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DL 251-2015 Eficiencia-Energetica PDF
DL 251-2015 Eficiencia-Energetica PDF
2 — [...]. 2 — [...].
3 — [...]: 3 — [...].
4 — [...].
a) [...]; 5 — Nas situações previstas nos n.os 1 a 3 em que
b) [...]; exista inviabilidade de ordem técnica ou funcional e
c) Os certificados SCE para GES sujeitos a avaliação ou económica, reconhecida pela entidade gestora do
energética periódica, nos termos do artigo 47.º, têm um sistema de certificação energética, e ainda de valor ar-
prazo de validade de oito anos. quitetónico, reconhecido por entidade competente para
o efeito, na medida em que o cumprimento de certos
4 — [...]. requisitos mínimos de desempenho energético poderia
5 — [...]. alterar de forma inaceitável o caráter ou o aspeto dos
6 — [...]. edifícios, excluindo os previstos na alínea b) do n.º 3 do
7 — [...]. artigo 23.º, pode o técnico autor do projeto optar pelo
8 — [...]. cumprimento parcial ou não cumprimento dos referidos
Artigo 23.º requisitos, desde que, para isso:
[...] a) [...];
b) [...];
1 — [...]: c) [...].
a) [...];
b) Intervenção na envolvente ou qualquer intervenção 6 — [...].
nos sistemas técnicos de edifícios existentes; 7 — [...].
c) [...]. Artigo 30.º
[...]
2 — [...].
3 — [...]. 1 — Os edifícios de habitação existentes estão sujei-
Artigo 28.º tos a requisitos de comportamento térmico no caso das
intervenções e a requisitos de eficiência dos sistemas,
[...] sempre que se verifique a instalação de novos sistemas
técnicos nos edifícios ou a substituição ou melhoria dos
1 — [...]. sistemas existentes, na medida em que tal seja possível
2 — [...]. do ponto de vista técnico, funcional e ou económico.
3 — [...]. 2 — [...].
4 — [...]. 3 — [...].
5 — Nas situações descritas nos números anteriores
em que, para a aplicação de um ou mais dos requisitos Artigo 33.º
aí previstos, exista inviabilidade de ordem técnica ou [...]
funcional e ou económica, reconhecidas pela entidade
gestora do sistema de certificação energética, e ainda 1 — [...]:
de valor arquitetónico reconhecido por entidade com- a) [...];
petente para o efeito, na medida em que o cumprimento b) Intervenção na envolvente ou qualquer intervenção
de certos requisitos mínimos de desempenho energético nos sistemas técnicos de edifícios existentes;
poderia alterar de forma inaceitável o caráter ou o aspeto c) [...].
dos edifícios, excluindo os previstos na alínea b) do n.º 3
do artigo 23.º, pode o técnico autor do projeto adotar 2 — [...].
soluções alternativas para os elementos a intervencionar 3 — [...].
onde se verifique tal inviabilidade, desde que:
Artigo 39.º
a) [...];
b) [...]; [...]
c) [...]. 1 — [...].
2 — [...].
6 — [...]. 3 — [...].
7 — [...]. 4 — [...].
8 — [...]. 5 — [...].
Artigo 29.º 6 — [...].
7 — A avaliação energética periódica aos GES após
[...] a primeira avaliação referida no n.º 4, deve ser realizada
1 — Os componentes instalados, intervencionados de oito em oito anos, sendo a correção e tempestividade
ou substituídos em sistemas técnicos devem cumprir da avaliação comprovada pela:
os requisitos de eficiência e outros definidos em por- a) [...];
taria do membro do Governo responsável pela área da b) Elaboração de um relatório de avaliação energé-
energia, sem prejuízo da obrigação geral de melhoria tica, acompanhado dos elementos comprovativos que
do desempenho energético de edifício ou de parte de suportem a análise, bem como de toda a informação que
edifício que seja sujeito a grande intervenção, na me- justifique as opções tomadas, devendo essa informação
dida em que tal seja possível do ponto de vista técnico, permanecer disponível, preferencialmente em formato
funcional e económico. eletrónico, por um período mínimo de oito anos.
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do Sistema Certificação Energética dos Edifícios (SCE), i) «Cobertura inclinada», a cobertura de um edifício que
que integra o Regulamento de Desempenho Energético disponha de uma pendente igual ou superior a 8 %;
dos Edifícios de Habitação (REH), e o Regulamento de j) «Coeficiente de transmissão térmica», a quantidade
Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Ser- de calor por unidade de tempo que atravessa uma super-
viços (RECS). fície de área unitária desse elemento da envolvente por
2 — O presente diploma transpõe para a ordem jurí- unidade de diferença de temperatura entre os ambientes
dica nacional a Diretiva n.º 2010/31/UE do Parlamento que o elemento separa;
Europeu e do Conselho, de 19 de maio de 2010, relativa k) «Coeficiente de transmissão térmica médio dia-noite
ao desempenho energético dos edifícios. de um vão envidraçado», a média dos coeficientes de trans-
missão térmica de um vão envidraçado com a proteção
Artigo 2.º aberta (posição típica durante o dia) e fechada (posição
Definições
típica durante a noite) e que se toma como valor de base
para o cálculo das perdas térmicas pelos vãos envidraçados
Para efeitos do SCE, entende-se por: de um edifício em que haja ocupação noturna importante,
a) «Água quente sanitária» ou «AQS», a água potável designadamente em habitações, estabelecimentos hotelei-
aquecida em dispositivo próprio, com energia convencio- ros e similares ou zonas de internamento em hospitais;
nal ou renovável, até uma temperatura superior a 45°C, e l) «Componente», o sistema técnico do edifício ou fra-
destinada a banhos, limpezas, cozinha ou fins análogos; ção ou um elemento da sua envolvente cuja existência e
b) «Alteração relevante de classe energética», a alteração características influenciem o desempenho do edifício, nos
de classe energética que resulte de um desvio superior termos e parâmetros previstos para esse efeito no presente
a 5 % face ao valor apurado para o rácio que conduz à diploma;
determinação da classe energética obtido no decorrer do m) «Corpo», a parte de um edifício com identidade pró-
procedimento de verificação da qualidade; pria significativa que comunique com o resto do edifício
c) «Área de cobertura», a área, medida pelo interior, através de ligações restritas;
dos elementos opacos da envolvente horizontais ou com n) «Edifício», a construção coberta, com paredes e pa-
inclinação inferior a 60° que separam superiormente o vimentos, destinada à utilização humana;
espaço interior útil do exterior ou de espaços não úteis o) «Edifício adjacente», um edifício que confine com
adjacentes; o edifício em estudo e não partilhe espaços comuns com
d) «Área total de pavimento», o somatório da área de este, tais como zonas de circulação ou de garagem;
pavimento de todas as zonas térmicas de edifícios ou fra- p) «Edifício de comércio e serviços», o edifício, ou
ções no âmbito do RECS, desde que tenham consumo de parte, licenciado ou que seja previsto licenciar para utili-
energia elétrica ou térmica, registado no contador geral zação em atividades de comércio, serviços ou similares;
do edifício ou fração, independentemente da sua função q) «Edifício devoluto», o edifício considerado como
e da existência de sistema de climatização, sendo a área tal nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 159/2006,
medida pelo interior dos elementos que delimitam as zonas de 8 de agosto;
térmicas do exterior e entre si; r) «Edifício em ruínas», o edifício existente com tal
e) «Área interior útil de pavimento», o somatório das degradação da sua envolvente que, para efeitos do presente
áreas, medidas em planta pelo perímetro interior, de todos diploma, fica prejudicada, total ou parcialmente, a sua uti-
os espaços interiores úteis pertencentes ao edifício ou fra- lização para o fim a que se destina, tal como comprovado
ção em estudo no âmbito do REH. No âmbito do RECS, por declaração da câmara municipal respetiva ou pelo
considera-se o somatório da área de pavimento de todas perito qualificado, cumprindo a este proceder ao respetivo
as zonas térmicas do edifício ou fração, desde que tenham registo no SCE;
consumo de energia elétrica ou térmica, registado no con- s) «Edifício em tosco», o edifício sem revestimentos
tador, independentemente da sua função e da existência de interiores nem sistemas técnicos instalados e de que se
sistema de climatização, sendo a área medida pelo interior desconheçam ainda os detalhes de uso efetivo;
dos elementos que delimitam as zonas térmicas do exterior t) «Edifício existente», aquele que não seja edifício
e entre si; novo;
f) «Armazéns, estacionamento, oficinas e similares», u) «Edifício misto», o edifício utilizado, em partes dis-
os edifícios ou frações que, no seu todo, são destinados a tintas, como edifício de habitação e edifício de comércio
