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CURSO DE FILOSOFIA
FILOSOFIA POLÍTICA
PROF. ME. JOÃO LOURENÇO BORGES NETO
1
Platão concebe três ideias de Bem que para nossa investigação não há tanta relevância, contudo, os interessados
pelo assunto podem encontrar as concepções na obra I A República.
2
Encontramos no Livro X (Mito de Er) a importância da escolha.
relação hierárquica. Isso tudo para garantir uma boa formação daqueles que se dedicam à sua
estrutura, ou seja, a educação ocupa um papel importantíssimo na formação da pólis.
A questão da novidade é elucidada na obra de Platão. Para ele, um rico ou um pobre
que tem uma novidade pode gerar um desiquilíbrio na manutenção da cidade justa, por isso a
cada um cabe cumprir com excelência cada uma das atividades que lhe são cabíveis.
Não são as regras que faz um bom legislador, mas o cumprimento destas regras. Para o
legislador ideal é necessário o maior cuidado para não se instaurar na cidade certas doenças,
como a da divisão e da novidade.
Analisando a responsabilidade que o legislador tem perante a cidade que governa, se
faz necessária a condução deste legislador à totalidade, fazendo com que conheça as ciências.
Esta condução se faz necessária, porque o ato de governar deve sempre estar de acordo com a
estrutura da cidade, para que trilhe um caminho de sabedoria. A cidade se torna sábia quando
o governante sabe que o conhecimento é necessário e aprende a ser sábio. A classe dos
governantes pode ser pequena, mas é por meio dela que advém a sabedoria de uma cidade.
Depois de tratar da areté que compete aos governantes no processo de estruturação,
tratemos da areté que cabe aos guardiões.
A classe dos guardiões é representada em uma sociedade pela sua coragem, e está é a
areté dos guardiões. Por meio dos guardiões, uma cidade inteira é corajosa, porque estes
desempenham com afinco a sua função na estrutura de organização da cidade. Com a
coragem, o guardião apreende também outras virtudes, como a da prudência, se distanciando
dos prazeres e desejos.
Tais virtudes desempenham este papel nos guardiões porque não são guardas somente
do que chamamos de inimigos externos, sobretudo guardam a cidade dos inimigos que podem
surgir internamente, causando uma desordem.
Como última areté para estruturar uma sociedade, direcionamos o olhar a terceira
classe de cidadãos. A virtude age na vida do cidadão e o direciona e esclarece o ser para
aquilo que foi destinado em sua cidade. Podemos dizer que o cidadão torna-se ‘senhor de si
mesmo’, ou seja, é possuidor de um autodomínio frente ao que leva a destruição da pessoa e,
sobretudo da cidade. Esse ‘senhor de si mesmo’ que podemos denominá-lo de virtude da
temperança, que está presente não nos governados, mas de maneira profunda nos governante.
Por meio da temperança, cada qual se ajusta em seu meio/classe, e especialmente, colabora na
coabitação das diferentes classes, de modo que vivem juntas em vista de um fim semelhante.
Por fim, a justiça se encontra desde a concepção da cidade, uma vez que ela rege todas
as outras, e regendo todas as outras se torna a justiça virtuosa. Essa relação das virtudes com a
justiça virtuosa, Platão descreve da seguinte maneira:
A justiça, como base fundante da cidade, faz com que os homens se limitem a ocupar-
se do que é seu, e assim a cidade trabalha na perfeita harmonia.
REFERÊNCIAS