Você está na página 1de 66

.

Os Metais
e suas Ligas
.

Sumário
Diagrama de fases 1
Regra da alavanca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Reações Eutetóides e Peritéticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Estrutura dos aços 8

Diagramas de Transformações Isotérmicas TTT 16

Recuperação, Recristalização e Crescimento de Grão 25

Tratamentos Térmicos 28

Alumínio 35

Corrosão Metálica 39
Propriedades afetadas pela corrosão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Passivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Formas de corrosão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Corrosão pura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Corrosão associada à ação mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Combate à corrosão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

2
. Os Metais
e suas Ligas

Diagrama de fases Regra da alavanca

Seja um material com composição (em


A fase é uma porção homogênea de um porcentagem) C0 de um elemento X à
sistema que possui características físi- uma temperatura T qualquer. Em um
cas e químicas uniformes. Sistemas com diagrama de fases, se o ponto (C0 ,T )
duas ou mais fases são denominados de estiver em uma região com duas fases,
mistura ou sistema heterogêneo. O li- utiliza-se da regra da alavanca para de-
mite de solubilidade é um parâmetro que terminar a concetração de cada fase.
estabelece uma concentração máxima A partir do ponto (C0 ,T ), traça-se duas
de um compoto na qual ainda ocorre retas paralelas de comprimento R e S
uma solução monofásica. até a fronteiras das fases L e α, respec-

tivamente, como mostrado na figura


Em ligas metálicas, a microestrutura é
abaixo.
caracterizada pelo número de fases pre-

sentes, suas proporções e suas distri-

buições. Ela depende da presença de

elementos de liga, suas concentrações,

tratamento térmico.

Os Diagramas de fases são mapas que


possibilitam determinar a microestru-
tura de um material em função da tem-
peratura e composição de cada compo-
nente.

1
. Os Metais
e suas Ligas

Sendo assim, a concetração de L (WL ) é • Eutetóide: uma fase sólida se de-


dada por: compõe em duas fases sólidas.

S Cα − C0 −−
S2 ↽−−
Resf r.
−−
−− S1 + S2

WL = =
R+S Cα − CL Aquec.

Já a concetração de α (Wα ): • Peritético: na reação peritética,

R C0 − CL uma fase líquida e uma sólida se


Wα = =
R+S Cα − CL combinam para formar um única
Onde Cα e CL são as composições de fase sólida.
cada fase e são obtidas pela composição Resf r.
S1 + L −

↽−−
−−
−− S2

Aquec.
dos pontos onde as restas paralelas S e

R se cruzam com as fronteiras das fases No caso do sistema Ferro-Carbono,

α e L, respectivamente. pode-se observar no seu diagrama de

fases a existência de um ponto inva-


Reações Eutetóides
riante eutético. Um líquido de com-
e Peritéticas
posição eutética (4, 3%p de carbono)
Em alguns materiais, é possível observar
se solidifica (em resfriamento lento)
três transformações invariantes: Euté-
quando cruza a temperatura de 1147 C,
tica, Eutetóide e Peritética. A lista abaixo
formando as fases austenita (γ) e ce-
apresenta algumas informações sobre
mentita (F e3 C). O resfriamento sub-
elas:
seqüente promoverá as transformações
• Eutético: na reação eutética, um lí- de fase adicionais.
quido se transforma em duas fases Resf r.
−−
L↽−−
−−
−− γ + F e3 C

Aquec.
sólidas.
Também pode ser observado no dia-
Resf r.
−−
L↽−−
−−
−−α+β

Aquec. grama de fases a existência de um ponto

2
. Os Metais
e suas Ligas

invariante eutetóide. Para essa reação Carbono é:


eutetóide, uma austenita (γ) de com- Resf r.
γ−

↽−−
−−
−− α + F e3 C

Aquec.
posição eutetóide (0, 76%p C) se trans-
forma em ferrita (α) e cementita (F e3 C) A sua microestrutura consiste em cama-
imeditamente abaixo da temperatura das alternadas (lamelas) das duas fases,
eutetóide de 727 C. Entretanto, isso que se formam simultaneamente du-
ocorrerá apenas em situações onde o rante a transformação. Tal microestru-

resfriamento se dá de forma lenta. A re- tura é denominada de perlita, por causa


ação eutetóide para o sistema Ferro- de sua aparência semelhante a pérola.

3
. Os Metais
e suas Ligas

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2008 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior
- Terminais e Dutos - 44
Observe a micrografia de um aço eutetóide, que revela a microestrutura la-
melar.

4
. Os Metais
e suas Ligas

O aço eutetóide é um aço que tem um teor de carbono


(A) Acima de 0,77%, sendo esta uma composição particular encontrada no
diagrama ferro-carbono cuja transformação de austenita para ferrita e ce-
mentita ocorre com a variação da temperatura. A transformação de uma fase
líquida em duas fases sólidas acontece instantaneamente.
(B) De 0,77%, sendo esta uma composição particular encontrada no diagrama
ferro-carbono cuja transformação de ferrita para austenita e cementita ocorre

com a variação da temperatura. A transformação de uma fase sólida em duas


fases sólidas acontece lentamente.

(C) De 0,77%, sendo esta uma composição particular encontrada no diagrama

ferro-carbono cuja transformação de austenita para ferrita e cementita ocorre

com a variação da temperatura. A transformação de uma fase sólida em duas

fases sólidas acontece lentamente.

(D) De 0,77%, sendo esta uma composição particular encontrada no diagrama

ferro-carbono cuja transformação de austenita para ferrita e cementita ocorre

com a variação da temperatura. A transformação de uma fase líquida em duas

fases sólidas acontece instantaneamente.

(E) Inferior a 0,77%, sendo esta uma composição particular encontrada no


diagrama ferro-carbono cuja transformação de ferrita para austenita e ce-
mentita ocorre com a variação da temperatura. A transformação de uma fase

sólida em duas fases sólidas acontece lentamente.


Resposta: C

5
. Os Metais
e suas Ligas

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior
- Inspeção - 47

O diagrama de fases do sistema Cobre-Prata está representado na figura

acima. Considerando que α e β são fases ricas em cobre e prata, respecti-


vamente, quais são as quantidades das fases presentes a 800 C para uma liga
com 20%p Ag - 80%p Cu?

6
. Os Metais
e suas Ligas

(A) α = 50% e β = 50%


(B) α = 40% e líquido = 60%
(C) α = 80% e líquido = 20%
(D) β = 30% e líquido = 70%
(E) β = 60% e líquido = 40%
Resposta: C

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 49

7
. Os Metais
e suas Ligas

Deseja-se conhecer a composição química de uma liga ferrosa não ligada,


mas não existem informações disponíveis. Procede-se a uma análise quan-
titativa em uma amostra do material, que determina a quantidade total de
F e3 C como equivalente a 6%. Com o uso da figura acima e, em função da quan-
tidade carbono (%p), este material deverá ser classificado como
(A) Aço hipoeutetoide.
(B) Aço eutetoide.

(C) Aço hipereutetoide.


(D) Ferro fundido hipoeutetoide.

(E) Ferro fundido hipereutetoide.

Resposta: A

Estrutura dos aços corpo centrado, estando na fase alfa.