usos para os quais a presença humana não é significativa, e serviços;
incluindo-se nessa situação, sem limitar, os armazéns fri- v) «Edifício novo», edifício cujo processo de licencia-
goríficos, os arquivos, os estacionamentos de veículos e mento ou autorização de edificação tenha data de entrada
os centros de armazenamento de dados; junto das entidades competentes, determinada pela data
g) «Avaliação energética», a avaliação detalhada das de entrada do projeto de arquitetura, posterior à data de
condições de exploração de energia de um edifício ou fra- entrada em vigor do presente diploma;
ção, com vista a identificar os diferentes vetores energéticos w) «Edifício sujeito a intervenção», o edifício sujeito
e a caracterizar os consumos energéticos, podendo incluir, a obra de construção, reconstrução, alteração, ampliação,
entre outros aspetos, o levantamento das características da instalação ou modificação de um ou mais componentes
envolvente e dos sistemas técnicos, a caracterização dos com influência no seu desempenho energético, calculado
perfis de utilização e a quantificação, monitorização e a nos termos e parâmetros do presente diploma;
simulação dinâmica dos consumos energéticos; x) «Energia primária», a energia proveniente de fontes
h) «Certificado SCE», o documento com número próprio, renováveis ou não renováveis não transformada ou con-
emitido por perito qualificado para a certificação energética vertida;
para um determinado edifício ou fração, caracterizando-o y) «Energias renováveis», a energia de fontes não fósseis
em termos de desempenho energético; renováveis, designadamente eólica, solar, aerotérmica,
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geotérmica, hidrotérmica e oceânica, hídrica, de biomassa fixado com a finalidade de evitar, prevenir ou reduzir os
e de biogás; efeitos nocivos na saúde humana;
z) «Envolvente», o conjunto de elementos de construção jj) «Margem de tolerância», a percentagem em que
do edifício ou fração, compreendendo as paredes, pavimen- o limiar de proteção pode ser excedido, nos termos do
tos, coberturas e vãos, que separam o espaço interior útil presente diploma;
do ambiente exterior, dos edifícios ou frações adjacentes, kk) «Pequeno edifício de comércio e serviços» ou «PES»,
dos espaços não úteis e do solo; o edifício de comércio e serviços que não seja um GES;
aa) «Espaço complementar», a zona térmica sem ocupa- ll) «Perfil de utilização», a distribuição percentual da
ção humana permanente atual ou prevista e sem consumo ocupação e da utilização de sistemas por hora, em função
de energia atual ou previsto associado ao aquecimento ou dos valores máximos previstos, diferenciada por tipo de
arrefecimento ambiente, incluindo cozinhas, lavandarias dia da semana;
e centros de armazenamento de dados; mm) «Perito qualificado» ou «PQ», o técnico com título
bb) «Exposição solar adequada», a exposição à luz solar profissional de perito qualificado para a certificação ener-
de edifício que disponha de cobertura em terraço ou de gética, nos termos da Lei n.º 58/2013, de 20 de agosto;
cobertura inclinada com água, cuja normal esteja orientada nn) «Plano de racionalização energética» ou «PRE», o
numa gama de azimutes de 90° entre sudeste e sudoeste, conjunto de medidas exequíveis e economicamente viáveis
não sombreada por obstáculos significativos no período de racionalização do consumo ou dos custos com a energia,
que se inicia diariamente duas horas depois do nascer do tendo em conta uma avaliação energética prévia;
Sol e termina duas horas antes do ocaso; oo) «Portal SCE», a zona do sítio na Internet da ADENE,
cc) «Espaço interior útil», o espaço com condições com informação relativa ao SCE, composta, pelo me-
de referência no âmbito do REH, compreendendo com- nos, por uma zona de acesso público para pesquisa de
partimentos que, para efeito de cálculo das necessidades pré-certificados e certificados SCE e de técnicos do SCE,
energéticas, se pressupõem aquecidos ou arrefecidos de e por uma zona de acesso reservado para elaboração e
forma a manter uma temperatura interior de referência registo de documentos pelos técnicos do SCE;
de conforto térmico, incluindo os espaços que, não sendo pp) «Potência térmica», a potência térmica máxima
usualmente climatizados, tais como arrumos interiores, que um equipamento pode fornecer para efeitos de aque-
despensas, vestíbulos ou instalações sanitárias, devam ser cimento ou arrefecimento do ambiente, em condições de
considerados espaços com condições de referência; ensaio normalizadas;
dd) «Fator solar de um vão envidraçado», o valor da qq) «Pré-certificado», o certificado SCE para edifícios
relação entre a energia solar transmitida para o interior atra- novos ou frações em edifícios novos, bem como para edi-
fícios ou frações sujeitas a grandes intervenções, emitido
vés do vão envidraçado e a radiação solar nele incidente;
em fase de projeto antes do início da construção ou grande
ee) «Fração», a unidade mínima de um edifício, com
intervenção;
saída própria para uma parte de uso comum ou para a via
rr) «Proprietário», o titular do direito de propriedade ou
pública, independentemente da constituição de propriedade
o titular de outro direito de gozo sobre um edifício ou fra-
horizontal; ção desde que, para os efeitos do RECS, detenha também o
ff) «Grande edifício de comércio e serviços» ou «GES», controlo dos sistemas de climatização e respetivos consu-
o edifício de comércio e serviços cuja área interior útil mos e seja o credor contratual do fornecimento de energia,
de pavimento, descontando os espaços complementares, exceto nas ocasiões de nova venda, dação em cumprimento
igual e ou ultrapasse 1000 m2, ou 500 m2 no caso de cen- ou locação pelo titular do direito de propriedade;
tros comerciais, hipermercados, supermercados e piscinas ss) «Regime jurídico da urbanização e da edificação»
cobertas; ou «RJUE», o regime jurídico aprovado pelo Decreto-Lei
gg) «Grande intervenção», a intervenção em edifício em n.º 555/99, de 16 de dezembro;
que se verifique que: (i) o custo da obra relacionada com tt) «Simulação dinâmica», a previsão de consumos de
a envolvente ou com os sistemas técnicos seja superior a energia correspondentes ao funcionamento de um edifício
25 % do valor da totalidade do edifício, compreendido, e respetivos sistemas energéticos que tome em conta a
quando haja frações, como o conjunto destas, com exclu- evolução de todos os parâmetros relevantes com a precisão
são do valor do terreno em que este está implantado; e ou adequada, numa base de tempo pelo menos horária, para
(ii) tratando-se de ampliação, o custo da parte ampliada diferentes zonas térmicas e condições climáticas de um
exceda em 25 % o valor do edifício existente (da área in- ano de referência;
terior útil de pavimento, no caso de edifícios de comércio uu) «Sistema de climatização», o conjunto de equipa-
e serviços) respeitante à totalidade do edifício, devendo mentos coerentemente combinados com vista a satisfazer
ser considerado, para determinação do valor do edifício, objetivos da climatização, designadamente, ventilação,
o custo de construção da habitação por metro quadrado, aquecimento, arrefecimento, humidificação, desumidifi-
fixado anualmente para as diferentes zonas do país, por cação e filtragem do ar;
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas vv) «Sistema de climatização centralizado», o sistema
da energia e do ordenamento do território; de climatização em que os equipamentos de produção tér-
hh) «Indicador de eficiência energética», ou «IEE», o mica se concentrem numa instalação e num local distintos
indicador de eficiência energética do edifício, expresso dos espaços a climatizar, sendo o frio, calor ou humidade
por ano em unidades de energia primária por metro qua- transportados por um fluido térmico;
drado de área interior útil de pavimento (kWh/m2.ano), ww) «Sistema solar térmico», o sistema composto por
distinguindo-se, pelo menos, três tipos: o IEE previsto um coletor capaz de captar a radiação solar e transferir a
(IEEpr), o efetivo (IEEef) e o de referência (IEEref); energia a um fluido interligado a um sistema de acumula-
ii) «Limiar de proteção», o valor de concentração de ção, permitindo a elevação da temperatura da água neste
um poluente no ar interior que não pode ser ultrapassado, armazenada;
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xx) «Sistema passivo», o sistema construtivo concebido edifícios ou locais, para o aquecimento ou arrefecimento
especificamente para reduzir as necessidades energéticas de espaços ou processos industriais.
