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ÁREAS CLASSIFICADAS

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
• Portaria n° 3214/78
(Item 10.8.8.4 da NR -
10)
• Portaria n° 3214/78
(Item 33.3.5.5 da NR -
33).
OBJETIVOS DO TREINAMENTO

Ao final da capacitação,
o profissional deverá:
• Identificar uma área
classificada;
• Compreender os riscos
associados ao trabalho
em área classificada;
• Aplicar corretamente
os procedimentos para
controle.
ÁREAS CLASSIFICADAS
• Área na qual a
probabilidade da
formação/presença de
uma atmosfera
explosiva é tal que exige
precauções para a
construção, instalação e
utilização de
equipamentos elétricos.
Qual é o risco que as áreas classificadas oferecem?

Provocam explosões ao entrar em contato com fontes de


ignição que podem ser de origem elétrica, eletrônico,
mecânico, eletrostático, etc. deixando com isso destruição,
mortos e feridos...
ACIDENTES TÍPICOS EM
AMBIENTE
POTECIALMENTE
INFLAMÁVEL/EXPLOSÍVEL
HINDENBURG
Explosão no Porto de Paranaguá

16 de novembro de 2001 - Explosão em silo fere 18 em Paranaguá, duas vítimas


ficaram em estado grave
Inquérito policial
Quanto à causa da explosão, o Instituto de Criminalística (IC) deve divulgar um laudo dentro de vinte dias.
Indícios preliminares apontam que a poeira levantada durante o descarregamento do milho emite gases de alta
combustão, que teriam, em contato com alguma faísca, gerado o incêndio.
Explosão c/ poeira na Alemanha
Explosão com poeira na França
Atmosfera Explosiva

É uma mistura de substâncias inflamáveis na forma de gás, vapores,


névoas, poeiras ou fibras com o ar (ou com O2) sob condições
atmosféricas, na qual após a presença de uma fonte de ignição, ou
simplesmente uma superfície quente, a combustão se propaga
através da mistura provocando a explosão.
CARACTERÍSTICAS DAS ÁREAS CLASSIFICADAS

PONTOS DE OBSERVAÇÃO
• Verificar presença de substâncias
inflamáveis (gases, vapores ou
poeiras).
• Verificar características das
substâncias presentes, como:
ponto de fulgor, limite de
inflamabilidade e temperatura de
auto inflamação.
• Verificar equipamentos e
instalações.
Ponto de Fulgor

É a menor temperatura que um líquido inflamável libera


vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura
inflamável. Também conhecido como flash point.

Exemplo: Álcool Isopropílico (Ponto de fulgor 11°C)


Na temperatura de 11°C a quantidade de vapor liberado é
suficiente, para caso ocorra uma ignição, causar o Flash
Point.
Ponto de fulgor (flash point)

MENOR TEMPERATURA NA QUAL UM LÍQUIDO LIBERA VAPOR EM


QUANTIDADE SUFICIENTE PARA FORMAR MISTURA INFLAMÁVEL

GASOLINA
Limite de Inflamabilidade

LSI – Limite Superior de Inflamabilidade


Divide-se em 2 faixas:
LII – Limite Inferior de Inflamabilidade

Acima desta mistura não


há mais explosão.

Ex.:Butano
(Indústrias Gás Combustível)

Abaixo desta mistura não


há explosão.
Substâncias Limites de Inflamabilidade
Inferior Superior Inferior Superior
(%vol) (%vol) (g/m³) (g/m³)

Metano CH4 5 15 33 100


(Indústrias farmacêuticas, matérias plásticas)
Benzeno C8H8 1,2 8 39 270
(Indústrias produtos de limpeza, tintas)
Acetileno C2H2 1,5 82 16 880
(Indústrias matérias plásticas, gás combustível )
Hidrogênio H2 4 75,6 3,3 64
(Indústrias farmacêuticas, adubos)
Temperatura de Auto Inflamação

É a menor temperatura, a partir da qual uma atmosfera


explosiva se inflama.
Desta forma, os equipamentos são classificados de acordo
com temperatura máxima de superfície.
Temperatura máxima de Classe de
superfície °C Temperatura
85 T6
100 T5
135 T4
200 T3
300 T2
450 T1
Risco de Explosões

Industriais Químicas, Petroquímicas, Petróleo, Usinas de


Gases e Vapores Açúcar e Álcool, Tintas, Vernizes, Resinas,
Farmacêuticas, Fertilizantes, Defensivos
Agrícolas, Borrachas, Essências, Fragrâncias,
Adesivos, etc.
Urbanos Postos de gasolina, Distribuidoras de GLP,
Comércio, Hospitais, Estações de
Tratamento de Esgotos, Galerias de
Concessionárias, Condomínios, etc.
Poeiras Industriais Alimentícias, Farmacêuticas, Madeira, etc.