Abaixo de 768ºC, não há mudança na


Quando o aço se solidifica, na tempe- estrutura cristalina do aço. Pode-se
ratura de 1538ºC, ele apresenta uma montar um diagrama que mostra as
estrutura cúbica de corpo centrado, es- transformações ocorridas com o aço
tando na fase delta. Resfriando-o até de acordo com a variação de sua tem-
1394ºC, ocorre uma mudança de fase peratura. Nesse mapa, chamado de Di-
para uma estrutura cúbica de face cen- agrama Fe-C, podemos ver a porcenta-
trada, estando na fase gama. Continu- gem de carbono presente no aço que vai
ando o resfriamento até 912ºC, ocorre até 6,7%, pois ligas com maior teor de
um novo rearranjo cristalino e o ferro carbono não são utilizadas comercial-
volta a apresentar estrutura cúbica de

8
. Os Metais
e suas Ligas

mente. Abaixo, podemos ver uma repre- alfa (α), a austenita (γ), a ferrita delta (δ)
sentação desse diagrama. e a cementita (Fe3 C). As propriedades

No diagrama, também é possível ver as dessas fases estão listadas na tabela 1


possiveis fases do aço, que são: a ferrita

9
. Os Metais
e suas Ligas

Tabela 1: Propriedades das fases de um aço.


Fase Propriedades
Ferrita (α)
• Possui estrutura cúbica de corpo centrado;

• Possui baixa tenacidade;

• É uma fase magnética até 768ºC;

• Temperatura até 912ºC.

Austenita
• Possui estrutura cúbica de face centrada;

• Possui alta tenacidade;

• É instável à temperatura ambiente;

• É uma fase não-magnética;

• Temperatura de 912ºC a 1394ºC.

Ferrita (δ)
• Possui estrutura cúbica de corpo centrado;

• É uma fase não-magnética;

• Temperatura acima de 1394ºC

• Não tem interesse comercial, pois é estável ape-


nas em altas temperaturas.

Cementita
• Chamada de carboneto de ferro;

• Possui alta dureza e alta fragilidade;

• Formada pela fusão do ferro fundido branco.

10
. Os Metais
e suas Ligas

No diagrama, o símbolo † representa apresenta propriedades intermediárias


a perlita, que consiste na mistura das entre a ferrita, dependendo do espaça-

fases ferrita e cementita quando são mento e do tamanho das lamelas de ce-
crescidas cooperativamente. A perlita mentita.

Exemplo
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 34

Os aços carbonos para ferramentas e matrizes são amplamente utilizados

para a fabricação de matrizes de estampagem e

(A) Possuem elevada temperabilidade, ductilidade e tenacidade.

(B) Contêm elementos de liga que se combinam com o carbono para formar

carbonetos muito duros e resistentes ao desgaste e à abrasão.

(C) São aços caracterizados pela alta dureza a temperatura ambiente, além

de excepcional resistência mecânica e tenacidade.


(D) São aços com médio teor de carbono, contendo, em geral, cromo, vaná-

dio, tungstênio e molibdênio.

(E) Podem ter uma elevada dureza a quente pela adição de teores mais ele-
vados de cobre, fósforo, manganês e magnésio.
Solução:

11
. Os Metais
e suas Ligas

Aços carbonos para ferramentas, também conhecido como aços rápidos, são
ligas com alto teor de carbono, podendo ser com tungstênio ou molibdênio.
Se caracterizam pela sua resistência a altas temperaturas, baixa ductilidade,
resistência ao desgaste e a abrasão.
Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 50

Durante o resfriamento, a austenita se decompõe na reação eutetoide (727 C)

em camadas alternadas ou lamelas das duas fases (ferrita e cementita), que

se formam simultaneamente durante a transformação, numa microestru-

tura conhecida como perlita. A presença de perlita nos aços carbono é ca-

racterística

(A) Somente de aços com 0,76%p C, independente da velocidade de resfri-

amento adotada.
(B) Somente de aços com mais do que 0,76%p C, independente da veloci-

dade de resfriamento adotada.

(C) De aços com menos do que 0,76%p C, mas somente quando submetidos
a resfriamentos rápidos.
(D) De aços com 0,76%p C, mas somente quando submetidos a resfriamen-
tos rápidos.

12
. Os Metais
e suas Ligas

(E) De aços com qualquer quantidade de carbono, mas somente quando sub-
metidos a resfriamentos lentos ou moderadamente lentos.
Resposta: E

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 35
Os aços de alta resistência e baixa liga são aços que têm maior resistência

mecânica que os seus aços-carbonos equivalentes. Esses aços

(A) São menos resistentes à corrosão em atmosferas normais do que os aços

comuns ao carbono.

(B) São frágeis, não podem ser conformados e só podem ser usinados em con-

dições especiais.

(C) Contêm outros elementos de liga que, em concentrações combinadas,

podem ser tão elevadas quanto 10%.

(D) Possuem médio teor de carbono, em geral superior a 0,28%.

(E) Não podem ter a sua resistência aumentada por meio de tratamento tér-
mico, devido à fragilização, devendo ser endurecidos por deformação.
Resposta: C

13
. Os Metais
e suas Ligas

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior
- Inspeção - 37
Os aços inoxidáveis podem ser classificados em austeníticos, ferríticos e mar-
tensíticos, com base na fase predominante de sua microestrutura a tempe-
ratura ambiente.
Sabe-se que os aços inoxidáveis

(A) Austeníticos apresentam simultaneamente cromo e níquel, o cromo va-

riando entre 16% e 26%, o níquel entre 6% e 22%, podendo ser trabalha-

dos a frio.

(B) Austeníticos e ferríticos são aços de alto cromo, em que o carbono de-

sempenha um papel fundamental para a classificação na classe austenítica

ou ferrítica.

(C) Ferríticos são denominados não endurecíveis, pois não são endurecidos

por deformação, devido à sua estrutura sempre ferrítica.


(D) Martensíticos se caracterizam por serem aços-cromo-níquel que con-

têm teores de cromo entre 11,5% e 18%, níquel entre 6% e 10%, não podendo

ser trabalhados a frio.


(E) Martensíticos são, em geral, suscetíveis à precipitação de carbonetos nos
contornos dos grãos.
Resposta: A

14
. Os Metais
e suas Ligas

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior
- Inspeção - 38
Uma característica que permite fazer distinções entre os tipos de aços ino-
xidáveis é que os do(s) tipo(s)
(A) Austenítico não são ferro-magnéticos, e os dos tipos ferrítico e marten-
sítico são.

(B) Austenítico e ferrítico não são ferro-magnéticos, e os do tipo marten-

sítico são.

(C) Martensítico não são ferro-magnéticos, e os dos tipos ferrítico e auste-

nítico são.

(D) Ferrítico não são ferro-magnéticos, e os dos tipos austenítico e marten-

sítico são.

(E) Ferrítico e martensítico não são ferro-magnéticos, e os do tipo austení-

tico são.
Resposta: A

15
. Os Metais
e suas Ligas

Diagramas de dos diagramas de transformação iso-


Transformações térmica, ou diagramas transformação-
Isotérmicas TTT tempo-temperatura, conhecidos como
diagramas TTT, ou curvas-C, ou curvas

TTT.

A figura acima apresenta o diagrama

TTT de transformação isotérmica com-


pleto para uma liga ferro-carbono com
composição eutetóide.

Nessa figura, os eixos vertical e hori-

zontal representam, respectivamente,

a temperatura e o logaritmo do tempo.

No diagrama, A é austenita; B é bainita;

M é martensita; P é perlita.