dos edifícios, sem comprometer o conforto térmico dos
ocupantes, através do aumento dos ganhos solares, desig-
CAPÍTULO II
nadamente ganhos solares diretos, paredes de trombe ou
estufas, na estação de aquecimento ou através do aumento Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
das perdas térmicas, designadamente ventilação, arrefeci-
mento evaporativo, radiativo ou pelo solo, na estação de SECÇÃO I
arrefecimento;
yy) «Sistema técnico», o conjunto dos equipamentos Âmbito
associados ao processo de climatização, incluindo o aque-
cimento, arrefecimento e ventilação natural, mecânica Artigo 3.º
ou híbrida, a preparação de águas quentes sanitárias e a Âmbito de aplicação positivo
produção de energia renovável, bem como, nos edifícios de
comércio e serviços, os sistemas de iluminação e de gestão 1 — São abrangidos pelo SCE, sem prejuízo de isenção
de energia, os elevadores e as escadas rolantes; de controlo prévio nos termos do RJUE, os edifícios ou
frações, novos ou sujeitos a grande intervenção, nos termos
zz) «Técnico autor do projeto», o técnico legalmente
do REH e RECS.
habilitado para realizar o projeto e responsável pelo cum-
2 — Quando, porém, uma fração no sentido da alínea ee)
primento da legislação aplicável; do artigo 2.º, já edificada, não esteja constituída como
aaa) «Técnico de instalação e manutenção» ou «TIM», fração autónoma de acordo com um título constitutivo de
o detentor de título profissional de técnico de instalação propriedade horizontal, só é abrangida pelo SCE a partir
e manutenção de edifícios e sistemas, nos termos da Lei do momento em que seja dada em locação.
n.º 58/2013, de 20 de agosto; 3 — São também abrangidos pelo SCE os edifícios ou
bbb) «Tipo de espaço», a diferenciação funcional de frações existentes de comércio e serviços:
espaços, independentemente do edifício onde se encon-
trem inseridos; a) Com área interior útil de pavimento igual ou supe-
ccc) «Ventilação mecânica», aquela que não seja ven- rior a 1000 m2, ou 500 m2 no caso de centros comerciais,
tilação natural; hipermercados, supermercados e piscinas cobertas; ou
ddd) «Ventilação natural», a ventilação ao longo de tra- b) Que sejam propriedade de uma entidade pública e
jetos de fugas e de aberturas no edifício, em consequência tenham área interior útil de pavimento ocupada por uma
das diferenças de pressão, sem auxílio de componentes entidade pública e frequentemente visitada pelo público
motorizados de movimentação do ar; superior a 500 m2 ou, a partir de 1 de julho de 2015, su-
eee) [Revogada]; perior a 250 m2;
fff) «Zona térmica», o espaço ou conjunto de espaços
passíveis de serem considerados em conjunto devido às 4 — São ainda abrangidos pelo SCE todos os edifícios
suas similaridades em termos de perfil de utilização, ilu- ou frações existentes a partir do momento da sua venda,
minação e equipamentos, ventilação mecânica e sistema dação em cumprimento ou locação posterior à entrada em
de climatização e, quanto aos espaços climatizados, igual- vigor do presente diploma, salvo nos casos de:
mente devido às similaridades em termos de condições a) Venda ou dação em cumprimento a comproprietário,
de exposição solar, sendo que os pequenos edifícios de a locatário, em processo executivo, a entidade expropriante
comércio e serviços com uma área útil até 250 m2 podem ou para demolição total confirmada pela entidade licen-
ser considerados como tendo apenas uma zona térmica; ciadora competente;
ggg) «Inviabilidade de ordem técnica, funcional e ou b) Locação do lugar de residência habitual do senhorio
económica», a inviabilidade, justificada de forma adequada por prazo inferior a quatro meses;
pelo autor do projeto, da aplicação ou do estabelecimento c) Locação a quem seja já locatário da coisa locada.
dos requisitos mínimos de desempenho energético em
edifícios existentes, sujeitos a intervenção na respetiva en- Artigo 4.º
volvente que determine a alteração estrutural ou funcional Âmbito de aplicação negativo
das características do respetivo projeto original, sempre que
nenhuma das opções possíveis para aplicar ou estabelecer Estão excluídos do SCE:
aqueles requisitos seja técnica, funcional e ou economi- a) As instalações industriais, pecuárias ou agrícolas não
camente viável, nomeadamente, por impossibilidade de residenciais com necessidades reduzidas de energia ou não
passagem de infraestruturas técnicas ou criação de zonas residenciais utilizadas por sector abrangido por acordo
para esse efeito, conflitos com a aplicação de requisitos sectorial nacional sobre desempenho energético;
estabelecidos em outra legislação aplicável, inexistência de b) Os edifícios utilizados como locais de culto ou para
zonas técnicas ou locais para acomodar sistemas técnicos atividades religiosas;
e ou existência de uma taxa interna de retorno ou um valor c) Os edifícios ou frações exclusivamente destinados a
de retorno do capital investido negativo, relativamente ao estacionamentos não climatizados, a oficinas e a armazéns
valor atual líquido no momento da intervenção; em que a presença humana não seja significativa, não
hhh) «Redes urbanas de aquecimento» ou «Redes ur- ocorrendo por mais de 2 horas/dia e não representando
banas de arrefecimento», a distribuição de energia térmica uma ocupação superior a 0,025 pessoas/m2;
sob a forma de vapor, de água quente ou de líquidos refri- d) Os edifícios unifamiliares na medida em que consti-
gerados a partir de uma fonte de produção central através tuam edifícios autónomos com área útil igual ou inferior
de um sistema de transporte e distribuição para múltiplos a 50 m2;
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e) Os edifícios de comércio e serviços devolutos, até 2 — Devem ser certificadas frações que se preveja vi-
à sua venda ou locação depois da entrada em vigor do rem a existir após constituição de propriedade horizontal,
presente diploma; designadamente nos edifícios recém-constituídos ou me-
f) Os edifícios em ruínas; ramente projetados.
g) As infraestruturas militares e os edifícios afetos aos 3 — Podem ser certificados os edifícios, considerando-
sistemas de informações ou a forças e serviços de segu- -se sempre certificado um edifício quando estejam certi-
rança que se encontrem sujeitos a regras de controlo e de ficadas todas as suas frações.
confidencialidade; 4 — Deve ser certificado todo o edifício de comércio
h) [Revogada]; e serviços que disponha de sistema de climatização cen-
i) [Revogada]; tralizado para parte ou para a totalidade das suas frações,
j) Os edifícios de comércio e serviços inseridos em estando neste caso dispensadas de certificação as frações.
instalações sujeitas ao regime aprovado pelo Decreto-Lei 5 — O certificado SCE inclui recomendações para uma
n.º 71/2008, de 15 de abril, alterado pela Lei n.º 7/2013, melhoria rentável ou otimizada em termos de custos do
de 22 de janeiro. desempenho energético de um edifício ou de uma fração
autónoma, a menos que não haja potencial razoável para
essa melhoria em comparação com os requisitos de de-
SECÇÃO II sempenho energético em vigor.
