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Então entra em cena um novo personagem, Trasímaco. Ele, por sua vez,
declara que justiça é a conveniência do mais forte que se sobrepõem sobre o
mais fraco e Sócrates também refuta essa ideia, então ele propõem um novo
pensamento dizendo que o importante é parecer justo, porém sendo injusto, já
que sendo justo você sempre sofre prejuízos.
Daí por diante então Sócrates passa a ter que se esforçar bem mais pra refutar
esse pensamento. Logo em seguida, Glauco afirma que por natureza nós não
queremos ser bons ou ser justos, nós somos bons porque somos coagidos.
Então é mencionado no livro um conto do anel de Giges. Mostrando que todos
que tiverem a oportunidade de fazer o mal para alcançar próprio benefício,
assim ele fará. Isso é contado através da história de um pastor de ovelhas que
encontra um anel dentro de um cavalo, no corpo de um homem morto após um
terremoto. Após usar o anel e gira-lo, ele percebe que pode ficar invisível,
sendo assim ele seduz e trama com a rainha daquele lugar e ocupa o lugar do
rei e se torna uma pessoa pior do que era o governante daquele lugar.
Daí então, Sócrates propõem a ideia de criar uma cidade imaginária para que
se pudesse entender o que é a justiça, maximizando a visão do indivíduo agora
para uma cidade. Nessa nova linha de raciocínio, Sócrates e Glauco iniciam a
construção da cidade descrevendo o que é necessário que exista na cidade,
quem são os habitantes dela, e o que eles precisam exercer para que a cidade
possa se sustentar. Para que a cidade possa estar organizada em classes e
cada um visando exercer exclusivamente a sua arte. Sócrates gostaria de
propor, se fosse possível, a todos moradores da cidade que eles teriam sido
gerados da terra, ou seja, todos eles são filhos da cidade. Essa tal obra fora
feita por um deus que ao realizar tal ato, misturou metais na composição de
cada um, sendo os misturados com ouro classificados como os magistrados, os
com prata como os guerreiros, e os com bronze os artesãos. Tendo isso sido
aceito a justiça se encontraria na harmonia dos moradores da cidade, cada um
fazendo tua função. Essa divisão em três partes, segundo Sócrates, também
ocorre na alma humana com três designando a razão, Ímpeto e apetite. Depois
de todas essas colocações e afirmações a proposta de cidade de Sócrates
passa por três duras provas.
No fim da obra, nos é trazido o mito de Er, na qual um soldado morto acorda
antes de ser cremado e explica como é o além, e daí Sócrates conclui que a
virtude não tem senhor e nós somos responsáveis por escolher nosso destino.