A temperatura eutetóide (727 C) está in-

O tempo necessário para a decomposi- dicada e acima dela apenas a austenita

ção da austenita vem sendo estudado estará presente. À esquerda da curva

em detalhes consideráveis, devido a sua que representa o início da transforma-

importância industrial. ção, também apenas a austenita estará

Uma maneira mais conveniente de re- presente, só que essa austenita é instá-

presentar a dependência dessa transfor- vel.


mação, tanto em relação ao tempo como Observa-se também que em tempera-
em relação à temperatura, é por meio turas imediatamente abaixo da tempe-

16
. Os Metais
e suas Ligas

ratura eutetóide são necessários tem- para que ocorra 50% da decomposição
pos muito longos para que ocorra uma da austenita.

transformação de 50%. A taxa de trans- A explicação para isso é que a taxa de


formação é, portanto, muito lenta para transformação é controlada pela taxa

essas temperaturas. de nucleação da perlita e esta diminui


A taxa de transformação aumenta com com o aumento da temperatura porque
a redução da temperatura. Por exemplo: o super-resfriamento será menor.

a 540 C só 3 segundos são necessários

17
. Os Metais
e suas Ligas

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior
- Inspeção - 53
A curva de transformação por resfriamento contínuo (curva CCT, Continu-
ous Cooling Transformation) do aço ABNT 1540 (1,1% Mn e 0,4% C, em peso)
é representada na figura abaixo.

Considerando as taxas de resfriamento de 1700 C/min (condição G), 1000 C/min


(condição H), 500 C/min (condição I), 140 C/min (condição J) e 120 C/min(condição

K), sobre as propriedades mecânicas do material afirma-se que a


(A) Dureza aumenta da condição microestrutural (G) para a (K).
(B) Ductilidade aumenta da condição microestrutural (G) para a (K).

18
. Os Metais
e suas Ligas

(C) Resistência mecânica aumenta da condição microestrutural (G) para a


(K).
(D) Resistência ao trincamento diminui da condição microestrutural (G) para
a (K).
(E) Fragilização do material au-menta da condição microestrutural (G) para
a (K).
Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 28

A figura abaixo apresenta esquematicamente o diagrama de transformação

isotérmica para um aço-carbono comum com 0,76% C, no qual o trajeto tempo-

temperatura para um tratamento térmico está indicado.

19
. Os Metais
e suas Ligas

A microestrutura final de uma pequena amostra submetida a esse tratamento


será composta por

(A) 100% de bainita.


(B) 100% de perlita fina.
(C) 100% de perlita grosseira.

20
. Os Metais
e suas Ligas

(D) 100% de martensita.


(E) 50% de perlita fina e 50% de bainita.
Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 29
A figura abaixo apresenta simplificadamente o diagrama de transformação

por resfriamento contínuo para um aço-carbono comum com 0,76% C. Nesse

diagrama, estão indicadas, em tracejado, duas curvas de resfriamento con-

tínuo, as curvas I e II. A curva I corresponde a uma taxa de resfriamento de

140 C/s e a curva II corresponde a uma taxa de resfriamento de 35 C/s.

21
. Os Metais
e suas Ligas

Considere duas pequenas amostras de material, cada uma dessas subme-


tida a um tratamento térmico distinto. A microestrutura final de cada pe-

22
. Os Metais
e suas Ligas

quena amostra de material será composta exclusivamente por martensita


para taxas de resfriamento maiores que a da curva
(A) I é composta exclusivamente por perlita para taxas de resfriamento me-
nores que a da curva I.
(B) I é composta exclusivamente por perlita para taxas de resfriamento me-
nores que a da curva II.
(C) I é composta exclusivamente por bainita para taxas de resfriamento me-

nores que a da curva II.


(D) II é composta exclusivamente por perlita para taxas de resfriamento me-

nores que a da curva II.

(E) II é composta exclusivamente por bainita para taxas de resfriamento me-

nores que a da curva II.

Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2008 - Profissional Júnior - Formação: Enge-

nharia Mecânica - 29
No diagrama transformação-tempo-temperatura esquemático abaixo, tí-
pico de um aço 1080, estão representadas as curvas de resfriamento para
normalização (TA), austêmpera (TB) e martêmpera (TC).

23
. Os Metais
e suas Ligas

As microestruturas produzidas por estes tratamentos térmicos, na ordem


apresentada na figura (TA, TB, TC), são:
(A) Perlita grosseira, bainita e martensita.

24
. Os Metais
e suas Ligas

(B) Perlita fina, bainita e martensita.


(C) Cementita, martensita e bainita.
(D) Ferrita, perlita fina e perlita grosseira.
(E) Martensita, ferrita e bainita.
Resposta: B

Recuperação, Geralmente, este processo ocorre em


Recristalização e três etapas:
Crescimento de
Grão
O encruamento, que pode ser definido • Recuperação: a estrutura defor-
como sendo o processo de endureci- mada não é modificada, ocorre
mento por deformação plástica, é um apenas uma alteração na densi-
fenômeno modificativo da estrutura dos dade e na distribuição dos defeitos
metais, onde a deformação plástica re- presentes. Ocorre uma redução
alizada abaixo da temperatura de re- das discordâncias graças a difusão
cristalização causará o endurecimento dos átomos, que se movimentam
e aumento de resistência do metal. por causa da energia recebida com
Define-se o processo de recozimento o aumento da temperatura. Sendo

como sendo qualquer tratamento tér- esta superior a energia interna


mico realizado em um material com o contida pelas tensões criadas das
objetivo de se reduzir, ou até mesmo eli- discordâncias, é possível que os
minar, os efeitos da deformação plástica átomos se movimentem parcial-
sobre a sua estrutura. mente ou totalmente.

25
. Os Metais
e suas Ligas

• Recristalização: A recritalização • Crescimento de Grão: Também


primária, ou simplesmente recris- conhecida como recristalização

talização, é a etapa onde ocorre a sencundária, o crescimento do


nucleação de novos grãos, princi- grão é a etapa na qual a estru-

palmente nos contornos de grãos tura já recristalizada apresenta


deformados. Logo, passam a ser um crescimeno anormal de alguns
criados novos grãos com configu- grãos devido a continuação do

ração equiaxial. Para que isto ve- processo de migração dos contor-
nha a ocorrer, é necessária a movi- nos de grão, que apresentam uma

mentação dos contornos de grão e redução de sua energia superficial.

a criação de novos grãos.

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 45

Entende-se recuperação e recristalização, respectivamente, como a dimi-


nuição de parte da energia de deformação interna e a formação de um novo

conjunto de grãos livres de deformação no interior de um grão. Ambos os


processos ocorrem em metais previamente deformados a frio e submeti-
dos a tratamentos térmicos, sobre os quais afirma-se que

26
. Os Metais
e suas Ligas

(A) Os processos de conformação são comumente classificados em opera-


ções de trabalho a quente e a frio, sendo que trabalho a quente é definido
como a deformação sob condições elevadas de temperatura e trabalho a frio
em temperaturas próximas à ambiente.
(B) A distinção básica entre trabalho a quente e trabalho a frio é função da
temperatura em que se dá a recristalização efetiva do material, como no exem-
plo do chumbo, em que conformações a temperatura ambiente são traba-

lhos a quente, embora sejam trabalhos a frio para o estanho.