6 — As recomendações incluídas no certificado SCE
Certificação e recomendações
abrangem:
Artigo 5.º a) As medidas aplicáveis no quadro de grandes inter-
venções de renovação da envolvente do edifício ou do
Pré-certificado e certificado sistema ou sistemas técnico do edifício; e
1 — O pré-certificado e o certificado SCE são consi- b) As medidas relativas a componentes individuais do
derados certificações técnicas para efeitos do disposto no edifício, independentemente de grandes intervenções de
n.º 8 do artigo 13.º do RJUE. renovação da envolvente do edifício ou do sistema ou
2 — A existência de pré-certificado ou de certificado sistemas técnicos do edifício.
SCE deve ser verificada aquando:
7 — As recomendações incluídas no certificado SCE
a) Do controlo prévio da realização de operações urba- devem ser tecnicamente viáveis para o edifício ou fração
nísticas, pela entidade competente; autónoma em causa, podendo também fornecer uma esti-
b) Da celebração de contratos de compra e venda ou mativa em relação ao leque de períodos de amortização do
locação, ficando consignado no contrato o número do investimento ou de custos/benefícios em termos de custos
certificado ou pré-certificado; ao longo do seu ciclo de vida económico.
c) Da fiscalização das atividades económicas, pelas 8 — O certificado SCE indica onde o proprietário ou o
autoridades administrativas competentes. inquilino pode obter informações mais pormenorizadas,
3 — Antes do início da construção de edifícios novos inclusive quanto à rentabilidade das recomendações cons-
tantes do certificado SCE, cuja avaliação deve basear-se
ou do início de grandes intervenções, tanto em edifícios
num conjunto de condições-padrão, tais como o cálculo das
de habitação como em edifícios de comércio e serviços, é
poupanças de energia, os preços da energia subjacentes e
emitido o pré-certificado o qual tem em conta a viabilidade uma previsão preliminar dos custos, contendo igualmente
técnica, ambiental e económica de sistemas alternativos informações sobre as medidas a tomar para pôr em prática
de elevada eficiência, tais como: as recomendações.
a) Sistemas descentralizados de fornecimento energético Artigo 7.º
baseados em energias provenientes de fontes renováveis;
b) Cogeração; Certificação com base noutro edifício ou fração
c) Redes urbanas ou coletivas de aquecimento ou arre- 1 — A certificação de uma fração pode basear-se na
fecimento, em especial baseadas total ou parcialmente em certificação de todo o edifício.
energia proveniente de fontes renováveis; 2 — Nas frações afetas a comércio e serviços, quando
d) Bombas de calor. disponham de sistemas de climatização individuais, a certi-
ficação não pode basear-se apenas na do edifício, devendo
4 — O pré-certificado inclui a análise dos sistemas al- atender aos sistemas técnicos existentes.
ternativos que estejam disponíveis por forma a que esta 3 — A certificação de uma fração pode basear-se na
esteja documentada e acessível para efeitos de verificação certificação de uma fração representativa semelhante si-
ulterior pela entidade competente. tuada no mesmo edifício.
5 — As entidades referidas no n.º 2, devem comunicar 4 — O disposto nos números anteriores aplica-se à pro-
à ADENE os casos em que não seja evidenciada a existên- priedade horizontal de conjuntos de edifícios e a situações
cia de pré-certificado ou certificado SCE, identificando o análogas.
edifício ou fração e o seu anterior e atual proprietário. 5 — A certificação de edifícios destinados a habitação
unifamiliar pode basear-se na de outros edifícios represen-
Artigo 6.º tativos de conceção e dimensões semelhantes e com um
Objeto da certificação
desempenho energético real semelhante, se a semelhança
for atestada pelo PQ.
1 — Devem ser certificadas todas as frações e edifícios 6 — Pode também ser feita por semelhança, mediante
destinados a habitação unifamiliar, nos termos dos artigos a avaliação de edifício com características semelhantes
anteriores. em termos de desempenho energético, atestadas pelo PQ,
Diário da República, 1.ª série — N.º 231 — 25 de novembro de 2015 9599
5 — As atividades dos técnicos do SCE são regulamen- b) Os certificados SCE têm um prazo de validade de
tadas por portaria do membro do Governo responsável 10 anos;
pela área da energia. c) Os certificados SCE para GES sujeitos a avaliação
energética periódica, nos termos do artigo 47.º, têm um
Artigo 14.º
prazo de validade de oito anos.
Obrigações dos proprietários dos edifícios ou sistemas
1 — Constituem obrigações dos proprietários dos edi- 4 — Ressalva-se do disposto no número anterior:
fícios e sistemas técnicos abrangidos pelo SCE: a) Nos edifícios em tosco ou em que a instalação dos sis-
a) Obter o pré-certificado SCE; temas técnicos não puder ser concluída em toda a extensão,
b) Obter o certificado SCE e, nos termos do RECS, a mas cujo funcionamento parcial seja reconhecido pelo PQ
sua renovação tempestiva, sem prejuízo da conversão do como viável aquando do pedido de licença de utilização,
pré-certificado a que se refere o n.º 2 do artigo seguinte; a validade do certificado SCE é de um ano, podendo ser
c) No caso de GES, conforme o disposto no RECS: prorrogada mediante solicitação à ADENE;
b) Nos edifícios de comércio e serviços existentes que
i) Dispor de TIM adequado para o tipo e características não disponham de plano de manutenção atualizado quando
dos sistemas técnicos instalados; este seja obrigatório, a validade do certificado SCE é de
ii) Quando aplicável, assegurar o cumprimento do plano um ano, não podendo ser prorrogada nem podendo ser
de manutenção elaborado e entregue pelo TIM; emitido mais de um certificado por edifício;
iii) Submeter ao SCE, por intermédio de PQ, eventual c) Nos edifícios de comércio e serviços existentes
PRE, e cumpri-lo; sujeitos a PRE, desde que o respetivo plano tenha sido
submetido ao SCE, o prazo de validade do certificado é
d) Facultar ao PQ, por solicitação deste, a consulta dos o constante de portaria a aprovar pelos membros do Go-
elementos necessários à certificação do edifício, sempre
verno responsáveis pelas áreas da energia e da segurança
que disponíveis;
e) Nos casos previstos no n.º 1 do artigo 3.º, pedir a social;
emissão: d) Nos edifícios de comércio e serviços devolutos, para
os efeitos previstos na alínea e) do artigo 4.º, a validade
i) De pré-certificado, no decurso do procedimento de do certificado SCE é de um ano, prorrogável mediante
controlo prévio da respetiva operação urbanística; solicitação à ADENE.
ii) De certificado SCE, aquando do pedido de emissão
de licença de utilização ou de procedimento administrativo 5 — A metodologia de determinação da classe de de-
equivalente; sempenho energético para a tipologia de pré-certificados
e certificados SCE é definida em portaria do membro do
f) Nos casos previstos no n.º 4 do artigo 3.º: Governo responsável pela área da energia.
i) Indicar a classificação energética do edifício constante 6 — A emissão, pelo PQ, de um pré-certificado ou de
do respetivo pré-certificado ou certificado SCE em todos um certificado SCE é precedida da elaboração e entrega
os anúncios publicados com vista à venda ou locação; da documentação relativa ao processo de certificação, nos
ii) Entregar cópia do pré-certificado ou certificado SCE termos a definir por despacho do Diretor-Geral da Energia
ao comprador ou locatário no ato de celebração de contrato- e Geologia.
