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Epístola de

Tiago
Análise menos doze claros paralelismos. Escolhido como moderador
Escrevendo de modo extremamente parecido, em estilo, da igreja de Jerusalém, após o Pentecostes. Tiago deu à sua
com a literatura de sabedoria do Antigo Testamento, ainda que epístola um ar de autoridade sem presunção. Sem apresentar
com evidentes premissas cristãs, Tiago apresenta por tema a qualquer apologia, seus 108 versículos contêm cinqüenta e
“religião pura” (1.27), a religião do divino amor experimenta­ quatro mandamentos.
do no coração. Ele mostra que a religião pura é testada pelas
provas e tentações nos fiéis, que assim testam o que é carnal e
egoísta. Esses testes positivos e negativos da religião pura re­
Esboço
O PROPÓSITO DE DEUS SOBRE O PROGRESSO DO
velam contrastantes qualidades espirituais e carnais. Por exem­
CRENTE NA RELIGIÃO PURA, 1.1 - 2 7
plo, há repetições sobre a tentação útil e a tentação maléfica
A Tentação que Edifica: o Teste Auxiliador e o Malefício,
(teste), sobre a sabedoria verdadeira e a sabedoria falsa, sobre 1.1-12
a fé verdadeira e a fé falsa, sobre o eu carnal e o eu espiritual, Saudação Apostólica, 1.1
e sobre a confiança verdadeira e a confiança falsa. Esses con­ O Teste que deve ser Recebido com Alegria, 1.2
trastes são sugeridos parenteticamente, onde ocorrem. Deus Usa-o, visando a Santidade de Caráter, 1.3
A epístola é claramente cristã pelo fato que reconhece as Exige Obediência ao Espírito, 1.4
reivindicações de Cristo (1.1; 2.1,7), que faz referência à Se­ Sua Constância Subentende uma Sabedoria Dada pelo
Espírito de Deus: a Verdadeira e a Falsa Sabedoria, 1.5
gunda Vinda (1.12; 5.7,8), que fala sobre a regeneração pes­
O Divino Dom da Sabedoria Depende da Fé Verdadeira:
soal mediante a fé (1.18,21), fazendo relembrar o ensino da
a Fé Verdadeira e a Falsa, 1 .6 -8
chamada “literatura de sabedoria” do Antigo Testamento, con­ A Falta dessa Fé Revela Duplicidade de Vida: O Eu Carnal
forme o encontramos nos livros de Jó, Provérbios e Eclesias- e o Eu Espiritual, 1.8
tes e em alguns dos salmos. Isso põe o bem e o mal em Os de Humilde Condição Devem Congratular-se com
confronto, e se refere basicamente ao tema da “religião pura” esse Teste: a Confiança Verdadeira e a Falsa, 1.9-11
e da religião falsa. A Importância-Chave da Atitude Pessoal, no Teste, 1.12
O autor tinha em mente os crentes fiéis que são um exem­ A Tentação que Destrói: Teste Útil e Maléfico, 1 .1 3 -1 6
plo da “religião pura”, que passam sob teste e provação. A es­ Deus não Impele ao Mal, 1.13
Desejo Egoísta — Força Sedutora da Tentação, 1 .14 -1 6
ses ele encoraja. Mas Tiago também tem em vista os
Deus — o Principal Bem do Crente: Confiança
indivíduos mais carnais e egoístas, cuja conduta mostra que
Verdadeira e Falsa, 1.17,18
têm falhado perante o teste da “religião pura”. A esses ele re­ A Origem de Toda Bênção, 1.17
preende. Porém, por toda a epístola, a verdadeira religião do Sua Obra Redentora — Evidência de Seu Amor, 1.18
coração, quer conforme é testada nas vidas dos fiéis, quer con­ Exortação Consequente sobre a Santidade Pessoal,
forme um desmascaramento e juízo contra as vidas dos indi­ 1 .19 -2 7
víduos carnais, é o tema deste livro. Exigida a Probidade de Coração: a Sabedoria Verdadeira
Tiago faz repetido uso do paradoxo ao asseverar a supe­ e a Falsa, 1.19-21
A Probidade de Coração Resulta da Justiça Prática: Fé
rioridade dos valores espirituais, tão comumente despercebi­
Verdadeira e Falsa, 1 .22 -2 7
dos. Assim é que Tiago fala sobre duas espécies de fé, duas
TESTES DA RELIGIÃO PURA, 2 .1 — 5.20
espécies de sabedoria, duas espécies de tentação, duas espé­ Teste da Parcialidade Egoística: A Verdadeira e a Falsa
cies de confiança, duas espécies de “eu”. Isso será notado con­ Confiança; o Eu Carnal e o Eu Espiritual, 2 .1 -1 3
forme ocorrer o desenvolvimento do tema. Tiago se mostra Teste da Fé Operante pelo Amor: a Fé Verdadeira e a
prático e livre de embaraços teológicos, em sua ênfase. Seu Falsa, 2 .1 4 -2 6
primeiro capítulo, que fala sobre o programa de Deus de san­ Teste do Amor como Modo de Vida: a Sabedoria
tificação real na vida do crente, introduz e apresenta em mi­ Verdadeira e a Falsa, 3.1 -1 8
Teste da Facção Egoísta: o Eu Carnal e o Eu Espiritual,
niatura os tópicos que são tratados de modo mais completo nos
4 .1 -1 2
capítulos restantes.
