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CURSO DE
PRIMEIROS SOCORROS EM
EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
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CURSO DE
PRIMEIROS SOCORROS EM
EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
MÓDULO ÚNICO
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
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MÓDULO ÚNICO
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FONTE: Disponível em: <http://ocuriosodaunisinos.files.wordpress.com/2009/06/fotos-brasil-3.jpg>.
Acesso em: 17 mar. 2010.
2 CINEMÁTICA DO TRAUMA
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• Pré-impacto: são os eventos que precedem o acidente, tais como
ingestão de álcool e/ou drogas, condições de saúde do paciente (doenças
preexistentes), idade, etc. Estes dados terão influência significativa no resultado
final.
• Impacto: deve constar o tipo de evento traumático (ex.: colisão
automobilística, atropelamento, queda, ferimento penetrante, etc.). Deve-se também
estimar a quantidade de energia trocada (ex.: velocidade do veículo, altura da
queda, calibre da arma, etc.).
• Pós-impacto: ela se inicia após o paciente ter absorvido a energia do
impacto. As informações coletadas nas fases de pré-impacto e impacto são
utilizadas para conduzir as ações pré-hospitalares na fase de pós-impacto. A
ameaça à vida pode ser rápida ou lenta, dependendo, em parte, das ações tomadas
nesta fase pela equipe de resgate.
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massa, ou seja, a energia trocada em uma colisão em alta velocidade é muito maior
do que uma em baixa velocidade. Já a diferença da massa dos ocupantes do veículo
pouco interfere na energia de colisão.
Fator importante a se considerar numa colisão é a distância de parada.
Antes da colisão, o veículo e o ocupante viajam numa mesma velocidade. Quando
do impacto, ambos sofrem uma brusca desaceleração até pararem. Assim,
aumentos da distância de parada diminuem a força de desaceleração sobre o
veículo e seus ocupantes. A compressibilidade do material exerce influência na
distância de parada e, consequentemente, na força de desaceleração. Ao ocorrer a
compressão do material, há um aumento na distância de parada, absorvendo parte
da energia, impedindo que o corpo absorva toda a energia, diminuindo as lesões no
mesmo.
Cavitação é o deslocamento violento dos tecidos do corpo humano para
longe do local do impacto, devido à transmissão de energia. Este rápido movimento
de fuga dos tecidos a partir da região do impacto leva a uma lesão por compressão
tecidual e também à distância, pela expansão da cavidade e estiramento dos
tecidos. Tal fenômeno gera cavidades temporárias no momento do impacto,
aquelas que retornam a sua posição prévia após o impacto, e as cavidades
permanentes, aquelas que permanecem após o trauma. A diferença é a
elasticidade dos tecidos envolvidos.
Permutas de energia - depende de alguns fatores como:
• Densidade: quanto maior a densidade do tecido, maior será o número de
partículas que se chocará com o objeto em movimento, levando uma maior permuta
de energia entre eles.
• Área de superfície: similarmente o que ocorre com a densidade, quanto
maior a área de contato entre os tecidos e o objeto em movimento, maior será o
número de partículas envolvidas e, consequentemente, maior a permuta de energia.
3 TRAUMA FECHADO
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penetrantes e fechados. Mas quando a energia é concentrada em uma pequena
área, ela pode exceder a tensão superficial do tecido e penetrá-lo. Em ambos os
tipos de trauma, ocorre cavitação temporária, mas somente no penetrante existe a
formação da cavitação permanente.
No trauma fechado, duas forças estão envolvidas no impacto: mudança
brusca de velocidade (aceleração ou desaceleração) e compressão. Elas podem ser
resultantes de quedas, colisões automobilísticas, acidentes com pedestres,
agressões, etc.
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tronco se choca contra o volante ou painel. Dessa forma, seu crânio se choca contra
o para-brisa, levando a lesões do segmento cefálico e/ou coluna cervical. Ao mesmo
tempo, o tórax e o abdome se chocam contra o volante ou painel.
Impacto lateral: se refere às colisões do lado do veículo capazes de
imprimir ao ocupante uma aceleração que o afasta do ponto de impacto. Dele
podem resultar lesões semelhantes às do impacto frontal, mas além destas, podem
ocorrer lesões de compressão do tronco e de pelve do lado de colisão. Por exemplo,
impactos do lado do motorista podem levar a fraturas de arcos costais esquerdo,
lesão esplênica e lesões esqueléticas esquerdas (ex.: pelve). Na mesma situação, o
passageiro terá mais lesões direitas (principalmente hepáticas).
Impacto traseiro: geralmente este impacto ocorre quando um veículo
parado é atingido por trás por outro veículo. Nestas condições, o assento carrega o
tronco dos ocupantes para a frente com grande aceleração, mas a cabeça não
acompanha este movimento, ocorrendo uma hiperextensão do pescoço. Este
movimento leva à lesões pelo mecanismo de chicote (whiplash). Este tipo de lesão é
evitado com o uso correto do suporte de cabeça.
Impacto angular: neste tipo de impacto, ocorre um misto dos padrões
estudados acima.