(C) No trabalho a quente, somente a etapa de recuperação ocorre imedia-

tamente após a deformação (recuperação dinâmica), sendo a recristaliza-

ção realizada em um tratamento térmico posterior (recristalização estática),

que, no caso dos aços, é conhecido como recozimento pleno ou super-crítico.

(D) Após o trabalho a frio dos aços, tratamentos térmicos de recozimento

subcríticos são usualmente realizados (recuperação e recristalização está-

ticas), com o objetivo de melhorar a ductilidade do material.

(E) Tanto no recozimento supercrítico como no subcrítico, o material sofre

resfriamentos ao ar, fazendo-se necessário adotar curvas TTT ou CCT para

a previsão das microestruturas resultantes destes resfriamentos.


Resposta: D

Caiu no concurso!

27
. Os Metais
e suas Ligas

Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior


- Inspeção - 46
Após a etapa de recristalização, os grãos livres de deformações continua-
rão a crescer se o material for deixado em uma temperatura elevada, num
fenômeno conhecido como crescimento de grão. Neste processo de modi-
ficação microestrutural,
(A) O crescimento de grão ocorre pela difusão dos seus contornos.

(B) O crescimento de grão somente ocorre após as etapas de recuperação


e recristalização do material.

(C) O tamanho médio dos grãos é influenciado pela temperatura do trata-

mento, mas não pelo tempo.

(D) Nem todos os grãos aumentam de tamanho, porém os grãos maiores cres-

cem à custa dos menores, que diminuem.

(E) À medida que os grãos aumentam de tamanho, a área total dos contor-

nos de grão aumenta, produzindo uma consequente redução na energia to-

tal, que se torna a força motriz termodinâmica de seu crescimento.

Resposta: D

Tratamentos composição química, mas apenas a sua


Térmicos microestrutura. As variáveis de um tra-
tamento térmico são: a temperatura de
O objetivo dos tratamentos térmicos é aquecimento, a taxa de aquecimento, o
a modificação das propriedades mecâ- tempo de austenitização, a taxa de res-
nicas de um material, sem alterar a sua

28
. Os Metais
e suas Ligas

friamento e a atmosfera no qual o mate-


rial se encontra.

Os principais tipos de tratamentos tér-


micos estão listados nas tabelas a seguir

29
. Os Metais
e suas Ligas

Tabela 2: Tipos de tratamentos térmicos.


Recozimento
• Aplicável em aços que possuem baixo ou médio teor de carbono;

• Confere baixa dureza, baixa resistência mecânica e alta ductili-


dade;

• Aplicável em peças que se deseja realizar usinagem ou conforma-


ção mecânica;

• Consiste no aquecimento até a temperatura de austenitização se-


guido de um resfriamento lento até a temperatura ambiente.

Têmpera
• Confere alta dureza e alta resistência mecânica;

• Consiste no aquecimento até a temperatura de austenitização se-


guido de um resfriamento rápido até a temperatura ambiente;

• A microestrutura resultante é composta de martensita, que apre-


senta elevada dureza;

• O aquecimento deve ser lento no iníco, para não provocar defei-


tos no material.

Revenimento
• Realizado logo após a têmpera;

• Causa alívio de tensões na peça temperada;

• Confere uma diminuição da resistência mecânica e um aumento


na ductilidade e tenacidade;

• As temperaturas estão sempre abaixo da temperatura de austeni-


tização.

30
. Os Metais
e suas Ligas

Tabela 3: Tipos de tratamentos térmicos (cont.).


Normalização
• Produz propriedades semelhantes ao recozimento;

• Confere baixa dureza, baixa resistência mecânica e alta ductili-


dade;

• Resfriado ao ar, portanto a velocidade de resfriamento é mais


alta do que no recozimento, o que confere menor ductilidade,
mas maior dureza e resistência mecânica;

• Pode-se utilizar temperaturas mais altas do que a temperatura de


austenitização.

Austêmpera
• Pelo resfriamento da austenita origina-se a bainita que possui
propriedades superirores às da estrutura martensítica;

• As tensões internas são muito menores que na têmpera e, prati-


camente, não há distorções ou empenamentos;

• Não há necessidade de revenimento.

Martêmpera
• Usado para diminuir a distorção ou empenamento que se produz
com o resfriamento rápido;

• Há a necessidade de revenimento;

31
. Os Metais
e suas Ligas

Exemplo
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior
- Inspeção - 32
Todos os elementos de liga comumente utilizados nos aços aumentam a sua
temperabilidade, EXCETO o

(A) Cobalto.

(B) Cromo.
(C) Manganês.

(D) Níquel.

(E) Silício.

Solução:

O Cobalto é o único elemento que desloca as curvas de transformação para

tempos menores; diminui a duração do período de incubação e aumenta a

velocidade de decomposição da austenita a todas as temperaturas.

Resposta: A

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior
- Inspeção - 39

32
. Os Metais
e suas Ligas

O desgaste superficial de componentes mecânicos pode levar a condições


indesejáveis de tolerâncias dimensionais e, por fim, à sua falha. Para algu-
mas aplicações de contato, torna-se necessário um endurecimento diferen-
ciado entre a superfície e o interior do material. Como exemplo de técnica
para endurecimento superficial em liga ferrosa, citam-se
(A) A têmpera do material seguida de revenimento.
(B) O aumento da quantidade de carbono do material.

(C) O aumento da quantidade de manganês do material.


(D) Aplicações locais de materiais cerâmicos.

(E) Aplicações locais de materiais metálicos.

Resposta: D

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 40

Tratando-se de aços, uma possibili-dade de endurecimento diferenciado en-

tre a superfície e o interior do material consiste no emprego de tratamen-


tos termoquímicos. Nesses tratamentos, o aumento local de dureza está as-
sociado com o transporte (difusão) de átomos, principalmente de carbono

(carbonetação), nitrogênio (nitretação) e boro (boretação), de um meio para


a superfície do componente (material hospedeiro). Em relação aos tratamen-
tos termoquímicos, conclui-se que

33
. Os Metais
e suas Ligas

(A) Aços de baixo carbono endurecem mais facilmente por nitretação.


(B) Aços de alto carbono endurecem mais facilmente por carbonetação.
(C) Os tratamentos termoquímicos contribuem para o aumento da resistên-
cia à fadiga do material.
(D) A profundidade da camada superficial endurecida depende da tempe-
ratura, mas independe do tempo de tratamento.
(E) A profundidade da camada superficial endurecida independe da capa-

cidade do meio em fornecer átomos para o material hospedeiro, mas depende


da capacidade de difusão e solubilidade de tais átomos no material hospe-

deiro.

Resposta: C

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2008 - Profissional Júnior - Formação: Enge-

nharia Mecânica - 32
Dentre os tratamentos termoquímicos mais conhecidos podem ser citadas

a cementação e a nitretação. Na comparação das características destes pro-

cessos, tem-se:

34
. Os Metais
e suas Ligas

Cementação Nitretação
(A) Produz camada Provoca mais
mais dura que a distorção que a
nitretação. cementação.
(B) Produz camada Diminui a resis-
mais dura que a tência à fadiga.
nitretação
(C) Produz núcleo Provoca mais
frágil e camada distorção que a
tenaz. cementação.
(D) Necessita de Não requer
têmpera poste- têmpera pos-
rior. terior.
(E) É usada em aços Não é usada em
de alto carbono. aços.

