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LICENCIATURA EM FILOSOFIA

TEORIA DO CONHECIMENTO
REAVALIAÇÃO BIMESTRAL AB1
LAELSON BATISTA VILELA

RESUMO – DIÁLOGOS (TEETETO – CRÁTILO)


CARLOS ALBERTO NUNES

O diálogo começa com Euclides e Terpsíao discutindo sobre a recente viagem de Euclides e
o estado de saúde de Teeteto, um jovem soldado ferido e doente que Euclides acompanhou até sua
casa. Euclides relembra uma conversa entre Sócrates e Teeteto, na qual Sócrates elogiou as
habilidades e caráter do jovem, prevendo sua futura fama. Terpsíao expressa interesse em ouvir
mais sobre essa conversa.
Em seguida, o diálogo se desloca para uma conversa entre Sócrates, Teodoro e Teeteto.
Teodoro elogia as habilidades intelectuais de Teeteto, destacando sua capacidade excepcional de
aprendizado e sua disposição para o estudo. Sócrates, então, inicia um questionamento sobre o que é
conhecimento, conduzindo Teeteto a uma reflexão sobre a natureza do saber.
A discussão continua com Sócrates propondo um jogo para determinar quem vai definir o
conhecimento. Teeteto é desafiado a responder à pergunta de Sócrates sobre a natureza do
conhecimento. O diálogo termina com Teeteto sendo encorajado a responder à pergunta de Sócrates,
deixando a definição de conhecimento como um ponto de reflexão em aberto.
O texto explora temas como a natureza do conhecimento e a habilidade de aprender, além de
fornecer insights sobre os personagens e a dinâmica do diálogo socrático. Teeteto reflete sobre a
natureza do conhecimento, comparando-o à sensação. Ele sugere que o conhecimento é o resultado
de sentir ou perceber algo. Sócrates então incentiva Teeteto a explicar sua ideia com franqueza.
O diálogo entre Sócrates e Teeteto aborda a questão da natureza do conhecimento e da
realidade. Sócrates questiona se é possível afirmar que a sensação equivale ao conhecimento,
argumentando que as sensações podem ser enganosas, como nos sonhos ou na loucura. Ele propõe
que nada existe em si e por si mesmo, mas tudo está em constante devir, sendo formado pela
interação entre elementos ativos e passivos. Teeteto concorda que as sensações podem ser falsas em
certos casos, como nos sonhos e na loucura, levando à dúvida sobre a distinção entre sonho e
realidade.
Este texto apresenta um diálogo entre Sócrates e Teeteto sobre a natureza do conhecimento e
a busca pela verdade. Sócrates questiona a validade da doutrina de Protágoras, que afirma que "tudo
o que aparece para alguém, existe para essa pessoa". Eles discutem a importância de um método
rigoroso de investigação para discernir entre o verdadeiro e o falso, apontando que a
verossimilhança e a probabilidade não são suficientes para estabelecer uma verdade sólida. Sócrates
enfatiza a necessidade de questionar constantemente nossas próprias opiniões e crenças, adotando
uma atitude de humildade intelectual e buscando o diálogo colaborativo para confrontar ideias e
submetê-las a um escrutínio rigoroso. Eles concluem que, embora a busca pela verdade possa ser
desafiadora, é através desse constante questionamento e investigação que podemos nos aproximar
cada vez mais da verdade e do conhecimento genuíno. O trecho encerra com a sugestão de
continuar essas reflexões em futuras discussões, evidenciando a jornada contínua em busca da
verdade e do conhecimento.
No trecho seguinte do diálogo entre Sócrates e Teeteto, eles continuam sua investigação
sobre a natureza do conhecimento e da sensação. Sócrates questiona se tudo o que percebemos
pelos sentidos se torna conhecido automaticamente. Ele exemplifica com a questão da compreensão
de uma língua estrangeira, argumentando que não podemos dizer que compreendemos o que
ouvimos apenas porque ouvimos. Da mesma forma, ele questiona se podemos dizer que
conhecemos algo apenas por vê-lo, como no caso de reconhecer caracteres escritos. Teeteto
concorda que ver e sentir correspondem ao conhecimento, mas reconhece que há uma distinção
entre perceber e compreender completamente algo, como no caso das letras ou da linguagem dos
gramáticos. Sócrates, então, leva Teeteto a refletir sobre a memória e como ela está relacionada ao
conhecimento adquirido. Eles discutem a possibilidade de alguém lembrar-se de algo que já
conheceu, mas não reconhecê-lo no momento da recordação, o que leva a uma investigação mais
profunda sobre a natureza do conhecimento. No final, Sócrates destaca a importância de continuar a
investigação com uma mente aberta e uma abordagem amigável, evitando argumentos enganosos e
buscando compreender a verdade através do diálogo honesto e da investigação diligente.
Neste diálogo, Sócrates e Teodoro discutem a tese de Protágoras de que "o homem é a
medida de todas as coisas". Sócrates questiona a validade dessa tese ao argumentar que, se cada
indivíduo é a medida de sua própria verdade, então não há critério absoluto para determinar a
verdade objetiva. Além disso, Sócrates critica os filósofos que se afastam das questões práticas da