Fibras Industriais
Têxteis, Papel e Celulose, Cereais, etc
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
– VISÃO U.S.A.

GRUPO A - Acetileno

GRUPO B – butadieno, óxido de eteno, hidrogênio, gases manufaturados de


risco equivalente ao hidrogênio

GRUPO C – ciclopropano, éter etílico,eteno, sulfeto de hidrogênio,etc.

GRUPO D – acetona, álcool, amônia, benzeno, benzol, butano, gasolina,


Hexano, metano, nafta, gás natural, propano, vapores de vernizes, etc.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
– VISÃO U.S.A.

GRUPO E – Pós metálicos combustíveis, como alumínio, magnésio


e suas ligas,ou outros pós que apresentem risco similar

GRUPO F – pós carbonáceos combustíveis, tendo mais do que 8%


no total de materiais voláteis ou similares, como carvão, grafite,
pó de coque

GRUPO G – Pós combustíveis não enquadrados nos grupos E e F,


incluindo: Pós de cereais, de grãos, de plásticos, de madeiras, de
processos químicos. Exs.açucar, ovo em pó, farinha de trigo, goma
arábica, celulose, vitamina B1, vitamina C, aspirina, algumas
resinas termoplásticas, etc.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
– VISÃO U.S.A.

FIBRAS COMBUSTÍVEIS ou material flutuante de fácil


ignição, mas que não são prováveis de estar no ar em
suspensão em quantidades suficientes para formar
mistura inflamável.Exemplos: rayon, algodão, sisal, juta,
fibras de madeira ou outras de risco similar.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
– VISÃO U.S.A.

O CONCEITO DE DIVISÃO ...

... ESTÁ ASSOCIADO À PROBABILIDADE DE PRESENÇA DE


MISTURA INFLAMÁVEL NO AMBIENTE.

SÃO DEFINIDOS DOIS NÍVEIS DE


PROBABILIDADE ...

ALTA PROBABILIDADE

BAIXA PROBABILIDADE
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
– VISÃO U.S.A.

DIVISÃO 1

Continuamente, intermitentemente, ou periodicamente em


condições normais de operação do equipamento de processo;

Freqüentemente, devido a vazamentos provocados por reparos


de manutenção freqüentes.

Quando o defeito de um equipamento de processo, ou


operação incorreta do mesmo provoca, simultaneamente o
aparecimento de mistura inflamável e uma fonte de ignição de
origem elétrica.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
– VISÃO U.S.A.

DIVISÃO 2

Somente em caso de quebra acidental ou


operação anormal do equipamento de processo

Tanque de propileno FB-1002X


Áreas adjacentes à Divisão 1

Locais onde exista um sistema de ventilação forçada

O interior do tanque, havia sido classificado originalmente como Divisão 1, após foi caracterizado como
área não classificada. Essa modificação foi justificada pela impossibilidade de penetração de oxigênio no
interior do tanque, o que provocaria perda de especificação do propileno. O histórico de operação
demonstra que esse evento é raro. Dessa forma temos sempre a presença de uma mistura rica no
interior do tanque (concentração de vapor acima do limite superior de inflamabilidade).
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE
ÁREAS – VISÃO U.S.A.

R = 1,5

DIVISÃO 1
DIVISÃO 2
3,0 3,0

ESFERA DE GLP
Distâncias em metro

R = 1,5
DIQUE 0,6

depressão 50,0
Piper

alpha
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE
ÁREAS – VISÃO U.S.A.

OBS.: Distância variável de 3,0 a 7,5m em função da


DIVISÃO 1 quantidade de material inflamável que possa ocorrer.
3,0
DIVISÃO 2

3,0

0,6
VER OBS.

