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Introdução à Platão - Apologia de Sócrates

Pleonexia, a doença que invadia cada vez mais as mentes dos atenienses e que aos poucos ia
degenerando a moral e ordem, que por muitos anos, fez da cidade a mais pujante, forte e influente de
todo mundo helenico. Essa que a doença da avareza, da ambição mesquinha e das paixões egoístas
desenfreadas, que cegam todos aqueles que pretensiosamente se julgam mestres dos saber verdadeiro,
corrompe as estruturas que por esses são mantidas e leva por concequencia toda a comunidade ao
colapso. Sócrates foi o único que se ergue e tentou enfrentar essas pretensas autoridades sapienciais
utilizando o método socrático, que se estruturava no questionamento, na inspeção e na refutação dos
saberes. As instigações de Sócrates provocaram mais do que um disconforto entre as autoridades
atenienses, ele susitou um verdadeiro ódio contra sua pessoa, que ftalemnte o levou à morte.

Tendo Alcibíades como democrata , Atenas lidera as demais naçãos gregas no Liga do Peloponeso que se
une para comabater os exéricitos dos persas nas Guerras Médicas, apesar da Liga se sair vitoriosa,
Atenas não consegue segurar a união por muito tempo, que se degenera, e a Guerra do Peloponeso se
inicia, colocando Esparta contra Atenas que sai perdendo e humilhada. Como se não bastassem as
perdas até aqui, Alcibíades lidera uma invasão à Sicília onde suas tropas são dizimadas. Ao retornar, um
governo oligárquico subordinado a Esparta e liderado por Crítias, chamada de tirania dos trinta, assume
o poder na cidade de Atenas. Se inicia então uma guerra civil que opõe os democratas e os oligárquicos
na disputa por poder. Todo esse clima de instabilidade, mortes, degeneração e caos levam à uma reação
extrema dos atenienses, que começam a perseguir uns aos outros por crime de impiedade - julgavam
que todas as desgraças que se abatiam na cidade eram culpa de uma degeneração moral, gerada por
uma juventude corrompida por aqueles que desafivam os deuses -, Sócrates será um dos principais
resposabilizados por essa corrupção da juventude.

O ponto central da Apologia de Sócrates, ou seja, do seu julgamento e defesa, é o que se resume na
frase "só sei que nada sei", ou seja, o que diferencia Sócrates dos pretensos sábios que regem a cidade é
que ele tem plena consciência da própria ignorância. Instigado por um oráculo que disse ser ele o mais
sábio de todos, Sócrates sai pela cidade tentando encontrar alguem mais sábio que ele, pois viu essa
declaração como um sinal do deus Apolo, já que por saber da própria ignorcia, sabia que não era o mais
sábio. Em seus questiomamentos das sabedorías vigentes - que iam desde os sofistas, mestres da
oratória eloquente e manipuladora, até os técnicos que dominavam oficios práticos, como artesãos e
construtores, passando pelos poetas que acreditavam aconhecer todos os apsectos de suas obras -
Sócrates constata que assim como ele, eles também não domivam essas sabedorias que diziam ter
controle absoluto, porém, o que os diferenciava do filósofo, era que este sabia da própria ignorancia,
recohecia que não tinha o conhecimento que lhe faltava, sabia que de nada sabia, já os outros, nem isso
sabiam.
Acusação de Sócrates:
As instigações de Sócrates abalaram a ordem social de Atenas, pois os que tinham seu conheciemento
inspecionado sentiam que sua soberania e autoridade eram desfiados. Meleto, Anito e Lícon, todos
sofistas, decidem dennunciar Sócrates. Durante seu julgamento, Sócrates acusa essas denuncias de
serem levianas, falsas e até ultrajantes. Primeiro dizia estar sendo cofundido com Anaxágoras,
naturalista, físico jônico, que interpretava a natureza sob um perspectiva ateia onde a via apenas como
um mecanismo que funcionava de forma independente, sem influência divina. Sócrates dizia que quem
o relamente conhecia sabia que não falava sobre essas coisas, nem compartilha da visão de Anaxágoras,
acredita na infleuncia sim dos deuses sobre a natureza e inclusive acredita ser ele mesmo fruto de uma
influencia de Apolo, deus da sabedoria, e que agia sob a guia de um daimon, imbuido da missão de
buscar a verdadeira sabedoria, aquela das ideias reais, unas e finais. Acusado é também de ser um
sofista, dotado de uma poderos e influente oratória, usada para corromper a juventude, isso Sócrates
também nega, reconhece sua limitação em proferir belos discursos e muitas vezes dizia o que era
incoveniente pois sua preocupção era somente em dizer a verdade.

