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Questão sobre Platão

Questão 1 – (ENEM 2015) Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os


seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco
negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado
apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade.
No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de
Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de:
a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana
b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais
c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas
d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes
e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas

Questão 2 – (ENEM 2016) Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum


objeto, dizemos: “Este objeto que estou vendo agora tem tendência para
assemelhar-se a um outro ser, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal
como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior”. Assim, para
podermos fazer estas reflexões, é necessário que antes tenhamos tido
ocasião de conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, ainda que
imperfeitamente.
PLATÃO. Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica:
a) estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos
distintos
b) comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele
c) descrever corretamente as características do objeto observado
d) fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser
e) identificar outro exemplar idêntico ao observado

Questão 3 – (ENEM 2016) Os andróginos tentaram escalar o céu para


combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro momento
pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma
mais cruel: dividem-nos em dois.
Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha,
dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam
reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se
novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando
formar um único ser.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria,
o:
a) bem supremo como fim do homem
b) prazer perene como fundamento da felicidade
c) ideal inteligível como transcendência desejada
d) amor como falta constituinte do ser humano
e) autoconhecimento como caminho da verdade

Questão 4 – (UEPA) Platão: A massa popular é assimilável por natureza a um


animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à
lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é
aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor.
Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas
contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e
lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.
CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17
Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma
forte crítica à:
a) oligarquia
b) república
c) democracia
d) monarquia
e) plutocracia

Questão 5 – (UNESP) O que é terrível na escrita é sua semelhança com a


pintura. As produções da pintura apresentam-se como seres vivos, mas se
lhes perguntarmos algo, mantêm o mais solene silêncio.
O mesmo ocorre com os escritos: poderíamos imaginar que falam como se
pensassem, mas se os interrogarmos sobre o que dizem (…) dão a entender
somente uma coisa, sempre a mesma (…) E quando são maltratados e
insultados, injustamente, têm sempre a necessidade do auxílio de seu autor
porque são incapazes de se defenderem, de assistirem a si mesmos.
Platão, Fedro ou Da beleza. São Paulo; Guimarães, 1998
Nesse fragmento, Platão compara o texto escrito com a pintura,
contrapondo-os à sua concepção de filosofia.
Assinale a alternativa que permite concluir, com apoio do fragmento
apresentado, uma das principais características do platonismo.
a) A forma de exposição da filosofia platônica é o diálogo, e o conhecimento
funda-se no rigor interno das argumentações, produzido e comprovado
pela confrontação dos discursos
b) O platonismo se vale da oratória política, sem compromisso filosófico
com a busca da verdade, mas dirigida ao convencimento dos governantes
das Cidades
c) Platão constrói o conhecimento filosófico por meio de pequenas
sentenças com sentido completo, as quais, no seu entender, esgotam o
conhecimento acerca do mundo
d) O discurso platônico tem a mesma natureza do discurso religioso, pois o
conhecimento filosófico modifica-se segundo as habilidades e a argúcia dos
filósofos
e) A poesia rimada é o veículo de difusão das ideias platônicas, sendo a
filosofia uma sabedoria alcançada na velhice e ensinada pelos mestres aos
discípulos

Questão 6 – (UEG) O mundo grego no século IV a. C. era marcado por uma


estrutura de cidades-Estado dispersas pelo território helênico. Essa
fragmentação política levou os filósofos a procurarem estabelecer uma
ideia sobre as formas de governo que fossem as mais adequadas. Entre
essas ideias, pode-se destacar
a) a democracia racional, defendida por Demócrito
b) a oligarquia comercial, defendida por Sócrates
c) a aristocracia rural, defendida por Heráclito
d) o governo de filósofos, defendido por Platão

Questão 7 – (ENEM 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em


Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não
de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e
objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do
segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em
sua mente. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São
Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado). O texto faz referência à relação entre
razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão
(427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante
dessa relação?
a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são
inseparáveis
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação
não
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à
razão

Questão 8 (UFSC 2018/1) Sobre o mito da caverna no livro A República, de


Platão, é correto afirmar que ele:
01) simboliza o esforço do homem para alcançar a sabedoria.
02) representa o castigo dos homens que infringiram as leis da cidade.
04) mostra que a sabedoria não pode ser alcançada.
08) mostra que a sabedoria não está reservada a um só homem.
16) culpa o sábio pela situação dos prisioneiros.
32) refere-se à necessidade de investigar o mundo material.
64) sintetiza a visão platônica da educação.

