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"A vida irrefletida não vale a pena ser vivida". Sócrates Turma: 1º MÉDIO
Sócrates [...] Cria coragem, pois, e responde à minha pergunta: No teu modo
de pensar, o que é conhecimento?
Sócrates- Talvez nada; porém vou explicar-te o que penso. Quando te referes à
arte do sapateiro, tens em mira apenas o conhecimento de confeccionar sapatos, não
é verdade? E a marcenaria, será outra coisa além do conhecimento da fabricação de
móveis de madeira? E em ambos os casos, o que defines não é o objeto do conheci
mento de cada um? [...] Mas o que te perguntei, Teeteto, não foi isso: do que é que há
conhecimento, nem quantos conhecimentos particu lares pode haver, minha pergunta
não visava a enumerá-los um por um; o que desejo saber é o que seja o conhecimento
em si mesmo.
Sócrates nos convida a refletir de forma mais profunda sobre a essência das
coisas e dos conceitos. Ele não pretende definições reduzidas sobre o conhecimento,
nem uma lista com suas formas, tipos e ações; ele deseja saber a sua essência: "o
que é conhecimento?". Por isso, ele ironiza a definição inicial de Teeteto, de que o
conhecimento fosse sensação, dizendo-lhe que os animais também sentem, e que se
cada um é a medida de todas as coisas, para que se dar ao trabalho de aprender
algo? Veja o trecho a seguir.
Conhecimento e sabedoria
O que selecionar? O que é importante ou descartável para a vida, aqui e agora? Como
distinguir o que é um modismo passageiro e o que vai ser útil para toda vida? O
conhecimento que construo hoje será importante para a minha vida pessoal e
profissional? Em um mundo que evolui tão rapidamente, o que se pode aproveitar da
tradição? É possível conciliar tradição e modernidade?
Explica Savater:
[...] não queremos mais informações sobre o que acontece, mas saber o que significa
a informação que temos, como devemos interpretá-la e relacioná-la com outras
informações anteriores ou simultâneas, o que implica tudo isso na consideração geral
da realidade em que vivemos, como podemos ou devemos nos comportar na situação
assim estabelecida. Essas são precisamente as perguntas das quais se ocupa o que
vamos chamar de filosofia. Digamos que ocorrem três níveis diferentes de
compreensão:
Continue o raciocínio.
Você aprende com os sentidos, com os objetos do mundo, com os outros e consigo
mesmo. O corpo é, individualmente, uma fonte de recepção e processamento das
informações que vêm de fora. Isso significa que as milhares de informações recebidas
diariamente se multiplicam em diferentes formatos processados
na mente de milhões de pessoas gerando conhecimento. Você deve estar se
perguntando: Como assim? De que forma milhares de informações recebidas
diariamente se multiplicam em diferentes formatos na mente das pessoas?
Assim como a realidade pode ser vista e analisada por diferentes ângulos, o
conhecimento também ser encontrado em diferentes formatos. Cinco deles são
especiais e merecem destaque: o mito, o Senso comum a Ciência, a Arte e a
Filosofia. É muito importante ressaltar que nenhuma dessas formas de conhecer
é superior à outra. Embora sejam diferentes em seus critérios e especificidades,
todas contribuem para desvelar segredos do mundo, explicando-o ou
atribuindo-lhe um sentido. Afinal, não é esse o objetivo do conhecimento. Então,
agora será possível compreendê-las em suas especificidades.
Forma de
Tipo de Base do O que Valida o Quem Transmite o
Aquisição do
Conhecimento Conhecimento Conhecimento? Conhecimento?
Conhecimento
Mítico Crença Narrativas Míticas Tradição Rapsodos
Teólogos/Líderes
Religioso Crença (Fé) Escrituras Dogmas
Religiosos
Senso Comum
Não-
(conhecimento Crença Tradição Pessoa Comum
questionamento
empírico)
Científico Razão Investigação Método Cientista
Filosófico Razão Reflexão Argumentação Filósofo