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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ

Ana Paula Sampaio Valera RA 2135001778

Damaris Lima de Oliveira.. RA 2120208661

Maria Anália de Souza Kuball RA 2121215410

Meire de Lima Araújo RA 2135001818

Priscila Almeida da Silva RA 2105189823

Talita Tatiane Fontoura RA 2185239372

Vanessa Castori RA 2117204508

“A PSICANÁLISE KLEINIANA”

e suas contribuições para a psicanálise atual

Santo André
Abril/2012
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ

Ana Paula Sampaio Valera RA 2135001778

Damaris Lima de Oliveira.. RA 2120208661

Maria Anália de Souza Kuball RA 2121215410

Meire de Lima Araújo RA 2135001818

Priscila Almeida da Silva RA 2105189823

Talita Tatiane Fontoura RA 2185239372

Vanessa Castori RA 2117204508

“A PSICANÁLISE KLEINIANA”

e suas contribuições para a psicanálise atual

Resumo de artigo científico e discussão


apresentado ao Profº Fábio Côrrea
da disciplina de Teorias Psicodinâmicas II,
do curso de psicologia.

2
SUMÁRIO

Melanie Klein _______________________________________________________ 4

Teoria _____________________________________________________________ 5

Quais as Contribuições da Teoria “Kleiniana” para a Psicanálise atual? ___________ 6

Referências Bibliográficas ______________________________________________ 7

3
MELANIE KLEIN

Melanie Klein nasceu em Viena no ano de 1882 e faleceu em Londres em 1960, foi
uma psicanalista austríaca e classificada como uma psicoterapeuta pós-freudiana.

Seguidora de Freud, procurou reforçar e buscar novos aspectos no desenvolvimento da


criança. Uma das primeiras conclusões que tirou foi que as primeiras fases do
desenvolvimento deverão resultar em conflitos na criança que poderão ou não originar
problemas infantis, dependendo da resolução que façam.

Melanie Klein conceituou e desenvolveu a importância da relação de objeto na


formação do ego (como exemplo, a formação dos aspectos afetivos, instintos de vida e de
morte e na pulsão de morte). Introduziu o conceito de identificação projetiva1 como base para
as relações objetais; e outros conceitos como a introjeção2 e a idealização3.

Com esta capacidade de atribuir qualidades a um objeto, Klein partiu do princípio que
desde muito cedo a criança tem noções de bom e de mau e é capaz de manifestar sentimentos
em relação a esses objetos. Existem sentimentos muito precoces que são decisivos na
formação da estrutura do ego, como amor para o seio bom e ódio para o seio mau.

Em “inveja e raiva” de 1957, Klein afirma da presença da inveja está presente desde o
momento do nascimento do bebê, também, analisa as consequências dessa inveja para as
posições esquizoparanóide e depressiva, não deixando de lado o complexo de Édipo.

A inveja surge como o desejo de ter alguma coisa que o outro tem e que nunca
poderemos alcançar. Em consequência dessa inveja, surge a raiva que se traduzirá na vontade
de destruir o seio. Estes sentimentos estão na base do que virá a ser a vida amorosa do
indivíduo, à qual Melanie Klein chamou de explicação da gênese dos afetos. À medida que o
bebê vai crescendo, ele apercebe-se que não existem dois seios, mas apenas um único.

1
Projeção é associada ao ato de ‘expelir’ os sentimentos aversivos gerados pelo seio mau.
2
Introjeção é o ato de ‘buscar para si’ os sentimentos bons gerados pelo seio bom.
3
É a idealização (fantasia) de um seio eterno que satisfará suas necessidades sempre.
4
TEORIA

A teoria Kleiniana possui três aspectos principais:

Existe um mundo interno que é construído com as percepções do mundo externo, esse
mundo externo é visto de acordo com as ansiedades do mundo interno, ou seja, eles se
inter-relacionam. O seio materno é o primeiro objeto de relação da criança com o
mundo externo, sendo este bom quando amamenta (lhe dá o alimento/conforto) e é
mau quando suspende essa alimentação (proporcionando desconforto), mesmo se a
criança deseja mais. Assim, a criança adquire noções de um mesmo objeto (seio
materno) divergentes (bom e mau). Esse conceito possui sua relevância no estudo da
formação de símbolos e no desenvolvimento intelectual.