Capotamento: nestas situações, o ocupante se choca contra qualquer parte
da cabine, causando deslocamentos violentos e múltiplos, o que leva à lesões mais
graves.
Ejeção: a vítima nestes casos sofre lesões decorrentes da ejeção do veículo
propriamente dito e do seu choque com o solo. A probabilidade de lesões aumenta
em mais de 300% e há grandes chances de ocorrer lesões ocultas.
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Nos pedestres as lesões ocorrem em três fases:
• Impacto com o para-choque dianteiro: depende diretamente da altura do
para-choque e da vítima. Geralmente, em adultos, as lesões costumam acometer
regiões entre as pernas e a pelve. Em crianças, as lesões torácicas e abdominais
são mais comuns;
• Impacto com o capô e para-brisas: ocorrem lesões do tronco e cabeça.
• Impacto com o solo: lesões de cabeça e coluna.
4 EXAME PRIMÁRIO
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4.1 QUEDAS
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4.2 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO – TCE
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• Paralisia;
• Anisocoria;
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FONTE: Disponível em: <http:// www.scielo.br/img/revistas/rcbc/v31n1/n1a06fig01.jpg>. Acesso em:
17 mar. 2010.
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• Perda de controle urinário e fecal;
• Priapismo.
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FONTE: Disponível em:
<http://www.cudi.edu.mx/salud2/libros/trauma_toracico/manejo%20prehospitalario.htm> Acesso em:
17 mar. 2010.
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Agente causal:
• FAF;
• FAB;
• Acidentes automobilísticos;
• Outros.
Manifestação clínica:
• Pneumotórax (hipertensivo ou não);
• Hemotórax;
• Tamponamento cardíaco;
• Contusão pulmonar;
• Lesão de grandes vasos (aorta, artéria pulmonar, veias cavas).
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toracotomia.
Vias aéreas - aqui deve-se certificar a permeabilidade das vias aéreas (a
sensação tátil e ruidosa pelo nariz e boca do paciente nos orienta sobre ela e
também sobre distúrbios na troca gasosa). A orofaringe sempre deve ser examinada
à procura de obstrução por corpos estranhos, particularmente em pacientes com
alterações da consciência.
Respiração - fazer uma rápida propedêutica do tórax, avaliando o padrão
respiratório, por meio da amplitude dos movimentos torácicos, simetria da
expansibilidade, fraturas no gradeado costal, enfisema de subcutâneo, etc. Nesta
fase, também deve-se suspeitar, frente a sintomas característicos, de pneumotórax
hipertensivo e tamponamento cardíaco, pois são lesões que se não identificadas e
tratadas prontamente levam rapidamente ao óbito.
Circulação - para sua avaliação, faz-se a monitorização da pressão arterial
do pulso (qualidade, frequência, regularidade, etc. Ex.: os pacientes hipovolêmicos
podem apresentar ausência de pulsos radiais e pediosos), bem como de estase
jugular e perfusão tecidual. Estes parâmetros são muito úteis para uma avaliação
geral do sistema cardiocirculatório.
Toracotomia - para as lesões que, potencialmente, ponham em risco a vida
do paciente, este poderá, eventualmente, ser um procedimento necessário. Os
pacientes que chegam com perdas volêmicas maciças, com lesão penetrante em
região precordial, sem pulso, porém, com atividade elétrica miocárdica, podem ser
candidatos à toracotomia na sala de emergência. Presumindo-se a presença de um
cirurgião, deverá ser realizada uma toracotomia anterior esquerda com
clampeamento da aorta torácica descendente e pericardiotomia, e deve ser iniciada
a massagem cardíaca aberta, paralelamente à reposição do volume intravascular.
No entanto, para pacientes com trauma contuso, nos quais não se evidencia
atividade elétrica cardíaca, a toracotomia na sala de emergência raramente é
efetiva. É importante se ressaltar que, muitas vezes em casos de hemorragia
intratorácica ou pneumotórax, antes de um procedimento mais invasivo como a
toracotomia, opta-se pela drenagem do tórax (85% dos casos); nesse caso, é
realizada com um tubo plástico multifenestrado, no 6º ou 7º espaço intercostal, na
linha axilar média, sob sistema de selo d'água.
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5.1 FRATURAS NO TÓRAX
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Aberto: caracterizado pelo contato do espaço pleural com o meio
ambiente (solução de continuidade entre a cavidade e o meio externo), levando a
uma equivalência entre as pressões atmosférica e intratorácica, o que ocasionará,
em última instância, o colapso pulmonar, queda da hematose e uma hipóxia aguda.
Se o diâmetro dessa abertura for de, aproximadamente, 2/3 do diâmetro da traqueia
ou superior a esse valor, o ar entrará, preferencialmente, por esse orifício (de menor
resistência), proporcionando uma maior gravidade. O tratamento baseia-se no
tamponamento imediato da lesão por meio de curativo quadrangular feito com gazes
esterilizadas (vaselinada ou outro curativo pouco permeável ao ar) de tamanho
suficiente para encobrir todas as bordas do ferimento, e fixado com fita adesiva
(esparadrapo, etc.) em três de seus lados. A fixação do curativo oclusivo em apenas
três lados produz um efeito de válvula; desse modo, na expiração, tem-se a saída de
ar que é impedido de retornar na inspiração, evitando, assim, formar um
pneumotórax hipertensivo. O dreno de tórax deve ser colocado longe do ferimento,
tão logo seja possível. Qualquer curativo oclusivo (gaze, plástico, etc.) pode ser
usado temporariamente para permitir que se prossiga na avaliação rápida.