-promessa de compra e venda, ou locação, e entregar o 7 — Pode ser requerida pelo PQ à ADENE a substitui-
original no ato de celebração da compra e venda; ção de um pré-certificado ou de um certificado SCE válido,
desde que o PQ, cumulativamente:
g) Afixar o certificado em posição visível e de destaque a) Justifique e fundamente o seu pedido, salvo nos ca-
nos termos do artigo 8.º sos de cumprimento de procedimentos de regularização
determinados nos relatórios dos processos de verificação
2 — A obrigação estabelecida na subalínea i) da alínea f) de qualidade;
do número anterior é extensível aos promotores ou media- b) Proceda ao registo, prévia ou simultaneamente ao
dores da venda ou locação, no âmbito da sua atuação. pedido de substituição, de novo documento corrigido;
c) Informe devidamente o proprietário do pedido de
Artigo 15.º substituição, quando for o caso, juntando ao requerimento
Tipo e validade do pré-certificado e do certificado à ADENE prova de que deu essa informação.
do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
1 — Os modelos de pré-certificados e certificados SCE 8 — Não é válido o pré-certificado ou certificado SCE
distinguem-se conforme as categorias de edifícios, nos quando:
termos de portaria do membro do Governo responsável a) No documento haja marca-de-água, carimbo ou outro
pela área da energia. sinal em que se declare a sua invalidade ou não produção
2 — Uma vez concluída a obra, o pré-certificado de efeitos;
converte-se em certificado SCE mediante a apresentação b) Esteja ultrapassado o respetivo prazo;
de termo de responsabilidade do autor do projeto e do di- c) Tenha caducado a licença ou autorização de cons-
retor técnico atestando que a obra foi realizada de acordo trução;
com o projeto pré-certificado. d) Não conste do registo pesquisável na zona pública
3 — Os prazos de validade dos pré-certificados e cer-
do Portal SCE;
tificados SCE são os seguintes:
e) Haja outro pré-certificado ou certificado registado,
a) Os pré-certificados têm um prazo de validade de 10 para o mesmo edifício, com data de emissão posterior, caso
anos, salvo o disposto na alínea c) do n.º 8; em que vale o documento mais recente;
Diário da República, 1.ª série — N.º 231 — 25 de novembro de 2015 9601
ou não cumprimento dos referidos requisitos, desde que, 3 — O disposto nos números anteriores é aplicável,
para isso: com as devidas adaptações, às operações urbanísticas de
edificação promovidas pela Administração Pública ou por
a) Justifique as incompatibilidades existentes e a impos- concessionárias de obras ou serviços públicos, isentas de
sibilidade de cumprimento dos requisitos aplicáveis; controlo prévio.
b) Demonstre que, com as soluções alternativas preco-
nizadas, o desempenho do edifício não diminui em relação
à situação anterior à intervenção; CAPÍTULO IV
c) As situações de incompatibilidade, respetivas solu- Regulamento de Desempenho
ções alternativas e potenciais consequências sejam expres- Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços
samente mencionadas no pré-certificado e no certificado
SCE, quando for caso disso. SECÇÃO I
Objetivo e âmbito de aplicação
6 — A razão entre o valor de Ntc de um edifício de ha-
bitação sujeito a grande intervenção, calculado de acordo
Artigo 32.º
com o previsto pela DGEG e o valor de Nt não pode ex-
ceder o estabelecido em portaria do membro do Governo Objetivo
responsável pela área da energia, exceto nas situações O RECS estabelece as regras a observar no projeto,
previstas no número anterior. construção, alteração, operação e manutenção de edifícios
7 — Os sistemas técnicos a instalar em edifícios sujeitos de comércio e serviços e seus sistemas técnicos, bem como
a ampliação devem cumprir com o disposto no n.º 1. os requisitos para a caracterização do seu desempenho, no
sentido de promover a eficiência energética e a qualidade
SUBSECÇÃO III do ar interior.
Edifícios existentes Artigo 33.º
Âmbito de aplicação
Artigo 30.º
Comportamento térmico e eficiência dos sistemas técnicos 1 — O presente capítulo aplica-se a edifícios de comér-
cio e serviços, nas seguintes situações:
1 — Os edifícios de habitação existentes estão sujeitos
a requisitos de comportamento térmico no caso das inter- a) Projeto e construção de edifícios novos;
venções e a requisitos de eficiência dos sistemas, sempre b) Intervenção na envolvente ou qualquer intervenção
que se verifique a instalação de novos sistemas técnicos nos sistemas técnicos de edifícios existentes;
c) Avaliação energética e da manutenção dos edifícios
nos edifícios ou a substituição ou melhoria dos sistemas
novos, sujeitos a grande intervenção e existentes no âmbito
existentes, na medida em que tal seja possível do ponto do SCE.
de vista técnico, funcional e ou económico.
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a 2 — A verificação do RECS deve ser realizada para o
avaliação energética de um edifício de habitação existente, edifício ou para as suas frações, de acordo com o disposto
realizada para efeitos de cumprimento do SCE ou do pre- no artigo 6.º
sente capítulo, deve seguir as metodologias de cálculo 3 — Excluem-se do âmbito de aplicação do presente
previstas para edifícios novos nos artigos 26.º e 27.º capítulo os seguintes edifícios e situações particulares:
3 — Nos casos em que não exista informação disponível
que permita a aplicação integral do previsto no número a) Os edifícios destinados a habitação;
anterior, podem ser consideradas, para os elementos do b) Os casos previstos nas alíneas a) a c) do artigo 4.º;
cálculo onde exista tal constrangimento, as simplificações c) Os monumentos e edifícios individualmente classifi-
descritas em despacho a emitir pela DGEG e aplicadas as cados ou em vias de classificação e os edifícios integrados
regras aí definidas para esse efeito. em conjuntos ou sítios classificados ou em vias de classi-
ficação, nos termos do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de
outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 115/2011, de 5 de
SECÇÃO IV dezembro, e 265/2012, de 28 de dezembro, reconhecidos
Controlo prévio pela entidade competente para o efeito, na medida em que
o cumprimento de certos requisitos mínimos de desempe-
Artigo 31.º nho energético poderia alterar de forma inaceitável o seu
carácter ou o seu aspeto.
Edificação e utilização
1 — Os procedimentos de controlo prévio de operações SECÇÃO II
urbanísticas de edificação devem incluir a demonstração Princípios gerais
da verificação do cumprimento do presente capítulo e
dispor dos elementos definidos em portaria dos membros Artigo 34.º
do Governo responsáveis pelas áreas da energia e do or-
Comportamento térmico
denamento do território.
2 — Os requerimentos para emissão de licença de utili- 1 — Os edifícios abrangidos pelo presente capítulo de-
zação devem incluir os elementos definidos no artigo 9.º do vem ser avaliados e sujeitos a requisitos tendo em vista
RJUE e em portaria dos membros do Governo responsáveis promover a melhoria do seu comportamento térmico, a
pelas áreas da energia e do ordenamento do território. prevenção de patologias e o conforto ambiente, incidindo
9606 Diário da República, 1.ª série — N.º 231 — 25 de novembro de 2015
para esse efeito nas características da envolvente opaca e c) A operacionalidade das instalações através de uma
envidraçada. condução otimizada que garanta o seu funcionamento em
2 — Para os efeitos do disposto no número anterior, o regimes de elevada eficiência energética.
presente capítulo estabelece, entre outros aspetos, os requi-
sitos de qualidade térmica e energéticos da envolvente nos SECÇÃO III
edifícios novos e nas intervenções em edifícios existentes,
expressa em termos de coeficiente de transmissão térmica Requisitos específicos
da envolvente e de fator solar dos vãos envidraçados.
SUBSECÇÃO I
Artigo 35.º Edifícios novos
Eficiência dos sistemas técnicos
Artigo 38.º
1 — Os sistemas técnicos dos edifícios abrangidos pelo
presente capítulo devem ser avaliados e sujeitos a requi- Comportamento térmico
sitos, tendo em vista promover a eficiência e a utilização 1 — Os edifícios novos de comércio e serviços ficam
racional de energia, incidindo, para esse efeito, nas com- sujeitos ao cumprimento dos requisitos de conceção defi-
ponentes de climatização, de preparação de água quente nidos em portaria dos membros do Governo responsáveis
sanitária, de iluminação, de sistemas de gestão de energia, pelas áreas da energia e da segurança social relativos à
de energias renováveis, de elevadores e de escadas rolantes. qualidade térmica da sua envolvente, nomeadamente no
2 — Para os efeitos do disposto no número anterior, o que respeita aos valores máximos:
presente capítulo estabelece, entre outros aspetos:
a) Do coeficiente de transmissão térmica superficial da
a) Requisitos de conceção e de instalação dos sistemas envolvente opaca e envidraçada;
técnicos nos edifícios novos e de sistemas novos nos edi- b) Do fator solar dos vãos envidraçados horizontais e
fícios existentes sujeitos a intervenção; verticais.
b) Um IEE para caracterização do desempenho ener-
gético dos edifícios e dos respetivos limites máximos no
2 — O recurso a sistemas passivos que melhorem o
caso de edifícios novos, de edifícios existentes e de grandes
desempenho energético dos edifícios novos de comércio
intervenções em edifícios existentes;
e serviços deve ser promovido, e o respetivo contributo
c) A obrigatoriedade de fazer uma avaliação energética
considerado no cálculo do desempenho energético dos
periódica dos consumos energéticos dos edifícios exis-
edifícios, com base em normas europeias ou regras defi-
tentes, verificando a necessidade de elaborar um plano de
nidas para o efeito pela DGEG, sendo o recurso a sistemas
racionalização energética com identificação e implemen-
mecânicos complementar, para as situações em que não
tação de medidas de eficiência energética com viabilidade
seja possível assegurar por meios passivos o cumprimento
económica.
das normas aplicáveis.