Teste da Vida Dirigida pelo Eu: a Confiança Verdadeira e
a Falsa, 4 .1 3 -1 7
Autor Teste da Caridade na Aquisição e na Mordomia das
Na epístola, encontramos a declaração que se trata de um Riquezas: a Confiança Verdadeira e a Falsa, S.1 - 6
escrito de Tiago. Três indivíduos com esse nome são mencio­ Teste da Paciência sob a Opressão: o Teste Útil e o
nados no Novo Testamento. Entretanto, Tiago, filho de José e Maléfico, 5.7-11
Teste da Restrição nos Compromissos: a Confiança
Maria, e portanto, irmão do Senhor Jesus, tem sido creditado
Verdadeira e a Falsa, 5.12
pela Igreja Cristã como autor dessa epístola. Tiago, em seu en­
Teste da Oração que Prevalece: a Confiança Verdadeira e
sino, exibe notável semelhança com nosso Senhor. Uma com­ a Falsa, 5 .1 3 -2 0
paração entre essa epístola e o Sermão do Monte revela pelo
1727 TIAGO 1.18
Prefácio e saudação 1.1 oMl 13.55; dente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e
Mc 6.3;
Tiago0, servo de Deus e do Senhor Je­ At 15.13; desaparece a formosura do seu aspecto; assim

1 sus Cristo, às doze tribos que


tram na Dispersão, saudações.
se encon­ Cl 1.19
1.2 6Mt 5.12;
Hb 10.34
também se murchará o rico em seus ca­
m inhos/

Os benefícios das provações 1.3 cRm 5.3


A origem do pecado
2 Meus irmãos, tende por motivo de toda 12 Bem-aventurado o homem que su­
1.5 aiRs 3.9;
alegria o passardes por várias provações,b Pv 2.3; Mt 7.7; porta, com perseverança, a provação; porque,
3 sabendo que a provação da vossa fé, Lc 11.9; depois de ter sido aprovado, receberá a coroa
IJo 5.14-15
uma vez confirmada, produz perseverança.0 da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o
4 Ora, a perseverança deve ter ação com­ 1.6 c Mc 11.24; am am /
pleta, para que sejais perfeitos e íntegros, em ITm 2.8 13 Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou
nada deficientes. 1.8 fStg 4.8
tentado por Deus; porque Deus não pode ser
tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém
1.10 9|ó 14.2; tenta.
Como obter a sabedoria Is 40.6;
5 Se, porém, algum de vós necessita de 1Co 7.31; 14 Ao contrário, cada um é tentado pela
sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá libe­
1Pe 1.24; sua própria cobiça, quando esta o atrai e
IJo 2.17
ralmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á seduz.
concedida.d 1.11 6 ( 10- 11) 15 Então, a cobiça, depois de haver conce­
Is 40.6-7 bido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez
6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvi­
dando; pois o que duvida é semelhante à onda 1 .1 2 'Jó 5.17; consumado, gera a morte./
do mar, impelida e agitada pelo vento.e Mt 10.22;
1Co 9.25;
7 Não suponha esse homem que alcançará 2Tm 4.8; Tg 2.5; A origem do bem
do Senhor alguma coisa; 1Pe 5.4
16 Não vos enganeis, meus amados
8 homem de ânimo dobre, inconstante em irmãos.
1.15 /Jó 15.35;
todos os seus cam inhos/ Rm 6.21,23 17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito
1.17 são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em
As circunstâncias terrenas são transitórias *Nm 23.19; quem não pode existir variação ou sombra de
1Sm 15.29;
9 O irmão, porém, de condição humilde Jo 3.27; 1Co 4.7 m udança/
glorie-se na sua dignidade, 18 Pois, segundo o seu querer, ele nos
10 e o rico, na sua insignificância, porque 1.18 ')r 2.3; gerou pela palavra da verdade, para que
10)4.15;
ele passará como a flor da erva. 9 tf 1.12; fôssemos como que primícias das suas
11 Porque o sol se levanta com seu ar­ 1Pe 1.23 criaturas/

1.1 Às doze tribos. Provavelmente não se refere a judeus oração é tão certo quanto o fato de que aquele que pede com
como raça, mas a judeus crentes em Cristo que assim se tor­ fé receberá (5,6).
naram o verdadeiro Israel de Deus (G I6 .1 6 ; Fp 3.3). Em
1.12,13 Provação.. . ser tentado representam a mesma pala­
1 Pe 1.1, "Dispersão" também se refere a gentios cristãos.
vra no grego. O sentido duplo vem da pressão externa
1.2.3 Para o crente, toda provação toca na sua fé que assim (prova) e do desejo interno (tentação). No v 12 está em vista
é confirmada e produz um homem perfeito (plenamente de­ a provação externa (senão exigiria opor-se em lugar de su­
senvolvido) em Cristo (1 Pe 1 .6 -9 ; Rm 5 .3 —5). Por isso deve­ portar), enquanto no v 13 refere-se à tentação para o pe­
mos nos alegrar quando vêm provações pelo lucro espiritual cado. Coroa da vida, lit "grinalda" (cf n em Fp 4 .1). Não é
que nos proporcionam. símbolo real ou régio, mas sinal de aprovação (cf 1 T s 2 .1 9 e
1 .3.4 Perseverança (gr hupomonê). É a paciência quando não Mt 25.21).
