9 A facilidade se efetiva quando da familiaridade com os documentos,
mesmo assim, ainda há determinadas dificuldades
Pesquisa direta, 2014.
Pesquisadores Respostas
1 Ler Paleografia não é tarefa fácil, geralmente, a dificuldade das letras de
época que exigem uso de obras de referência para facilitar a compreensão.
Em geral, outra questão que costuma dificultar é a péssima condição de
conservação dos documentos do século XIX (mofo, umidade, frases se
desfazendo, etc.), que inviabiliza a leitura ou possibilita compreensão parcial
das informações contidas na fonte.
2 Se o documento estiver muito danificado, isto dificulta muito a leitura.
3 Muitas são as naturezas de dificuldades.
a) O Tempo: Quando mais distante é a escrita manuscrita do
tempo do decifrador, mais dificuldades terá este em seu trabalho
de decifração.
b) O tipo de escrita empregada: a cursiva encontrada no século
XVI é bastante difícil, pois possui traços da escrita processada.
c) A escrita do escrevente que talvez possua uma escrita
fortemente personalizada e esqueça-se de lembrar que haverá
outros leitores para o documento que elaborou.
d) O sistema de abreviação, pois ele pode variar segundo a
natureza do manuscrito (jurídico, teológico ou médico), mas
também por pertencer a épocas determinadas.
e) A qualidade do instrumento empregado para traçar as letras.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão elevaria a Paleografia a ocupar o lugar que lhe cabe nos Cursos de
Graduação em Arquivologia e História tendo em vista que estes se ocupam da
manutenção, conservação e preservação de documentos, inclusive manuscritos, que em
definitivo contam a história de instituições, de um grupo, de uma sociedade, de um país,
em suma, da humanidade.
REFERÊNCIAS
ACIOLI, Vera Lúcia. A escrita no Brasil colônia. In: TONIAZZO, Carmem Lúcia;
ANDRADE, Elias Alves de; KRAUSE, Maria Margareth Costa de Albuquerque.
Edição de Manuscritos: características paleográficas. Polifonia. Cuiabá: EDUFMT,
2009. p. 51.
CAMBRAIA, César Nardelli. Introdução à crítica textual. In: ANDRADE, Elias Ave
de. Estudo paleográfico de um manuscrito do século XVIII: edições fac-similar e
semidiplomática. Cadernos do CNLF, Rio de Janeiro, v. XV, n. 5, p. 1743 – 1758, 2011.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002. Disponível em:
<www.proppi.uff.br/turismo/sites/default/files/como_elaborar_projeto_de_pesquisa_oco_an
tonio_carlos_gil.pdf> . Acesso em: 16 maio 2014.
OLIVEIRA, Bernardina Maria Juvenal Freire de; Maria da Vitória Barbosa Lima. Guia
de Unidades Custodiadoras da Cidade de João Pessoa – PB. João Pessoa, 2013.
TRECHO da Carta de Pero Vaz de Caminha. Revista FESPI. Ilhéus: UESC, 1997.
Edição especial.
71
APÊNDICE
72
DADOS DE CARACTERIZAÇÃO
1. Sexo:
( ) masculino
( ) feminino
2. Idade:
( ) 20 – 30 ( ) 30 – 40 ( ) 60 – 70 ( ) 80 – 90
( ) 40 – 50 ( ) 50 – 60 ( ) 70 – 80
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DADOS DE CONTEÚDO
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( ) séc. XVI
( ) séc. XVII
( ) séc. XVIII
( ) séc. XIX
( ) séc. XX
( ) séc. XXI
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11. Utiliza algum método de leitura e decifração para a análise desses documentos
manuscritos? Qual ou quais?
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75
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( ) sim
( ) não
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14. Em sua opinião, qual a importância da Paleografia para a leitura e decifração dos
documentos manuscritos?
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76
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16. Qual o grau de facilidade encontrado no momento que se tem o primeiro contato
com o documento manuscrito? Explique.
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