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Doenças do pâncreas

Cão tem dois ductos _ ducto pancreático e pancreático acessório (maior)

Gatos geralmente tem só 1 ducto que unese ao ducto biliar

Funções do pâncreas exócrino

Secreção de enzimas digestivas

Secreção de bicarbonato

Facilitação da absorção de cobalamina (b12) e zinco

Secreção de fatores antimicrobianos

Proteção contra autodigestão

Pâncreas exócrino

produção de enzimas digestivas inativas (zimogênios) em células acinares

células ductais e centroacinares: bicarbonato

acetilcolina e colecistocinina: secreção enzimática

secretina: secreção de bicarbonato

pâncreas endócrino

células α: glucagon

células β: insulina

células D: somatostatina

células PP: polipeptideos pancreáticos

afecções do pâncreas exócrino

insuficiência pancreática exócrina

pancreatite aguda

pancreatite crônica

neoplasias

trematódeos (eurytrema procynotis)

insuficiência pancreática exócrina

secreção deficiente de enzimas digestivas pancreáticas

perda superior a 85% da função pancreática

causas: atrofia acinar pancreática, pancreatite crônica


fisiopatologia

secreção insuficiente de enzimas – ma abosorção (que leva a deficiência de nutrientes que leva
a caquexia e polifagia) _ a ma absorção leva ao excesso de nutrientes no lumem intestina –
diarreia osmótica e a proliferação bacteriana.

Sinais clínicos

Perda de peso, polifagia, diarreia, esteatorréia, pelame de má qualidade.

Diagnostico

Hipocolesterolemia, hipotrigliceridemia, tripsina fecal ausente (testa da digestão do filme de


RX), cobalamina (baixa concentração) imunorreatividade sérica de moléculas similares a
tripsina (TLI)

Atividade da tripsina fecal

Prova do filme de raio – x

Tubo 1 (controle positivo)

9 partes de bicarbonato de 5% e 1parte de fezes normais

Tubo 2 (controle negativo)

Bicarbonato a 5%

Tubo 3 (teste)

9 partes de bicarbonato a 5% e 1 parte de fezes do animal do teste

Deixa 1 hora a 37ºC ou 2h3min a temperatura ambiente

Tratamento

Reposição enzimática

Pancreatina bovina na refeição

Dieta

Altamente digeríveis, ácidos graxos de cadeia media

Suplementação de vitaminas:

Vitamina E por via oral

Cobalamina Im SC

Antibioticoterapia com metronidazol

Pancreatite
Aguda – inicio súbito, reversível, pode ser letal, 70% dos casos é em cães

Crônica – inflmação continua, irreversível, retoma aspecto agudo, IPE e DM, mais comum em
gatos.

Aguda

Leve – não ocorre insuficiência multissitemica e ocorre a recuperação sem


complicações

Grave – insuficiência multissistemica

Complicações (pseudocisto, abscesso)

Crônica

Leve – alterações morfológicas mínimas, perda subclínica das funções endócrinas e


exócrinas, (letargia, anorexia, perda de peso, vomito crônico)

Grave – danos morfológicos graves, insuficiência pancreática exócrina ou diabetes


mellitus

Pancreatite aguda

Desafio para clínicos de pequenos animais, podem ser moderados ou severos, casos severos
são fatais, 3 formas diferentes, edematosa, necrotizante, supurativa.

Patofisiologia da pancreatite aguda

Fusão dos grânulos de zimogênio com lisossomos no citoplasma das células acinares ativação
da tripsina.

Digestão de membranas celulares, ativação de outras pró-enzimas, ativação de resposta


inflamatória e produção de radicais livres.

Etiologia

Geralmente desconhecida

Fatores potenciais – dieta rica em gorduras, hiperlipoproteinemias, obesidade,


obstrução ductal, refluxo duodenal, medicamentos (glicocorticoides), traumatismo,
infecciosas, doenças endócrinas.

Predisposição

Cães – de meia idade e idosos, com sobrepeso ou obesos, cães terriers e cães de
companhia.

Felinos – sem predisposição etária, sexual ou racial, assoada com colangites e doenças
intestinais inflamatórias, tríade felina (pancreatite + dII+ colangio-hepatite)

Sinais clínicos
Sinais mais comuns – letargia, anorexia, posição ‘de prece” (dor abdominal), vomito (com ou
sem sangue), desidratação, hipotensão, hiper/hipotermia.