A Defesa:
Sócrates começa adereçando as acusações de Meleto, Anito e Lícon, todos os três sofistas, que eram;
corromper a juventude, renegar os deuses da cidade e introduzir novas divindades. Sobre corromper a
juventude, Sócrates indaga seu acusador, especificamente Meleto, se ele sabe o que faz bem aos jovens,
afinal, se ele reconhece nas atividades de Sócrates o que faz mal, é necessário para um parâmetro de
alteridade, que ele saiba o que faz bem, e se ele realmente tem em alta conta a educação do jovens,
certamente sabe reconhecer esse bem. Mileto diz sabe, porém não consegue exemplificar
especificamente o que é. Diz serem as leis, mas Sócrates pede que cite quem faz o bem e não o que.
Meleto então cita os jurados, os magistrados, os membros do conselho e da assembléia, todos eles,
segundo Meleto, estão empenhados em fazer o bem aos jovens. Sócrates aponta que isto não é verdade
pois é ilógico, citando exemplo de cavalos, diz; "a maioria dos homens faz bem aos cavalos quando
tentam trata-los, e apenas um pequeno grupo não sabe cuidar e fazer bem à eles? Ou é o contrário, a
mairoria dos homens não os sabe tratar e apenas um grupo pequeno, os cavalariços, os sabem". Com
isso, Sócrates conclui que Meleto nad sabe sobre o que faz bem aos jovens, e o ataco por mesquinharia.

Sobre a intenção de Sócrates ao corromper ele diz que se o faz, não o faz intensionalmente. E apresenta
um teorema socrático; ninguém comete um erro voluntariamente, todo erro moral é uma ignorancia
intelectual. Segundo a própria procedencia jurídica ateniensse, aquele que faz o mal por incopetencia
em fazer o bem, não deve ser punido e sim educado.

Sócrates diz logo no inicio de sua defesa estar agindo sob um designo do deus Apolo, e mais tarde, vai
fazer um caso e dizer que suas ação também são influenciadas por uma guia numinosa, daimon, que o
impede quando esta está prestes à cometer um ato falho, quando estás prestes a dar um passo na
direção errada e não fazer o bem. O próprio Meleto o acusa de falar de coisas numinosas. Esse termo
derivo de daimon, que era um palavra antiga para designar um deus, eventualmente, se tornou uma
referência de divindades no geral, menores. Sócrates aponta isso no seu discursso e diz; pode alguém
que não acredita nos nume falar sobre coisas numinosas? Se numes são filhos dos deuses (numes se
refere à seres que são filhos de um deus com uma mulher humana, ou de uma deusa com um homem),
e eu falo de coisas numinosas, logo, assumo antes a existência dos deuses, pois como posso assumir a
existência dos filhos e não dos pais." Sócrates utiliza a própria acusação de ateismo para provar que
acredita nos deuses. Quando levanta a questão da pena de morte, que pode vir a ser concedida caso
seja culpado, ele diz não temer. Priemiro porque diz estar agindo sobre desgnio do deus Apolo, que lhe
concedeu a missão de investigar, criticar, instigar, inspecionar e refutar aqueles que se dizem sábios,
donos do irrefutável e verdadeiro saber, para justamente buscar esse verdadeiro saber, se ele existe e
Sócrates acredita que sim, ele tem que encontrar, pois ele mesmo não é sábio em sua sabedoria nem
ignorante em sua ignorância. Na busca pelo verdadeiro saber, ele acaba expondo falsos sábios, e isso é o
que provoca tanto ódio para com ele.