há rem édio, constância sob uma prova prolongada 1.17 Pai das luzes. Em contraste com a idéia corrente na as­
(cf 2 Ts 3.5, "constância"). trologia que as estrelas controlavam fatalmente o destino do
1.5 Sabedoria. Nesta epístola é a compreensão cristã que se homem, Tiago afirma que nosso Pai, perfeito em benevolên­
manifesta numa vida que segue a lei de Deus como sua regra cia, rodeia nosso caminho com dádivas. Também se realça,
de fé e moralidade. em contraste com o Sol ou a lua, que variam, a constância de
• N. Hom. 1 .5 -7 Tema: Oração de petição. 1) A fonte: nasce Deus (cf Hb 13.8 e Ml 3.6).
da necessidade. 2) O alvo: dirige-se a Deus. 3) O requisito: fé 1.18 O maior e mais importante de todos os seus dons é a
sem dúvidas. 4 ) O resultado: concessão liberal sem repreensão. regeneração pela palavra da verdade (o evangelho, cf Cl 1.5;
1.7 Que o homem vacilante não receberá resposta à sua 1 Pe 1.22,23).
TIAGO 1.19 1728
A prática da palavra de D eus 1.19 mPv 10.19 Não se deve fa ze r acepção de pessoas
19 Sabeis estas coisas, meus amados ir­ Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso
mãos. Todo homem, pois, seja pronto para
ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.m
1.21 «At 13.26;
1Co15.2;
Ef 1.13; Tt 2.11;
2 Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória,
em acepção de pessoas.'
IPe 1.9
20 Porque a ira do homem não produz a 2 Se, portanto, entrar na vossa sinagoga
justiça de Deus. 1.22 °Mt 7.21; algum homem com anéis de ouro nos dedos,
21 Portanto, despojando-vos de toda im­ Rm 2.13; 1|o 3.7 em trqjos de luxo, e entrar também algum
pureza e acúmulo de maldade, acolhei, com pobre andrajoso,
mansidão, a palavra em vós implantada, a 1.23 Ptc 6.47 3 e tratardes com deferência o que tem os
qual é poderosa para salvar a vossa almá.n trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te
1.25 9jo 13.17;
22 Tomai-vos, pois, praticantes da pala­ 2Co 3.18 aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre:
vra e não somente ouvintes, enganando-vos a Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo
vós mesmos.0 1.26 'S! 34.13; do estrado dos meus pés,
IPe 3.10 4 não fizestes distinção entre vós mesmos
23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra
e não praticante, assemelha-se ao homem que e não vos tomastes juízes tomados de perver­
1.27
contempla, num espelho, o seu rosto na­ ris 1.16-17; sos pensamentos?
tural^ Rm 12.2; 5 Ouvi, meus amados irmãos. Não esco­
1)o 5.18
24 pois a si mesmo se contempla, e se lheu Deus os que para o mundo são pobres,
retira, e para logo se esquece de como era a 2.1 tLv 19.15;
para serem ricos em fé e herdeiros do reino
sua aparência. Pv 24.23; que ele prometeu aos que o amam?“
25 Mas aquele que considera, atenta-^ ICo 2.8; 6 Entretanto, vós outros menosprezastes o
Tg 22.9
mente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela pobre. Não são os ricos que vos oprimem e
persevera, não sendo ouvinte negligente, mas 2.5 uÊx 20.6;
não são eles que vos arrastam para tri­
operoso praticante, esse será bem-aventurado ISm 2.30; bunais? V
no que realizar.1? Mt 5.3; Jo 7.48; 7 Não são eles os que blasfemam o bom
ICo 1.26,28;
26 Se alguém supõe ser religioso, dei­ 1Tm 6.18;
nome que sobre vós foi invocado?
xando de refrear a língua, antes, enganando o 2Tm 4.8; Ap 2.9 8 Se vós, contudo, observais a lei régia
próprio coração, a sua religião é vã.r segundo a Escritura:
27 A religião pura e sem mácula, para 2.6 vAt 13.50; Amarás o teu próximo como a ti mesmow,
1Co 11.22
com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os fazeis bem;
órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a 2.8 wLv 19.18 9 se, todavia, fazeis acepção de pessoas,
si mesmo guardar-se incontaminado do cometeis pecado, sendo argüidos pela lei
mundo, s 2.9 *Stg 2.1 como transgressores.'

1.19 Tardio para falar, i.e ., não precipitar-se na proclamação usa a mesma palavra, "visitar"); 3) Diante de Deus - o mundo
do evangelho antes de aceitá-lo e colocá-lo em prática desprezado por amor máior a Deus (4 .4 ; 1 Jo 2 .1 5 -1 7 ).
(cf 3.1). 2.1 Senhor da glória. O original carece da palavra "Senhor".