Assim que nascem os bebês sentem amor e ódio. Podendo começar com o seio bom
(sentimento de amor) e o seio mau (sentimento de ódio), não há um meio termo, ou é
um sentimento ou é outro. De acordo com Klein, o enigma está na fantasia da criança
que ao odiar o seio mau, acredita que este objeto interno irá ter uma reação vingativa,
criando certo medo da vingança, o qual é denominado de ansiedade persecutória. A
sensação de querer fugir de uma situação perigosa é chamada na psicanálise de defesa.
“Posição esquizoparanóide” é o conjunto de ansiedade persecutória e suas defesas.

Conforme o bebê vai crescendo e se desenvolvendo há a percepção que o mesmo


objeto (seio) que é mau e que é odiado é o mesmo daquele que é bom e é amado,
assim, o foco muda, o medo passa a ser de perder o seio bom, essa situação de temor
da perda o objeto bom denomina-se “ansiedade depressiva”. Esse conjunto de
“ansiedade depressiva” e as suas defesas do ego são chamados de “posição
depressiva”.

O psiquismo e os demais desenvolvimentos funcionam a partir do conceito das posições,


sendo este muito importante. Os demais desenvolvimentos, de acordo com Freud, em fases
(fase oral, fase anal e fase genital) são substituídos por um conceito mais dinâmico. Melanie
Klein não nega a divisão de fases do Freud, mas dá a essas fases mais dinamismo.

5
QUAIS AS CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA “KLEINIANA” PARA A PSICANÁLISE
ATUAL?

Klein proporcionou aos conceitos de desenvolvimento em fases (oral, anal e genital) de


Freud mais dinâmica. Para Klein o psiquismo possui esse funcionamento dinâmico que está
entre as posições esquizoparanóide e depressiva, através dessas posições é possível fazer a
análise de problemas emocionais como as neuroses, esquizofrenias e depressões.

Com a teoria Kleiniana a solução não é mais trabalhar com os conteúdos reprimidos, mas
sim trabalhar (“equacionar”) as ansiedades depressivas e as ansiedades persecutórias, pois não
adianta resolver apenas o sintoma, precisa desenvolver aqueles processos no início da infância
que não foram bem desenvolvidos (ansiedade persecutória e ansiedades depressiva) e,
consequentemente, levaram aos surgimentos das doenças psíquicas.

Outra das contribuições da teoria Kleiniana, é conceito do mundo interno, onde o


espaço é tomado por objetos e cheio de pulsões, instintos, funções e relações. Com isso o ser
humano convive com marcas de identificação, ora vivendo períodos maravilhosos, e de terror
ao mesmo tempo. Não conseguindo se estabilizar nitidamente. Ao longo do tratamento ou
desenvolvimento vai havendo uma diferenciação que vai se realizando gradualmente.

Assim, as contribuições de Melanie Klein para a psicanálise, foi entender a gênese dos
afetos, compreender as doenças mentais graves e efetuar correções no desenvolvimento
infantil, entendendo ainda o porquê de superegos muito primitivos com capacidade de
esmagarem o ego com as exigências que lhe fazem. Com a divisão do seio mau e do seio
bom, foi possível desenvolver os conceitos de ansiedade persecutória e ansiedade depressiva,
facilitando e enriquecendo o tratamento de doenças no psiquismo, em especial de um grupo
cada vez mais relevante que é o dos distúrbios da personalidade (sociopatias,
toxicodependência) e dos distúrbios compulsivos (traduzidos nas “compras exageradas” – as
pessoas procuram encher-se de coisas exteriores que satisfaçam o seu ego).

6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NEVES, Flávio José de L. A psicanálise Kleiniana. 2007, p. 21-28.

Sites:

http://psicanalisekleiniana.vilabol.uol.com.br/biografia.html

http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u407665.shtml

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