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LIVRO I

No livro I, se inicia com Sócrates e Glauco ambos chegando de uma festa e falando do dia
anterior. E então Polemarco os encontra na cidade e decide os chamar para sua casa, ambos
aceitam e eles vão para a casa de Polemarco. E então é iniciado um diálogo aonde Sócrates e
Céfalo, pai de Polemarco, ficam discutindo sobre o que é justiça. Céfalo acredita que a vida
justa consiste em dar a cada um o que lhe pertence, mas Sócrates discorda de Céfalo e chega
ao seguinte pensamento: A justiça não é, em todos os casos, dar a cada um o que lhe
pertence. Polemarco chega e fala que justiça é fazer o bem aos amigos, e mal aos inimigos,
mas Sócrates discorda novamente e diz: não deve pertencer ao conceito de justiça, qualquer
ideia de prejudicar a alguém, em nenhuma hipótese. Transímaco entra na discursão e diz que
justo é aquilo que é mais vantajoso para os mais fortes, mas Sócrates discorda e diz dá o
exemplo do governo de uma cidade onde os mais poderosos iriam tiram vantagens do povo
mais pobre pelo fato de possuírem bem mais poder.

LIVRO II

O segundo livro começa com um diálogo entre Glauco e Sócrates, para Glauco existem três
tipos de bens, são eles: primeiro os bens que amamos por si mesmo, além dos bens que
amamos a si mesmos também amamos por suas consequências e por último os bens que
amamos apenas por suas consequências e vantagens. Sócrates fala que a justiça está presente
nos bens que amamos a si mesmos e amamos por suas consequências. Glauco diz que se
demos o poder ao justo ou a o injusto ambos cometeriam injustiças. E então ele explica essa
teoria através do mito do Anel de Giges: Giges um dia estava andando e encontrou uma fenda
no solo, dentro dessa fenda tinha um cavalo e perto do cavalo tinha um corpo com um anel,
Giges pegou o anel e foi para uma conferência na sua cidade, na conferência ele girou o anel e
percebeu que ficou invisível para todos que estavam presentes no recinto. Giges foi até a
rainha e girou o anel novamente, ele matou o rei e assim conseguiu ser rei. Glauco conclui que
se todos tivessem a chance de ser injusto iriam ser injustos. Glauco fala que o auge da injustiça
é ser justo, mas parecer injusto. Adimanto complementa a fala de Glauco e diz que os pais só
querem que os filhos sejam justos por um questão de interesse.

LIVRO III

Em suma o livro três fala sobre a educação dos guardiões da cidade. O que eles devem ou não
fazer, como devem ser educados, o que é bom para eles etc. Sócrates começa dizendo que os
guardiões devem aprender desde cedo os conceitos básicos, como: respeito aos deuses e aos
pais e presar pela amizade entre as pessoas, sendo a coragem uma virtude fundamental e
contos que se tratam com os horrores de Ades acabam enchendo os jovens do medo da morte
e para Sócrates a solução dessa má influência seria a censura. Para Sócrates os deuses e heróis
deveriam passar a imagens de um comportamento virtuoso (sendo exemplo) para que não
produzam na juventude uma pré-disposição para atos maus. Sócrates começa a falar dos
poetas e prosadores, ele diz que os poetas cometem uma gafe elogiando atos como a injustiça
e a vida fora do caminho das virtudes. Eles adiaram o que tinha que ser falado a respeito dos
homens até que se tenha o conceito de justiça. Eles ( Sócrates e Adimanto ) começam a falar
sobre os tipos de prosa, as classificam em três tipos: narrativa, imitativa e uma terceira que
seria a mistura das duas, ou seja, narrativa e imitativa. Sócrates fala que não se deve ter um
personagem que aja de forma cruel e perversa, ou se apresente um personagem doente,
escravos etc, pois para Sócrates os guardiões devem ter uma referência muito boa como:
coragem, sensatez, temperança etc. Sócrates começa a falar com Glauco a respeito da música
e conclui que devem ser eliminados tudo que incentiva embriaguez, a indolência, a ociosidade.
O discurso segue tendo a Ginástica como tema eles afirmam que os guardiões deveriam evitar
furar dieta e ter um porte físico bacana. Eles concluem que os médicos só deveriam ser
chamados em casos de extrema doença. E então eles começam a discutir sobre os tipos de
guardiões e para eles em primeiro momento devem ser escolhidos os mais velhos e sábios. E
Sócrates finaliza o livro com as três divisões da cidade: ouro para a classe dos guardiões, prata
para os guerreiros e bronze para os comerciantes. Os critérios para a divisão foram o potencial
de cada cidadão.