1.21 A palavra em vós implantada. Em Tiago, o termo "pala­ O sentido pode ser: "Não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus
vra" é mais ou menos equivalente à "graça" nas epístolas de Cristo que é a glória". "Glória" no sentido da shekina, a pre­
Paulo. Recebida e atendida, esta palavra germina e cresce sença imediata de Deus no meio do Seu povo, ou pode refe-
transformando a vida e dando assim a garantia da salvação rir-se à glória em que Cristo reina.
final (cf Jo 1 5 .1 -8 ). 2 .1 - 9 A todo homem são dadas dignidade e igualdade pela
1.22 Ouvintes (gr akroatai). Termo usado especialmente para cruz de Cristo, uma vez que Ele morreu por todos. Em conse­
aqueles que assistiam aulas mas não se tornavam verdadeiros quência, a eternidade humilhará aquele que se gloriar na sua
discípulos. própria riqueza, e dará aos pobres, mas fiéis, a herança das
1.25 Lei da liberdade. Todo aquele que cumprir esta lei co­ riquezas eternas (5 ). Por já sermos parte do reino eterno, co­
nhecerá a liberdade (cf Rm 8.2). "A revelação da Palavra nos metemos pecados se fizermos acepção de pessoas (9 ).
vincula a um serviço de amor prático que é ao mesmo tempo 2 .7 O bom n o m e.. . invocado. Provavelmente é uma referên­
voluntário e obrigatório” (Moffatt). É chamada a "lei régia" cia ao batismo no qual o nome de Cristo foi pronunciado
ou "real" em 2.8. Devemos sempre lembrar que por esta lei sobre o neófito (cf Mt 28.19; At 2 .38 ). Pode ser comparada
seremos julgados (2.12). com a prática antiga de "invocar o nome" sobre os descen­
• N. Hom. 1.26,27 Religião Verdadeira. A Tríplice respon­ dentes" como Jacó fez (Gn 48.16).
sabilidade: 1) Diante de si mesmo - a língua dominada 2.8 Lei régia. É régia porque é válida no Reino de Deus; por­
pelo amor (cf 3 .2 -1 2 ); 2 ) Diante do próximo - a miséria com­ que o seu Autor é o Rei supremo e porque inclui todas as
partilhada em amor (2 .1 5 ,1 6 ; Mt 2 5 .3 6 ,4 3 , onde Jesus outras leis que governam as relações humanas.
1729 TIAGO 3.3
10 Pois qualquer que guarda toda a lei, 2.10 í-Dt 27.26; sensato, de que a fé sem as obras é inope­
a 3.io
mas tropeça em um só ponto, se toma culpado rante?
de todos.)' 2.11 zÊx 20.13; 21 Não foi por obras que Abraão, o nosso
Ot 5.17 pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o
11 Porquanto, aquele que disse: °Êx 20.14;
Não adulterarás6 Dt 5.18 altar o próprio filho, Isaque'?
também ordenou: 22 Vês como a fé operava juntamente com
2 1 2 &Stg 1.25
Não matarás0. Ora, se não adulteras, po­ as suas obras; com efeito, foi pelas obras que
rém matas, vens a ser transgressor 2 1 3 c|ó 22.6; a fé se consumou,/
da lei. Mt6.15; 23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz:
1)0 4.17-18
12 Falai de tal maneira e de tal maneira Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi
procedei como aqueles que hão de ser julga­ 2.14 4Mt 7.26 imputado para justiça*;
dos pela lei da liberdade.b e:
215
13 Porque o juízo é sem misericórdia para r|ó 31.19-20 Foi chamado amigo de Deus'.
com aquele que não usou de misericórdia. A 24 Verificais que uma pessoa é justificada
216 0)0 3.18 por obras e não por fé somente.
misericórdia triunfa sobre o juízo.c
2.18 vStg 3.13 25 De igual modo, não foi também justifi­
A f é sem obras é morta cada por obras a meretriz Raabem, quando
2.19 "Mt 8-29;
14 Meus irmãos, qual é o proveito, se al­ Lc 4.34
acolheu os emissários e os fez partir por outro
guém disser que tem fé, mas não tiver obras? caminho?
2.21 26 Porque, assim como o corpo sem espí­
Pode, acaso, semelhante fé sal vá-lo ?d 'Gn 22,1-14
15 Se um irmão ou uma irmã estiverem rito é morto, assim também a fé sem obras é
carecidos de roupa e necessitados do alimento 2.22 iHb 11.17 morta.
cotidiano,6 2.23 kCn 15.6
16 e qualquer dentre vós lhes disser: Ide 12 0 2 0 .7 ; Os pecados da língua
em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, con­ Is 41.8 e o dever de refreá-la
Meus irmãos, não vos tomeis, muitos de
tudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual 2.25 m)s 2.1-21
é o proveito disso?f
17 Assim, também a fé, se não tiver obras, 3.1 "Mt 23.8;
3 vós, mestres, sabendo que havemos de
receber maior juízo."
Lc 6.37; IPe 5.3
por si só está morta. 2 Porque todos tropeçamos em muitas coi­
18 Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho 3.2 oi Rs 8.46; sas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito
2 0 6.36;
obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e Pv 20.9; varão, capaz de refrear também todo o
eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. 9 Mt 12.37; corpo.0
19 Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. IPe 3.10; 3 Ora, se pomos freio na boca dos cavalos,
1(o T.8
Até os demônios crêem e tremem.h para nos obedecerem, também lhes dirigimos
20 Queres, pois, ficar certo, ó homem in­ 3.3 p SI 32.9 o corpo inteiro.P

2.10 A completa impossibilidade de guardar a lei de Deus fé sem demonstrar os frutos do amor (cf Mt 7 .1 6 -2 3 ; Gl 5 .6).
em todos os pontos (m ui especialmente na forma interna que
2.23 Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.