Sócrates não irá apelar para discurssos sofistas para se livrar do morte, prefere sim morrer do que não
dizer a verdade, prefera que sua vida acaba de forma digna do que siga na desgraça degenerada, como é
a vida dos que o acusam, que buscam a sabedoria nem por ela em si, nem pela formação do próprio
espírito, mas sim por dinheiro, poder e frivolidades. São eles sim, diz Sócrates, traidores dos desgnios
dos deuses, e el, o único que lhe pode ajudar nessa reconciliação, se o deixarem continuar à buscar a
verdade.

Temer a morte para Sócrates é agir de forma ignorante, pois da morte ele sabe que não sabe, e teme-la
seria um engano pois, se teme, se presupõe saber que ela é ruim, mas pode ser boa. Para o filósofo das
duas uma; ao ela é um nada, um vazio como se num sono que não se sonha, ou é como dizem e a alma
trasnmigra, ou para a casa do Hades, onde viverá eternamente na companhia dos que já foram, ou para
outro lugar qualquer, e para Sócrates, qualquer uma dessas possibilidades é melhor do que viver em
desgraça, desrrespeitando os designos do deus, não buscando a verdade e deixando ela ser falsamente
atribuida à homens mesquinhos e mentirosos, pois o que ele deseja é ser livre para refuta-los,
questiona-los e buscar conhecimento. Esse é o ponto central da filosofia socrática; a vida só tem sentido
quando é intelectualemente ativa, cheia de de estudo e reflexão.

A Condenação:
Os ateniensses condenam Sócrates à morte, porém, a lei diz que o condenado pode optar por mudar a
pena e viver em exílio, mas Sócrates prefere morrer. Temos nesse ponto uma grande moral socrática; o
maior mal não é sofre-lo e sim comete-lo, e pior do que todos é obrigar outra pessoa a fazer também o
mal. A morte, apesar dos que o condenaram pensarem assim, não é necessariamente um mal. Sofrer um
mal não é um mal para quem sofre. Mal seria obrigar Sócrates a viver exilado e sem poder seguir o
destino que lhe foi imputado, o de buscar a verdade, o de preencher a própria vida e a vida de quem se
interessar pelo verdadeiro saber, de sentido e propósito. Viver negligenciando a verdade, para Sócrates,
é imputar o mal. Sócrates prefere então morrer do que ser obrigado a praticar esse mal.

Por fim, Sócrates conclui seu discursso dizendo que está com a consciencia tranquila pois sabe que
praticou o bem. Manteve-se retilíneo a vida toda, nunca faltando com a verdade e sempre buscando a
real sabedoria, custe o que custar. Finaliza dizendo que sabe que a sua postura, que o levou à morte,
durante o julgamento, foi acertada, pois o daimon que o ilumina nas hora onde vai errar e assim o
previni de seguir não agiu em nenhum momento. Pede no fim que cuide de seus filhos, e que se eles
derem sinal de que vão seguir um caminho de buscas egoistas, vazias, de que vão tratar o saber como
uma forma de enriqueciemento material e não o vão conduzir para à verdade, que os corrijam, assim
como ele próprio fez com estes que agora o condenam.

Conclusão:
Sócrates morre sabendo que fez o bem. Acredita que todo o seu esforço em questionar o homens foi
para o próprio bem deles, pois sua missão era tirar os obstáculos da ignorancia pretenciosamente sábia
do caminho da verdade. Uma vez que os ateniensses percebessem que estavam cegos pelo sofisma do
enganadores podiam se libertar, não só dos falsos sábios mas como deles mesmos, que também estão
enjaulados nas grades da ilusão.

O julgamanto de Sócrates também é um julgamento de Atenas. O filosofo mostra que ele de de nenhum
mal era culpado, e que, a corrupção dos jovens, se é que ela existia, e que estava levando a cidade para
uma degeneração moral, era culpa daqueles que o acusavam, pois estavam distorcendo a verdade para
seus fins mesquinhos. No fim, Sócrates pretendia elevar a cidade aos designios dos deuses, através de
uma profunda inspeção intelectual tanto interna quanto externa, fromando assim o espírito do
ateniensse, guiado para a verdade, e também seu intelecto para que tomassem decisões acertadas no
campo da moral, salvando assim a cidade da degeneração ética a qual a estava ruindo.

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