Distâncias em metro
VER
OBS. 7,5 15,0
Superfície do líquido

SEPARADOR DE ÁGUA E ÓLEO


CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
– VISÃO U.S.A.

4,5 4,5
Distâncias em metro

DIVISÃO 2 7,5

Fonte de risco
Parede cega

colunas
4,5 máx.

4,5

CASA DE COMPRESSOR – GÁS MAIS LEVE


QUE O AR
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
– VISÃO U.S.A.

Linha de vapor Raio 4,5m

Raio 1,5m

Nível do solo

depressão
Divisão 1 Divisão 2

Carregamento ou descarregamento de vagões ou caminhões tanque, via


sistema fechado. Transferência do produto somente pelo fundo.
PRODUTO: GÁS LIQUEFEITO, GÁS COMPRIMIDO, LÍQUIDO CRIOGÊNICO
Certificação Ex

NR-10 TAMBÉM
COM FOCO EM
Ex

Portaria 164, de 16.07.91


Torna obrigatória a certificação de equipamentos Ex no
Brasil (fabricados no Brasil ou no exterior).
Barreiras

IMERSO EM ÓLEO { Ex o} IP 66

MAX

MIN
TIPO DE PROTEÇÃO VÁLIDO SOMENTE
PARA EQUIPAMENTOS DE INSTALAÇÃO
FIXA

CONFORME IEC 60079-6 (1995), APLICÁVEL


PARA EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS QUE EM
CONDIÇÕES NORMAIS DE OPERAÇÃO NÃO
PRODUZAM ARCOS OU CENTELHAS
Barreiras

IMERSO EM AREIA {Ex q}

PARTÍCULAS DE QUARTZO OU VIDRO

DIMENSÃO DOS GRÃOS MÁXIMA 1mm


E MÍNIMA 0,5mm, CONFORME ISO 565,
PARA PLACA METÁLICA PERFURADA
Barreiras

IMERSO EM RESINA {Ex m}

NÃO É CAPAZ DE CAUSAR UMA IGNIÇÃO EM


NENHUMA DAS SEGUINTES CONDIÇÕES:

ma mb
a) Em condições normais de
operação e instalação a) Em condições normais de
b) Em nenhuma das condições operação e instalação
anormais especificadas
b) Em condições de
c) Em condições de
falha definidas
falha definidas
Barreiras

 Passagem de Cabos entre Área Classificada e não classificada

Vantagens em relação
Área aos sistema com eletrodutos:
Classificada
 Dispensa instalação e selagem/identificação de
Área não
unidades seladoras (critério da fronteira)
classificada
 Facilita serviços de instalação inicial de cabos

 Facilita serviços de passagem de novos cabos


em casos de ampliação, sem necessidade de
Areia quebra de parede para passagem de novos
eletrodutos ou quebra de unidades seladoras
existentes

 Tipo de instalação mais segura, menos sujeita


a erros ou falhas de montagem
Conceito de Zona

A OCORRÊNCIA DE MISTURA INFLAMÁVEL É CONTÍNUA


ZONA 0 OU EXISTE POR LONGOS PERÍODOS

A OCORRÊNCIA DE MISTURA
ZONA 1 INFLAMÁVEL ACONTECE EM
CONDIÇÕES NORMAIS DE OPERAÇÃO
DO EQUIPAMENTO DE PROCESSO

A OCORRÊNCIA DE MISTURA
ZONA 2 INFLAMÁVEL É POUCO PROVÁVEL DE
ACONTECER E SE ACONTECER É POR
CURTOS PERÍODOS, ESTANDO
ASSOCIADA À OPERAÇÃO ANORMAL
DO EQUIPAMENTO DE PROCESSO.
Quantificação das zonas