Questão 9: (Unespar 2016)


Platão, filósofo grego e um dos pensadores mais influentes da história da
filosofia, deixou quase toda sua filosofia escrita em forma de diálogos. Na
maioria deles, Sócrates é a personagem principal que debate com demais
interlocutores os temas relevantes que constituem, de certa forma, o todo
da filosofia de Platão. A forma de diálogo pode ser caracterizada como:
A) A demonstração de que Platão e os autores de sua época desconheciam
outra forma de escrita;
B) Apenas uma forma que facilitava lembrar o texto, visto que se tratava de
uma cultura da oralidade;
C) Uma estratégia adequada que privilegiava a construção do pensamento
de forma dialética através da maiêutica socrática;
D) A demonstração de que Platão não dominava completamente os
problemas que ele discutia e, por isso, precisava recorrer às ideias de
outras pessoas;
E) Uma estratégia pedagógica para facilitar o uso das obras na Academia,
escola fundada por Platão.

Questão 10: (Unespar 2016) A República de Platão é uma das obras mais
lidas e reconhecidas da História da humanidade. Seu tema principal é:
A) A construção de uma cidade ideal, que Platão implanta de fato em uma
terra distante de Atenas, como nos narra depois em sua Carta Sétima;
B) O conceito de verdade construído na Alegoria da Caverna, o que
demonstra que toda a construção da cidade não passa de uma metáfora e
que o tema que interessa realmente a Platão não é política, e sim
conhecimento;
C) A arte e sua necessária submissão à ciência, como fica claro nos livro III e
X em que Platão argumenta não ser a arte uma atividade racional;
D) A ética e a política, embora Platão argumente que a cidade ideal não
pudesse ser construída. Ela precisava ser pensada a fim de iluminar os
governantes;
E) Uma política que deve ser submetida não aos desígnios das vontades
subjetivas mas a um governo estabelecido em bases racionais.

Qusetão 11: (Unespar 2015)


Platão, em sua obra, A República, fala de uma ética teleológica, isto é, uma
ética cujo princípio não é o que realmente se faz, mas o que se deveria
fazer. Esta postura de Platão está baseada naquilo que ficou conhecido
como Teoria das Ideais, sobre a qual é correto afirmar que:
A) É a teoria em que Platão, através da imagem da expulsão dos poetas da
República, define que devemos nos concentrar no mundo sensível, para
conhecer corretamente a realidade;
B) É a teoria em que Platão separa o conhecimento em dois tipos: o estético
e moral;
C) É a teoria em que Platão define o conhecimento como uma passagem a
uma intuição intelectual totalmente diferente do conhecimento dado no
mundo sensível;
D) É a teoria em que Platão define as Ideias como entidades imateriais
inacessíveis ao intelecto humano;
E) É a teoria atribuída a Platão erroneamente, pela tradição Cristã, na Idade
Média, uma vez que Platão nunca pensou as ideias como entidades com
existência real.

Questão 12: (UENP) Leia o texto a seguir.


– Depois disto – prossegui eu – imagina a nossa natureza, relativamente à
educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência.
Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de
caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo
comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de
pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no
mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa
dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe,
numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um
caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, no
gênero dos tapumes que os homens dos “robertos” colocam diante do
público, para mostrarem as suas habilidades por cima deles.
(PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, s/d., p.315.)
O texto é a abertura do Livro VII da República de Platão, no qual ele expõe
sua famosa “Alegoria da Caverna”. Com base nessa Alegoria e na filosofia
de Platão, assinale a alternativa correta.
A. A teoria do conhecimento de Platão, expressa na Alegoria da
Caverna, estabelece que todo conhecimento verdadeiro se origina
nas sensações.
B. Com a Alegoria da Caverna, Platão mostra que o conhecimento da
verdade é impossível, uma vez que os homens estão presos nas
sombras desde a infância e jamais poderão se libertar.
C. Platão descreve, nessa Alegoria, a melhor forma de educação, desde
a infância, dos homens da polis, os quais devem ficar presos em uma
caverna para não sofrerem influências do mundo externo.
D. Platão narra a situação de homens que foram presos em Atenas, em
razão de crimes que teriam cometido.
E. Platão procura, com a Alegoria da Caverna, narrar a situação dos
homens que estão presos no mundo sensível e de como deveriam
dele se libertar para conhecer a verdade.