vida pública e social, enfocando apenas na especulação filosófica, o que os torna alvos de zombaria
e os desconecta da realidade cotidiana. Ao abordar esses temas, Sócrates desafia a noção de
sabedoria pessoal como medida de verdade absoluta e destaca a importância do engajamento com as
questões práticas da vida para uma compreensão mais ampla e equilibrada do conhecimento.
Continuando entre Sócrates e Teodoro, Sócrates questiona a tese de Protágoras de que "o
homem é a medida de todas as coisas", argumentando que isso levaria a uma relativização da
verdade e da falsidade, pois cada indivíduo teria sua própria medida de verdade. Ele critica a ideia
de que as opiniões dos homens sempre refletem a verdade, apontando que estas podem ser
verdadeiras ou falsas. Sócrates também argumenta que, se cada indivíduo é a medida de sua própria
verdade, não há critério absoluto para determinar a verdade objetiva. Além disso, ele critica os
filósofos que se afastam das questões práticas da vida pública e social, enfocando apenas na
especulação filosófica. Sócrates destaca a importância do engajamento com as questões práticas da
vida para uma compreensão mais ampla e equilibrada do conhecimento. O diálogo termina com
uma reflexão sobre a justiça e a virtude, argumentando que o conhecimento desses conceitos
configura a verdadeira sabedoria e virtude, enquanto a ignorância leva à maldade e tolice.
Sócrates e Teodoro discutem a relação entre legislação e o bem da cidade. Sócrates
argumenta que as leis visam ao benefício da cidade e são projetadas para o futuro, a fim de
promover o maior proveito possível. Ele questiona se as cidades sempre acertam em suas leis,
reconhecendo que podem cometer erros. Sócrates então discute a teoria de Protágoras sobre o
homem como medida de todas as coisas, argumentando que, se isso fosse verdade, cada pessoa seria
o melhor juiz do que é verdadeiro e útil para o futuro. Ele examina a natureza do conhecimento e da
sensação, distinguindo entre movimento e imobilidade, e argumenta que se tudo está em constante
movimento, então qualquer resposta sobre qualquer assunto seria igualmente válida. Sócrates
conclui que é necessário examinar mais de perto a questão do conhecimento e evitar argumentos
que possam distrair desse objetivo. Teodoro concorda em focar na análise do conhecimento.
Sócrates então questiona Teeteto sobre como percebemos os sentidos e argumenta que
percebemos as qualidades dos objetos por meio de uma faculdade comum, a alma, e não apenas
pelos órgãos sensoriais. Ele conduz Teeteto a reconhecer a necessidade de precisão ao discutir
questões filosóficas e conclui que é crucial entender como percebemos o mundo para compreender
o conhecimento.
O diálogo entre Sócrates e Teeteto aborda a questão do conhecimento e da opinião. Sócrates
questiona Teeteto sobre qual órgão ou capacidade permite conhecer o que é comum a todas as
coisas. Teeteto responde que é a alma que percebe o que é comum a todas as coisas. Eles discutem a
diferença entre sensação e conhecimento, concluindo que o conhecimento está ligado ao raciocínio
sobre as sensações. Sócrates então questiona se o conhecimento é simplesmente opinião verdadeira,
mas Teeteto hesita em concordar completamente. Eles exploram a natureza da opinião falsa,
concluindo que ocorre quando se confunde duas coisas existentes, colocando uma no lugar da outra.
Por fim, Sócrates argumenta que pensar é um diálogo interno da alma consigo mesma, e formar
opinião é chegar a uma conclusão nesse diálogo. Teeteto reconhece que nunca tentou convencer-se
de que uma coisa é seguramente outra.
O diálogo entre Sócrates e Teeteto, apresentado por Platão, aborda a natureza do
conhecimento e da opinião, investigando se é possível formar opiniões falsas e como isso ocorre.
Sócrates argumenta que a opinião falsa surge do desajuste entre sensação e pensamento, enquanto
Teeteto sugere que é possível confundir conceitos conhecidos. No entanto, Sócrates contesta essa
ideia, afirmando que confundir conceitos conhecidos contradiz a natureza do conhecimento. A
discussão avança para a possibilidade de se confundir números pensados, como onze e doze, com
Sócrates concluindo que tal erro seria equivalente a confundir conceitos conhecidos, o que nega a
existência de opinião falsa. Por fim, eles exploram a hipótese de que, se houver opinião falsa, isso
implicaria que uma pessoa sabe e não sabe algo ao mesmo tempo, o que é considerado impossível.
A conclusão é que, ou não há opinião falsa, ou é possível não saber o que se sabe.
Ainda entre Sócrates e Teeteto, o texto aborda a questão fundamental do conhecimento e da
opinião verdadeira. Sócrates argumenta que conhecimento não é simplesmente opinião verdadeira,
mas requer uma explicação racional para ser considerado como tal. Ele utiliza exemplos como os
argumentos persuasivos dos oradores e advogados nos tribunais para demonstrar que uma opinião
