Você está na página 1de 12

Área Classificada

1
Página
Conteúdo programático

1. Conceito de área classificada

2. Aspectos técnico-legais relacionados a áreas classificadas

3. Critérios de classificação de área

4. Reconhecimento de riscos em áreas classificadas

5. Medidas de controle de riscos e critérios de indicação e uso de


equipamentos em áreas classificadas

2
Página
MÓDULO 1 Conceito de área classificada

Um trabalhador destacado para atividades com eletricidade deve


conhecer, além dos riscos inerentes à mesma, o risco a que está sujeito em
função da presença de determinados agentes que contenham substâncias
químicas, pós, gases, vapores combustíveis, etc... Os quais podem produzir
explosão.

Neste caso, é fundamental que o trabalhador conheça tais agentes e ainda


as áreas de risco conforme definido pelas Normas.
3
Página
Áreas Classificadas

Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é


provável sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para a
construção, instalação e utilização de equipamento elétrico.

MÓDULO 2 Aspectos técnico-legais relacionados a


áreas classificadas

A classificação de áreas é regida pela


norma internacional IEC60079.

O objetivo de prover os equipamentos


elétricos a serem instalados nestes
locais de um tipo específico de
4
Página

proteção é o de eliminar ou isolar a


fonte de ignição, evitando a
ocorrência simultânea de um dos três
componentes (que formam o triângulo
do fogo), necessários para que ocorra a
explosão, ou seja, o combustível, o
oxigênio ou a fonte de ignição.

Conseqüentemente, classificar uma área significa elaborar um mapa de


classificação de área que define, entre outras coisas, o volume de risco dentro
do qual pode ocorrer a mistura inflamável.

2.1 ÁREAS CLASSIFICADAS CONFORME NORMA BRASILEIRA E


INTERNACIONAL

A partir do momento em que o Brasil passou a adotar a normalização


internacional, assumimos no ambiente industrial a parte conceitual e de
terminologia que é praticada internacionalmente e que difere bastante da
americana até então praticada, conforme veremos a seguir.
5
Página
Em vez de classificar ambientes em classes (conforme a norma americana que se
refere ás substâncias inflamáveis no local), a norma internacional fala de Grupos
(porém referidos aos equipamentos elétricos).

MÓDULO 3 Critérios de classificação de áreas

A classificação de Área tem como objetivo, identificar as áreas com grau de


risco de presença de misturas inflamáveis de uma unidade industrial.

O tipo de substancia inflamável, a probabilidade de formação de mistura e a


extensão das áreas de risco de mistura, são informações extraídas de um estudo
de classificação de área.

Áreas perigosas (Hazardous Areas) são locais onde existe ou pode existir uma
atmosfera potencialmente explosiva ou inflamável devido à presença de gases,
vapor, poeiras ou fibras.

Na Europa e atualmente no Brasil a classificação das áreas perigosas é feita


usandose o conceito de:

ZONAS – usadas para definir a probabilidade da presença de materiais


inflamáveis; 6
Página
TIPOS DE PROTEÇÃO – que denota o nível de segurança para um
dispositivo e;

GRUPOS – que caracterizam a natureza inflamável do material.

3.1 ZONA

ABNT Descrição
ZONA 0 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é
contínua, ou existe por longos períodos.
ZONA 1 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável
de acontecer em condições normais de operação do equipamento de
processo;
ZONA 2 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco
provável de acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando
associado à operação anormal do equipamento de processo.

3.2 TIPOS DE PROTEÇÃO

Tipo de proteção Simbologia


Equipamento à Prova de Explosão Ex d
Equipamento Pressurizado Ex p
Equipamento Imerso em Óleo Ex o
Equipamento Imerso em Areia Ex q
Equipamento Imerso em Resina Ex m
Equipamento de Segurança Aumentada Ex e
Equipamento Não Acendível Ex n
Equipamento Hermético Ex h
Equipamento de Segurança Intrínseca Ex i
Equipamento Especial Ex s
7
Página

3.3 GRUPOS
Grupos Equipamentos Substância
GRUPO I Para operação em mineração metano (grisu) e pó de
subterrânea suscetíveis a exalação carvão
de grisu
GRUPO Para operação em instalações de Acetona, Acetaldeído,
IIA superfície onde pode existir perigo monóxido de carbono,
devido ao grupo do propano. Álcool, Amônia, Benzeno,
Benzol, Butano, Gasolina,
Hexano,
Metano, Nafta, Gás Natural,
Propano, vapores de
vernizes.
GRUPO Para operação em instalações de Acroleína, óxido de Eteno,
IIB superfície onde pode existir perigo Butadieno, óxido de
devido ao grupo do etileno. Propileno, Ciclopropano,
Éter Etílico, Etileno, Sulfeto
de Hidrogênio.
GRUPO Para operação em instalações de Acetileno, Hidrogênio e
IIC superfície onde pode existir perigo Dissulfeto de Carbono.
devido aos grupos do hidrogênio e
acetileno.

3.4 CLASSES DE TEMPERATURA

Para equipamentos elétricos do Grupo I, a temperatura máxima de superfície não


deve exceder:

• 150°C sobre qualquer superfície onde possa formar uma camada de pó de


carvão;
• 450ºC quando o risco acima é evitado, por exemplo, através de vedação contra
poeira ou por ventilação.

As normas (NBR 9518) também classificam as temperaturas máximas de


superfície para equipamentos elétricos do Grupo II.

As CLASSES DE TEMPERATURA identificam a máxima temperatura de


superfície que uma parte qualquer de um equipamento pode atingir em operação
normal ou de sobrecarga prevista, considerando a temperatura ambiente máxima
igual a 40°C, ou em caso de defeito. Essas classes de temperatura devem ser
8
Página

menores que a temperatura de ignição dos gases e vapores do meio circundante


ao equipamento.
Classe de Temperatura
temperatura Máxima de
Superfície ( °C)
T1 450

T2 300

T3 200

T4 135

T5 100

T6 85

MÓDULO 4 Reconhecimento de riscos em áreas


classificadas

Todos os locais onde são fabricados, estocados, transformados produtos como:

- Gás de aquecimento;

- Hidrocarbonetos;

- Solventes e diluentes;

- Vernizes;

- Aditivos de fabricação dos produtos farmacêuticos, colorantes;


9

- Agentes de fabricação dos materiais plásticos, borracha, tecidos


Página

artificiais e produtos químicos de limpeza;


- Elementos de tratamento e fabricação dos álcoois e derivados,

- E certos materiais utilizados em forma de pó ou poeira.

Estão predispostos a conter uma atmosfera explosiva.

Exemplo de ambientes sujeitos à presença de atmosferas explosivas, gases


ou vapores nos quais uma faísca ou o próprio aquecimento do equipamento
poderá provocar uma explosão:

- Refinarias;

- Plataforma de produção de petróleo;

- Minas de carvão;

- Indústrias químicas e petroquímicas.


10
Página

Medidas de controle de riscos e critérios de


MÓDULO 5 indicação e uso de equipamentos em áreas
Página 11
Página 12

Você também pode gostar