Artigo 36.º
Ventilação e qualidade do ar interior
Artigo 39.º
Eficiência dos sistemas técnicos
Com vista a assegurar as condições de bem-estar e saúde
dos ocupantes, os membros do Governo responsáveis pelas 1 — Os sistemas técnicos de edifícios novos de co-
áreas da energia, do ambiente, da saúde e da segurança mércio e serviços ficam obrigados ao cumprimento dos
social estabelecem por portaria: requisitos de conceção definidos em portaria dos mem-
bros do Governo responsáveis pelas áreas da energia e da
a) Os valores mínimos de caudal de ar novo por espaço,
segurança social.
em função da ocupação, das características do próprio
2 — O valor do indicador de eficiência energética pre-
edifício e dos seus sistemas de climatização;
visto (IEEpr) de um edifício de comércio e serviços novo,
b) Os limiares de proteção para as concentrações de
calculado de acordo com o definido pela DGEG, não pode
poluentes do ar interior.
exceder o valor do indicador de eficiência energética de
referência (IEEref), definido em portaria dos membros do
Artigo 37.º
Governo responsáveis pelas áreas da energia e da segu-
Instalação, condução e manutenção de sistemas técnicos rança social.
3 — O cumprimento dos requisitos previstos nos nú-
1 — Os sistemas técnicos dos edifícios abrangidos pelo
meros anteriores deve ser demonstrado explicitamente nas
presente capítulo devem ser instalados, conduzidos e man-
peças escritas e desenhadas do projeto do edifício, bem
tidos de modo a garantir o seu funcionamento em condi-
como, no final da obra, em projeto atualizado e restantes
ções otimizadas de eficiência energética e de promoção
comprovativos da boa e correta execução.
da qualidade do ar interior.
4 — Para os edifícios novos, a primeira avaliação ener-
2 — Na instalação, condução e manutenção dos equi-
gética posterior à emissão do primeiro certificado SCE
pamentos e sistemas técnicos referidos no número anterior
deve ocorrer até ao final do terceiro ano de funcionamento
devem ser tidos em particular atenção por parte do TIM:
do edifício.
a) Os requisitos de instalação; 5 — O desempenho energético dos edifícios de comér-
b) A qualidade, organização e gestão da manutenção, cio e serviços novos que se encontrem em funcionamento
incluindo o respetivo planeamento, os registos de ocorrên- deve ser avaliado periodicamente com vista à identificação
cias, os detalhes das tarefas e das operações e outras ações da necessidade e das oportunidades de redução dos con-
e documentação necessárias para esse efeito; sumos específicos de energia.
Diário da República, 1.ª série — N.º 231 — 25 de novembro de 2015 9607
6 — A obrigação de avaliação periódica prevista no 6 — O cumprimento dos requisitos previstos nos nú-
número anterior não é aplicável às seguintes situações: meros anteriores deve ser demonstrado explicitamente nas
peças escritas e desenhadas do projeto do edifício, bem
a) Aos PES, independentemente de serem ou não do-
como no final da obra, em projeto atualizado e demais
tados de sistemas de climatização, desde que não se en-
comprovativos da boa e correta execução.
contrem incluídos nas situações descritas na alínea b) do
7 — Os edifícios de comércio e serviços novos, após
n.º 3 do artigo 3.º;
a obtenção da licença de utilização, ficam sujeitos ao
b) Aos edifícios que não se encontrem em funciona-
cumprimento dos limiares de proteção e condições de
mento e cujos sistemas técnicos estejam desativados à data
referência dos poluentes constantes da portaria a que se
da avaliação para efeitos de emissão do certificado SCE.
refere o artigo 36.º
8 — A fiscalização pelo IGAMAOT dos limiares de
7 — A avaliação energética periódica aos GES após a proteção é feita de acordo com a metodologia e condi-
primeira avaliação referida no n.º 4, deve ser realizada de ções de referência previstas na portaria a que se refere o
oito em oito anos, sendo a correção e tempestividade da artigo 36.º
avaliação comprovada pela:
Artigo 41.º
a) Emissão do respetivo certificado no âmbito do SCE;
b) Elaboração de um relatório de avaliação energética, Instalação, condução e manutenção de sistemas técnicos
acompanhado dos elementos comprovativos que suportem 1 — Os sistemas técnicos dos edifícios devem ser pro-
a análise, bem como de toda a informação que justifique jetados, instalados e mantidos de forma a serem facilmente
as opções tomadas, devendo essa informação permanecer acessíveis para manutenção.
disponível, preferencialmente em formato eletrónico, por 2 — Os fabricantes ou instaladores dos sistemas técni-
um período mínimo de oito anos. cos para edifícios novos de comércio e serviços devem:
8 — Na situação descrita na alínea b) do n.º 3 do ar- a) Fornecer ao proprietário toda a documentação téc-
tigo 3.º em que o edifício não seja qualificado como GES, nica, em língua portuguesa, incluindo a marca, o modelo
após emissão de certificado SCE nos termos dos n.os 1 ou 4 e as características de todos os principais constituintes dos
do mesmo artigo, a avaliação energética referida no n.º 5 sistemas técnicos instalados no edifício;
deve ser realizada de 10 em 10 anos. b) Assegurar, quando for o caso, que os equipamentos
9 — Os requisitos associados à avaliação energética instalados ostentem, em local bem visível, após instala-
são estabelecidos em portaria dos membros do Governo ção, a respetiva chapa de identificação e de características
responsáveis pelas áreas da energia e da segurança social. técnicas.
10 — A avaliação referida nos n.os 4 e 5 obedece às
metodologias estabelecidas por despacho do Diretor-Geral 3 — A instalação de sistemas de climatização em edi-
de Energia e Geologia. fícios novos de comércio e serviços deve ser feita por
equipa que integre um TIM com contrato de trabalho ou
Artigo 40.º de prestação de serviços com empresa habilitada para o
efeito pelo Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P.,
Ventilação e qualidade do ar interior
sendo essa intervenção objeto de registo.
1 — Nos edifícios novos de comércio e serviços deve 4 — No caso de edifícios novos com potência térmica
ser garantido o cumprimento dos valores mínimos de cau- nominal de climatização instalada ou prevista superior a
dal de ar novo determinados, para cada espaço do edifício, 25 kW, os respetivos sistemas técnicos devem ser objeto
com base no método prescritivo ou no método analítico, de receção das instalações, nos termos do procedimento a
conforme definidos na portaria a que se refere o artigo 36.º aprovar pela DGEG.
