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Introdução à Platão - Aula IV- O mito fundador da filosofia

O amor é o motor da vida, é ele que move o ser humano em sua busca pela verdade, é ele que dá esse
impeto instigador que leva o filósofo à traçar os caminhos até a plano dos obejetos reais, no intuito de
ascender as coisas amadas, de encontra-las e sua forma pura. Platão teve dois amores; a cidade de
Atenas, que o formou e que ele tentava em troca também formar lhe educando com ensinamentos
sobre as verdades das virtudes na esperança de elevar o espírito da comunidade; e Sócrates, quem lhe
despertou esse impeto inquisidor na busca pela verdade.

O grande drama de Platão, que será refletido na sua obra de forma fundamental, foi a morte de um dos
seus grandes amores por outro grande amor. Atenas julgou e sentenciou Sócrates à morte. Aquela
cidade que ele considerava justa, ou que pelo menos ele lhe tentava trazer justiça, matou o homem mais
justo de todos, aquele que lhe havia ensinado sobre justiça.

Após a Guerra do Peloponeso a Liga do Peloponeso, liderada por Atenas, se fragmentou. Platão inicia
uma investigação para entender os motivos do fracasso de sua cidade, que foi incapaz de manter uma
aliança além de ter declarado guerra à Esparta e ter perdido. A investigação de Platão o leva à crer que o
problema era uma crise moral e espiritual, que estava corroendo os alicérces que mantinham a cidade
unida, ela portanto se fragmenta, se degenera em uma guerra civil, perde o prestígio e seu poder
político, e condena Sócrates à morte. Essa investigação, essa inquietude que a morte de Sócrates causou
é o fundamento da obra de Platão, uma apologia em defesa de Sócrates como um homem bom, sábio e
buscador da verdade. Também é uma busca para entneder a crise política de Atenas, que emerge de um
desintegração moral da comunidade, que mais profundamente é também, uma crise da Alma. Isso tudo
amarrado numa crise cosmológica que Platão recria poeticamente.

Interessante analisarmos as esferas de interesse de Platão, as quais ele irá trabalhar em sua obra.

. A poesia é clara. Ele absorve toda a linguágem simbólica e mítica dos poetas líricos, toda a
dramaticidade dos tragediógrafos e a ironia do comediógrafos. Cria a sua própria figura mítica em cima
de Sócrates e usa todas essas influencias para fazer sua apologia.

. A política também nota-se como interesse, afinal, seus diálogos fazem um julgamento de Atenas, de
um contexto político da cidade, governada há época da execução de Sócrates, por um democracia
oligárquica.

. Outro interesse é o orfismo, seita dos ptagóricos doande Platão vai se utilizar de dois princípios; o da
imortalidade da alma e o da lembrança como reminiscencia, ou lembrança. A ideai da reincarnação da
alma a de que ela traz o conheciemento de outras vidas, ou, de antes de encarnarem, onde estávam em
contato com as formas reais. . Platão inicia uma investigação para entender
. Platão inicia uma investigação para entender

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