verdadeira não necessariamente implica conhecimento. A distinção entre elementos primitivos (que
não podem ser explicados e apenas recebem nomes) e compostos desses elementos (que podem ser
explicados) é utilizada para ilustrar essa ideia. Sócrates conclui que, para alcançar o conhecimento,
é necessário não apenas ter uma opinião verdadeira, mas também ser capaz de explicá-la
racionalmente. Essa explicação racional é essencial para distinguir entre conhecimento e mera
opinião verdadeira.
A continuidade do diálogo entre Sócrates e Teeteto aborda a questão do conhecimento e da
explicação racional, utilizando o exemplo das letras e das sílabas. Sócrates questiona se a verdadeira
opinião acompanhada de uma explicação racional constitui conhecimento. Teeteto concorda, e
Sócrates sugere que eles encontraram algo que tantos sábios buscaram sem sucesso: uma explicação
satisfatória para o conhecimento.
Eles discutem se as letras e as sílabas podem ser conhecidas. Sócrates argumenta que as
sílabas podem ser definidas, enquanto as letras não. Teeteto concorda, mas Sócrates aponta que, ao
definir uma sílaba, a pessoa acaba conhecendo as letras que a compõem. No entanto, eles concluem
que as sílabas não são simplesmente a soma das letras, mas uma ideia distinta formada pela
combinação das letras.
Sócrates então questiona se a sílaba tem partes, chegando à conclusão de que não, pois o
todo das partes seria a soma delas, mas a sílaba é uma ideia única. Eles discutem se o total e o
conjunto são a mesma coisa, concluindo que sim.
A discussão continua sobre se a sílaba pode ser conhecida e explicada. Sócrates argumenta
que, se a sílaba consiste em muitos elementos, ela deve ser conhecida da mesma forma que os
elementos individuais. Mas se a sílaba é indivisível, como as letras, então ela não pode ser
conhecida. Eles concordam que a sílaba é uma forma única e indivisível.
Por fim, eles revisam o conceito de explicação racional, concluindo que é a capacidade de
descrever algo pela enumeração de seus elementos componentes. Essa descrição é considerada uma
explicação racional, enquanto a explicação baseada nas sílabas ou combinações maiores é falha.
Eles rejeitam a ideia de que alguém pode ter conhecimento quando sua opinião sobre algo é
inconsistente ou variável.
O diálogo entre Sócrates e Teeteto explora a natureza do conhecimento, buscando uma
definição clara e precisa. Sócrates argumenta que o conhecimento não pode ser simplesmente a
opinião verdadeira acompanhada de uma explicação racional, pois isso resultaria em um raciocínio
circular. Ele sugere que o conhecimento envolve não apenas ter uma opinião verdadeira, mas
também compreender a diferença que distingue o objeto em questão dos demais.
Eles discutem a ideia de que conhecer algo implica ter uma opinião verdadeira associada ao
entendimento dessa diferença distintiva. Sócrates critica a noção de que o conhecimento é apenas a
opinião verdadeira com a adição de uma explicação racional, pois isso seria redundante. Ele
argumenta que o conhecimento é mais do que simplesmente possuir uma opinião verdadeira,
exigindo uma compreensão mais profunda e específica do objeto em questão.
No final do diálogo, Sócrates conclui que sua abordagem de questionamento, conhecida
como maiêutica, tem o propósito de estimular o pensamento e a investigação, mas não garante a
descoberta do verdadeiro conhecimento. Ele reconhece suas limitações e sugere que sua arte é
apenas capaz de ajudar os outros a perceberem a extensão de seu próprio desconhecimento.
Sócrates se prepara para enfrentar acusações contra ele e expressa sua intenção de continuar a
investigar questões filosóficas no futuro.
A conclusão do diálogo Teeteto, de Platão, revela uma abordagem filosófica profunda sobre
a natureza do conhecimento. Sócrates e Teeteto exploram várias definições e concepções de
conhecimento, questionando se é simplesmente uma opinião verdadeira acompanhada de uma
explicação racional. No entanto, Sócrates argumenta que o conhecimento vai além disso, exigindo
uma compreensão da diferença que distingue o objeto em questão dos demais.
Essa discussão desafia concepções simplistas do que significa conhecer algo e enfatiza a
importância da análise crítica e da busca pela verdade. Sócrates reconhece as limitações de sua
própria arte de questionamento, a maiêutica, e sugere que ela é apenas capaz de ajudar os outros a
reconhecerem a extensão de seu próprio desconhecimento.
Portanto, o diálogo Teeteto não apenas oferece uma análise profunda sobre a natureza do
conhecimento, mas também destaca a importância da humildade intelectual e do questionamento
contínuo na busca pela verdade. É uma obra filosófica que continua a desafiar e inspirar pensadores
até os dias atuais, fornecendo uma base sólida para investigações filosóficas sobre o conhecimento e
a realidade.

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