Jesus a interpretou no Sermão da Montanha) nos força a con­
Essa justiça só se manifestou quando ele obedeceu, como no
fiar para a Salvação naquele que perfeitamente cumpriu a
caso do oferecimento de Isaque. Assim também a realidade
vontade de Deus e oferece Sua justiça para nos cobrir
da justificação é somente demonstrada na obediência.
(Hb 7.26,27). Nele a misericórdia de Deus triunfa sobre o
juízo que merecemos (13). 3.1 Mestres, assim como pastores, são dons de Deus para a
2.13 Este versículo é um dos muitos ecos do ensino de jesus edificação de Sua Igreja (Ef 4 .11 ; cf 1 Co 12.28). Tiago
nesta epístola (M t 5 .7; 1 8 .3 3 -35 ). aponta o perigo de tomar esse encargo sobre si mesmo
(cf 2.12 ). O mestre molda as mentes imaturas para o bem ou
2.14 Tem fé, mas não tiver obras. Note-se que a questão não
mal. Aqui o aviso é particularmente a respeito da censura
é uma oposição entre fé e obras; mas sim, entre a fé viva e a
(M t 12.37) e da malícia. Maior juízo espera todos os que se
morta. Tiago nunca afirma que as boas obras nos podem
exaltam como guias, mas não seguem o Caminho e obrigam
salvar. Ele assinala claramente que a fé viva e real (1 7 ) se
outros a trilhá-lo (cf Mt 2 3 .8 -3 1 ). Em humildade, Tiago in­
manifestará sem falta em obras, tal como a vida no corpo se
clui a si mesmo entre os mestres que falham.
manifesta na respiração, no bater do coração e em outras
condições (cf Ef 2.10). 3.2 Tropeçamos, i.e., "pecamos". Ora, a maneira de refrear a
2 .1 5 - 1 7 Um exemplo de fé morta é atitude de alguns cren­ língua não é simplesmente guardar silêncio, mas sim, levar
tes em face da necessidade dos irmãos na miséria. Como o "cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Co 10.5;
simples falar não ajuda, tampouco terá valor reivindicar nossa cf Fp 4 .8; Mt 12.34).
TIAGO 3.4 1730
4 Observai, igualm ente, os navios que, 3.S <íSl 12.3 ração inveja amargurada e sentim ento fac­
sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, cioso, nem vos glorieis disso, nem mintais
3.6 rPv 16.27;
por um pequeníssim o lem e são dirigidos para contra a v e r d a d e /
Mc 7.15,20,23
onde queira o im pulso do timoneiro. 15 Esta não é a sabedoria que d esce lá do
5 A ssim , também a língua, pequeno ór­ 3.8 »SI 140.3 alto; antes, é terrena, animal e dem oníaca."
gão, se gaba de grandes coisas. V ede com o 16 Pois, onde há inveja e sentim ento fac­
um a fagulha p õ e em brasas tão grande 3.9 iCn 1.26 cioso, aí há confusão e toda esp écie de coisas
selv a ! o r u in s /
6 Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüi- 3.13 uGI 6.4 17 A sabedoria, porém, lá do alto é, pri­
dade; a língua está situada entre o s membros m eiram ente, ptira; depois, pacífica, indul­
de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, 3.14 vRm 2.17 gente, tratável, plena de m isericórdia e de
e não só põe em chamas toda a carreira da bons frutos, imparcial, sem fin g im e n to /
existência humana, com o também é posta ela 3.15 wFp 3.19 18 Ora, é em paz que se sem eia o fruto da
m esm a em cham as p elo in fe rn o / justiça, para os que próm ovem a p a z /
7 P ois toda esp écie de feras, de aves, de 3.16 *lC o 3.3
répteis e de seres marinhos se dom a e tem A origem das contendas
sido domada pelo gênero humano; 3.17 yRm 12.9;
1Co 2.6-7; D e onde procedem guerras e contendas
8 a língua, porém , nenhum dos hom ens é
capaz de domar; é mal incontido, carregado
1Pe 1.22;
l|o 3.18
4 que há entre vós? D e onde, senão dos
prazeres que m ilitam na vossa carne?0
de veneno m ortífero /
3.18 zPv 11.18;
2 C obiçais e nada tendes; matais, e inve­
9 C om ela, bendizem os ao Senhor e Pai;
Mt 5.9; jais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a
também, com ela, am aldiçoam os os hom ens,
Hb 12.11 fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis;
feitos à sem elhança de D eu s'.
10 D e um a só boca procede bênção e mal­ 3 pedis e não recebeis, porque pedis mal,
4.1 oRm 7.23;
dição. M eus irmãos, não é conveniente que para esbanjardes em vo sso s prazeres .b
IPe 2.11
estas coisas sejam assim. 4 In fiéis3, não com preendeis que a ami­
11 A caso, pode a fonte jornar do m esm o 4.3 6JÓ 27.9;
zade do mundo é inim iga de Deus? Aquele,
lugar o que é doce e o que é amargoso? Pv 1.28; pois, que quiser ser am igo do mundo consti­
Jr 11.11; tu i-se inim igo de D e u s /
12 A caso, m eus irmãos, pode a figueira Zc7.13;
produzir azeitonas ou a videira, figos? Tam­ 1Jo 3.22 5 Ou supondes que em vão afirma a E s­
pou co fonte de água salgada pode dar água critura; d
doce. 4.4 c$| 73.27; É com ciúm e que por nós anseia o Espírito,
Cl 1.10; que ele fe z habitar em nós?
