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1) Segundo Alexandre de Freitas, “A globalização caracteriza-se portanto, pela

expansão dos fluxos de informações — que atingem todos os países, afetando empresas,
indivíduos e movimentos sociais —, pela aceleração das transações econômicas —
envolvendo mercadorias, capitais e aplicações financeiras que ultrapassam as fronteiras
nacionais — e pela crescente difusão de valores políticos e morais em escala universal”.
BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado: política, sociedade e
economia. São Paulo: Contexto, 2010, p. 12 e 13.

Com base na definição acima e nos estudos sobre globalização, é CORRETO afirmar
que

a) o autor não leva em consideração a internet e a tecnologia para a construção de


computadores no processo de globalização.

b) segundo a definição de Freitas, a globalização se restringe aos eventos em escala


internacional.

c) a globalização, por sua natureza planetária, é um duro golpe contra a expansão


religiosa.

d) há autores que consideram a Expansão Marítima do século XVI como primeiro ato na
história do processo de globalização.

e) por suas carências políticas, sociais e financeiras, os países pobres não participam do
processo de globalização.

2) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não
implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como
tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e
financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam
os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na
sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar
entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina,
“comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem
de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas... Luiz Felipe Thomaz,
“D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009,
p.16-17. Adaptado.
Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos
XV e XVI foi um empreendimento

a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas
eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana

b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de


que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e vice-versa.

c) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã
e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrar-se-iam incompatíveis.

d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos


econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional.

e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de,


oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a
expansão da fé cristã.

3) "Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e


ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais
para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os
portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam
em sua jurisdição."

Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527. O texto
remete diretamente

a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.


b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.

c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária

d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.

e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.

4) Durante a Baixa Idade Média, ocorreu em Portugal a denominada Revolução de Avis


(1383-1385), que resultou em uma mudança dinástica, cuja principal consequência foi
a) o enfraquecimento do poder monárquico diante das pressões localistas que ainda
sobreviviam nas pequenas circunscrições territoriais do Reino.

b) o surgimento de uma burguesia industrial cosmopolita e afinada com a mentalidade


capitalista que se instaura na Europa.

c) o início das grandes navegações marítimas, que resultaram no descobrimento da


América e no reconhecimento da Oceania pelos lusitanos.

d) o início do processo de expansão ultramarina, que levaria às conquistas no Oriente,


além da ocupação e do desenvolvimento econômico da América portuguesa.

e) o surgimento de uma aristocracia completamente independente do Estado, que tinha


como projeto político mais relevante a expansão do ideal cruzadista.

5) O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494 e confirmado nos seus


termos pelo Papa Júlio II em 1506, representou para o século XVI um marco importante
nas dinâmicas europeias de expansão marítima. O tratado visava:

XXXa) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento
propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima.

b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias


africanas e da formação do exército nacional.

c) impor a reserva de mercado metropolitano espanhol, por meio da criação de um


sistema de monopólio que atingia todas as riquezas coloniais.

d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o


Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias.

e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a


destruição da Invencível Armada de Filipe II, da Espanha.

6) Não tendo capital necessário para realizar a colonização do Brasil, pois atravessava
uma série crise econômica, Portugal decidiu adotar o sistema de capitanias hereditárias.

É correto afirmar que:


a) as capitanias foram entregues a capitães-donatários, com o compromisso de
promoverem seu povoamento e exploração; contudo, poucos eram os direitos e os
privilégios que recebiam em troca.

b) o sistema foi adotado devido à presença de estrangeiros no litoral, à péssima situação


econômico-financeira de Portugal e ao seu sucesso nas Ilhas do Atlântico.

c) as capitanias eram pessoais, transferíveis, inalienáveis e não podiam ser passadas para
seus herdeiros.

d) o sistema era regulamentado por dois documentos: a Carta de Doação e o Foral,


sendo que na Carta de Doação vinham detalhados os direitos e deveres dos donatários,
além dos impostos e tributos a serem pagos.

e) a administração política da colônia tornou-se centralizada, assim como a da


Metrópole.

7) “A sesmaria foi o atrativo utilizado pela Coroa Portuguesa para dispor de recursos
humanos e financeiros no processo colonizador.” Sobre o sistema de sesmarias, marque
a alternativa correta:

a) o sesmeiro não detinha a posse útil da terra, mas apenas o dever de administrá-la.

b) a doação de sesmarias definiu a colonização nos moldes da pequena propriedade


agrícola.

c) a coroa portuguesa financiou a vinda e instalação dos pequenos proprietários.

d) a doação de sesmarias substituiu as fracassadas capitanias hereditárias.

e) o sesmeiro tinha posse plena da terra e o dever de torná-la produtiva.