Zona Presença de mistura


inflamável
1000 horas ou mais por ano
0 (10%)
10  horas por ano  1000
1 (0,1% a 10%)
1  hora por ano  10
2 (0,01% a 0,1%)
Área não Menos do que 1 hora por
classificada ano
MÉTODOS DE PREVENÇÃO
a) Confinamento da explosão: Evita a detonação da
atmosfera explosiva confinando a explosão em um
compartimento capaz de resistir a pressão
desenvolvida durante uma possível explosão, não
permitindo a propagação para as áreas vizinhas
(Exemplo: equipamento à prova de explosão);
b) Segregação de faísca: Separa fisicamente a
atmosfera potencialmente explosiva da fonte de
ignição. (Exemplo: equipamentos pressurizados,
imersos ou encapsulados);
c) Prevenção: Controla a fonte de ignição de forma a
não possuir energia elétrica e térmica suficiente para
detonar a atmosfera explosiva da Área Classificada.
PROTEÇÃO CONTRA EXPLOSÃO

Impedir Área Classificada:


1. Não utilizar Líquidos Inflamáveis (substituir quando
possível).
2. Elevar o Ponto de Fulgor dos inflamáveis.
3. Ventilar.
Prevenir:
1. Evitar as faixas de inflamabilidade.
2. Inertizar.
3. Monitorar ausência de inflamáveis.

Se isto, não for possível:


Proteger os Equipamentos e o Ambiente.
PROTEÇÃO CONTRA EXPLOSÃO
IMPEDIR ÁREA CLASSIFICADA
Não utilizar líquidos inflamáveis;
Elevar o ponto de fulgor;
Ventilar;
PREVENIR
Evitar as faixas de
inflamabilidade;
Inertizar;
Monitorar ausência;
Proteger os equipamentos.
À PROVA DE EXPLOSÃO

Ex d
SEGURANÇA AUMENTADA
SEGURANÇA AUMENTADA

 Tipo de proteção combinada “de”

Câmara onde é feita a abertura e fechamento dos


contatos encapsulada hermeticamente de fábrica.
Bornes Terminais do tipo Segurança Aumentada

Marcação: Ex de IIC T6

VANTAGENS:
 Invólucro plástico
 Não requer invólucros metálicos
 Não requer unidades seladoras
 Não requer cuidados de manutenção tão rigorosos como Ex d
 Instalação mais segura pois não requer maiores conhecimentos ou treinamento do
pessoal de instalação e de manutenção
 Linha completa de componentes para painel: Contatores, disjuntores, reles térmicos,
botoeiras, chaves de comando, lâmpadas, medidores, potenciômetros, etc.
 Aplicável em: Botoeiras de comando local de motores, painéis de iluminação, Painéis de
Controle Local de instrumentação, Tomadas e Plugues em geral.
EQUIPAMENTOS Ex de

 Contatores
Blocos de contatos selados 1P-2P-3P-4P
Botoeiras  Reles
Chaves de comando Auxiliares

Luminárias

Catálogo
CEAG

Sinaleiros Catálogos
Reles Disjuntores Lanternas Potenciômetros STAHL
Térmicos 1P - 2P - 3P de Mão Indicadores
SEGURANÇA AUMENTADA

 Ex p - Pressurização

“Shelter” com Analisadores Painel Local de Controle


Pressurização tipo pz (Zona 2 
Área não classificada)
SEGURANÇA INTRÍSECA Ex i

LIMITADA
ENERGIA

NÃO LIBERA ENERGIA SUFICIENTE PARA CAUSAR UMA INFLAMAÇÃO EM


CONDIÇÕES NORMAIS OU ANORMAIS DE OPERAÇÃO
SEGURANÇA ACENDÍVEL Ex N

nA NÃO CENTELHANTE

nC CENTELHANTE PORÉM
PROTEGIDO

NÃO ACENDÍVEL nR RESPIRAÇÃO RESTRITA

{ Ex n }
nL COM ENERGIA LIMITADA

nZ COM PRESSURIZAÇÃO Z

NÃO LIBERA ENERGIA SUFICIENTE PARA CAUSAR UMA INFLAMAÇÃO EM


CONDIÇÕES NORMAIS DE OPERAÇÃO
UNIDADE SELADORA

ÁREA NÃO
ÁREA CLASSIFICADA CLASSIFICADA

Ex d
ou aqui aqui

Uma unidade seladora deve


ser aplicada
UNIDADE
SELADORA
Aplicação de unidades seladoras pelo critério da fronteira

8
Caixas de Derivação à Prova de Explosão
Caixas de Ligação à Prova de Explosão
Luminárias à Prova de Explosão

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