Resposta: D

Alumínio A estrutura cristalina do alumínio é a

CFC (cúbica de face centrada) e seu


O alumínio apresenta como grande van-
ponto de fusão é de, aproximadamente,
tagem sobre outros metais comumente
660 C. Além disso, ele é um bom con-
usados o seu baixo peso específico. Por
dutor térmico e elétrico em seu estado
exemplo:
puro, já que a presença de impurezas

prejudica essas propriedades.


• Alumínio: ρ = 2, 7 g/cm3
Considerando a quantidade e o valor

• Cobre: ρ = 8, 9 g/cm3 do metal empregado, o uso do alumí-


nio excede o de qualquer outro metal,
• Aço: ρ = 7, 9 g/cm3 exceto o aço, sendo, assim, um mate-

35
. Os Metais
e suas Ligas

rial importante em múltiplas atividades das às mais diversas aplicações. Estas li-
econômicas. Em seu estado puro, o alu- gas constituem o material principal para

mínio é mais dúctil e menos resistente a produção de muitos componentes dos


em relação ao aço, porém suas ligas com aviões e foguetes.

cobre, manganês, silício, magnésio e ou- A nomenclatura das ligas de alumínio


tros elementos apresentam uma grande obedecem o seguinte padrão:
quantidade de características adequa-

Série Elemento principal


1xx.x Alumínio puro (Mín.: 99%)
2xx.x Ligas Alumínio-Cobre
Ligas Alumínio-Silício-Magnésio
3xx.x Ligas Alumínio-Silício-Cobre
Ligas Alumínio-Silício-Cobre-Magnésio
4xx.x Ligas Alumínio-Silício
5xx.x Ligas Alumínio-Magnésio
7xx.x Ligas Alumínio-Zinco
8xx.x Alumínio-Estanho

Exemplo
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior
- Terminais e Dutos - 49
O alumínio é um material leve, macio e resistente que, em virtude da sua dis-
ponibilidade e de seu valor comercial, tem sido utilizado em escala crescente

36
. Os Metais
e suas Ligas

pela indústria nas mais diversas aplicações. Dentre suas inúmeras propri-
edades físicas, destacam-se:
(A) Baixo peso específico, alto coeficiente de emissão térmica e baixa con-
dutibilidade térmica.
(B) Baixa resistência à corrosão, baixa ductibilidade e alta condutibilidade
elétrica.
(C) Alta resistência à corrosão, altamente magnetizável e alto peso espe-

cífico.
(D) Alta condutibilidade elétrica, baixa resistência à corrosão e alto coefi-

ciente de emissão térmica.

(E) Alta condutibilidade térmica, baixo coeficiente de emissão térmica e boa

resistência à corrosão.

Solução:

Propriedades do alumínio:

• Baixa densidade;

• Resistência;

• Elasticidade;

• Plasticidade;

• Fácil de trabalhar;

• Fácil de soldar;

37
. Os Metais
e suas Ligas

• Fácil de montar;

• Resistente à corrosão;

• Bom condutor;

• Boa expansão linear;

• Não tóxico;

• Bom refletor;

• Não magnéticos.

Resposta: E

Exemplo
Petrobras Biocombustível - 2011 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 39

O alumínio e suas ligas são materiais não ferrosos, cujo as propriedades per-

mitem a sua utilização em diversas aplicações. Sabe-se que

(A) O alumínio apresena estrutura cristalina CCC e consegue manter a sua


ductilidade, mesmo em temperaturas reduzidas.
(B) O alumínio e suas ligas são caracterizados por uma densidade relativa-
mente baixa e uma alta temperatura de fusão.

38
. Os Metais
e suas Ligas

(C) A resistência mecânica do alumínio pode ser aumentada por meio de de-
formação plástica a quente.
(D) As ligas de alumínio, que não são tratáveis termicamente, consistem em
duas fases constituídas por compostos intermetálicos.
(E) Um aumento na resistência é obtido por meio do endurecimento por so-
lução sólida para a ligas de alumínio, que não são tratáveis termicamente.

Solução:
O alumínio apresenta estrutura cristalina CFC. O seu ponto de fusão (658 C)

é inferior ao do ferro fundido (1200 C). As ligas de alumínio também podem

passar por tratamentos térmicos para melhorar suas propriedades, como

o recozimento para aumentar sua resistência mecânica. O encruamento cau-

sado por deformação plástica do alumínio confere ao material maior resis-

tência mecânica; ser submetido, posteriormente, a um recozimento com-

plementar produz uma redução parcial da dureza.

Resposta: C

Corrosão Metálica processo de deterioração, produz alte-


rações prejudiciais e indesejáveis nos
A corrosão metálica pode ser definida elementos estruturais, perdendo, assim,
como sendo o ataque destrutivo e não suas qualidades essenciais, tais como
intencional de um metal. Esse ataque é resistência mecânica, elasticidade, duc-
eletroquímico e, normalmente, inicia- tilidade, estética, entre outros.
se na superfície do material. Sendo um

39
. Os Metais
e suas Ligas

Ela envolve tanto reações de redução corrosão apresentam superfícies


como reação de oxidação. Um processo rugosas, que difundem a luz inci-

corrosivo consiste na ocorrência simul- dente, a capacidade de reflexão da


tânea de pelo menos uma reação anó- luz é reduzida.

dica (oxidação) e de pelo menos uma re-


ação catódica (redução). • Estética: uma peça corroída
torna-se pouco atraente, salvo se a
Propriedades afetadas pela
corrosão corrosão é produzida intencional-

mente sob condições controladas


• Resistência mecânica: a resistên-
(anodização do alumínio, oxidação
cia à tração é reduzida na propor-
negra do aço).
ção da maior área corroída das se-

ções perpendiculares aos esforços


Passivação
aplicados, já que os produtos de

corrosão não têm resistência me- É a perda da reatividade química sob


cânica satisfatória. condições ambientais específicas por

parte de alguns metais e ligas ativos.


• Condutividade térmica e elétrica:
Essa reação de passivação conduz à for-
como os produtos de corrosão são
mação de uma fina película de um com-
maus condutores de calor e cor-
posto (geralmente óxido e com espes-
rente elétrica, suas capacidades de
sura da ordem de 4 nm) na superfície do
condução são reduzidas.
metal, que é contínua e aderente, a qual
• Reflexão especular da luz: como protege o metal contra a corrosão. O
os materiais que passaram pelo de alumínio e o aço inoxidável são exem-

40
. Os Metais
e suas Ligas

plos de materiais que sofrem essa rea- próprias taxas de corrosão isola-
ção. damente mas, quando em contato

elétrico, a corrosão do metal mais


Formas de corrosão
ativo é acelerada, reduzindo ou
É possível classificar a corrosão de
eliminando a corrosão do metal
acordo com a forma com que ela se ma-
mais nobre.
nifesta no material. De maneira geral,

pode-se dividi-la em corrosão pura e cor- • Corrosão em frestas: é caracte-


rosão associada à ação mecânica. rizada pela ocorrência de uma

Corrosão pura intensa corrosão (generalizada

ou por pites) em frestas que se


• Corrosão generalizada: também
formam por fatores geométricos
conhecida como "ataque geral", as
(como em soldas, juntas, orifícios
reações de oxidação e de redução
ou cabeça de fixadores), por con-
ocorrem aleatoriamente na super-
tato de um metal com outro mate-
fície exposta da peça, resultando
rial metal ou não metal (madeira,
em superfícies com o mesmo grau
borracha, plástico), devido à depo-
de corrosão.
sição de areia, produtos de corro-
• Corrosão galvânica: é a forma de são permeáveis, incrustações ma-
corrosão normalmente atribuída rinhas e outros sólidos (corrosão
a união de dois metais de compo- por depósitos), ou mesmo devido à
sições químicas diferentes, e em trincas e outros defeitos metalúr-
contato mútuo, expostos a um ele- gicos. Ocorre apenas em frestas
trólito. Estes dois metais tem suas nas quais o meio corrosivo conse-

41
. Os Metais
e suas Ligas

gue penetrar. A solução entre as cromo nos contornos de grão, pro-


fendas torna-se estagnada e existe vocando o empobrecimento em

um empobrecimento em oxigênio cromo nas regiões vizinhas (sen-


dissolvido, destruindo a película sitização). Com o teor de cromo

protetora. atingindo teores inferiores a 12%,


a passividade dessas regiões fica
• Corrosão por pites: o mecanismo
comprometida, e o aço sofre disso-
para a corrosão por pites é o
lução seletiva.
mesmo da corrosão por frestas.