1)0 2.15
A sabedoria lá do alto 6 Antes, ele dá maior graça; p elo que diz;
13 Q uem entre vós é sábio e inteligente? 4.5 rfCri 6.5; D eus resiste aos soberbos5, m as dá graça
M ostre em m ansidão de sabedoria, mediante Pv 21.10 aos humildes.
condigno proceder, as suas obras.u «Infiéis; no original, adúlteras, isto é, os que são
14 Se, pelo contrário, tendes em v osso co- 4.6 «Pv 3.34 desleais para com Deus

3.6 Chamas pelo inferno. Há dois tipos de fogo. Um é posto ricórdia e bons frutos (M t 5 .7; Gl 5.22,23); 6) imparcial (só
pelo Espírito Santo (Lc 3.16; At 2 .2 ,3 ; cf 1 Ts 5.19). O outro é aqui no N D , "sem ambiguidade"; 7) sem hipocrisia, i.e.,
posto pelo diabo para destruir tudo que for bom. sem reservas mentais, aberto e claro (1 Pe 1.22). B) Condigno
3.9,10 A inconsistência do procedimento que bendiz ao Se­ proceder que: 1) evita inveja (1 4 ); 2) evita o espírito faccioso
(14); 3) em paz promove a justiça (18).
nhor (o uso mais alto da língua) e amaldiçoa aos homens,
confirma o irrealismo da bênção. "A última ilustração (12) 3.14 Mintais contra a verdade. O verbo no grego pode signifi­
indica que não é a bênção verbal de Deus, mas a maldição car "afirmar falsas reivindicações de ter a verdade". A verdade
dos homens que é o índice verdadeiro do coração" (Hort; do cristianismo não pode ser promulgada ou defendida senão
1 |o 4.20 tem a mesma idéia). Semelhança de Deus. A imagem por um espírito cristão.
de Deus no homem, ainda que desfigurada pela queda, tem 4 .3 ,4 Oração que só visa incrementar os prazeres da carne,
reflexos da criação original (Gn 1.26). i.e., pedir de Deus para gastar no Seu inimigo, o mundo, não
• N. Hom. 3 .1 3 -1 8 Os requisitos de um mestre. A) Sabedo­ pode ser respondida. O alvo da nossa petição deve ser a graça
ria Celestial, que é: 1) pura (cf 1 Pe 2 .1 ,2 ; 1 jo 3 .3); (6; cf "sabedoria" 1.5) que Deus nos dará liberalmente.
2) pacífica (Hb 12.14); 3) indulgente (a mesma palavra é 4.5 Deus, longe de se tranquilizar com a lealdade dividida do
traduzida por "cordato" em 1 Tm 3.3); 4 ) tratável (só aqui Seu povo tem ciúme de nós no Seu anseio de uma completa
no NT com a idéia de "fácil de persuadir"); 5) cheia de mise­ fidelidade de nossa parte.
1731 TIAGO 5.6
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; m as re­ 4.7 ra 4.27; nhor quiser, não só viverem os, com o também
IPe 5.9
sisti ao diabo, e ele fugirá de v ó s/ farem os isto ou aquilo."
4.8 9 2 0 15.2;
8 C h eg a i-v o s a D eus, e e le se chegará a Tg 1.8; 16 Agora, entretanto, v o s jactais das v o s­
vós outros. Purificai as m ãos, pecadores; e 1Pe 122; sas arrogantes pretensões. Toda jactância se­
vós que sois de ânim o dobre, lim pai o co­ 1)0 3.3
m elhante a essa é m aligna.0
ração.® 4.9 "Mt 5.4
17 Portanto, aquele que sabe que deve fa­
9 A flig i-v o s, lamentai e chorai. Converta- 4.10 Jó 22.29;
zer o bem e não o faz nisso está pecando.P
tc 14.11;
se o v o sso riso em pranto, e a vossa alegria, IPe 5.6
em tristeza.'1
4.11 /Mt 7.1; Deus condena as riquezas
10 H um ilhai-v o s na presença do Senhor, e Rm 2.1;
mal adquiridas e mal empregadas
ele vos exaltará.1 1Co 4.5; IPe 2.1
A tend ei, agora, ricos, chorai lam en ­
A maledicência ê condenada
4 .1 2 ‘ Mt 1028
4.13 'Pv 27.1
4.14 rn)ó 7.7;
