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Sócrates rebate dizendo que, sendo a justiça absoluta, não pode haver exceções. E
descobrimos facilmente que há exceções, já que existem algumas mentiras necessárias;
A segunda, é fácil pensar: Imagine que vc pegou uma arma emprestada com seu amigo policial,
mas nesse ínterim, ele tenha ficado louco; você devolveria essa arma?
Polemarco
Sócrates rebate, primeiro, ao dizer que a ação de roubar um amigo e a de roubar um inimigo
seria justa e injusta ao mesmo tempo. Portanto, não absoluta. Além disso, nem sempre aquele
que vc acha que é amigo, é seu amigo, e nem sempre aquele que parece inimigo, é realmente
inimigo.
Trasímaco
Tese:
1- A justiça é o interesse do mais forte (ou seja, a justiça está à mercê do interesse do mais
forte);
Trasímaco, que já havia sido refutado por usar uma tese de justiça mais simples, agora diz a
Sócrates que:
O justo é inferior ao injusto em todos os sentidos. A injustiça compensa. O justo sempre see dá
mal. O injusto sempre se dá bem.
2 – Quem pratica a justiça o faz por medo e repressão, e não por um conceito abstrato de
justiça; ou seja, quem pratica a justiça pratica por covardia; pratica pelo medo de também
sofrer a injustiça, já que o prazer de se praticar a injustiça contra alguém é muito menor por
sofrer uma injustiça. E é assim que surge a lei para Glauco.
3 – A essência da justiça é a convenção da lei (lei escrita, lei moral e lei do Estado também) (O
que é certo justo aqui, pode ser injusto no Afeganistão).
Já Adimanto diz:
2- O que importa não é ser justo, é parecer justo; não é a justiça, é a imagem de justiça.
3 – Existe uma assimetria entre o justo e o injusto; o justo tem que percorrer um caminho
estreito linear difícil para se tronar justo; o injusto, não; ele tem o caminho livre.
TESE DE SÓCRATES:
Tem com especificidade a sabedoria; a busca pela verdade, ou seja, pelas idéias em si;
3) parte mais inferior ainda: parte que se volta a atender os desejos do corpo;
Tem como especificidade a temperança; controlar e viver as nossas paixões e nossos desejos;
Tem outra característica: a moderação, que é a o respeito à hierarquia da alma. Existe uma
hierarquia da alma, um modo saudável, harmônico da alma; um modo em que a alma fica feliz
com ela mesma, como o modo como ela está. Que jeito é esse?
O homem como microcosmos da cidade reproduz na cidade esta divisão da alma. Então a
cidade ideal é formada por uma classe de sábios, por uma classe de guerreiros e é formada
pelo povo.
Constatação de Sócrates/Platão:
Observando as pessoas no cotidiano, vemos que elas são diferentes; nasceram com aptidões
diferentes. Então, a alma de todos nós que têm estas três partes. Mas alguns que possuem
com a parte superior mais desenvolvida, outros com a parte corajosa mais desenvolvida, e
outros com a temperança e a moderação, e só, desenvolvidas.
A maioria das pessoas não nasce nem para ser guerreira nem pra ser sábia, mas, para a parte
mais baixa. O povão, que nasceu para curtir os seus desejos.
Para Platão, é aquela cidade onde as pessoas, com as suas aptidões da alma, ocupem as
posições correspondentes àquelas aptidões específicas, posto que temos aptidões diferentes.
É aquela cidade que coloca a classe de pessoas nos seus devidos lugares.
Os guerreiros deveriam ocupar, por exemplo, os exércitos; os que forem aptos para trabalhar,
o trabalho, e os sábios para governarem, já que dedicaram uma vida para pensar, etc. É uma
perspectiva aristocrática. Platão abominava a democracia, o governo de muitos, porque o
problema é que os “muitos” não sabem governar. Não conhecem a verdade, a justiça. Quem
devia governar era a uma “elite” natural, como os filósofos. Aqueles que fossem mais aptos
para pensar, que pensassem.
O que é uma cidade injusta? Uma cidade injusta é aquela onde aqueles que nasceram para
trabalhar, você coloca no exército. Aqueles que nasceram guerreiros, você os coloca no
governo; e os filósofos, você os coloca para carpirem, por exemplo. E isso não é só sobre
justiça. É sobre felicidade, também. Fulano não será feliz se não estiver fazendo o que for de
sua aptidão, e ainda acabará prejudicando os outros também.
Para Platão, as pessoas têm aptidões, e a partir de quando for descoberto isso, Platão achava
que a educação deveria entrar em cena para desenvolver essas aptidões.
Apesar de Platão achar os homens um pouco superiores às mulheres, mas, se uma mulher
mostrasse que tinha aptidões para guerreiras, por exemplo, ela deveria estar entre os homens
guerreiros.
Portanto, para Platão, o indivíduo justo é aquele que harmoniza a sua alma, as partes de sua
alma, colocando-as em seus respectivos lugares e dando a cada uma delas a tarefa que lhes
corresponde.
1 - A justiça é uma questão de estar bem comigo mesmo. Não me preocupo se me darei mal
por isso. O justo também não é uma questão de repressão ou medo.
2 - Depois, o justo é que é mais forte do que o injusto. Qualquer projeto de vida, precisa-se de
uma harmonia, de uma justiça. A desordem é sempre mais fraca que a ordem. Uma cidade
todo mundo faz o que lhe é correspondente é sempre mais forte que uma cidade
desorganizada.
3- O justo, o virtuoso é aquele que faz bem aquilo para o qual nasceu. Que vive em harmonia
com os outros e consigo mesmo. A injustiça destrói as relações com outras pessoas. O injusto
não consegue se dar bem por muito tempo. Ele é isolado.
FORMAS DE GOVERNO:
A FORMA IDEAL DE GOVERNO É A ARISTOCRACIA DOS FILÓSOFOS
Embora Platão pense que essa aristocracia tende a se desagradar. As novas gerações tendem a
mexer com a harmonia das cidades.
1º grau de degeneração:
2º grau de degeração:
A OLIGARQUIA:
Nessa cidade, o governante é escolhido, não pela sua sabedoria, mas pela sua riqueza.
Eles vão querer o lucro, e guardar o lucro, mas as novas gerações não terão essa preocupação
porque não passaram pela dificuldade de construir o que os seus pais, antecessores
construíram. Estes seguirão ao prazer desenfreado pelo prazer. A essa forma de governo
Platão chama de (3º grau de degeneração): A DEMOCRACIA.