Questão 13: (UFU) Leia o trecho abaixo, que se encontra na Apologia de


Sócrates de Platão e traz algumas das concepções filosóficas defendidas
pelo seu mestre.
Com efeito, senhores, temer a morte é o mesmo que se supor sábio quem
não o é, porque é supor que sabe o que não sabe. Ninguém sabe o que é a
morte, nem se, porventura, será para o homem o maior dos bens; todos a
temem, como se soubessem ser ela o maior dos males. A ignorância mais
condenável não é essa de supor saber o que não se sabe?
Platão, A Apologia de Sócrates, 29 a-b, In. HADOT, P. O que é a Filosofia
Antiga? São Paulo: Ed. Loyola, 1999, p. 61.
Com base no trecho acima e na filosofia de Sócrates, assinale a alternativa
INCORRETA.
A. Sócrates prefere a morte a ter que renunciar a sua missão, qual seja:
buscar, por meio da filosofia, a verdade, para além da mera
aparência do saber.
B. Sócrates leva o seu interlocutor a examinar-se, fazendo-o tomar
consciência das contradições que traz consigo.
C. Para Sócrates, pior do que a morte é admitir aos outros que nada se
sabe. Deve-se evitar a ignorância a todo custo, ainda que defendendo
uma opinião não devidamente examinada.
D. Para Sócrates, o verdadeiro sábio é aquele que, colocado diante da
própria ignorância, admite que nada sabe. Admitir o não-saber,
quando não se sabe, define o sábio, segundo a concepção socrática.

Questão 14: (UFU) Somente uns poucos indivíduos, se aproximando das


imagens através dos órgãos dos sentidos, com dificuldade nelas entreveem
a natureza daquilo que imitam.
PLATÃO. Fedro. In: ______. Diálogos socráticos. v. 3. Tradução de Edson Bini.
Bauru/SP: Edipro, 2008, p. 64 [250b].
Assinale a alternativa que explicita a teoria de Platão apresentada no trecho
acima.
A. A teoria materialista que fixa a imagem como o reflexo de corpos
físicos que constituem a única realidade existente.
B. A teoria das ideias que estabelece a distinção entre o mundo sensível
e o mundo inteligível, sendo que as imagens captadas pelos sentidos
humanos despertam a alma para as ideias que habitam o mundo
inteligível.
C. A teoria existencialista que delimita o espaço vital do homem e lhe
impede de transcender para além do mundo sensível.
D. A teoria niilista que admite dois mundos, mas que nega qualquer
possibilidade de conhecimento das coisas e das ideias.

Questão 15: (UEL) Leia o texto a seguir.


Quando o artista [demiurgo] trabalha em sua obra, a vista dirigida para o
que sempre se conserva igual a si mesmo, e lhe transmite a forma e a
virtude desse modelo, é natural que seja belo tudo o que ele realiza. Porém,
se ele se fixa no que devém e toma como modelo algo sujeito ao
nascimento, nada belo poderá criar. [. . . ] Ora, se este mundo é belo e for
bom seu construtor, sem dúvida nenhuma este fixará a vista no modelo
eterno.
PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes. Belém: UFPA,
1977. p. 46-47.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão,
assinale a alternativa correta.
A. O mundo é belo porque imita os modelos sensíveis, nos quais o
demiurgo se inspira ao gerar o mundo.
B. O sensível, ou o mundo que devém, é o modelo no qual o artista se
inspira para criar o que permanece.
C. O artífice do mundo, por ser bom, cria uma obra plenamente bela,
que é a realidade percebida pelos sentidos.
D. O olhar do demiurgo deve se dirigir ao que permanece, pois este é o
modelo a ser inserido na realidade sensível.
E. O demiurgo deve observar as perfeições no mundo sensível para
poder reproduzi-las em sua obra.

Questão 16: (UNISC) No Livro X da República, Platão defende a tese de que


os poetas não têm lugar no estado ideal por ele proposto. Essa recusa em
aceitar os poetas se deve
A. ao fato de as criações artísticas dos poetas não terem cunho
filosófico.
B. ao fato de a arte ser uma imitação da aparência, uma cópia da cópia
da realidade.
C. ao fato de os poetas quererem tirar proveito pecuniário com sua
arte.
D. ao fato de as criações dos poetas não serem compreendidas pela
maioria dos cidadãos.
E. ao fato de a arte representar a realidade dos cidadãos, o que
causaria problemas para o governo do estado.

Questão 17: (UEA) — Imagina o seguinte. Se um homem descesse de novo


para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar
subitamente da luz do Sol? E se lhe fosse necessário julgar daquelas
sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros
acaso não causaria o riso, e não diriam dele que por ter subido ao mundo
superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão? E a
quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e
matá-lo, não o matariam?
(Platão. A república, 1993. Adaptado.)
O texto, uma passagem da “Alegoria da Caverna”, pode estar se referindo,
implicitamente, ao julgamento e execução de Sócrates na cidade de Atenas.
A passagem descreve o retorno à caverna do homem que, liberto,
conheceu a verdadeira realidade.
Esse homem representa, metaforicamente, o filósofo na pólis como um
indivíduo
A. magnânimo, interessado na justa solução de rivalidades entre grupos
políticos.
B. orgulhoso, voltado para a exposição pública de saberes elevados.
C. incômodo socialmente, orientado por conhecimentos arduamente
adquiridos.
D. inativo economicamente, dedicado à contemplação religiosa da luz
do Sol.
E. sábio, compenetrado na missão de preparar os futuros líderes da
democracia.