Geralmente, o ferimento necessita ser fechado definitivamente por procedimento
cirúrgico.
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hipersonoridade, desvio do ictus e cianose como uma manifestação tardia. Pela
semelhança dos sintomas, o PTX hipertensivo pode, inicialmente, ser confundido
com tamponamento cardíaco. O PTX hipertensivo exige a descompressão imediata
e é tratado inicialmente pela rápida inserção de uma agulha no 2º ou 3º E.I.C. na
linha hemiclavicular do hemitórax afetado. Esta manobra converte a lesão em um
PTX simples. É necessário proceder a uma reavaliação repetida. O tratamento
definitivo geralmente consiste apenas na inserção de um dreno de tórax no 5º
espaço intercostal (linha do mamilo), anterior à linha axilar média.
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5.4 LACERAÇÃO TRAQUEOBRÔNQUICA
6 TRAUMA ABDOMINAL
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Disponível em:
<http://www.famema.br/gallery2/main.php?g2_view=core.DownloadItem&g2_itemId=102&g2_serialNu
mber=2>. Acesso em: 17 mar. 2010.
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É possível também que ocorra evisceração, quando um seguimento do
intestino ou outro órgão abdominal passa através de uma ferida, exteriorizando-se
pela parede abdominal.
Numa situação de evisceração, não se deve reposicionar os órgãos na
cavidade. Para proteção desses órgãos deve-se mantê-los hidratados com solução
fisiológica estéril.
Para tal, pode ser realizado a cobertura com gazes estéreis umidecidas em
solução fisiológica e ocluir com um curativo externo seco, trabalhando para a
estabilização da temperatura do paciente.
7 FRATURAS
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transfixiona a pele. As fraturas expostas exigem cuidados especiais. Portanto, a
cobertura do local com um pano limpo ou gaze e encaminhamento para serviço
hospitalar especializado.
Sinais indicadores:
• Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação;
• Incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou
formigamento da região;
• Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do
membro machucado.
Assistência:
• Atente para perfusão do membro atingido;
• Mantenha a vítima aquecida;
• Imobilize o osso, ou articulação, atingido com uma tala;
• Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e
aplique compressas de gelo ou resfriadas para diminuir o inchaço, a dor e a
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progressão do hematoma.
8 ENTORSE
9 LUXAÇÃO
10 CONTUSÃO
É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo.
Pode apresentar sinais semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver
arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma).
11 AMPUTAÇÕES
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FONTE: Disponível em: <http://www.eutrabalhoseguro.com/>. Acesso em: 17 mar. 2010.
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E, posteriormente, se surgirem complicações, quanto mais cedo forem
identificadas as causas, mais rápido poderá ser o controle e cura; o que possibilitará
um melhor desempenho do paciente na fase da reabilitação.
Já as causas traumáticas atingem também um número expressivo da
população por acidentes de trânsito, de trabalho ou, em número menor, em razão de
outra etiologia.
Dentre os citados, os acidentes de trabalho tendem a culminar em
amputações dos membros superiores (dedos, mão e braço).
12 QUEIMADURAS
Como maior órgão do corpo humano, a pele é composta por três camadas;
são elas:
Epiderme;
Derme;
Tecido subcutâneo.
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• Frio;
• Outros.
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Quanto à profundidade, a primeira avaliação será visual. Esta será apenas
uma estimativa já que a extensão e a profundidade real da lesão podem não ser
aparentes por vários dias.
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Queimaduras de terceiro grau, espessura total:
• Trauma da epiderme, derme e tecido celular subcutâneo (possivelmente
lesões mais profundas);
• Pele com aparência chamuscada ou de couro, e que pode estar
sangrando;
• Nenhuma dor (entretanto, queimaduras de segundo grau associadas
provocam dor)
• Reenchimento capilar ausente
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No atendimento pré-hospitalar, o paciente deverá ser envolvido em lençol
limpo e seco, ou até mesmo estéril. Tecidos que soltem fragmentos ou partículas no
ferimento e quaisquer pomadas ou soluções não devem ser utilizadas.
Toda a extensão queimada deve ser coberta com compressas secas. O
socorrista não deve romper bolhas, pois elas são um mecanismo de proteção. O
desbridamento não deve ser realizado na cena do incidente.
Anéis, joias, relógios, etc., devem ser retirados uma vez que os metais retêm
calor e os membros acometidos com a movimentação dos fluidos corpóreos irão
edemaciar.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ROSALES. S. Manual de primeiros socorros e prevenção de grandes
catástrofes e terremotos. Cotia-SP: Vergara Brasil, 2005.
FIM DO CURSO
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