LIVRO IV

O livro IV se inicia em um diálogo de Adimanto e Sócrates quando Adimanto fala que os


guardas estariam passando por um momento de infelicidade pois não possuíam bens
materiais. Sócrates fala que não está em busca de uma cidade feliz e sim de uma cidade justa,
ele explica se ponto dando exemplo da pintura de uma estátua... ele diz que se você está
pintando uma estátua e outra pessoa chega lá e fala que não está ficando bonita, tenho que
responder que a estátua está ficando do jeito que ela tem que ser e não do jeito que as
pessoas querem que ela seja, do mesmo modo os guardas e guardiões tem uma meta na
cidade que é a deixar justa cumprindo seu papel e assim superar o papel da felicidade.
Sócrates começa a tratar sobre a riqueza e pobreza afetam a cidade. A riqueza acarreta na
ociosidade e no luxo, já a pobreza traz consigo a grosseria e a incapacidade do cidadão de
exercer o seu papel social. Sócrates começa a falar sobre como a cidade idealizada por ele
conseguiria lutar em uma guerra, e ele fala que é mais fácil lutar contra uma cidade rica pois os
ricos estão acostumados com o luxo e os guerreiros da cidade idealizada estão bem treinados.
Ela não pode ser pequena ao ponto de ser autossuficiente e nem ser muito grande ao ponto
de não ser unida, Sócrates fala que as leis não podem se legislar contra o bem costume e elas
seriam revistas com frequência para evitar os maus costumes. Com a educação dos jovens
desde cedo seria mais fácil do que com as leis. A discursão consiste em saber como seria a
justiça e eles a definem como sábia, corajosa, temperante e justa. Sábia pois tem sucesso em
seus julgamentos e a ciência e o conhecimento para fazer bons julgamentos. Corajosa porque
para ele consiste na preservação constante sobre a opinião legitima, nas coisas que lhe foram
ensinadas desde cedo. Temperança é saber dominar certos prazeres e desejos, ela é uma
espécie de harmonia. Justa é cada um cumprir a sua tarefa e fazer a sua devida função, pois se
cada um tomar o que é de posse do outro ou se intrometer na função do outro estaria
cometendo a injustiça. Para Sócrates a três partes na alma: racional, ímpeto e o emocional e a
justiça seria a harmonia entre essas três partes.