Um pite pode ser iniciado por um

defeito de superfície localizado,


• Corrosão seletiva: também co-
como um risco ou uma pequena
nhecida como "lixivia seletiva", é
variação de composição.
um processo de corrosão caracte-
• Corrosão intragranular: atinge rizado pelo ataque seletivo de um
os contornos de grão e, por causa dos elementos de liga, sendo este
deste tipo de corrosão, uma amos- o menos nobre em relação aos de-
tra pode se desintegrar devido ao mais. Na área afetada observa-se
desprendimento dos grãos. Ela mudança de coloração. O material
ocorre quando o material é aque- torna-se poroso (frágil) perdendo

cido em temperaturas entre 500 e suas características metalúrgicas


800 C por períodos de tempo su- originais. O exemplo mais comum
ficientemente longos. Nos aços de lixívia seletiva é a remoção do
inoxidáveis, ela é causada pela zinco no latão (liga Cu-Zn). Devido
precipitação de carbonetos de à remoção do zinco, o latão muda

42
. Os Metais
e suas Ligas

de uma coloração amarelada, para • Corrosão-fadiga: surge quando


uma coloração avermelhada. um componente, que se encon-

tra num meio capaz de atacar

Corrosão associada à ação mecânica continuamente o seu material, é

submetido a tensões cíclicas. A


• Corrosão sob tensão: é um pro-
fratura do material pode ocorre
cesso resultante da ação simultâ-
abaixo do limite de escoamento e
nea de um meio agressivo (que va-
após um número elevado de ciclos.
ria conforme o metal) e de tensões
A resistência à fadiga é sensivel-
de tração estáticas residuais ou
mente reduzida quando há ação
aplicadas sobre o material. A falha
do meio corosivo. Pode ocorrer
resultante da corrosão sob tensão
em qualquer material, preferenci-
é o aparecimento de trincas sobre
almente em meios em que o mate-
a superfície metálica aparente-
rial é suscetível a pites.
mente intacta, apesar do material,

em tese, possuir resistência satis- • Corrosão-erosão: surge da ação

fatória para a faixa de tensão apli- simultânea de um ataque químico

cada. Fatores metalúrgicos, como e da abrasão mecânica, ou des-

a composição química do material gaste, como uma consequência

ou a orientação dos grãos, e fato- do movimento de um fluido. Sendo

res ambientais (elevada presença assim, esse tipo de corrosão é en-

de O2 , temperaturas elevadas, en- contrada com frequência em tubu-

tre outros) podem favorecer a cor- lações, principalmente em dobras,

rosão e o surgimento de trincas. curvas e mudanças bruscas no di-

43
. Os Metais
e suas Ligas

âmetro da tubulação (posições entre duas superfícies de forma


onde o fluido muda de direção e a ocorrer pequenos deslizamentos

o escoamento se torna repentina- repetitivos, estaremos diante de


mente turbulento). um caso de corrosão-atrito. Surge,

principalmente, na interface en-


• Corrosão-cavitação: similar a
tre eixo e rolamento fixado sob
corrosão erosão, a corrosão-
pressão, chavetas em eixos, placas
cavitação ocorre se houver vari-
presas por fixadores em vagões,
ação da pressão hidrodinâmica no
ou em qualquer componente de
sistema em meio corrosivo. Pode
máquina e veículo com vibração.
atingir turbinas hidráulicas, roto-

res de bombas, hélices de navios, Nestes três últimos tipos, a ocor-

ou qualquer superfície em contato rência da corrosão é devido ao

com fluido a alta velocidade com rompimento do filme de óxido pela

variações cíclicas de pressão hi- ação mecânica e posterior corro-

drodinâmica. são pelo meio agressivo.

• Corrosão-atrito: assim como na • Fragilização por hidrogênio: hi-

corrosão erosão e na corrosão- drogênio atômico (H) penetra no

cavitação, a corrosão-atrito ocorre material metálico e, como tem pe-


quando um material é exposto a queno volume atômico, difunde-
um meio corrosivo e está sujeito se rapidamente em regiões com
a uma ação mecânica. Quando o descontinuidades (como inclusões
material entra em contato com e vazios), transformando-se em
um fluxo turbulento e há atrito hidrogênio molecular (H2 ), exer-

44
. Os Metais
e suas Ligas

cendo pressão e originando trin- 3. Modificações do meio corrosivo a


cas. É um tipo de falha e não forma partir de alterações da sua veloci-

de corrosão, mas é produzida com dade ou temperatura.


frequência pelo hidrogênio gerado
4. Utilização de revestimentos pro-
a partir de reações de corrosão.
tetores, que são barreiras físicas à
Combate à corrosão corrosão, e são aplicados sobre a
superfície do material na forma de
Existem alguns meios de reduzir as
películas.
chances de surgimento de corrosão. São

eles: 5. Proteção catódica: Emprego de

um par galvânico, onde o metal a


1. Modificações de projeto que pos-
ser protegido é conectado eletri-
sibilitem inspeções periódicas e
camente a um outro metal que é
evitem frestas, mudanças brucas
mais reativo no ambiente em que
de seção e formação de pilhas gal-
se encontram. Assim, este último
vânicas.
metal se oxidará, mediante ces-
2. Seleção do material de acordo são de elétrons, protegendo o pri-
com o meio corrosivo. meiro metal contra a corrosão.

Exemplo
Polícia Federal - 2004 - Engenheiro Mecânico - 73

45
. Os Metais
e suas Ligas

A têmpera, que consiste no resfriamento brusco do campo austenítico para


o martensítico, tem a finalidade de endurecer os aços, aumentando a sua re-
sistência. É geralmente seguida do revenido para aumentar a tenacidade.

(A) Certo.
(B) Errado.
Solução:

O aquecimento do aço até altas temperaturas provoca a alteração de sua


constituição, provocando o surgimento da fase austenítica. Ao resfriá-lo brus-

camento, todo campo austenítico transforma-se em martensítico, que pos-

sui alta resistência mecânica. Entretanto, isso também provoca a fragiliza-

ção do material. De modo a torná-lo mais tenaz, submete-se o aço ao pro-

cesso de revenimento, onde ocorrerá um alívio das tensões internas e uma

pequena redução da sua resistência.

Resposta: A

Exemplo
Sabesp - 2012 - Engenheiro Mecânico - 44

O engenheiro responsável pelo projeto de captação de água, numa região


de mangue na baixada santista, deve especificar como material apropriado
para a manobra, ligas à base de níquel-cobre. Esta liga é do tipo
(A) latão amarelo.