5 tando, por causa das vossas desventuras,
que vos sobrevirão.®
11 Irmãos, não faleis m al uns dos outros.
Tg 1.10; 2 A s vossas riquezas estão corruptas, e as
A quele que fala mal do irmão ou julga a seu
IPe 1.24;
irmão fala m al da lei e ju lga a lei; ora, se vossas roupagens, com idas de tr a ça /
1)0 2.17
julgas a lei, não és observador da lei, mas 3 o vosso ouro e a vossa prata foram gas­
4.15 "At 18.21;
juiz./ 10)4.19 tos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser
12 U m só é Legislador e Juiz, aquele que 4.16 0(13-16) por testem unho contra vós m esm os e há de
Pv 27.1 devorar, com o fogo, as vossas carnes. T esou­
pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem
és, que julgas o próximo?* 4 .1 7 P U 12.47; ros acum ulastes nos últim os dias.5
Rm 1.20-21,32
4 E is que o salário dos trabalhadores' que
5.1 4 Pv 11.28;
A falibilidade dos projetos humanos ITm 6.9
ceifaram os vossos cam pos e que por vós foi
13 Atendei, agora, v ó s que dizeis: H oje ou 5.2 qó 13.28;
retido com fraude está clamando; e os clam o­
amanhã, irem os para a cidade tal, e lá passare­ Tg 2.2 res dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos
m os um ano, e negociarem os, e terem os 5.3 5(2-3) do Senhor dos Exércitos.
lucros.' Mt6.19 5 Tendes vivid o regaladamente sobre a
14 V ó s não sabeis o que sucederá amanhã. 5.4 terra; tendes vivid o nos prazeres; tendes en­
iDt 24.14-15
Que é a v ossa vida? S ois, apenas, com o ne­ gordado o v osso coração, em dia de ma­
5.5 u|ó 21.13;
blina que aparece por instante e lo g o se Lc 16.1925;
tança;“
dissipa .m ITm 5.6 6 tendes condenado e matado o justo, sem
15 Em y ez disso, d evíeis dizer: Se o S e­ 5.6 vStg 2.6 que ele vos faça resistência.1'

4 .7 .8 Resistimos ao diabo somente na sujeição a Deus liza este aspecto (cf Mt 2 5 .1 4 -3 0 ; Lc 1 0 .2 5 -3 7 ; 1 6 .1 9 -26 ;
(cf 1 Pe 5 .8 ,9 ; M t4 .1 0 ). Aproximando-nos dele com mãos Mt 2 5 .3 1 -4 6 ).
limpas e coração puro (SI 2 4 .3 -6 ). Ele se aproxima de nós
(cf D t4 .7 ). O contrário é sustentável. Exaltar-se diante de 5 .1 - 6 Em parte alguma da Bíblia são os ricos denunciados
Deus é submeter-se ao diabo e afastar-se dele. por serem ricos. Ao contrário, é por causa da sua queda nas
tentações que acompanham a riqueza, e.g., segurança falsa,
4 .8 Ânimo dobre (cf 1 .6 -8 ). Refere-se à acomodação ao corrupção, amor ao poder e desprezo aos menos favorecidos
mundo e à perda do senso de gravidade do pecado que é (cf Lc 6 .24 ), que são condenados.
idolatria. É somente pela purificação dd coração na obediên­
5.3 Testemunho contra vós. A crueldade do avarento (4,5),
cia à verdade (1 Pe 1.22; cf jo 15.3) que a singeleza de ânimo
como a acumulação de tesouros, propriedades e haveres
é restaurada (M t 6.21 -2 4 ).
além das necessidades, é pecado. Deus, o juiz justo, julgará
4.12 Um só. Entre todos os legisladores e juízes no mundo, só (1 ) permutando o lugar do rico com o do miserável
Deus tem tanto o poder como a competência de julgar corre­ (cf Lc 16.25).
tamente todos os que desprezam as Suas leis (Lc 12.4,5).
5 .4 Senhor dos exércitos (gr sabaoth). Só aqui e em Rm 9.29
4 .15,16 Se o Senhor quiser. Deixar de reconhecer que a vida, aparece este nome transliterado. Normalmente é traduzido
com todas as suas bênçãos, é uma concessão de Deus, para na LXX por "Todo-poderoso". A doutrina de Deus em Tiago
que através dela possamos glorificá-IO, é simplesmente é notável: Ele é: Imutável (1 .1 7); o Criador (1 .1 8); Pai
pecado. (1.1 7,2 7 ; 3 .9); Soberano (4 .1 2,1 5 ); Cioso (4 .5 ); Justo (1.20);
Juiz, Legislador, Destruidor (4 .1 2); Misericordioso e compas­
4 .1 7 A única definição específica de pecado no NT está em sivo (5 .1 1). Ele não pode ser tentado pelo pecado (1 .1 3). Ele
1 Jo 3.4: "O pecado é a transgressão da lei". Aqui, uma parte é, ainda, o doador da sabedoria (1.5), de graça (4 .6 ); da
da transgressão está em vista: a falta de cumprir as exigências coroa da vida (1 .1 2); de toda boa dádiva (1 .1 7) e de
da lei. O ensino de Jesus, particularmente nas parábolas, foca­ saúde (5.15).
TIAGO 5.7 1732
A necessidade, bênçãos 5.7 wOt 11.14; v osso sim sim , e o v osso não não, para não
Os 6.3; Zc 10.1
e exemplo da paciência cairdes em juízo.