LIVRO V

No Livro V, Sócrates começa a expor a sua forma ideal de governo, mas Adimanto e Polemarco
encaminham a conversa para a educação de mulheres e crianças e a procriação de filhos,
assuntos cujas explicações haviam sido pedidas de Sócrates, mas sem obter resposta. Sócrates
então revela a preocupação em receber reações ignorantes acerca de suas ideias, fato esse
que o levou a desviar do assunto. Glauco, porém, insiste e o tenta tranquilizar, o que faz
Sócrates iniciar sua explicação. Sócrates tem como ponto de partida uma comparação com
cães. As fêmeas tudo fazem junto dos machos, como caçar e proteger, estando longe de seus
parceiros apenas para dar a luz e cuidar de filhotes. Glauco, apesar de concordar, ainda as
considera inferiores, e Sócrates diz que isso se deve por conta da falta de "alimentação".
Animais alimentados não podem ser comparados a animais sem alimento, e o mesmo vale
para os humanos. Como comparar mulheres e homens em assuntos como ginástica e música,
se apenas eles são instruídos em tais atividades? Assim, Sócrates deduz que as mulheres são
de fato tão capazes quanto os homens, desde que recebam tratamento igual. Glauco aponta
para as zombarias que a teoria poderia causar, mas Sócrates lembra a Glauco que esse tipo de
reação sempre foi comum, usando de exemplo como os bárbaros consideram vergonhosa a
nudez na prática de ginástica. Sócrates continua dizendo também que as mulheres são
superiores aos homens em certas funções (como a confeitaria), e com isso, os gêneros
estariam equilibrados. Ele acrescenta também que as pessoas de ambos os sexos têm aptidões
diferentes, e que a partir disso seria possível organizar e atribuir diversas funções a cada
pessoa, seja do sexo masculino ou feminino. Sócrates então avança até a questão do
casamento. Citando a preferência de procriar os animais mais fortes para gerar descendentes
melhores, ele indica tal método nos humanos, gerando uma prole cada vez mais hábil através
de progenitores de características diferentes. Logo após, o filósofo projeta algo que parece
mais complicado: a separação dos filhos e pais. Sócrates considera que crianças devem ser
ensinadas desde pequenas em suas aptidões para criar uma sociedade ideal, e que deixar os
jovens em contato com seus pais biológicos poderiam gerar laços afetuosos egoístas, uma vez
que a família seria priorizada, e não a comunidade. Tal fato leva a conversa a outro ponto, o
qual sugere que a ideal deveria ser unificada e seus membros deveriam agir e pensar
coletivamente, não pensando somente em suas prioridades. Assim, todos poderiam se
satisfazer tanto com suas conquistas quanto com as conquistas alheias, o que levaria a um
conforto geral às pessoas. Sócrates então se volta aos guerreiros. Considerando-os como os
membros mais relevantes da sociedade, Sócrates indica alguns hábitos em guerra, partindo
disto para definir o tratamento da sociedade para com os mortos. Dado momento, porém,
Glauco o pede para falar sobre a forma de governo ideal de Sócrates e sua execução. O filósofo
diz que muitos povos têm dificuldade em se organizar do modo ideal, e nesse momento, ele
começa a apontar para uma solução, a qual estaria nos filósofos.

LIVRO VI

Livro VI E é justamente disso que o sexto livro trata. A forma de governo ideal para Sócrates é
indicada como um magistrado formado apenas por filósofos, e quando perguntado o porquê,
ele diz que estes têm um grande anseio pela sabedoria e pela ciência. Tal anseio os levariam
sempre a serem guiados pela verdade, o que cortaria grande parte da falsidade na sociedade
administrada por eles. Sócrates continua ainda dizendo que, também buscando a virtude, os
filósofos poderiam encontrá-la não só por si mesmos, mas também através da comunidade
perfeita que estaria sendo idealizada. Em dado momento, Adimanto se põe na conversa, e
Sócrates continua. Ele diz que filósofos eram vistos como inúteis pela sociedade, mas isso só se
devia por conta da falta de organização das comunidades atuais, que não entregavam
oportunidade aos filósofos. Assim, as pessoas com aptidão à Filosofia, se entregavam às
influências materiais e não conseguiriam exercer seu amor à sabedoria, indo assim contra a
sua natureza. Como, então, resolver isso? A resposta estaria em um assunto anterior,
referente às crianças. Sócrates recomendaria a observação e educação de menores aptos à
sabedoria desde muito cedo, para que eles fossem privados de influências materiais e
mundanas vindas de outras pessoas da comunidade. Assim, os filósofos seriam protegidos e
capacitados desde muito cedo, garantindo uma boa administração da comunidade. Fazendo
uma comparação com o Sol, que ilumina o mundo, Sócrates recomenda a Adimanto iluminar a
comunidade com verdade, o guiando ao priorizar as respectivas características: a inteligência,
a cognição, a fé e a imaginação. Adimanto concorda, e o Livro VI termina.