8) “[El rei D. João III] ordenou que se povoasse esta província, repartindo as terras por
dx fbpessoas que se lhe oferecessem para as povoarem e conquistarem à custa de sua
fazenda, e dando a cada um cinquenta léguas por costa com todo o seu sertão, para que
eles fossem não só senhores mas capitães delas pelo que se chamam e distinguem por
capitanias.” SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brasil (1550-1627). 7 ed. Belo
Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1982. p. 103-104.
Ao receber uma capitania hereditária, o donatário recebia também o Foral, um
documento onde eram determinados os seus direitos e deveres nas terras a ele
concedidas. Dentre esses direitos e deveres não constava:

a) o direito de repassar a concessão das capitanias a um descendente.

b) o dever de cumprir as funções militares e judiciais na capitania.

c) o direito de controlar o direito de passagem nos rios e portos.

d) o direito de vender as terras recebidas a terceiros.

e) fundar vilas.

9) O sistema de capitanias, criado no Brasil em 1534, refletia a transição do feudalismo


para o capitalismo, na medida em que apresentava como característica:

a) a ausência do comércio internacional, aliada ao trabalho escravo e economia voltada


para o mercado interno;

b) uma economia de subsistência, trabalho livre, convivendo com forte poder local
descentralizado;

c) ao lado do trabalho servil, uma administração rigidamente centralizada;

d) embora com traços feudais na estrutura política e jurídica, desenvolveu uma


economia escravista, exportadora, muito distante do modelo de subsistência medieval;

e) uma reprodução total do sistema feudal, transportada para os tópicos.

10) Na administração do Brasil colonial, a Igreja desempenhava papel de grande


importância, igualando-se muitas vezes à administração civil. Isto se devia ao seguinte:

a) pelas decisões do Concílio de Trento, acatadas por Portugal, o poder eclesiástico


tinha voz ativa nos assuntos temporais;

b) a excomunhão religiosa afastava o indivíduo de todas as atividades da vida colonial;

c) a identidade de interesses e propósitos da Igreja e Estado tornava a colaboração


indispensável à Administração;
d) a autonomia gozada pela Igreja em Portugal transferiu-se para o Brasil por decisão
Papal;

e) os negócios eclesiásticos no Brasil estavam sempre dissociados dos problemas


econômicos dos colonos.

11) Os governos-gerais foram instituídos como a única solução político- administrativa


viável para a colonização efetiva do Brasil na segunda metade do século XVI, porque:

a) a instituição do sistema, em 1548, suprimiu definitivamente a divisão da colônia em


capitanias hereditárias.

b) o governo-geral representava a centralização político-administrativa da colônia, que


se tornava imperativa, pelo sucesso da maioria das capitanias hereditárias.

c) o risco crescente, criado com a autonomia excessiva das capitanias hereditárias, levou
o Estado metropolitano a organizar o governo-geral para substituí-las.

d) o governo centralizado na colônia correspondia melhor à definição absolutista do


próprio governo metropolitano.

e) o governo-geral constituía-se, em nível político, como um regime descentralizado e,


em nível econômico, como uma grande empresa particular, estando à frente o
governador, o único responsável pelo investimento inicial e pelo incentivo à produção.

12) Para administrar as suas terras da América, a Metrópole Portuguesa organizou um


sistema administrativo formado por vários níveis de governo.

Sobre a estrutura administrativa colonial adotada pelo Império Português, em suas


possessões americanas, leia as afirmativas a seguir.

I. As capitanias hereditárias foram criadas em 1534 e constituíram a primeira forma de


gestão administrativa da América Portuguesa. Doadas a particulares - os donatários -, as
capitanias visavam garantir a posse das terras através da sua colonização. Todavia,
como apenas as de São Vicente e Pernambuco prosperaram, foi estabelecido, na Bahia
de Todos os Santos, o Governo Geral, em 1549, que se sobrepôs às capitanias
existentes.
II. A Paraíba não constava entre as capitanias hereditárias, sendo criada depois, em
1585, época dos Governos-Gerais, portanto, sob controle direto da Coroa. Daí a sua
designação de real, posto que era propriedade do Estado monárquico, encarnado no Rei,
como era o costume no Antigo Regime. Por esse motivo, nunca houve donatários da
capitania da Paraíba, mas sim governadores ou capitães-mores.