2 — Para assegurar o cumprimento dos valores mínimos 5 — Os sistemas técnicos dos edifícios novos de co-
de caudal de ar novo referidos nos números anteriores, os mércio e serviços são objeto de um plano de manutenção
edifícios devem ser dotados de sistemas e estratégias que elaborado tendo em conta o seguinte faseamento:
promovam a ventilação dos espaços com recurso a meios a) Na fase de projeto dos sistemas técnicos, devem ser
naturais, a meios mecânicos ou a uma combinação dos estabelecidas as premissas a que o plano deve obedecer em
dois, tendo em conta as disposições constantes da portaria função das características dos equipamentos e dos sistemas
a que se refere o número anterior. técnicos preconizados em projeto, as boas práticas do setor
3 — Para o cumprimento do número anterior, os edifí- e o definido pela DGEG;
cios devem ser projetados de forma a privilegiar o recurso b) Após a conclusão da instalação dos sistemas técnicos
à ventilação natural, sendo a ventilação mecânica com- do edifício e antes da sua entrada em funcionamento, deve
plementar para os casos em que a ventilação natural seja ser elaborado por TIM o plano de manutenção, devida-
insuficiente para cumprimento das normas aplicáveis. mente adaptado às características dos sistemas técnicos
4 — Caso sejam utilizados meios mecânicos de venti- efetivamente instalados e respeitando as boas práticas na
lação, o valor de caudal de ar novo introduzido em cada manutenção, as instruções dos fabricantes e a regulamen-
espaço deve ter em conta a eficácia de redução da con- tação em vigor para cada tipo de equipamento.
centração de poluentes, devendo, para esse efeito, ser con-
siderados os pressupostos definidos na portaria a que se
6 — Após a instalação dos sistemas técnicos, os edifí-
refere o n.º 1.
cios novos devem ser acompanhados, durante o seu fun-
5 — Nos edifícios novos de comércio e serviços dotados
cionamento, por:
de sistemas de climatização ou apenas de ventilação, deve
ser garantido o cumprimento dos requisitos previstos na a) Um TIM que garanta a correta manutenção do edifício
portaria a que se refere o n.º 1. e dos seus sistemas técnicos, supervisione as atividades
9608 Diário da República, 1.ª série — N.º 231 — 25 de novembro de 2015
realizadas nesse âmbito e assegure a gestão e atualização 3 — Nas situações descritas nos números anteriores em
de toda a informação técnica relevante; que existam inviabilidade de ordem técnica ou funcional e
b) Outros técnicos habilitados, desde que a sua partici- ou económica, reconhecida pela entidade gestora do SCE,
pação seja exigida pela legislação em vigor, caso em que e ainda de valor arquitetónico, reconhecido por entidade
a sua atuação e responsabilidade prevalecem em relação competente para o efeito, na medida em que o cumprimento
ao previsto na alínea anterior. de certos requisitos mínimos de desempenho energético
poderia alterar de forma inaceitável o caráter ou o aspeto
7 — O acompanhamento do TIM previsto na alínea a) dos edifícios, excluindo os previstos na alínea c) do n.º 3
do número anterior deve constar de documento escrito que do artigo 33.º com a aplicação de um ou mais requisitos de
comprove a existência do vínculo. conceção previstos no n.º 1, pode o técnico autor do projeto
8 — As alterações introduzidas nos sistemas técnicos adotar soluções alternativas para as partes do edifício onde
dos edifícios de comércio e serviços devem: se verifique tal inviabilidade, desde que para isso:
a) Cumprir os requisitos definidos no n.º 1 do artigo 37.º; a) Justifique as incompatibilidades existentes e a im-
b) Ser incluídas no livro de registo de ocorrências ou possibilidade de cumprimento dos requisitos previstos
na documentação técnica do edifício, garantindo a atua- no n.º 1;
lização desta; b) Demonstre que, com as soluções alternativas, o de-
c) Ser realizadas com o acompanhamento do TIM do sempenho do edifício não diminui em relação à situação
edifício, o qual deve efetuar as devidas atualizações no antes da grande intervenção;
plano de manutenção. c) As situações de incompatibilidade, respetivas so-
luções alternativas e potenciais consequências fiquem
9 — Estão dispensados da verificação dos requisitos explícitas no pré-certificado e no certificado SCE, nos
previstos nos n.os 5 a 8 os edifícios novos que: casos aplicáveis.
a) À data da emissão da respetiva licença de utilização, 4 — O recurso a sistemas passivos que melhorem o
tenham uma potência térmica nominal para climatização desempenho energético dos edifícios novos de comércio
inferior a 250 kW, com exceção do disposto na alínea a) e serviços deve ser promovido aquando da grande inter-
do n.º 6, no caso de instalações com mais de 25 kW de venção e o respetivo contributo considerado no cálculo do
potência nominal de climatização instalada ou prevista desempenho energético dos edifícios, sendo os sistemas
instalar; mecânicos complementares, para os casos em que não seja
b) À data da avaliação a realizar para efeitos de emis- possível assegurar por meios passivos o cumprimento das
são do respetivo certificado SCE, não se encontrem em normas europeias ou das regras a aprovar, para o efeito,
funcionamento e os seus sistemas técnicos estejam desa- pela DGEG.
tivados. 5 — No caso de GES sujeitos a intervenção, todas as
alterações realizadas no âmbito do disposto nos números
10 — Os valores de potência nominal de climatização anteriores devem:
instalada ou prevista instalar referidos nos n.os 4 e 9, po- a) Ser incluídas no livro de registo de ocorrências ou
dem ser atualizados por portaria a aprovar por membro do na documentação técnica do edifício, garantindo a atua-
Governo responsável pela área da energia. lização desta;
b) Ser realizadas com o acompanhamento do TIM do
SUBSECÇÃO II edifício, o qual deve efetuar as devidas atualizações no
Edifícios sujeitos a intervenção plano de manutenção.
4 — Nas situações descritas nos números anteriores em rando uma redução de 30 % do valor obtido pelo método
que exista inviabilidade de ordem técnica ou, funcional e escolhido, desde que não comprometa uma boa qualidade
ou económica reconhecida pela entidade gestora do SCE, do ar interior;
na medida em que o cumprimento de certos requisitos mí- c) Fiquem explícitas no pré-certificado e no certificado
nimos de desempenho energético poderia alterar de forma SCE, conforme o caso, as limitações existentes na renova-
inaceitável o carácter ou o aspeto dos edifícios, excluindo ção de ar dos espaços no plano do cumprimento dos valores
os previstos na alínea c) do n.º 3 do artigo 33.º, pode o de caudal mínimo estabelecidos para novos edifícios.
técnico autor do projeto adotar soluções alternativas para
os sistemas técnicos do edifício ou para as componentes 4 — No caso de GES sujeitos a intervenção, todas as
da instalação técnica onde se verifique tal inviabilidade, alterações realizadas no âmbito do disposto nos números
desde que para isso: anteriores, quando aplicável, devem:
a) Justifique as incompatibilidades existentes e a impos- a) Ser incluídas no livro de registo de ocorrências ou
sibilidade de cumprimento integral dos requisitos previstos na documentação técnica do edifício, garantindo a atua-
no n.º 1; lização desta;
b) Demonstre que, com as soluções alternativas preco- b) Ser realizadas com o acompanhamento do TIM do
nizadas, o desempenho do edifício não diminui em relação edifício, que deve fazer as devidas atualizações no plano
à situação anterior à intervenção; de manutenção.
c) As situações de incompatibilidade, respetivas solu-
ções alternativas e potenciais consequências fiquem ex-
5 — [Revogado].
plícitas no pré-certificado e no certificado SCE, conforme
o caso.
Artigo 45.º
5 — No caso de GES sujeitos a intervenção, todas as Instalação, condução e manutenção de sistemas técnicos
alterações realizadas no âmbito do disposto nos números
anteriores, quando for o caso, devem: 1 — Os sistemas técnicos em edifícios de comércio e
serviços sujeitos a intervenção devem ser instalados, con-
a) Ser incluídas no livro de registo de ocorrências ou duzidos e mantidos de acordo com o previsto no artigo 41.º
na documentação técnica do edifício, garantindo a atua- para edifícios novos.
lização desta; 2 — O TIM do edifício, quando for o caso, deve acom-
b) Ser realizadas com o acompanhamento do TIM do panhar e supervisionar os trabalhos e assegurar que o plano
edifício, o qual deve efetuar as devidas atualizações no de manutenção do edifício é atualizado com toda a infor-
plano de manutenção. mação relativa à intervenção realizada e às características
dos sistemas técnicos do edifício após intervenção.