LIVRO VII
Livro VII começa com Platão falando da alegoria da caverna. Na alegoria, algumas pessoas
foram presas em uma caverna onde só conseguem ver sombras projetadas por uma fogueira,
eles acreditavam que aquelas sombras eram reais. Em um belo dia por algum motivo, um
homem é liberto das correntes que prendiam ele na caverna, vendo que aquilo era uma prisão
ele tenta sair, e consegue, mas o caminho até a saída da caverna não é fácil, os olhos são
figuras bem importantes nessa alegoria porque até então o homem não tinha usado ele, na
parte de fora da caverna ele vai tentando ver os objetos, árvores e rios, mas depois de uma
evolução gradual na visão ele finalmente consegue ver o sol, então ele vê que o mundo é bem
maior do que ele imaginava. Como ele é um cara legal ele decide voltar para caverna para
avisar os seus amigos que estavam lá, a decida também não é tão fácil, ele fala do mundo fora
da caverna, diz ser difícil chegar lá, mas no final toda aquela dificuldade é bem recompensada,
os amigos do cara não acreditaram nele, mesmo assim ele continua insistindo que eles saiam,
os homens que estão presos acabam matando ele. Essa alegoria explica como funciona uma
teoria de Platão, sendo a caverna o mundo sensível, e o mudo fora dela o mundo ideal. No
mundo da caverna existe apenas projeções do mundo exterior, esses que os que nunca viram a
parte de fora da caverna acreditam ser real. No outro, o mundo real onde se encontra a
verdade e verdadeira face de todas as projeções do mundo da caverna. Também pode ser
entendido como uma crítica a democracia que assim como a decisão de todos matou o
homem que saiu da caverna, também matou Sócrates.

LIVRO VIII

No livro VIII, Sócrates fala das formas de governo (aquele negócio que caiu na última prova) Ele
fala dos seguintes tipos de governo: Timocracia: A primeira era o que acontecia em Esparta,
onde uma sociedade é baseada em guerras e os soberanos eram os que se destacavam nelas.
Segundo Sócrates, a queda desse governo aconteceria quando acontecesse um conflito de
gerações, os filhos de guerreiros não veriam necessidade de guerrear, por conta das
conquistas que seus pais tinham feito deixando mais confortáveis na situação em que se
encontravam, eles se voltariam para o lucro, posse de terras, ouro e prata que levaria ao
governo dos mais ricos e não dos mais corajosos em batalhas levando, assim, a uma oligarquia.
Oligarquia: A oligarquia se baseia no governo dos mais ricos, que é pressuposto serem os mais
preparados para exercer o cargo, as leis da oligarquia são baseadas na decisão dos mais ricos,
para Sócrates esse estado não é apenas um, mas sim dois: o dos pobres e o dos ricos. Os ricos
governam sempre em busca de sua própria vontade. Os pobres buscam ser ricos para serem
considerados mais virtuosos. Em uma revolta dos mais pobres, eles acabam lutando por seus
direitos e daí se origina a democracia. Democracia: A democracia é baseada na igualdade e
liberdade. Democracia em que todos expressam suas opiniões é considerado um problema,
uma vez que nem todos são sábios, além de existir pessoas com dom na oratória que
poderiam fazer mentiras parecer verdades e verdades parecem mentiras. Na democracia
aconteceria qualquer um tem potencial de exercer qualquer cargo, isso se torna ruim tendo
em vista que ocorreria um tipo de amadorismo. O interesse da maioria seria o feito, mesmo
nem todos sendo sábios. A democracia teria seu fim quando a maioria acreditaria que uma
pessoa resolveria todos os problemas, dando origem a tirania. Tirania: A tirania é o pior tipo de
governo, nela as decisões são feitas pelo tirano, sempre em busca das suas próprias vontades,
o tirano não consegue ter tranquilidade logo, não consegue ser feliz, porque sempre está
suspeitando das pessoas ao seu redor, até mesmo os mais próximos.

LIVRO IX
O livro IX começa com Sócrates esclarecendo o que é um tirano, mas primeiro ele começa a
falar sobre desejo e conclui que desejo é algo cercado por um grande desregramento,
chamado pelos outros de liberdade, que acumula dentro de si cada vez mais desejos e
prazeres desenfreados. Ele diz que um tirano é capaz de tudo, teoria um homem tirano é um
homem que tem atitude para fazer o que quer, ele roubará e usará da força. E Sócrates fala
sobre as três formas de prazer pessoal: a primeira consiste no aprendizado e na reflexão, a
segunda é alcançada pelas honrarias e glórias e a terceira são os apetites do corpo.

CONCLUSÃO: -

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