Questão 18: (Unichristus) Texto para a questão.


Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente
com dois tipos de realidade: a sensível e a inteligível.
O conhecimento sensível ocupa-se dos objetos sensíveis que são para
Platão imagens das ideias; o conhecimento inteligível volta-se para os
modelos dos objetos sensíveis, ou seja, as ideias.
Disponível em: www.google.com. Acesso em: 30 de julho de 2014.
Essa máxima de Platão é explicada pela
A. alegoria da lógica matemática.
B. alegoria da caverna.
C. alegoria cartesiana.
D. alegoria dos ídolos.
E. alegoria da evidência.

Questão 19: (Unioeste) Segundo a conhecida alegoria da caverna, que


aparece no Livro VII da República, de Platão, há prisioneiros, voltados para
uma parede em que são projetadas as sombras de objetos que eles não
podem ver. Esses prisioneiros representam a humanidade em seu estágio
de mais baixo saber acerca da realidade e de si mesmos: a doxa, ou
“opinião”. Um desses prisioneiros é libertado à força, num processo que ele
quer evitar e que lhe causa dor e enormes dificuldades de visão
(conhecimento). Gradativamente, ele é conduzido para fora da caverna, a
um estágio em que pode ver as coisas em si mesmas, isto é, os
fundamentos eternos de tudo o quê, antes, ele via somente mediante
sombras. Esses fundamentos são as Formas. Para além das Formas, brilha
o Sol, que representa a Forma das Formas, o Bem, fonte essencial de todo
ser e de todo conhecer e unicamente acessível mediante intuição direta.
Com base nisso, responda à seguinte questão: se chegamos ao
conhecimento das Formas mediante a dialética, que é o estabelecimento de
fundamentos que possibilitam o conhecimento das coisas particulares
(sombras), é CORRETO dizer:
A. para Platão, a dialética é o conhecimento imediato (doxa) dos objetos
particulares.
B. o Bem é um objeto particular, que pode ser conhecido
sensivelmente, de modo imediato e indolor, por todos os seres
humanos.
C. as Formas são somente suposições teóricas, sem realidade nelas
mesmas.
D. a dialética, que não é o último estágio do ser e do conhecer, permite
chegar, mediante um processo difícil, que exige esforço, às coisas em
si mesmas (Formas).
E. a dialética, último estágio do ser e do conhecer, permite chegar,
mediante um processo difícil, ao conhecimento do Bem.

Questão 20: (UFPR) Em determinado momento do diálogo de Hípias


Menor, de Platão, Sócrates declara que encontrou dificuldade para
responder à pergunta “qual o critério para reconheceres o que é belo e o
que é feio?”.
De acordo com Platão, a dificuldade está em que:
A. os juízos de Beleza são subjetivos, sendo relativos a quem os
enuncia.
B. o belo e o feio não se distinguem realmente.
C. é preciso conhecer o que é Beleza para que se possam identificar as
coisas belas.
D. o critério de Beleza não é acessível aos homens, mas apenas aos
deuses.
E. a Beleza é uma mera aparência.

Questão 21: (UECE)Atente para as seguintes citações:


“Temos assim três virtudes que foram descobertas na nossa cidade:
sabedoria, coragem e moderação para os chefes; coragem e moderação
para os guardas; moderação para o povo. No que diz respeito à quarta,
pela qual esta cidade também participa na virtude, que poderá ser? É
evidente que é a justiça”
(Platão, Rep., 432b).
“O princípio que de entrada estabelecemos que se devia observar em todas
as circunstâncias quando fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me
parece, ou ele ou uma de suas formas, a justiça. Ora, nós estabelecemos,
segundo suponho, e repetimo-lo muitas vezes, se bem te lembras, que cada
um deve ocupar-se de uma função na cidade, aquela para a qual a sua
natureza é mais adequada”
(Platão, Rep., 433a).
Considerando a teoria platônica das virtudes, escreva V ou F conforme seja
verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir:
( ) Nessa teoria das virtudes, cada grupo desenvolve a(s) virtude(s) que lhe é
(ou são) própria(s).
( ) Só pode ser justa a cidade em que os grupos que dela participam e nela
agem o fazem de acordo com sua natureza.
( ) Quando sabedoria, coragem e moderação se realizam de modo
adequado, temos a justiça.
( ) Existe uma relação entre a natureza dos indivíduos, o grupo de que
devem fazer parte na cidade, as virtudes que lhes são adequadas e, em
consequência, a função que nela devem desempenhar.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A. V, V, V, V.
B. V, F, F, V.
C. F, F, V, F.
D. F, V, F, F.

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