46
. Os Metais
e suas Ligas

(B) Hastelloy.
(C) latão Gilding.
(D) Inconel.
(E) Monel.
Solução:
A combinação de níquel e cobre, além de outros elementos em menores quan-
tidades, formam as chamadas ligas Monel. Esta liga possui alta resistência

mecânica e alta resistência a corrosão (algo fundamental em regiões lito-


râneas).

Resposta: E

Caiu no concurso!
TRANSPETRO - 2006 - Engenheiro Junior - Área Mecânica - 35

Em relação à classificação e à constituição dos aços inoxidáveis, observe as

afirmações a seguir.

I - Os aços inoxidáveis martensíticos se caracterizam pela presença de te-


ores de cobalto entre 11,5% e 18% e não são endurecíveis por meio de tra-

tamento térmico e são ferro-magnéticos.


II - Os aços inoxidáveis ferríticos se caracterizam pela presença de manga-
nês como o principal elemento de liga e teores de carbonos inferiores a 0,35%
e são endurecíveis por meio de tratamento térmico.

47
. Os Metais
e suas Ligas

III - Os aços inoxidáveis austeníticos se caracterizam pela presença de te-


ores de cromo e níquel, não são endurecíveis por meio de tratamento tér-
mico e não são ferro-magnéticos.
IV - O teor de carbono desempenha papel fundamental para determinar se
um aço inoxidável se encontra na classe martensítica ou ferrítica.
Estão corretas apenas as afirmações:
(A) I e II

(B) I e III
(C) II e III

(D) II e IV

(E) III e IV

Resposta: E

Caiu no concurso!
CEAGESP - 2010 - Engenheiro Nível I - Mecânica - 24
Sobre os teores de carbono em ligas de ferro-carbono e considerando um

processo de resfriamento lento, pode-se afirmar que

I. entre 0,77% e 2,11%, as ligas de ferro-carbono são constituídas, à tempe-


ratura ambiente, de perlita e cementita;
II. acima de 0,77%, as ligas de ferro-carbono são constituídas, à tempera-
tura ambiente, de ferrita e perlita;

48
. Os Metais
e suas Ligas

III. inferiores a 0,77%, as ligas de ferro-carbono são constituídas, à tempe-


ratura ambiente, de ferrita e perlita;
Está correto o contido em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I e III, apenas.

(E) I, II e III.
Resposta: D

Caiu no concurso!
CETESB - 2009 - Engenheiro Mecânico - 39

Um eixo feito em aço ABNT 4340 deverá ser temperado e revenido. O eixo

tem 25 mm de diâmetro e comprimento igual a 250 mm. Sobre os tratamen-

tos térmicos mencionados para esse eixo, é correto afirmar que

(A) para a têmpera, o eixo deverá ser aquecido a temperatura entre 730 C
– 760 C sendo, em seguida, resfriado em água. Para o revenimento, a tem-
peratura de aquecimento deverá ser de 600 C e o resfriamento será ao ar.

(B) tanto para a têmpera quanto para o revenimento, o aquecimento deverá


ocorrer até a temperatura de 1000 C. E o resfriamento se dará sempre em
água.

49
. Os Metais
e suas Ligas

(C) o material considerado não pode ser temperado, revenido, nem passar
por qualquer tratamento térmico, pois perderá suas propriedades mecâ-
nicas.
(D) para a têmpera, o eixo deverá ser aquecido até a temperatura de, no má-
ximo, 600 C sendo em seguida resfriado em água. Para o revenimento, a tem-
peratura de aquecimento deverá ser de 600 C e o resfriamento será na água.
(E) para a têmpera, o eixo deverá ser aquecido acima de 1530 C sendo em

seguida resfriado em água. Para o revenimento, a temperatura de aqueci-


mento deverá ser de 1000 C e o resfriamento será em água.

Resposta: A

Caiu no concurso!
ELETROBRAS - 2002 - Engenheiro Mecânico - 65

O principal objetivo da cementação em aços é:

(A) aumento da dureza superficial.


(B) diminuição da resistência à fadiga.

(C) aumento da condutibilidade térmica.

(D) incremento da usinabilidade.


(E) decréscimo da condutibilidade elétrica.
Resposta: A

50
. Os Metais
e suas Ligas

Caiu no concurso!
Eletrobras - 2002 - Engenheiro Mecânico - 67
NÃO é consequência do recozimento em aço:
(A) remoção das tensões residuais.
(B) diminuição da dureza.
(C) aumento da ductilidade.
(D) regularização da textura bruta de fusão.

(E) obtenção de uma estrutura martensítica.

Resposta: E

Caiu no concurso!
Eletrobras - 2007 - Engenheiro Mecânico - 65

A estrutura das ligas ferro-carbono na faixa correspondente aos aços hipe-

reutetóides resfriados lentamente, no contorno dos grãos, é constituída de:

(A) perlita e cementita.

(B) ferrita e bainita.


(C) ferrita e perlita.
(D) perlita e ferrita.
(E) ferrita e cementita.

51
. Os Metais
e suas Ligas

Resposta: A

Caiu no concurso!
Eletrobras - 2007 - Engenheiro Mecânico - 66
NÃO corresponde a um objetivo do tratamento térmico denominado reco-
zimento:

(A) remover tensões devidas a tratamentos térmicos.


(B) regularizar a textura bruta de fusão.

(C) eliminar o efeito de tratamentos térmicos anteriores.

(D) aumentar a dureza.

(E) aumentar a ductilidade.

Resposta: D

Caiu no concurso!
Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro(a) de Equipamentos Júnior

- Inspeção - 18
A corrosão eletroquímica pode estar associada a heterogeneidades no sis-
tema material metálico-meio corrosivo. A sensitização ocorre
(A) Em aços inoxidáveis austeníticos, situada a alguns milímetros da zona
termicamente afetada e em toda a extensão do cordão de solda.

52
. Os Metais
e suas Ligas

(B) Em aços inoxidáveis ferríticos, quando aquecidos a temperaturas mai-


ores que 250 C.
(C) Em ligas de alumínio e em aços inoxidáveis austeníticos e ferríticos, nas
quais se realiza o ensaio de Strauss para verificar a ocorrência de sensiti-
zação.
(D) Em aços de baixo carbono que, sem tratamento térmico, são extrema-
mente dúcteis e vulneráveis à corrosão por tensão.

(E) Nos contornos dos grãos, quando a tensão no material ultrapassa a ten-
são de escoamento da fase mais sensível.

Resposta: C

Considere o enunciado a seguir para as questões 71 à 74

As ligas ferro-carbono formam a família de materiais mais largamente usadas na

construção mecânica. Acerca desses materiais, julgue os itens que se seguem.

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Engenheiro Mecânico - 71
A designação ABNT 4340 refere-se a uma aço-liga com 0, 40 % de teor de
carbono e níquel, cromo e molibdênio como elementos de liga.

(A) Certo.
(B) Errado.
Resposta: A

53
. Os Metais
e suas Ligas

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Engenheiro Mecânico - 72
Entre os vários tipos de ferros-fundidos, o ferro-fundido branco é o que apre-
senta maior grau de ductilidade.
(A) Certo.
(B) Errado.
Resposta: B

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Engenheiro Mecânico - 74

Os aços inoxidávis austenísticos são os mais resistentes à corrosão entre

os vários tipos de aços inoxidáveis. Eles não podem ser endurecidos por tra-

tamento térmico, mas a sua resistência à tração e dureza podem ser aumen-

tadas por encruamento.