III. As Câmaras municipais das vilas e cidades foram instâncias administrativas que
representavam o poder dos senhores locais. Eram ocupadas pelos homens bons,
categoria social de sesmeiros, a nobreza da terra, e por comerciantes e seus
representantes. Mulheres, gentios e homens livres pobres, por serem dependentes, e os
escravos, por serem propriedade, estavam excluídos da representação.

Está(ão) correta(s):

a) apenas II

b) apenas III

c) apenas I e II

d) apenas II e III

e) I, II e III

13) Leia este trecho do documento:

Eu el-rei faço saber a vós [...] fidalgo de minha casa que vendo eu quanto serviço de
Deus e meu é conservar e enobrecer as capitanias e povoações das terras do Brasil e dar
ordem e maneira com que melhor e seguramente se possam ir povoando para
exaltamento da nossa santa fé e proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais deles
ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza e povoação grande e forte em
um lugar conveniente para daí se dar favor e ajuda às outras povoações e se ministrar
justiça e prover nas coisas que cumprirem a meus serviços e aos negócios de minha
fazenda e a bem das partes [...]

É CORRETO afirmar que, nesse trecho de documento, se faz referência

a) à criação do Governo Geral, com sede na Bahia.

b) à implantação do Vice-Reinado no Rio de Janeiro.


c) à implementação da Capitania-sede em São Vicente.

d) ao estabelecimento de Capitanias Hereditárias, no nordeste.

14) Sobre os povos indígenas no Brasil, pode-se afirmar:

I. Eles viviam em aldeias formadas por grandes casas, cada uma delas habitada por
dezenas de pessoas ligadas pelo casamento e parentesco. Embora não tivessem chefes
formais, os seus grandes guerreiros detinham um enorme prestígio, o que lhes permitia
alguns privilégios, como o de possuírem várias esposas.

II. Alguns desses povos, como os Potiguara da Paraíba, ofereceram grande resistência à
colonização portuguesa, enquanto outros, como os Tupiniquim de São Paulo, apoiaram
os europeus em suas guerras contra outros povos tupis. Os portugueses utilizaram muito
bem as rivalidades entre os índios como arma de conquista.

III. Os tupis possuíam uma economia bastante simples, baseada no cultivo de plantas,
como trigo e milho, e na criação de pequenos animais, como cabras e galinhas. Algumas
aldeias possuíam pequenos celeiros, onde a produção era armazenada e monopolizada
pelos chefes hereditários.

Está(ão) correta(s) apenas:

a) II

b) II e III

c) I

d) I e II

e) III

15) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O


europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua
cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há
um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores
que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:

a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.


b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.

c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e


vingativo dos naturais.

d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na


extração da borracha.

e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

16) A produção de açúcar, no Brasil colonial:

a) possibilitou o povoamento e a ocupação de todo o território nacional, enriquecendo


grande parte da população.

b) praticada por grandes, médios e pequenos lavradores, permitiu a formação de uma


sólida classe média rural.

c) consolidou no Nordeste uma economia baseada no latifundiário monocultor e


escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.

d) desde o início garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica
de sua hegemonia na República.

e) não exigindo muitos braços, desencorajou a importação de escravos, liberando


capitais para atividades mais lucrativas.

17) Para garantir a posse da terra Portugal decidiu colonizar o Brasil. Mas, para isso,
seria preciso desenvolver uma atividade econômica lucrativa. A solução encontrada foi
implantar em certos trechos do litoral:

a) a produção açucareira

b) a explorar o ouro

c) a extração do pau-brasil

d) a criação de gado

e) o comercio de especiarias
18) A instituição do Governo Geral do Brasil, por carta Régia de 7 de janeiro de 1549,
com sede na Bahia de Todos os Santos, gerou profundas transformações na estrutura do
sistema administrativo do Brasil, dentre as quais figuram as seguintes:

01) a arrecadação de impostos da Coroa passou a ser fiscalizada e coordenada por um


provedor-mor

02) a defesa do litoral passou para a responsabilidade e comando de um capitão-mor da


costa.

04) com o primeiro governador veio a primeira missão jesuítica, sob a direção de
Manuel da Nóbrega, com a finalidade de cuidar das coisas espirituais.

08) governador-geral, o provedor-mor e o ouvidor-geral receberam, cada qual, o seu


regimento.

16) com o governador-geral foram extintas as Capitanias Hereditárias.

( ) Soma das corretas

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