5.8*Fp4.5;
7 Sede, p ois, irm ãos, p acien tes, até à !Pe4.7 13 Está alguém entre vós sofrendo? Faça
vinda do Senhor. E is que o lavrador aguarda 5.9 vMt 24.33; oração. Está alguém alegre? Cante lo u v o r e s /
com paciência o precioso fruto da terra, até 1Co 4.5 14 Está alguém entre vós doente? Chame
receber as primeiras e as últimas chuvas.w 5.10 rMt 5.12 os presbíteros da igreja, e estes façam oração
8 Sede v ó s também pacientes e fortalecei 5.11 sobre ele, un gindo-o com ó le o e, em nom e do
o)ó1.21-22; Senhor.
o v o sso coração, pois a vinda do Senhor está
2.10 551103.8
próxima.* 15 E a oração da fé salvará o enferm o, e o
5.12
9 Irmãos, não v o s queixeis uns dos outros, Senhor o levantará; e, se houver com etido
cMt 5.34-37
para não serdes julgados. Eis que o ju iz está pecados, ser-lh e-ão p erd oad os/
5.13 rfEf 5.19
às portas, y 16 Confessai, pois, os vossos pecados uns
5.14eMc6.13
10 Irmãos, tom ai por m odelo no sofri­ aos outros e orai uns p elos outros, para serdes
5.15 Os 33.24
m ento e na paciência os profetas, os quais curados. M uito pode, por sua eficácia, a sú­
5.16
falaram em nom e do Senhor.* sGn 20.17; plica do ju sto.9
11 Eis que tem os por felizes os que perse­ Dt 9.18-20; 17 E lias era hom em sem elhante a nós, su­
ISm 12.18; jeito aos m esm os sentim entos, e orou, com
veraram firm es. Tendes ouvido da paciência
IRs 13.6;
de J ó ° e vistes que fim o Senhor lhe deu; 2R5 4.33; instância, para que não ch ovesse sobre a terra,
porque o Senhor é cheio de tem a m isericórdia $110.17; e, por três anos e seis m eses, não c h o v e u /
lo 9.31; 1)0 3.22
e com p assivob. 18 E orou, de novo, e o céu deu chuva, e
5.17 51R$ 17.1;
a terra fez germinar seus frutos.1'
At 14.15
O juramento proibido e o proceder cristão 19 M eus irmãos, se algum entre vó s se
5.18 '(17-18)
em várias experiências da vida IRs 17.1; 18.1, desviar da verdade, e alguém o converter,/
1 2 A cim a de tudo, porém, m eus irmãos, 42 2 0 sabei que aquele que converte o peca­
não jureis* nem pelo céu, nem pela terra, 5 .1 9 /Mt 18.15 dor do seu cam inho errado salvará da morte a
nem por qualquer outro voto; antes, seja o 5.20 *Pv 10.12 alm a dele e cobrirá multidão de pecados*.

5 .7 Sede.. . pacientes (g r macrothumêsaté). Quando a Bíblia 5.14 Doente. Longe de sustentar a extrema unção, esta pas­
fala da paciência de Deus com os pecadores usa esta palavra sagem trata de presbíteros (não sacerdotes) orando para a
(Rm 2.4; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.9), que não denota paciência sob cura do enfermo; de óleo medicinal (cf Mc 6.13; Lc 10.34),
aflição ( hupomonê, v 11 "de Jó") mas constrangimento e res­ não um preparativo mágico para a morte; de cura e restabele­
trição aguardando o arrependimento. Os cristãos são chama­ cimento físico e espiritual, não salvação além do túmulo
dos a manifestar uma paciência igual na expectativa da Vinda (cf uso de sõzõ, "salvar", "curar", em Mt 9 .21,22; 14.30;
do Senhor (Cl 1.11) Vinda (gr parousia). Palavra usada para 24.13,22; Lc 7.50; 8 .12 ,36,48,50.
indicar uma visita oficial do rei a uma cidade dentro do seu
domínio. C f notas sobre 1 Ts 4.15 e 2 Ts 2.1. 5.16 Confessai.. . uns aos outros, não ao sacerdote. O propó­
sito é despertar as orações dos irmãos. Notamos a prática na
5.13 Sofrendo. Faça oração seguindo o exemplo de Cristo
Igreja no início do segundo século no Didaquê (iv): “ Precisais
(Lc 2 2.44). Alegre (gr euthumei). Só é usada aqui e em
fazer confissão dos vossos pecados na Igreja, e não entrar em
At 24.10; 27.25, onde fala do bom ânimo de Paulo em face
oração com consciência culpada". A confissão também era
da adversidade.
requerida antes de tomar a Ceia do Senhor (xiv).
5 .1 4 - 1 8 Oração. Seus requisitos em Tiago; 1) Sentimento de
necessidade (1 .5 ; 5 .13 ,1 4); 2) Fé desapossada de dúvida 5.19 A conclusão tem em vista todos os erros e pecados
(1 .6 ; 5.15); 3) Singeleza de coração (1 .8 ); 4) Petição (4.2); mencionados na epístola, nos quais um irmão pode desviar-
5) Finalidade, em acordo com a vontade de Deus (4.3); se. Usando os 54 mandamentos de Tiago com oração e cari­
6) Confissão de pecado (5.16; cf SI 66.18; Mt 5 .23 ,2 4); nho para conversão do errado (cf Lc 2 2.32), você não
7) Feita em santidade (5 .1 6 ); 8 ) Com instância (5 .1 7; somente o salvará do perigo da morte eterna, como evitará a
cf 1 Rs 18.42). repreensão do mundo contra o cristianismo.

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