(A) Certo.

(B) Errado.
Resposta: A

Considere o enunciado a seguir para as questões 87 a 89

54
. Os Metais
e suas Ligas

A figura acima ilustra a vista lateral de uma estrutura de aço na qual se encontra

um parafuso de latão. Sabendo que, na série galvânica, os aços são mais anódicos
que os latões, julgue os itens a seguir, referentes à situação apresentada.

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 87

Na estrutura, o parafuso está protegido da corrosão.

(A) Certo.

(B) Errado.

Resposta: A

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 88

55
. Os Metais
e suas Ligas

Se o parafuso fosse feito do mesmo aço da estrutura, não haveria possibi-


lidade de formação de célula galvânica.
(A) Certo.
(B) Errado.
Resposta: B

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 89

Na presença de ar atmosférico, o parafuso e a estrutura formam uma célula

de composição.

(A) Certo.

(B) Errado.

Resposta: A

Considere o enunciado a seguir para as questões 90 a 92

Para prevenir a corrosão, é necessário interromper o circuito elétrico formado na

célula galvânica ou reduzir o potencial de ativação da oxidação eletroquímica. Vá-


rias estratégias são utilizadas com esse objetivo. No que se refere a esse assunto,
julgue os itens seguintes.

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 90

56
. Os Metais
e suas Ligas

A aplicação de uma camada não-condutiva de pintura ou cobertura polimé-


rica sobre um metal evita que o eletrólito faça contato com o próprio me-
tal, impedindo a passagem de corrente e prevenindo a corrosão.
(A) Certo.
(B) Errado.
Resposta: A

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 91

Aços inoxidáveis, alumínio e titânio são ditos passivos pois têm a capacidade

de formar naturalmente uma camada de óxido que os protege da corrosão,

qualquer que seja o ambiente em que estejam colocados.

(A) Certo.

(B) Errado.

Resposta: B

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 92
A colocação de um metal mais catódico em contato com o ânodo em um cir-
cuito galvânico reduz a corrosão no metal adicionado, protegendo também
o ânodo contra a corrosão.

57
. Os Metais
e suas Ligas

(A) Certo.
(B) Errado.
Resposta: B

Considere o enunciado a seguir para as questões 95 e 96

Aço é a denominação genérica para ligas de ferro-carbono com teores de carbono

de 0, 008 % a 2, 11 % e que contêm também outros elementos residuais do processo


de produção ou elementos de liga propositalmente adicionados. Acerca de aços,
julgue os itens que se seguem.

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 95

O teor de carbono exerce significativa influência nas propriedades mecâ-

nicas dos aços. Quanto maior for o teor de carbono, maiores serão a dureza

e a resistência do aço à tração. Entretanto, aços com elevado teor de car-

bono sâo prejudicados pela formação de uma maior quantidade de cemen-

tita, o que os torna mais frágeis.

(A) Certo.
(B) Errado.

Resposta: A

58
. Os Metais
e suas Ligas

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 96
Um aço com a designação ABNT 6140 é um aço-liga com 0, 4 % de carbono
e tem níquel e molibdênio como elementos de liga.
(A) Certo.
(B) Errado.
Resposta: B

Considere o enunciado a seguir para as questões 100 a 102

59
. Os Metais
e suas Ligas

A figura acima ilustra o diagrama de equilíbrio do sistema Pb-Sn. Considerando


uma liga que apresenta X % de Sn, julgue os itens seguintes, tendo por referência

a figura apresentada.

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 100

A transformação eutética que ocorre no resfriamento da liga entre os pon-


tos 1 e 2 indicados na figura é caracterizada pela transformação isotérmica
e reversível da fase sólida α em uma mistura de duas novas fases sólidas.

(A) Certo.

(B) Errado.

Resposta: B

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 101

No ponto 2, a microestrutura da liga é formada por uma mistura de solução


sólida α e líquido e pode ser corretamente representada pela figura abaixo.

60
. Os Metais
e suas Ligas

(A) Certo.

(B) Errado.

Resposta: B

Considere o enunciado a seguir para a questão 102

Com relação às ligas Fe-C, julgue o item abaixo.

Caiu no concurso!
Polícia Federal - 2004 - Perito Criminal - Engenheiro Mecânico - 102

Os aços inoxidáveis martensíticos apresentam teor máximo de cromo de


14%, para permitir a transformação martensítica e, portanto, são passíveis
de endurecimento por tratamento térmico. Esses aços são ferromagnéti-

61
. Os Metais
e suas Ligas

cos e adequam-se a aplicações em que, além da resistência à corrosão, a re-


sistência mecânica é fundamental.
(A) Certo.
(B) Errado.
Resposta: B

Caiu no concurso!
Sabesp - 2012 - Engenheiro Mecânico - 45

Em mancais de motores diesel é comum empregar bronzinas que utilizam

liga Babbitt ou metal patente que é caracterizada por conter, em sua com-

posição,

(A) cobre, zinco e níquel.

(B) cobre, zinco e estanho.

(C) zinco, níquel e antimônio.

(D) chumbo, antimônio e estanho.

(E) zinco, níquel e chumbo.

Resposta: D

Caiu no concurso!
TRF - 2012 - Analista Judiciário Especializado Engenharia Mecânica - 44

62
. Os Metais
e suas Ligas

Novos materiais e ligas têm sido desenvolvidos constantemente. Uma das


classes que tem se desenvolvido muito é o das superligas utilizadas em si-
tuações muito específicas. Quando se necessita utilizar superligas que te-
nham resistência mecânica a altas temperaturas (acima de 1000◦ C), como
a requerida, por exemplo, em aplicações de propulsores de aviões a jato ou
supersônicos, tais são as ligas a base de
(A) estanho e níquel.

(B) ferro e níquel.


(C) tungstênio e cobalto.

(D) nióbio e ferro.

(E) tório e estanho.

Resposta: B

Caiu no concurso!
TRF - 2012 - Analista Judiciário Especializado Engenharia Mecânica - 45

Uma liga que apresenta excelente resistência à corrosão para a maioria dos
ácidos, cloretos e ácidos orgânicos, e que ofereça elevada resistência me-

cânica, boa soldabilidade, resistência à fadiga, é constituída à base de


(A) zircônio.
(B) háfnio.
(C) belírio.

63
. Os Metais
e suas Ligas

(D) irídio.
(E) ósmio.
Resposta: A

Caiu no concurso!
TRF - 2012 - Analista Judiciário Especializado Engenharia Mecânica - 46

Ligas à base de magnésio possuem as seguintes características:

(A) são mais leves que o aço, mas são mais pesadas que ligas de alumínio para

um mesmo volume.

(B) têm maior resistência ao impacto do que as ligas de alumínio, resultando

daí o motivo de se produzirem rodas esportivas à base de magnésio.

(C) durante a fundição, não requerem cuidado extremo, como ocorre com

as ligas à base de alumínio, pois estas são extremamente inflamáveis, enquanto

as primeiras não o são.

(D) apresentam resistência mecânica e custos inferiores às ligas de alumí-

nio.
(E) podem ser utilizadas para fins estruturais, pois suportam cargas mais ele-
vadas que o alumínio.
Resposta: D

64

Você também pode gostar