6 — [Revogado]. 3 — O cumprimento do disposto nos números anteriores
deve ser demonstrado explicitamente nas peças escritas
Artigo 44.º e desenhadas atualizadas do edifício e das instalações
Ventilação técnicas.
4 — Os sistemas técnicos a instalar em edifícios de
1 — No caso de edifícios de comércio e serviços sujeitos comércio e serviços sujeitos a ampliação devem cumprir
a grande intervenção que incida sobre o sistema de venti- com o disposto no presente artigo.
lação, deve ser assegurado, nos espaços a intervencionar,
o cumprimento dos requisitos previstos no artigo 40.º para
SUBSECÇÃO III
edifícios novos.
2 — Nas intervenções, deve ser salvaguardada a inte- Edifícios existentes
gração harmoniosa entre as partes existentes e as partes
intervencionadas no edifício e nos seus sistemas técnicos, Artigo 46.º
em condições que assegurem uma boa qualidade do ar
Comportamento térmico
interior, preferencialmente por ventilação natural.
3 — Nas situações descritas no número anterior em que Os edifícios de comércio e serviços existentes não estão
exista inviabilidade de ordem técnica ou funcional e ou sujeitos a requisitos de comportamento térmico, exceto
económica reconhecidas pela entidade gestora do SCE, em caso de intervenção, caso em que se aplica o disposto
na medida em que o cumprimento de certos requisitos no artigo 42.º
mínimos de desempenho energético poderia alterar de
forma inaceitável o carácter ou o aspeto dos edifícios, Artigo 47.º
excluindo os previstos na alínea c) do n.º 3 do artigo 33.º,
pode o técnico autor do projeto adotar soluções alterna- Eficiência dos sistemas técnicos
tivas para as partes do edifício ou para as componentes 1 — Os edifícios de comércio e serviços existentes não
da instalação técnicas onde se verifique tal inviabilidade, estão sujeitos a requisitos de eficiência dos seus sistemas
desde que para isso: técnicos, exceto nas situações em que são sujeitos a inter-
a) Justifique as incompatibilidades existentes e a impos- venção nos termos do disposto no artigo 43.º
sibilidade de cumprimento integral dos requisitos previstos 2 — O desempenho energético dos edifícios de comér-
no n.º 1; cio e serviços existentes deve ser avaliado periodicamente
b) Cumpra os requisitos de caudal de ar novo determi- com vista à identificação da necessidade e das oportuni-
nados pelo método prescritivo ou pelo método analítico dades de redução dos respetivos consumos específicos
descritos na portaria a que se refere o artigo 36.º, conside- de energia.
9610 Diário da República, 1.ª série — N.º 231 — 25 de novembro de 2015
no portal SCE, integrado no balcão único eletrónico dos nos n.os 1, 3 e 4 do referido artigo 15.º, sobre a competência
serviços referido no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, para a instauração, instrução e decisão final dos proces-
de 26 de julho. sos de contraordenação e sobre os critérios de repartição
2 — Quando, por motivos de indisponibilidade das pla- das importâncias cobradas em resultado da aplicação das
taformas eletrónicas, não for possível o cumprimento do coimas aplicadas;
disposto no número anterior, pode ser utilizado qualquer d) Artigos 21.º e 22.º do Decreto-Lei n.º 79/2006, de 4 de
outro meio legalmente admissível. abril, relativos ao técnico responsável pelo funcionamento
e ao técnico de instalação e manutenção de sistemas de
Artigo 52.º climatização e de QAI;
e) Artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 80/2006, de 4 de abril,
Aplicação nas Regiões Autónomas
sobre os requisitos aplicáveis ao responsável pelo projeto
O presente diploma aplica-se às Regiões Autónomas e pela execução;
da Madeira e dos Açores, sem prejuízo das competências f) Anexo X do Decreto-Lei n.º 79/2006, de 4 de abril,
cometidas aos respetivos órgãos de governo próprio e sobre os valores limite dos consumos globais específicos
das adaptações que lhe sejam introduzidas por diploma dos edifícios de serviços existentes;
regional. g) Artigo 18.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 80/2006, de
4 de abril, sobre os fatores de conversão entre energia útil
Artigo 53.º e energia primária a aplicar para a eletricidade e combus-
Regime transitório tíveis sólidos, líquidos e gasosos;
h) Portaria n.º 835/2007, de 7 de agosto, sobre os valo-
1 — A entrada em vigor do presente diploma não preju- res das taxas de registo das declarações de conformidade
dica a validade dos certificados energéticos antes emitidos. regulamentar (DCR) e dos certificados de desempenho
2 — No caso de edifícios cujo projeto de arquitetura dê energético (CE), a serem utilizados nos termos e para os
entrada na entidade licenciadora antes da entrada em vigor efeitos do artigo 13.º;
do presente diploma: i) Anexos do Despacho n.º 10250/2008, de 8 de abril,
a) É dispensada, por solicitação do interessado, a apli- sobre os modelos de DCR e CE;
cação das normas previstas no presente diploma em sede j) Despacho n.º 14076/2010, de 8 de setembro, sobre
de REH ou de RECS para edifícios novos ou sujeitos a os fatores de conversão entre energia útil e energia pri-
grandes intervenções, sem prejuízo da obrigação de in- mária.
clusão no processo de licenciamento de demonstração Artigo 55.º
do cumprimento dos requisitos aplicáveis, decorrentes da
Entrada em vigor
legislação vigente à data do respetivo licenciamento, ou
de o cumprimento dos requisitos ser atestado por termo O presente diploma entra em vigor a 1 de dezembro
de responsabilidade subscrito por técnico autor de projeto de 2013.
legalmente habilitado;
b) Para efeitos de aplicação do SCE, e no que respeita
exclusivamente à determinação da classe energética do
edifício, o mesmo não se encontra limitado às classes MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO MAR
exigidas para edifícios novos e sujeitos a grandes interven-
ções, sem prejuízo da verificação dos requisitos aplicáveis Portaria n.º 409/2015
mencionados na alínea anterior.
de 25 de novembro
Artigo 54.º A Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, aprovou, em
Norma revogatória anexo, o regulamento de aplicação do regime de pagamento
base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, clima e para o ambiente, pagamento para os jovens agri-
são revogados: cultores, pagamento específico para o algodão e regime
a) O Decreto-Lei n.º 78/2006, de 4 de abril; da pequena agricultura.
b) O Decreto-Lei n.º 79/2006, de 4 de abril; Este regulamento estabelece as normas nacionais com-
c) O Decreto-Lei n.º 80/2006, de 4 de abril. plementares dos regimes de pagamentos diretos, previstos
no Regulamento (UE) n.º 1307/2013, do Conselho e do
2 — A revogação dos preceitos a seguir referidos produz Parlamento Europeu, de 17 de dezembro, no Regulamento
efeitos a partir da entrada em vigor de diploma que regular Delegado (UE) n.º 639/2014, da Comissão de 11 de março,
a mesma matéria: e no Regulamento de Execução (UE) n.º 641/2014, da
Comissão, de 16 de junho de 2014.
a) Artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 78/2006, de 4 de abril, Tendo em conta o documento interpretativo dos citados
sobre os requisitos de acesso e de exercício da atividade regulamentos comunitários entretanto emitido pela Comis-
de PQ e respetivo protocolo; são Europeia, na sequência das notificações das decisões
b) Artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 78/2006, de 4 de abril, nacionais de aplicação dos regimes de pagamentos diretos,
sobre a garantia da qualidade do SCE; considera-se adequado introduzir alguns ajustamentos ao
c) Artigos 14.º a 17.º do Decreto-Lei n.º 78/2006, de regulamento anexo à referida portaria, no que respeita à
4 de abril, sobre as contraordenações cometidas pelo PQ no atribuição e valor dos direitos ao pagamento provenientes
exercício das suas funções, previstas e punidas nos termos da reserva nacional.
das alíneas c), d), e) e f) do n.º 1 do referido artigo 14.º, A presente portaria procede, ainda, à clarificação de
sobre o quadro das sanções acessórias aplicáveis, previstas algumas regras referentes às áreas de pousio, para efeitos