Sinais variáveis: diarreia, taquipnéia, aumento de volume abdominal, icterícia, cid, alterações
neurológicas.

Diagnostico diferencial

Torção ou ulceração gástrica, intussuscepção , ruptura, ou obstrução intestinal,


ruptura biliar, torção esplênica, piometra, pielonefrite, peritonite, septicemia, prostatite,
hipoadrenocorticismo, discoespondilite, protrusão de disco intervertebral.

diagnostico

Anamenese: histórico de administração de medicamentos, doenças predisponentes


(hiperadrenocorticismo) diabetes mellitus, hipotireoidismo.

Trauma

Sinais clínicos: abdômen agudo.

Exames laboratoriais

Hemograma, leucocitose variável, hemocontração

Azotemia renal ou pré renal

Hiperglicemia (gatos

Amilase e lipase (não muito especificas)

Alteração dos fatores de coagulação

Na, k, ca, urinalise – descartar outras causas

Em cães a forma aguda é a mais comum, a amilase norma é em torno de 47% (mais sensível), a
lipase normal em cerca de 61% e é mais especifica.

Em gatos a forma crônica é mais comum, a amilase e lipase são sem importância, a
hiperlipoproteinemia e tg e colesterol são importantes.

Função pancreática – amilase e lipase séricas aumentadas, analise de efusão abdominal


)dosagem de amilase e lipase: bom indicativo comparar com o soro.

Exames complementares ECG – podem ocorrer arritmias ventriculares e supraventriculares oq


é um fatore depressor do miocárdio.

Radiografia – diminuição do contraste, da porção cranial direta do abdome,

Aumento do ângulo entre piloro e duodeno

Deslocamento do estomago para a esquerda

Ultra – som – heterogenicidade de parênquima com área hiecóicas.

Hiperecogenicidade peripancreatica
Testes específicos – imunorreatividade sérica de moléculas similares a tripsina (TLI)

Diagnostico precoce, pois valores diminuem rapidamente após grande aumento no


inicio da doença.

Imunorreatividade da lipase pancreática (PLI) mais especifica, não disponível.

cPLI (pancreatic lipase immunoreactivity)

81 – 97% sensibilidade

82 – 96% especificidade

Especificidade: dosa apenas a lipase de origem pancreática.

67% de sensibilidade

54% em casos leves a discretos, 100% em casos moderatos a graves.

91% de especificidade (por RIE)

Pancreatite canina

Suspeita clinica – sinais clínicos e fatores predisponentes

Exames laboratoriais – hemograma, bioquimocos (amilase e lipase , ureia e creatinina)

Imagem ( sensibilidade de 68%)

Exames complementares – cPLI, CA, colesterol, tg, urinalise, liquido peritoneal.

Tratamento

Pancreatite aguda severa

Fluidoterapia, antiemetico (maroptan serenia)

Antibiótico – enrofloxacina

Analgésico – opioide

Dieta de 0% de gordura e se em 5 dias não comer alimentação por jejunostomia ou


nutrição parenteral total.

Nutrição via jenuno impede a translocação bacteriana e não estimula a secreção pancreática

Após a melhora (arroz, rocota, e ovos cozidos)

Fluidoterapia agressiva para correção de desequilíbrio hidro- eletrolítico e acido básico

Geralmente acidose metabólica e na, k e cl

Vomito intenso: alcalose metabólica

Plasma fresco ou fresco congelado

Fornecimento de antiproteases (alfa-macroglobulinas) e fatores de cogulação


Terapia anti-emética

Metoclopramida

Osdansetrona

Analgesia – opioides

Antibióticos – lesão inicial asséptica, predispõem a translocação bacteriana a partir do


duodeno

Enrofloxacina, cefotaxima ou cefalotina

Glicocorticoides (usar somente em casos de choque)

Dialise peritoneal.

Pancreatite aguda moderada

Jejum hídrico – alimentar por 2 a 3 dias

Fluidoterapia de manutenção e reposição de perdas

Terapia anti-emética

Manutenção com dieta restrita em gordura

Complicações

Pseudocisto pancreático

Abscesso pancreático

Pancreatite crônica

Insuficiência pancreática exócrina

Diabetes mellitus

Ira

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